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Inclusão é o que se espera da COP 30

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Foto: Pra Todo Amanhã

Texto: Rachel Maia

Todo e qualquer debate só é válido quando há inclusão, e esse é um ponto pelo qual tenho insistido. Participando de um seminário sobre inclusão racial que aconteceu em São Paulo, percebi que nenhum de nós está disposto a retroceder ou simplesmente invalidar toda a nossa trajetória de luta e resiliência. Passaremos por mais essa!

As últimas notícias sobre a gestão do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, não são nada animadoras. No entanto, o Brasil pode ser referência em diversidade e inclusão, indo na contramão das atitudes do presidente americano (que também retirou o país do Acordo de Paris) e se posicionando ativamente para mostrar que diversidade e sustentabilidade correspondem a uma economia saudável.

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) é uma oportunidade de suma importância para que o Brasil, que já é referência em biodiversidade, avance nas questões de sustentabilidade. Como mostra o Índice de Performance Ambiental (EPI), criado pela Universidade de Yale, nos EUA, o Brasil se encontra na 48° posição no ranking de sustentabilidade do EPI, ficando atrás de países como Costa Rica e Venezuela, que estão entre os 180 países avaliados. 

Esse assunto é nosso 

Promover a inclusão de pessoas negras e indígenas na tomada de decisão é algo necessário para que a evolução seja uma realidade possível para todos os brasileiros. O engajamento para que pessoas locais participem ativamente da COP 30, que acontecerá em Belém do Pará em novembro, teve início já na COP 29, em 2024, e foi fundamental para medidas governamentais. 

As urgentes demandas climáticas, que acomete principalmente pessoas que estão às margens da sociedade e que fazem parte do quadro de racismo ambiental (sem acesso a água potável, saneamento básico e garantia de estruturas seguras para moradia e sobrevivência), precisam estar inseridas neste movimento de maneira estratégica, pois essas populações vivenciam diariamente as mazelas da escassez, e ainda assim, seguem perseverantes.   

Essas pessoas precisam ser incluídas continuamente no processo de resoluções, por tudo o que representam para a sociedade e para natureza. Para isso, é necessário estabelecer metas que ultrapassem as ações momentâneas e o entusiasmo de eventos dessa magnitude, que colocam o Brasil em destaque e, consequentemente, os brasileiros em evidência. 

Não podemos ignorar o fato de que estamos na lista dos países que mais poluem o meio ambiente e que a falta de recursos financeiros para quem está na base nos impede de avançar com mais agilidade e precisão. Já sabemos que a separação de classes foi um erro. O que precisamos agora é estabelecer maneiras para que a COP 30 seja mais do que um evento, seja um movimento efetivo para mapear todos os desafios e solucioná-los de forma concreta.

Estudo encontra ingredientes cancerígenos em produtos capilares sintéticos populares entre mulheres negras

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Um estudo publicado pela *Consumer Reports* revelou a presença de ingredientes potencialmente cancerígenos em 10 produtos capilares sintéticos utilizados em tranças, extensões e outros penteados populares entre mulheres negras. Entre as marcas analisadas estão Magic Fingers, Sensationnel e Shake-N-Go, amplamente consumidas no mercado de beleza. Além disso, chumbo, substância associada a sérios problemas de saúde e desenvolvimento, foi detectado em nove dos 10 produtos testados.

De acordo com o relatório, um pacote de cabelo trançado continha níveis de chumbo que excediam em mais de 600% o limite máximo permitido pelo estado da Califórnia, considerado o padrão mais rigoroso dos Estados Unidos. A *Consumer Reports* destacou que não há regulamentação federal para limites de chumbo em cabelos sintéticos trançados, o que aumenta os riscos à saúde dos consumidores.

O cabelo sintético é amplamente utilizado em penteados protetores, como tranças, *locs* e *twists*, que podem permanecer por semanas, protegendo o cabelo natural de danos causados por quebra, exposição ao clima ou uso frequente de calor. No entanto, essa prática também significa maior exposição a substâncias químicas presentes nos produtos.

