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O embraquecimento do dendê: como o óleo de palma tem ameaçado o sabor da tradição baiana

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Crédito: Grupo BBF

O óleo de dendê está embranquecendo! O Joio e o Trigo trouxe em um novo episódio do podcast Prato Cheio, exemplos de gentrificação alimentar, que incluem o apagamento cultural e gastronômico do dendê, como consequência da produção em massa de óleo de palma no Pará. 

De acordo com o levantamento para o episódio ‘Tá rolando uma gentrificação alimentar?’, o preço do dendê ainda disparou no Brasil, impactando negativamente na rotina de cozinheiras e baianas de acarajé. As chefs entrevistadas no podcast apontam que o dendê não tem mais a mesma cor, o mesmo cheiro e nem o mesmo sabor porque está sendo processado e reprocessado. Por isso tem sido usado o termo branqueamento.

Até 2024, o dendê era usado em cerca de 580 produtos, incluindo biscoitos, chocolate, macarrão, pasta de dente e comprimidos. “Nos rótulos não estão escrito dendê, eles ficam lá de Belém falando ‘Dona Rita para de falar dendê, fala palm oil ou óleo de palma, só fala dendê vocês aí [da Bahia]’, mas eu nunca lembro de falar porque eu conheço [como] dendê”, relatou a Rita Santos, presidente da Associação Nacional das baianas de Acarajé. 

Originário do continente africano, o dendê se tornou uma referência da culinária baiana, e, nos anos 80, começou a ser cultivado no Pará em larga escala, com o incentivo governamental no deslocamento da produção. 

Atualmente, a produção paraense é cerca de 14 a 15 vezes maior que a da Bahia. “O estado vinha incentivando o uso do dendê para produção de biodiesel que supostamente seria menos ruim que a gasolina”, explica o apresentador João Peres.

Em uma outra reportagem, O Joio e o Trigo chegou a abordar a escassez do dendê como um projeto latino-americano. Segundo o levantamento feito com os dados da Secretaria da Agricultura da Bahia, entre 2017 e 2019, o valor da tonelada estava estável. Porém, desde março de 2020, o preço começou a disparar, indo de R$325 a R$750, em janeiro de 2022. 

O aumento do preço ocorreu em paralelo ao banimento das gorduras trans no Brasil. Em 2021, entrou em vigor a fase final da resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que proíbe essas gorduras nocivas para a saúde, e o óleo de palma se tornou o substituto favorito. Estudos iniciais indicam que o óleo também pode ser nocivo à saúde. 

A chef Solange Borges, idealizadora do Festival do Dendê na Bahia e de referência com o seu projeto Culinária de Terreiro, também defendeu a importância do dendê artesanal. “É um dendê feito por a gente. Você não vai trazer energia nem da indústria, nem de outras pessoas. Então você vai ofertar pro seu santo algo que tem a sua energia, a sua essência”, disse.

Além de manter a essência para a culinária tradicional de terreiro, o dendê de pilão artesanal ainda fortalece o trabalho de produtores locais. 

‘Kiwi’: peça dirigida por Luh Maza retorna aos palcos com atores negros pela primeira vez na história

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Foto: Bob Sousa

Sob a direção da premiada Luh Maza, a peça ‘Kiwi’ volta aos palcos em nova montagem com elenco negro, uma proposta inédita na história da obra internacional. A produção é um dos destaques da programação do SESC 24 de Maio, em São Paulo, onde fica em cartaz em curta temporada — e chega junto com as celebrações dos 20 anos de carreira da diretora.

A montagem nacional estreou em 2016 e foi apresentado em São Paulo (capital e cidades do interior), Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. ecebeu os prêmios Aplauso Brasil e SP de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem, além de ser indicada ao prêmio Cenym. Em destaque, o conceito de Coreografia Dramatúrgica, criado pela diretora para definir seus desenhos cênicos marcados pela forte fisicalidade não-convencional, que faz os intérpretes dançarem suas marcas ao som do texto que falam.  

Sol Menezzes (‘Dois Tempos’) e Victor Liam (‘Da Ponte Pra Lá’), foram os atores escolhidos para recontar essa história em uma nova montagem.

