Aos 17 anos, a mineira Vitória Miranda brilhou no Aberto da Austrália, em Melbourne, ao conquistar os títulos das chaves de simples e de duplas na categoria júnior do tênis em cadeira de rodas. Na final de simples, disputada na sexta-feira (24), a atleta derrotou a norte-americana Sabina Czauz por 2 sets a 1, com parciais de 0-6, 6-3 e 7-6 (10-4).
Na véspera, Vitória já havia subido ao topo do pódio na chave de duplas, ao lado da belga Luna Gryp. O desempenho consagra a jovem como líder do ranking mundial de sua categoria e reforça o protagonismo do Brasil no cenário paralímpico da modalidade: “Consegui me superar e dar o meu melhor dentro de quadra. É a realização de um sonho. Vejo que os treinos e a dedicação estão dando resultados”, declarou Vitória ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
O torneio marca mais um capítulo na trajetória profissional e pessoal da tenista. Natural de Belo Horizonte, Vitória nasceu prematura, aos seis meses de gestação, e desenvolveu artrogripose congênita, condição que lhe proporciona apenas 10% da força nas pernas. A atleta, começou no tênis ainda criança, incentivada pelo treinador Léo Butija, coordenador do projeto social Brincar de Tênis.
A dedicação ao esporte intensificou-se após uma perda familiar e resultou em uma rápida ascensão. Aos 15 anos, a mineira já havia conquistado o bicampeonato do Parapan de Jovens, realizado em Bogotá, na Colômbia. Em 2024, tornou-se líder do ranking mundial ao vencer torneios importantes, como o Masters Juvenil das Américas, em Houston, e o ITF de Eindhoven, na Holanda.
A conquista na Austrália a coloca ao lado de nomes como Jade Lanai, outra brasileira que venceu em simples e duplas no US Open de 2022, e amplia o número de títulos de Grand Slam do Brasil no tênis paralímpico para cinco.
Léo Butija, mentor e técnico de Vitória, celebrou a conquista. “Estamos muito felizes com tudo o que aconteceu e tem acontecido na carreira e na vida da Vitória. Ter o apoio de patrocinadores como a Copasa é essencial para continuarmos desenvolvendo novos talentos.”
Em entrevista recente, Vitória relembrou os prognósticos pessimistas que enfrentou na infância. “Me falaram que eu ia ser um vegetal, que eu não ia andar e nem falar. Eu estou aqui para provar que estavam errados e que hoje sou uma atleta de alto rendimento.”
A jovem mineira, que já é vista como uma das promessas do esporte paralímpico brasileiro, segue motivada a alcançar novas metas. Seu desempenho em Melbourne é um indicativo de que os próximos anos prometem ainda mais conquistas para o tênis em cadeira de rodas do país.
Duas das animações infantis mais populares do Brasil uniram forças em uma parceria inédita! A Hora do Blec receberá o Mundo Bita no clipe “Bloco do Blec”, que será lançado no dia 31 de janeiro, às 10h, no canal YouTube da Hora do Blec. Essa produção especial, inspirada no Carnaval, transmite uma mensagem de alegria, acolhimento e diversidade para as crianças.
“Bloco do Blec” será o episódio de abertura da terceira temporada da Hora do Blec e mostrará os personagens das duas séries interagindo em cenários carnavalescos cheios de cor, música e animação. No enredo, Bita é convidado a participar da festa ao lado dos personagens da Hora do Blec, promovendo uma celebração que une amizade, inclusão e muita diversão.
Para David Junior e Yasmin Garcez, criadores da Hora do Blec, essa colaboração é a realização de um sonho. “Quando decidimos criar a ‘Hora do Blec’, estudamos as produções infantis que dialogassem com as famílias como a gente acredita, e o ‘Mundo Bita’ se tornou nossa maior referência nesse lugar”, afirma David, que também está no ar como o personagem Sirlei na novela “Mania de Você”, da TV Globo. “Somos fãs do ‘Mundo Bita’ desde sempre. Além de produzirem conteúdos lindos e educativos, eles têm um olhar para a infância e para o mundo o qual também acreditamos”, complementa Yasmin.
“Acompanhamos a Hora do Blec, literalmente, desde o nascimento do projeto. O Mundo Bita já tinha quase 10 anos quando conversamos bastante com Yasmin e David sobre a nossa caminhada, os erros e acertos. Então ver o Blec e sua turma ganhando o Brasil, cada vez mais populares e fortes, nos enche de orgulho. Nada mais natural do que essa parceria, que envolve a alegria do carnaval, amizade e admiração por um trabalho necessário”, comenta Chaps, criador do Mundo Bita, e um dos sócios da Mr. Plot, produtora responsável pela animação.