A *Consumer Reports* analisou cabelos trançados de 10 empresas, muitas das quais utilizam fibras sintéticas de Kanekalon, material produzido pela marca japonesa Kaneka. A Kaneka afirmou à *Consumer Reports* que fabrica apenas as fibras, mas não os produtos finais, que são tingidos e modelados por outras empresas. A empresa também disse que precisaria de mais informações para avaliar adequadamente as alegações do estudo.

**Benzeno e cloreto de metileno entre os químicos encontrados**

O estudo identificou a presença de benzeno, substância reconhecidamente cancerígena, em produtos das marcas Sensationnel e Magic Fingers. O benzeno está associado ao desenvolvimento de leucemia mieloide aguda, segundo a *American Cancer Society*. Além disso, foi detectado cloreto de metileno, químico que, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), pode causar câncer de fígado e pulmão após exposição crônica. A Food and Drug Administration (FDA) proíbe o uso de cloreto de metileno em cosméticos.

Alexa Friedman, cientista sênior do *Environmental Working Group* (EWG), organização de pesquisa e defesa da saúde, enfatizou que “não há nível seguro de exposição ao chumbo ou ao benzeno”. Ela alertou que a exposição a esses químicos deve ser evitada, pois estão associados a efeitos graves à saúde, como deficiências de desenvolvimento em crianças e problemas reprodutivos em adultos.

**Reações das marcas e questionamentos sobre a metodologia**

As marcas Magic Fingers e Sensationnel contestaram a metodologia utilizada pela *Consumer Reports*, afirmando que os testes não representavam o uso real dos produtos pelos consumidores. A Magic Fingers destacou que seus produtos atendem às expectativas de moda e desempenho, enquanto a Sensationnel afirmou apoiar “inequivocamente a segurança” de seus itens. A Shake-N-Go não se manifestou sobre o estudo. A *Consumer Reports* testou 10 produtos de tranças artificiais, totalizando 20 amostras, que foram codificadas e enviadas a um laboratório para análise de metais pesados. A organização ressaltou a necessidade de maior regulamentação e transparência na indústria de produtos capilares.

**Contexto de riscos à saúde de mulheres negras**

O estudo da *Consumer Reports* se soma a uma série de preocupações sobre a segurança de produtos de beleza voltados para mulheres negras. Em 2022, fabricantes de relaxantes químicos capilares foram alvo de uma ação coletiva movida por centenas de pessoas que alegaram que os produtos causaram câncer uterino. Pesquisas recentes também apontam taxas elevadas de câncer, infertilidade e outras doenças entre mulheres que utilizam relaxantes químicos, frequentemente comercializados para o público negro.Friedman, do EWG, destacou uma “tendência alarmante” de produtos tóxicos direcionados a mulheres negras. A organização testou mais de 4.000 produtos e descobriu que a maioria era pelo menos moderadamente perigosa à saúde. O EWG mantém um banco de dados, o *Skin Deep*, onde consumidores podem verificar a segurança de produtos de beleza.“Todos merecem acesso a produtos seguros”, afirmou Friedman. “Os fabricantes devem priorizar a segurança dos consumidores.”

Com informações da NBC News

Carnaval Negro, Jurados Brancos: Desfiles enaltecem cultura negra, mas ausência de jurados diversos expõe desigualdade no Carnaval

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Imagem: Cabines de Jurados, Carnaval Carioca – Foto: Reprodução/Internet

Os desfiles das escolas de samba deste ano trouxeram à tona não apenas a riqueza cultural da herança africana, sobretudo no Rio de Janeiro, onde 8 das 12 escolas de samba do Grupo Especial levaram para a Sapucaí temáticas centradas na herança africana, como também reacenderam o debate sobre a falta de diversidade entre os jurados que avaliam as agremiações.

Uma imagem do desfile da Mangueira, no dia 2 de março, que mostra a comissão de frente da escola, composta por dançarinos negros e que dizia “O carnaval”, dividida por outra imagem com os dizeres “Os jurados”, mostrando que quem avalia e dá notas aos desfiles eram, na maioria, pessoas brancas, chamou a atenção nas redes sociais. A disparidade entre quem desfila e quem julga levantou questionamentos sobre a representatividade nos espaços de decisão do Carnaval.