Baseado no texto do autor canadense Daniel Danis, ‘Kiwi’ narra a história de uma órfã de 12 anos abandonada pelos tios em plena praça pública, enquanto a cidade em que vive passa por um processo brutal de gentrificação para receber os Jogos Olímpicos. Casas são demolidas, moradores expulsos e, nas sombras do evento global, os mais vulneráveis são varridos das ruas. É nesse cenário distópico, mas nem um pouco distante da realidade, que a protagonista é levada pela polícia a um abrigo-prisão e conhece um grupo de jovens em situação de rua. Para entrar no clã, ela recebe um novo nome: Kiwi.

Victom Liam e Sol Menezzes (Foto: Bob Sousa)

O público começa a acompanhar a transformação da menina, agora sob a proteção de Lichia, em sua luta diária por sobrevivência. Entre roubos, drogas e prostituição infantil, o grupo se sustenta com uma única regra: jamais matar. Mas quando a vida de Kiwi entra em risco, Lichia quebra o código e abre caminho para uma nova onda de tensão — e resistência.

Inspirado por casos reais de superlotação nas prisões infantis do Leste Europeu e pelos processos de “higienização” urbana ligados a grandes eventos internacionais, o texto original estreou em 2007 e ganhou prêmios importantes como o Louise LaHaye, o AbitibiBowater de Melhor Texto e, na Alemanha, o Deutscher Jugendtheaterpreis. Desde então, foi montado em países como França, Hungria e México — e na versão brasileira, traduzida e dirigida por Luh Maza.

Além de dirigir, Maza assina também o cenário e iluminação, construindo um tabuleiro metálico suspenso com pichações reais, onde os atores permanecem em cena o tempo inteiro, sob luzes frias que reforçam o clima opressor da história. A encenação ainda bebe das fontes do esporte — como xadrez e corrida — para criar uma coreografia dramatúrgica, conceito cunhado pela própria diretora, onde os corpos narram e dançam as palavras, numa fisicalidade marcante.

Victom Liam e Sol Menezzes (Foto: Bob Sousa)

E tem mais: ‘Kiwi’ é só uma parte da celebração de duas décadas de trajetória artística de Luh Maza, que também estreia no mesmo teatro o inédito ‘Carne Viva’ (de quinta a domingo à noite) e participa do debate ‘O Corpo como Alimento no Teatro de Luh Maza’, no dia 16 de abril.

Serviço:

Temporada: até 12/4, sextas e sábados, às 17h

Local:  Teatro do Sesc 24 de Maio. Rua 24 de Maio, 109, República, São Paulo (350 metros da estação República do metrô).  

Lotação: 249 lugares.

Gênero: Drama 

Classificação: 12 anos 

Duração: 60 min 

Ingressos: no site sescsp.org.br ou através do aplicativo Credencial Sesc a partir do dia 18/3 e nas unidades do Sesc SP a partir do dia 19/3 – R$50 (inteira), R$25(meia) e R$15 (Credencial Sesc). 

Serviço de Van: Transporte gratuito até as estações de metrô República e Anhangabaú. Saídas da portaria a cada 30 minutos, de terça a sábado, das 20h às 23h, e aos domingos e feriados, das 18h às 21h. 

Link do espetáculohttps://www.sescsp.org.br/programacao/kiwi/

Festival Colabora Moda Sustentável abre inscrições para criadores de moda autoral das periferias de São Paulo

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O Festival Colabora Moda Sustentável está com inscrições abertas para a seleção de quatro criadores de moda autoral das periferias de São Paulo. Cada um dos selecionados receberá R$ 10 mil para desenvolver uma coleção com 10 looks sustentáveis, que serão exibidos em desfiles regionais e no palco principal do evento, nos dias 17 e 18 de julho, no Espaço Unimed, na capital paulista, que também contará com show de Karol Conká.

As inscrições para a chamada pública vão até o dia 6 de abril e devem ser feitas através do site oficial do evento (CLIQUE AQUI). O resultado será divulgado no dia 22 do mesmo mês. A iniciativa busca fomentar a moda sustentável e dar visibilidade a talentos independentes das zonas Norte, Sul, Leste e Oeste da cidade. Os participantes vão receber mentorias técnicas e criativas entre abril e junho, com foco em inovação social, reaproveitamento de materiais e redução de impacto ambiental.