A Hora do Blec, lançada em 2020, foi criada com o objetivo de oferecer uma representação positiva da família negra e proporcionar uma experiência rica e multiétnica para as crianças. Desde então, o canal acumula mais de 61 milhões de visualizações, 1,5 milhão de horas de exibição e conta com 124 mil inscritos. Além disso, a série já possui produtos licenciados em parceria com a Endemol Shine Brasil, consolidando seu impacto no segmento infantil.
Por sua vez, o Mundo Bita, fenômeno infantil que já acumula mais de 19 bilhões de visualizações no YouTube, e conhecido por seus clipes musicais educativos e coloridos, segue encantando famílias com mensagens que promovem a inclusão, o aprendizado e a imaginação.
Os fãs da série ‘Eu, a Patroa e as Crianças’ podem comemorar! O ator Andrew McFarlane, que interpretou Tony, virá ao Brasil para participar da Comedy Con Brasil 2025, o maior evento de humor na América Latina, que será realizado nos dias 18, 19 e 20 de julho, na Biblioteca Parque Estadual, no Rio de Janeiro. Ele participará de um painel especial e uma sessão de autógrafos.
Em abril de 2024, o ator entrou na onda do ator Vincent Martella, de ‘Todo Mundo Odeia o Chris’, e postou uma foto com a frase “Eu amo meus fãs brasileiros”. Na época, com quase 70 mil seguidores no Instagram, o ator viralizou e hoje está com 437 mil.
Exibido durante muitos anos na grade do SBT, ‘Eu, a Patroa e as Crianças’ se tornou um fenômeno no Brasil e faz sucesso até hoje, garantindo memes e bordões. A série está disponível para assistir no YouTube e na Disney+.
A entrada do evento será gratuita, com opção solidária para doação de 1kg de alimento não perecível, que serão doados para instituições filantrópicas, além de garantir benefícios como descontos e prioridades em atividades. Os ingressos gratuitos estarão disponíveis no site para retirada, mas a data ainda não foi anunciada.
A programação reunirá diferentes formatos de humor, com mais nomes confirmados e espaços temáticos inéditos, dedicados à TV, stand-up, cinema e streaming, além de painéis sobre o futuro do humor na mídia brasileira.
O ator e comediante Big Jaum é responsável pela curadoria da Comedy Con Brasil 2025. Hoje, ele está em cartaz nos cinemas com o premiado ‘Kasa Branca’, sua primeira atuação de drama em um longa-metragem.
Acompanhe mais sobre o Comedy Con Brasil 2025 no site oficial. Clique aqui!
Um dossiê divulgado na manhã desta segunda-feira (27) pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) revelou o perfil das pessoas trans mais atingidas pela violência no Brasil em 2024. O dados mostram que no ano passado foram assassinadas 122 pessoas trans e travestisno país, o que representa uma redução de 16% em relação a 2023, quando foram registrados 145 assassinatos. Apesar da diminuição, o Brasil segue sendo o país que mais mata pessoas trans no mundo pelo 16º ano consecutivo.
A maioria das vítimas de assassinatos no ano passado era jovem, negra e pobre. Entre os casos em que foi possível determinar a raça, 78% das vítimas eram pessoas negras — sendo 45 identificadas como pardas e 22 como pretas. Além disso, a média de idade das vítimas foi de 32 anos, refletindo a baixa expectativa de vida da população trans no Brasil, que é de apenas 35 anos. Jovens entre 15 e 29 anos são especialmente vulneráveis, com risco de assassinato cinco vezes maior do que outras faixas etárias. Mulheres trans e travestis também estão entre as maiores vítimas de violência.
No último domingo (26), durante a II Marsha Trans Brasil, a Deputada Estadual, Érika Hilton fez um discurso reforçando a luta por uma existência plena: “Nós temos desespero pela vida porque a morte bate na nossa porta todos os dias. Porque a vida para nós é uma luta incansável. Para chegar até aqui, vimos muitas das nossas e dos nossos sendo deixados pelo caminho”, destacou.
A condição socioeconômica também está no topo dos fatores críticos para sobrevivência de pessoas trans. A maior parte das vítimas vivia em situação de pobreza, com muitas recorrendo ao trabalho sexual como única fonte de renda. Essa precarização não apenas aumenta a exposição à violência, como reforça o ciclo de exclusão.