Luana Genot, CEO do Instituto ID_BR, e responsável por publicar a imagem, destacou a contradição em uma publicação no Instagram: “Ainda Estou Aqui… esperando e torcendo para que o nosso Carnaval seja mais inclusivo em todas as suas alas!”, escreveu na legenda. A publicitária reforçou que o Carnaval brasileiro é uma festa profundamente negra, indígena e periférica, mas os jurados que decidem os resultados nem sempre refletem essa diversidade. “Representatividade importa… tanto que torcemos por Ainda Estou Aqui. Torcemos para ver o Brasil representado entre os filmes vencedores do Oscar, uma premiação que, historicamente, privilegia narrativas estrangeiras”, afirmou, em referência ao filme “Ainda Estou Aqui” estrelado por Fernanda Torres e que venceu o Oscar na categoria de ‘Melhor Filme Internacional’.

O desfile da Mangueira, especificamente, abordou a herança Bantu e foi marcado por alegorias que remetem às comunidades do Rio, como as pipas, brinquedos comuns nas favelas cariocas, e pela energia dos “crias” dançando passinho. A escola, que já abordou temas como a luta contra o racismo e a importância de figuras históricas negras, reforçou mais uma vez seu compromisso com narrativas que celebram a resistência e a ancestralidade africana.

Para Genot, a falta de representatividade nos cargos de decisão do Carnaval reflete um problema estrutural da sociedade brasileira. “Enquanto isso não for resolvido, o Brasil continuará impedindo a si mesmo de crescer e tirar nota 10 para além da avenida”, concluiu..

Jay-Z move ação após mulher supostamente confessar mentira sobre agressão sexual

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Foto: Gilbert Flores/Variety

O rapper e empresário Jay-Z, cujo nome verdadeiro é Shawn Carter, entrou com uma nova ação judicial nesta segunda-feira (3) contra Jane Doe, do Alabama, e seus advogados, Tony Buzbee e David Fortney, por difamação e acusação maliciosa. A ação, obtida pela revista Rolling Stone, alega que Doe e sua equipe jurídica conspiraram para extorquir o artista com uma acusação “completamente fabricada” de agressão sexual.

A controvérsia começou em outubro de 2024, quando Doe entrou com um processo alegando que Jay-Z e o produtor Sean Combs a estupraram em uma festa pós-MTV Video Music Awards em 2000, quando ela tinha 13 anos. Em dezembro do mesmo ano, ela revisou a queixa e nomeou Carter como o segundo agressor. No entanto, após inconsistências em seu relato e uma suposta retratação, Doe retirou voluntariamente o processo no mês passado.

No novo processo, Jay-Z afirma que representantes dele entraram em contato com Doe, que teria admitido ter inventado a acusação contra ele. Segundo o documento, ela teria dito que se sentiu pressionada por seus advogados a manter a história durante uma entrevista à NBC News em meados de dezembro. A entrevista, que manteve o anonimato de Doe, expôs discrepâncias em seu relato, como a alegação de que conheceu o músico Benji Madden na festa, quando ele estava em turnê em outro estado na época.

O processo também cita questões de saúde mental de Doe, alegando que ela foi acusada de agressão em segundo grau menos de 90 dias antes de enviar a carta de demanda a Jay-Z. Além disso, o documento afirma que Buzbee e Fortney agiram com “malícia” ao disseminar as acusações falsas, buscando maximizar danos à reputação do rapper e forçá-lo a um acordo financeiro.

Tony Buzbee, advogado de Doe, negou as alegações em declarações à imprensa e em suas redes sociais. Ele afirmou que Doe mantém suas acusações e que a retirada do processo foi motivada por problemas de saúde. “Ela não se retratou. Ela não o fará”, disse Buzbee em uma publicação no Instagram. Ele também acusou os investigadores de Jay-Z de assediar e intimidar Doe para que ela mudasse sua versão dos fatos.