A programação do festival, organizado pela plataforma Colabora Moda Sustentável inclui mais de 24 horas de programação gratuita, incluindo desfiles, oficinas, experiências sensoriais, painéis com especialistas, rodas de conversa com influenciadores e shows com nomes como Karol Conká e Clarissa Müller. A expectativa é receber 15 mil pessoas durante os dois dias de evento.

As mentorias serão realizadas por profissionais indicados por empresas como Instituto C&A, Riachuelo, Farm e Pernambucanas, parceiras da iniciativa. As mentorias ocorrerão entre abril e junho, em encontros online e presenciais, e serão fundamentais para o desenvolvimento das coleções com foco em inovação social, reaproveitamento de materiais e impacto ambiental reduzido.

Dietas baseadas em alimentos africanos diminuem a inflamação do corpo, comprova estudo

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Um novo estudo publicado na Nature Medicine destaca os benefícios anti-inflamatórios de uma dieta tradicional africana. A pesquisa, conduzida por especialistas do Radboud University Medical Center e da KCMC University na Tanzânia, acompanhou 77 homens saudáveis, tanto de áreas urbanas quanto rurais, mostrando que mudar de uma dieta ocidental para uma tradicional africana, rica em vegetais, fibras e alimentos fermentados, pode significar melhorias consideráveis na saúde.

Os participantes que adaptaram suas dietas de uma forma tradicional africana para uma ocidental por duas semanas apresentaram um aumento nas proteínas inflamatórias e uma resposta imunológica reduzida. Em contrapartida, aqueles que fizeram o caminho inverso demonstraram uma diminuição nos marcadores inflamatórios. Saulo Gonçalves, nutricionista brasileiro, comenta sobre a contextualização da pesquisa: “O continente Africano tem uma enorme extensão territorial e uma cultura riquíssima. O estudo foi feito com candidatos da Tanzânia, tanto rurais quanto urbanos.”

Gonçalves também destaca a influência do desenvolvimento econômico e da urbanização: “Com o crescimento econômico, a urbanização e a maior disponibilidade de alimentos processados aceleraram a adoção de hábitos alimentares ocidentais na África. Ao mesmo tempo, doenças de estilo de vida, como doenças cardiovasculares, diabetes e condições inflamatórias crônicas, também aumentaram na região.”

Ele continua, ressaltando a importância dos ingredientes tradicionais: “O estudo deixou claro que alimentos tradicionais africanos como vegetais in natura, frutas, bebidas fermentadas com banana, tubérculos, proteínas com baixo teor de gordura, e leguminosas, têm um benefício enorme e anti-inflamatório no nosso corpo.”

O nutricionista ainda compara as duas dietas estudadas: “Diferentemente da dieta ocidental, rica em alimentos ultraprocessados como embutidos e alimentos açucarados, que só contribuem para doenças crônicas, os alimentos tradicionais africanos mostram uma ação benéfica no processo de não inflamação do corpo e nos processos metabólicos.”

Quirijn de Mast, da Radboud UMC, ressalta a relevância dos resultados: “Nosso estudo destaca os benefícios desses produtos alimentares tradicionais para inflamação e processos metabólicos no corpo. Ao mesmo tempo, mostramos o quão prejudicial uma dieta ocidental pouco saudável pode ser, tipicamente consistindo em alimentos processados e de alto teor calórico, como batatas fritas e pão branco, com excesso de sal, açúcares refinados e gorduras saturadas.”

Os resultados deste estudo indicam que os benefícios da dieta africana podem ser duradouros, persistindo até quatro semanas após a mudança alimentar, e sublinham a importância de preservar as práticas alimentares tradicionais em meio às rápidas mudanças no estilo de vida em muitas regiões africanas.

“Eu sofria muito com a lotação na academia ” : Patrícia Ramos revela o motivo por trás de seu novo investimento no mercado fitness

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Foto: Divulgação

Patrícia Ramos, conhecida nas redes sociais como apresentadora, atriz e influenciadora digital, agora investe como empresária no setor fitness. Originária de Duque de Caxias e Belford Roxo, no Rio de Janeiro, Patrícia, que cresceu em um contexto de desafios econômicos, está investindo no mercado de academias, visando diversificar suas fontes de renda.