Gênero e expressão
Travestis e mulheres trans representam 97% das vítimas de assassinatos registrados. Pessoas que expressam sua identidade de gênero de forma não normativa estão ainda mais vulneráveis, com a estética e a aparência frequentemente sendo usadas como justificativas para atos de violência.
Em comparação, homens trans e pessoas transmasculinas representam uma minoria nos dados de assassinatos, evidenciando um risco desproporcional enfrentado pelas pessoas transfemininas.
O dossiê da Antra reforça que a violência contra a população trans no Brasil é atravessada por um contexto racializado. A ausência de dados mais detalhados sobre raça em 90% das fontes analisadas é um indicativo da invisibilização dessas pessoas. Mesmo com essa limitação, os números disponíveis apontam para uma realidade em que ser jovem, negra, trans e pobre representa o ponto máximo de vulnerabilidade no país.
Na noite do dia de 25 de janeiro, feriado em São Paulo, assisti no Sesc Santana a peça de teatro: Furacão, de Laurent Gaudé, Amok Teatro. Foi uma grande e bela surpresa.
Um texto muito bom, que relata a história de uma mulher negra, idosa centenária, que enfrenta sozinha a fúria do Katrina, furacão que devastou o sul do Estados Unidos.
Um depoimento sobre o abandono, o desprezo, a indiferença com que são tratadas as vítimas de desastres climáticos. Uma peça com temas atualíssimos, que nos leva a nos identificar com as pessoas que ocupam o noticiário depois de um evento trágico provocado pela crise climática, mas trata, sobretudo, de racismo ambiental, de como eventos extremos impactam as populações mais desamparadas.
Sirlea Aleixo interpreta a mulher negra de 100 anos, Joséphine Linc Steelson. Uma representação que nos prende desde o início com uma força magnética que nos emociona em todos os instantes em que está em cena. Sirlea Aleixo marca a dramaturgia paulista com sua bela e destacada presença no palco do Sesc Santana. Ela é brilhante. Alguns segundos são suficientes para testemunharmos a existência de uma grande atriz.
Há que se registrar a criação e produção musical de Rudá Brauns e Aderson Ribeiro, a qual é um espetáculo à parte pela delicadeza e bom gosto na seleção de jazz e blues. Com uma cantora e atriz: Taty Aleixo, que nos alegra e toca no coração desde da abertura até bela interpretação de canção clássica Strange Fruit. Que belo trabalho!
As músicas, o texto e a interpretação de Sirlea formam um conjunto que impressiona pela forma harmônica com que passam a história de resiliência de uma mulher negra centenária, parecida com nossas avós e tias.
Eu assisti, e como de hábito quando gosto de uma peça de teatro volto muitas vezes e fico na primeira fila para puxar as palmas. Se você for, é possível que me encontre no teatro.
Adorei o que vi e vou levar muitos amigos. É uma grande página da dramaturgia negra em São Paulo, vale a pena prestigiar!
A Academia de Letras da Bahia (ALB) inaugurará, nesta quinta-feira (30), a Galeria Juarez Paraíso, que homenageará o escultor, pintor, gravador e desenhista baiano que dará nome ao espaço. O novo espaço estará localizado na sede da instituição, o Palacete Góes Calmon, no bairro de Nazaré.
Juarez Paraíso, de 90 anos, ocupa a Cadeira 39 da ALB e integra a segunda geração de artistas modernos da Bahia, ao lado de nomes como Calasans Neto, Sante Scaldaferri e Jenner Augusto. A curadoria da galeria, que contará com obras de artistas como Almandrade, Ana Kruschewsky, Celso Cunha e Davi Caramelo, entre outros, foi assinada por Angela Petitinga e Erickson Britto.
A homenagem é destacada pelo presidente da ALB, Ordep Serra, que ressalta a importância de Juarez Paraíso para a arte brasileira: “Ele é um dos maiores do Brasil e estamos muito honrados em prestar essa justa e merecida homenagem.”
Além da abertura da galeria, o evento contará com a palestra “O Direito Autoral nas Artes Plásticas”, ministrada pelo advogado e procurador do Município, Rodrigo Moraes. Moraes, também professor da UFBA, abordará a relevância do direito autoral no cenário contemporâneo, com foco nas questões específicas do setor das artes plásticas. “O objetivo é esclarecer os artistas plásticos brasileiros, muitos dos quais ainda enfrentam desinformação sobre o tema”, explica Moraes.
A inauguração da Galeria Juarez Paraíso ocorrerá a partir das 17h, com entrada gratuita e aberta ao público. O evento também contará com a presença do artista.