Jay-Z, por sua vez, descreveu o impacto emocional e financeiro das acusações. Em uma declaração juramentada, ele afirmou que sua empresa, Roc Nation, perdeu contratos no valor de US$ 20 milhões por ano após as alegações públicas. O rapper também criticou o timing do processo, sugerindo que Buzbee o moveu propositalmente na véspera da estreia do filme de sua filha, Mufasa: O Rei Leão, para gerar cobertura negativa da mídia.

O novo processo, movido em um tribunal federal no Alabama, busca danos reais e punitivos por difamação, abuso de processo e conspiração civil. Enquanto isso, um juiz na Califórnia avalia se rejeita ou não uma ação separada de Jay-Z contra Buzbee por extorsão, dependendo da apresentação de novas evidências.

(Com informações da Rolling Stone)

“Dia do Descanso Para Mulheres Negras”: movimentos criam uma data de folga como um ato de resistência nos EUA

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Foto: Freepik

Já pensou em como seria importante as mulheres negras terem um verdadeiro dia de descanso? Nos Estados Unidos, o que começou como o “Dia de Folga da Garota Negra”, em outubro do ano passado, agora tem oficialmente o “Dia do Descanso Para Mulheres Negras”, que será celebrado no feriado de 10 de março, em referência também ao “Dia de Harriet Tubman”, uma figura histórica que lutou contra a escravidão. 

Movimentos de mulheres negras, como o 25BWB, têm destacado a importância de haver um dia para descansar, priorizar a paz, sem trabalhar, sem televisão ligada, alegria, autocuidado, e auto reflexão, como um ato de resistência. 

As mulheres negras têm cada vez mais discutido a importância do descanso que faz bem ao corpo e a alma, para tirar um pouco do peso do mundo nas costas e pausar uma sociedade tão intensa e acelerada. 

Essas são algumas recomendações para esta data especial: 

Planeje com antecedência: informe seu chefe, colegas, clientes e entes queridos sobre sua intenção de celebrar o Dia do Descanso para Mulheres Negras. Sempre que possível, delegue tarefas ou reagende compromissos.

Desconecte-se para se reconectar: silencie notificações, faça uma pausa nas redes sociais e permita-se estar inacessível por um tempo.

Dedique-se ao que lhe traz alegria: seja dormir um pouco mais, ler um livro querido, dançar ao som da sua playlist favorita, encontrar amigos ou simplesmente aproveitar o silêncio. O que quer que escolha, faça disso um momento sagrado.

BaianaSystem brilha no Carnaval de Salvador com shows potentes, protestos e conexão com o público

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Fotos: Gilberto Júnior / Secom PMS

O Carnaval de Salvador em 2025 teve um nome que ecoou com força nas ruas e nos corações dos foliões: BaianaSystem. A banda, conhecida por misturar ritmos tradicionais baianos com elementos eletrônicos e letras engajadas, foi uma das grandes protagonistas da festa, arrastando multidões e levantando questões importantes sobre cultura, política e segurança pública.

O trio elétrico do BaianaSystem, batizado de Navio Pirata, foi um dos mais disputados do circuito. Em sua última apresentação no Carnaval baiano deste ano, a banda percorreu o trajeto do Campo Grande até a Praça Castro Alves em três horas e 20 minutos, levando consigo um mar de gente que só crescia à medida que o trio avançava. O repertório, que mesclou clássicos como “Forasteiro” e “Terapia” com músicas mais calmas como “Salve” e “Batukerê”, foi adaptado ao longo do percurso para garantir a segurança e a sintonia com o público.

Em um momento, o trio chegou a parar por cinco minutos para que dois foliões que passaram mal fossem atendidos pelo Corpo de Bombeiros. “A gente está aqui para curtir, mas também para cuidar uns dos outros”, destacou Russo Passapusso, vocalista e comandante do Navio Pirata, reforçando a conexão da banda com o público. O grupo também levou para as ruas um forte tom político. Durante o Carnaval, o coro de “Sem Anistia” ecoou nos circuitos, puxado pela atriz Alice Carvalho e acompanhado pela cantora Anitta, que participaram do bloco no Circuito Osmar. O grito, que faz referência à expectativa de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, foi entoado por milhares de foliões e reforçou o caráter engajado da banda.