A inspiração para empreender vem de sua infância, quando observava sua mãe transformar a casa em um pequeno ateliê de costura após deixar o trabalho de doméstica. Patrícia ajudava como manequim para as roupas que sua mãe produzia, uma experiência que, segundo ela, foi sua introdução ao marketing. “Ali nasceu o marketing na minha vida,” disse Patrícia em uma entrevista ao podcast B3 Convida.

Antes de ganhar fama nas redes sociais, Patrícia passou por diversas profissões, incluindo técnica em saúde bucal e vendedora de roupas. Sua jornada no digital a ajudou a construir uma plataforma que hoje lhe permite ter independência financeira e reconhecimento público.

A decisão de entrar no ramo das academias veio após experiências negativas com superlotação e falta de atendimento individualizado em outros estabelecimentos. “Eu sofria muito com a lotação da outra academia que eu treinava, era uma fila de cinco pessoas para fazer uma série num leg press,” revelou durante o podcast. Essa frustração a motivou a buscar uma alternativa que oferecesse um serviço mais exclusivo.

Patrícia foi apresentada à Silva Jin BR, uma rede de academias conhecida por seu modelo de atendimento personalizado e “premium”. 

O proprietário da rede de academias Silva Jin BR convidou a influenciadora Patrícia Ramos para se tornar sócia da empresa, indo além de uma mera colaboração para divulgação de suplementos.  A proposta incluía participação nos diversos ativos da marca, como o aplicativo e o potencial de novas franquias. Patrícia adquiriu 5% da empresa. 

Agora, com a expansão da rede para São Paulo e novas unidades no Rio de Janeiro, Patrícia segue firme na missão de inspirar ainda mais pessoas a cuidarem da saúde e aumentar seu faturamento como empresária. “Tem uma possibilidade de crescimento muito grande, muito grande,” afirma sobre o futuro da rede.

Emicida condena afirmações caluniosas e diz que busca acordo amigável com irmão Fioti

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Foto: Lab/Divulgação

Em comunicado publicado nesta sexta-feira (4), o rapper Emicida reagiu às reportagens sobre o conflito judicial envolvendo seu irmão e ex-parceiro, Evandro Fióti, na Laboratório Fantasma. O artista negou que tenha usado termos como “roubo” ou “desvio” para descrever as transferências financeiras questionadas no processo e afirmou que o rompimento foi uma “decisão madura”.

“Primeiramente, Leandro não está de acordo com a abordagem adotada por alguns veículos de comunicação, que têm se utilizado de termos como ‘roubo’ e ‘desvio’ na tentativa de traduzir o objeto da disputa judicial em curso, fruto de uma precipitação de uma das partes, que resultou em divulgações de informações distorcidas. Estes nunca foram termos utilizados por Leandro, seja em seus comunicados, seja nas suas manifestações nos autos do processo”, diz o texto, que afirma que a separação profissional “trata-se de uma decisão madura”, que ocorreu após tentativas frustradas de alinhar a gestão do negócio.

O comunicado ainda destaca: “Feitos esses esclarecimentos, é desejo de Leandro que seja possível alcançar um acordo amigável entre as partes, sendo que a paz volte a reinar entre os irmãos”. O posicionamento surge dias depois de a imprensa divulgar que Emicida questiona judicialmente transferências de R$ 6 milhões feitas por Fióti da conta da empresa para uma conta pessoal. O irmão e sua defesa afirmam que os valores eram adiantamentos legítimos de lucros, com parte repassada ao próprio Emicida após acordo.

A tentativa de entendimento coincide com o apelo público de Dona Jacira, mãe dos rappers, que em entrevista ao Mundo Negro pediu privacidade para a família resolver seus conflitos. “Nós resolvemos nossos problemas entre nós e nem tudo é para dividir com a internet”, afirmou a matriarca, negando ter tomado partido na disputa.

‘Desculpa, Bella Campos’: internautas se desculpam por críticas à atriz antes de ver sua atuação em ‘Vale Tudo’

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Foto: Globo/Léo Rosário

Antes mesmo da estreia de ‘Vale Tudo‘, os telespectadores fizeram críticas à escolha da atriz Bella Campos para viver a icônica personagem Maria de Fátima. Mas depois de assistirem ao remake, que estreou no dia 31 de março, muitos deles estão voltando atrás e pedindo desculpas à artista por terem duvidado da escolha: “bom ela me fez ter raiva da Maria de Fátima, então desculpa Bella Campos”, escreveu uma pessoa no ‘X’, antigo Twitter.

Em outra publicação, uma pessoa escreveu: “Bella Campos revertendo um hate train de meses em apenas 2 capítulos ‘pqp’ essa é mulher”

No Trheads, outra usuária afirmou ter se surpreendido com a atuação de Bella Campos: “Ainda é muito cedo para darmos a cara a tapa, mas Bella Campos, nos surpreendeu em sua atuação já no primeiro bloco da estreia do remake de Vale Tudo”. 

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“Sério Bella Campos me desculpe se um dia te critiquei, você já está sendo MARAVILHOSA”, escreveu outro usuário.

“A Maria de Fátima de Bella Campos entrega um cinismo no olhar, um tom maquiavélico e cruel ao mesmo tempo.É uma mulher fria sem ser sonsa, é uma mulher calculista e extremamente antipatica, faz zero questão de ser agradável com quem não agrega nada a ela. E sempre que pode se faz de superior, seja por estar hospedada no Copa, vestindo grifes internacionais ou mesmo se achando uma diva. Essa é a Maria de Fatima’25 que Bella Campos esta entregando com maestria! ESSE OLHAR DE TYRA BANKS?”

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No remake de Vale Tudo, a atriz Bella Campos dá vida à personagem Maria de Fátima, Filha de Raquel, interpretada por Taís Araújo. Ambiciosa, Maria vende a cada da família em Foz do Iguaçu com a mãe morando nela e vai embora para o Rio de Janeiro porque quer ser modelo e ficar rica.

“Malês”, novo filme de Antonio Pitanga, estreia no segundo semestre de 2025

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Foto: Vantoen Pereira JR

O aguardado filme “Malês”, dirigido por Antonio Pitanga, está confirmado para estrear no segundo semestre de 2025, segundo informações da produtora Tambellini Filmes. O longa-metragem, que marca o retorno do cineasta à direção após 46 anos – seu único trabalho anterior foi “Na Boca do Mundo” (1978) –, retrata a histórica Revolta dos Malês, levante de escravizados ocorrido em Salvador em 1835.

A data de estreia foi definida após o término das filmagens, realizadas em Cachoeira e Salvador, na Bahia, e em Maricá, no Rio de Janeiro. A produção, que tem distribuição da Imovision, conta com um elenco de peso, incluindo os filhos do diretor, Rocco e Camila Pitanga, além de nomes como Bukassa Kabengele, Samira Carvalho, Wilson Rabelo, Rodrigo de Odé e Patrícia Pillar.

Com roteiro de Manuela Dias e direção de fotografia de Pedro Farkas, “Malês” é uma das produções brasileiras mais aguardadas dos próximos anos, tanto pelo tema histórico quanto pelo time envolvido. Ambientado na Salvador de 1835, o filme acompanha a jornada de dois jovens muçulmanos escravizados que se envolvem na maior revolta de cativos do Brasil. A trama mistura personagens reais, como o líder Pacífico Licutan (interpretado pelo próprio Pitanga), e ficcionais, em uma narrativa sobre resistência e liberdade.

A estreia no segundo semestre de 2025 coloca “Malês” como um dos destaques do cinema nacional no próximo ano, em meio a um crescente interesse por narrativas que revisitam o período escravocrata brasileiro.

Novo caso de racismo na Libertadores: torcedor peruano imita macaco na direção do Palmeiras

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Um torcedor do Sporting Cristal, do Peru, foi flagrado imitando um macaco em direção à torcida do Palmeiras após a vitória do time brasileiro por 3 a 1 na estreia da Copa Libertadores, nesta quinta-feira (3), no Estádio Nacional de Lima. O caso, registrado pelo influenciador palmeirense Rodrigo Wirth e compartilhado em suas redes sociais, é mais um episódio de racismo no torneio continental — que ainda está na primeira rodada da fase de grupos.