Russo também usou o palco do trio para defender causas populares, como o fim da escala 6×1 e a punição para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. “Aqui a gente canta, dança, mas também luta por justiça”, declarou, recebendo aplausos e vaias entusiasmadas da multidão.

O Carnaval do BaianaSystem também foi marcado por um momento de violência policial. No sábado, 1º de março, um vídeo que mostra policiais militares agredindo foliões com cassetetes durante o show da banda no Circuito Osmar viralizou nas redes sociais. As imagens mostram agentes dispersando a tradicional roda que se forma durante as apresentações do grupo, o que gerou revolta tanto do público quanto do vocalista.

“Eu já sabia que eles iam entrar batendo. Ninguém estava fazendo nada, nada, nada. Bate palma, ‘people’, pronto, constrangimento”, disse Russo, de forma irônica, ao pedir que o público vaiasse os policiais. O artista ainda optou por mudar o repertório para evitar mais conflitos. “Acho que não vai dar para tocar esse tipo de música aqui não, senão a gente vai apanhar. Vamos fazer uma coisa mais leve”, afirmou, demonstrando frustração com a ação da PM.

O episódio reacendeu críticas sobre a atuação da segurança pública no Carnaval de Salvador, com muitos apontando que a festa tem priorizado interesses empresariais em detrimento dos blocos afro e tradicionais, que são a base cultural e histórica da celebração.

Encerramento emocionante

A última apresentação do Baiana System no Carnaval 2025 foi marcada por um clima de celebração e resistência. O trio iniciou o percurso com músicas que homenageiam as religiões de matriz africana, como “Deixa a Gira Girar” e “Alfazema”, pedindo proteção e caminhos abertos. Ao final, o convidado Vandal tentou cantar “Balah ih Fogo”, mas a ladeira que dá acesso à Praça Castro Alves exigiu cautela. A banda então encerrou a festa como começou: com “Deixa a Gira Girar”, deixando claro que sua essência popular e engajada permanece intacta.

‘Marte Um’: O filme que representou o Brasil no Oscar 2023

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Foto: Divulgação / Embaúba Filmes

Em clima de Oscar e aproveitando o feriado prolongado de Carnaval para quem gosta de ficar em casa, o aclamado ‘Marte Um’ está disponível para assistir no Globoplay. O longa negro foi selecionado pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2023, mas não chegou a ser indicado.

Dirigido por Gabriel Martins, a trama de ‘Marte Um’ é ambientada em 2018, em um contexto pós-eleição presidencial, durante uma crise econômica e social que atinge principalmente os mais vulneráveis. Cícero Lucas interpreta Deivid, o caçula da família. Seu maior sonho é ser astrofísico e integrar a missão de colonização de Marte. Mas ele sucumbe as ambições do pai, Wellington (Carlos Francisco), que vê no talento futebolístico do filho uma oportunidade transformadora. Já a mãe do menino é Tércia (Rejane Faria), diarista em busca de emprego que acredita em uma suposta maldição após um encontro inesperado.

A família fica completa com Eunice (Camilla Damião), a filha mais velha do casal e irmã de Deivinho. Ao se apaixonar por uma jovem de espírito livre, a personagem questiona se é hora de sair de casa e enfrenta dificuldades para se abrir com os pais sobre seus desejos. Entre as batalhas e tensões vividas por Tércia e Wellington e os dilemas e descobertas dos irmãos, o drama mergulha no dia a dia dos Martins.

O filme foi o vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, conquistando oito categorias, incluindo melhor longa-metragem de ficção, direção, fotografia, roteiro original, montagem e som.

‘Marte Um’ estreou no Festival Sundance de Cinema em 2022 e foi exibido em diversos festivais internacionais, recebendo muitos elogios da crítica, e com uma taxa de aprovação de 97% no Rotten Tomatoes.