Na mesma semana, torcedores do Talleres, da Argentina, também fizeram gestos racistas contra a torcida do São Paulo em partida válida pelo mesmo campeonato. Um dos episódios mais recentes ocorreu na Libertadores Sub-20, quando um torcedor do Cerro Porteño (PAR) dirigiu gestos racistas ao atacante Luighi, do Palmeiras.

Em nota oficial, o Palmeiras classificou como “desastroso” ter que se manifestar repetidamente sobre casos de racismo no futebol e afirmou que as medidas da Conmebol são “flexíveis e insuficientes”: “A reincidência deste crime, cometido nesta quinta-feira (3) por um torcedor do Sporting Cristal-PER, que imitou um macaco em direção aos palmeirenses presentes no estádio, demonstra novamente que as medidas adotadas até o momento não combatem os insistentes episódios de discriminação racial nos gramados sul-americanos”, destacou o clube em nota. A Conmebol ainda não se pronunciou sobre o caso.

O time cobrou ações mais duras das autoridades peruanas e da Conmebol: “Que o Sporting Cristal, as autoridades de segurança pública do Peru e a Conmebol tomem as devidas providências; do contrário, gestos como os que assistimos hoje continuarão se repetindo, com a vitória da impunidade.”

EXCLUSIVO| “Como mãe dos dois, não posso, não me permito escolher um lado”, diz mãe de Fióti e Emicida

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Foto: Reprodução/Instagram

Em uma entrevista exclusiva à editora-chefe do Mundo Negro, Silvia Nascimento, Dona Jacira abriu o coração sobre os recentes desentendimentos públicos envolvendo seus filhos, Emicida e Fióti

Diferente da forma que foi amplamente divulgado pela imprensa, a matriarca destaca que não escolheu nenhum lado, e lamenta a forma errônea que foi interpretado o seu texto publicado na manhã desta quinta-feira, 3 de março. 

“Eu como mãe dos dois não posso não me permito escolher um lado. O texto era bem maior e havia uma reflexão sobre irmão mais velho, irmão mais novo. E neste momento, só nós mulheres da família sabemos o quanto nos faz sofrer ver e passar por tal situação”, declara.

“O fato de dizer que a dor de Evandro (Fióti) é nossa, não quer dizer que estou em nenhum momento culpabilizando Leandro (Emicida). Mas esta questão é segredo nosso. Nós resolvemos nossos problemas entre nós e nem tudo é para dividir com a internet”, destaca.

Para esclarecer, Dona Jacira também recorda que Emicida não está sendo acusado de nada, mas sim o Fióti. “Evandro foi caluniado e vê-lo sofrer nos faz sofrer também e sofremos porque sabemos de sua honestidade. Foi uma pedrada no coração dele”, lamenta. 

Entenda o caso

Na última sexta-feira, 28 de março, Emicida e Fióti anunciaram nas redes sociais o rompimento profissional de 16 anos. Os irmãos fundaram a Laboratório Fantasma juntos, uma empresa que se tornou referência para a cultura negra e hip-hop. 

Poucos dias depois, o jornal Extra teve acesso a um processo do Tribunal de Justiça de São Paulo, onde o Emicida acusa Fióti de transferir R$ 6 milhões da Lab Fantasma para uma conta pessoal sem autorização. No entanto, o irmão negou qualquer irregularidade. 

O advogado de Fióti sustenta que os valores foram retirados como um adiantamento de lucros. Em e-mails anexados ao processo, o empresário argumenta que a retirada de um dos saques, por exemplo, no valor de R$ 2 milhões, foi previamente acordada entre as partes e que metade do montante foi repassada a Emicida.

Em meios às acusações, na manhã desta quinta-feira (3), a Dona Jacira publicou um texto no Instagram que logo ganhou grande repercussão. Em um trecho ela chegou a escrever “Falo em nome das mulheres que estão à frente da lab desde quando ninguém via possibilidade. Fióti sua dor é nossa dor”, interpretado por muitos como se ela houvesse escolhido um lado na história. 

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