Iza e Yuri lima aproveitam noite de carnaval juntos na marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, no último domingo

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Foto: Dilson Silva/AgNews

A cantora Iza e o jogador de futebol Yuri Lima foram vistos em clima de romance durante a primeira noite dos desfiles do Grupo Especial no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, no último domingo (2). O casal, pais da pequena Nala, curtiu a noite juntos em um camarote do evento.

Iza, que esbanjou beleza com um macacão vermelho justo e brilhante, complementou o visual com um boné combinando. Yuri, ao seu lado, acompanhava a musa em meio à folia carnavalesca. A cena romântica ocorre meses após o casal anunciar a reconciliação, após um período conturbado no relacionamento.

Além de aproveitar a noite de desfiles, Iza tem se dedicado à maternidade e anunciou recentemente que não realizará a segunda edição do Bloco Pesadão no Carnaval de 2025. A decisão foi tomada para que ela possa passar mais tempo com a filha, mas a artista garantiu aos fãs que o projeto deve retornar em edições futuras da folia.

A reconciliação foi oficializada por Yuri em um post emocionado nas redes sociais no final de 2023. O jogador agradeceu a Iza pelo perdão e destacou a importância da família, especialmente da filha do casal, Nala. “Você é a mulher da minha vida toda”, escreveu ele, celebrando os dois anos de relacionamento e prometendo um futuro longo ao lado da cantora.

Enquanto isso, o casal segue reafirmando o amor em público, mostrando que, após os desafios, a relação parece mais forte do que nunca.

Executiva brasileira Rachel Maia promove palestra e lança livro em Angola durante celebração do 8 de março

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Foto: Reprodução

Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, a executiva e empresária brasileira Rachel Maia participará de uma programação especial em Luanda, capital de Angola, entre os dias 6 e 8 de março. Reconhecida como uma das líderes mais influentes da América Latina, Rachel levará sua trajetória inspiradora ao país africano, onde lançará seu livro O Meu Caminho Até a Cadeira Número 1, já publicado no Brasil.

No dia 6 de março, Rachel Maia se reunirá com mulheres angolanas em um jantar privado para um bate-papo e networking. O encontro terá como foco fortalecer a presença feminina nos negócios e na sociedade, abordando os desafios de uma liderança inclusiva e as conquistas já alcançadas no mundo corporativo. No mesmo dia, a executiva se reúne com o  Ministro da Cultura de Angola, Felipe Zau.

Já no dia 8 de março, Rachel será a convidada de honra do evento Brunch Mangais, realizado no Campo de Golfe Mangais. Com o tema Superação, protagonismo e diversidade no mercado de trabalho, a palestra trará reflexões sobre a luta feminina, os avanços conquistados e os obstáculos que ainda precisam ser superados. Na ocasião, a executiva fará o lançamento oficial de seu livro em Angola, compartilhando sua jornada de desafios e conquistas até se tornar uma das poucas mulheres negras a ocupar cargos de CEO em multinacionais no Brasil.

Rachel Maia construiu uma carreira marcante no cenário empresarial, com passagens por grandes empresas como Lacoste Brasil e Pandora Brasil, onde liderou a expansão da marca de duas para mais de 100 lojas em sete anos. Também atuou em companhias como Tiffany & Co, Novartis Pharmacy e Seven Eleven, sempre à frente de decisões estratégicas e expansão de negócios.

Atualmente, é fundadora e CEO da RM Cia 360, empresa especializada em impacto social, ambiental e governança corporativa (ESG). Além disso, integra os conselhos de grandes companhias, como Vale, Banco do Brasil, CVC Corp e Grupo Pão de Açúcar, e atua como Embaixadora do ODS de Equidade de Gênero pelo Pacto Global da ONU Brasil. Seu trabalho social inclui a fundação do Instituto Capacita-me, que promove a formação e empregabilidade de pessoas em situação de vulnerabilidade.

A participação de Rachel Maia em Luanda reforça seu compromisso com o empoderamento feminino e a diversidade, temas centrais em sua trajetória pessoal e profissional. Sua presença no país africano é um marco na celebração do Dia Internacional da Mulher, destacando a importância da liderança feminina na transformação social e empresarial.

“O ponto mais alto da minha vida”, diz Paul Tazewell ao fazer história como primeiro homem negro a vencer Oscar de Melhor Figurino

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Foto: © Al Seib/A Academia

O figurinista Paul Tazewell, conhecido por trabalhos como “Hamilton” e “West Side Story”, entrou para a história ao se tornar o primeiro homem negro a vencer o Oscar de Melhor Figurino na noite do último domingo (02), e a segunda pessoa negra a vencer na mesma categoria. Em 2023, Ruth E. Carter, figurinista de Wakanda Forever, foi a primeira mulher negra a levar o prêmio. Tazewell foi reconhecido por seu trabalho em “Wicked”, adaptação cinematográfica do musical da Broadway. Tazewell superou concorrentes como Arianne Phillips (“A Complete Unknown”) e Janty Yates e David Crossman (“Gladiador II”).

Com uma carreira de mais de três décadas, Tazewell já acumula um Emmy por “The Wiz Live” e um Tony por “Hamilton”. Sua vitória no Oscar consolida sua posição como um dos principais nomes do design de figurinos. Durante a temporada de premiações, ele também levou o BAFTA, o Critics Choice e o prêmio do Costume Designers Guild.

“Ganhar o Oscar por ‘Wicked’ é o ponto mais alto da minha vida, a minha Estrela do Norte. É um privilégio ser o primeiro homem negro a receber um prêmio da Academia por Figurino. Tornei-me aquela figura inspiradora que eu tanto desejava emular quando era um designer em formação. Recebo esta linda homenagem com imenso orgulho e a dedico a todos que têm o sonho de voar”, disse o ator em entrevista concedida para o NY Times.

Figurinos que contam histórias

Foto: Reprodução/Liberty

Para “Wicked”, Tazewell criou mais de mil figurinos, incluindo peças icônicas como o vestido bolha de Glinda (interpretada por Ariana Grande) e o vestido preto de Elphaba (vivida por Cynthia Erivo). O figurinista explicou que o preto usado por Elphaba reflete seu luto pela mãe, que morreu no parto, e a diferencia no mundo colorido de Shiz. Para o vestido, ele utilizou tecidos como feltro, gaze e chiffon, inspirado na textura de cogumelos.

Já o vestido bolha de Glinda foi uma reinterpretação do visual clássico de Billie Burke no filme “O Mágico de Oz” (1939). Tazewell optou por um rosa mais suave e uma silhueta estruturada, com bordados e contas feitas à mão, mantendo a leveza translúcida que define a personagem.

Conexão emocional e cultural

Em entrevista concedida para a Essence em dezembro de 2024, Tazewell destacou como os figurinos refletem o crescimento emocional das personagens. Para Elphaba, ele incorporou elementos da natureza, alinhados à defesa dos animais pela personagem. Já Glinda foi representada com trajes exuberantes e inocentes, inspirados no estilo clássico de princesas.

Tazewell também ressaltou a importância de homenagear a cultura negra através do figurino de Elphaba. “Cynthia [Erivo] queria representar a cultura negra de forma poderosa, e isso se refletiu em cada detalhe do visual da personagem”, afirmou.

Legado e inspiração

Paul Tazewell é o segundo profissional negro a vencer na categoria de Melhor Figurino no Oscar, seguindo Ruth E. Carter, que venceu por “Pantera Negra” e sua sequência, “Wakanda para Sempre”. Sua vitória não apenas celebra sua excelência artística, mas também abre portas para maior diversidade e reconhecimento no cinema.

Com uma carreira marcada por colaborações com diretores e atores de renome, Tazewell continua a explorar sua paixão por contar histórias por meio das roupas. “Tenho uma conexão visceral e emocional com cada peça que crio”, disse. “É isso que alimenta meu trabalho e me inspira a continuar.”

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