SERVIÇO
O que: Inauguração da Galeria Juarez Paraíso, na Academia de Letras da Bahia, com presença do artista e palestra ‘O Direito Autoral nas Artes Plásticas’, ministrada por Rodrigo Moraes. Quando: Quinta-feira, 30 de janeiro, a partir das 17h Onde: Sede da Academia de Letras da Bahia – Palacete Góes Calmon, Avenida Joana Angélica, 198, Nazaré, Salvador Aberto e gratuito
Em meio a tensões diplomáticas, o presidente colombiano, Gustavo Petro, respondeu com veemência às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump. A medida foi anunciada após a Colômbia inicialmente se recusar a aceitar deportados colombianos, apontando críticas ao tratamento dado aos imigrantes durante o processo de deportação feito pelos Estados Unidos.
Trump ameaçou taxar em até 50% os produtos colombianos exportados para os EUA, suspender a emissão de vistos para cidadãos colombianos e revogar permissões já concedidas. Em comunicado, a Casa Branca afirmou que as tarifas só serão aplicadas caso Bogotá descumpra o novo acordo firmado entre os países, que prevê a aceitação irrestrita de cidadãos deportados, inclusive em aeronaves militares americanas. O governo colombiano disponibilizou um avião oficial para buscar os imigrantes ‘sob condições dignas’, anunciou.
Em resposta, Petro publicou um texto contundente em que abordou o histórico de exploração colonial, a resistência de povos indígenas e africanos e fez duras críticas à postura do presidente norte-americano. “A Colômbia agora deixa de olhar para o norte, olha para o mundo, o nosso sangue vem do sangue do Califado de Córdoba, da civilização daquela época, dos romanos latinos do Mediterrâneo, da civilização daquela época, que fundou a república, democracia em Atenas; Nosso sangue tem os negros resistentes transformados em escravos por você. Na Colômbia é o primeiro território livre da América, antes de Washington, em toda a América, lá me refugio nas suas canções africanas”, escreveu Petro.
O presidente colombiano destacou a relevância da Colômbia como “coração do mundo” e fez um apelo à valorização das contribuições culturais e históricas de seu país, citando figuras como Simón Bolívar e a riqueza da tradição indígena e africana. Em uma clara resposta à ameaça tarifária de Trump, Petro afirmou: “Se você impõe uma tarifa de 50% sobre o fruto do nosso trabalho humano, eu faço o mesmo. Que nosso povo plante o milho que foi descoberto na Colômbia e alimente o mundo”.
“Não posso permitir que migrantes permaneçam em um país que não os quer; mas se esse país os enviar de volta, deve ser com dignidade e respeito por eles e pelo nosso país”, escreveu. “Com a sua força econômica e arrogância, pode tentar levar a cabo um golpe de Estado como fizeram com Allende. Mas eu morro na minha lei, resisti à tortura e resisto a você. Não quero traficantes de escravos perto da Colômbia, já tínhamos muitos e nos libertamos. O que quero ao lado da Colômbia são os amantes da liberdade. Se você não puder me acompanhar, irei para outro lugar. A Colômbia é o coração do mundo e vocês não entenderam, esta é a terra das borboletas amarelas, da beleza dos Remedios, mas também dos coronéis Aurelianos Buendía, dos quais sou um deles, talvez o último”.
Deportações e reações
Após dias de intensas negociações, a Colômbia deve receber o primeiro grupo, composto por 160 pessoas sob condições dignas, segundo o chanceler colombiano. Um avião oficial foi disponibilizado para evitar o transporte nas condições consideradas degradantes utilizadas pelos EUA: “O governo colombiano garantirá que os cidadãos retornem como sujeitos de direitos”, declarou o chanceler em coletiva. Apesar disso, a retaliação americana sobre vistos permanece em vigor até a efetiva chegada dos deportados.
Petro também mencionou os mais de 15 mil americanos que vivem irregularmente na Colômbia, insinuando possíveis medidas contra eles. “Nosso povo saberá conquistar sua dignidade sem abrir mão da liberdade”, afirmou.
No último sábado (25), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil classificou como “degradante” o tratamento recebido pelos brasileiros deportados dos Estados Unidos que chegaram a Manaus. Eles foram algemados em um voo comercial de deportação e denunciaram terem sofridos maus-tratos durante o voo, além disso, o avião, com os 88 passageiros brasileiros e mais 16 agentes de segurança norte-americanos, além de oito tripulantes teve que pousar em Manaus, capital do Amazonas, depois de sofrer com problemas técnicos.
Autoridades brasileiras ordenaram a retirada das algemas e o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva ordenou que um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) completasse a viagem. A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania do Brasil, Macaé Evaristo, classificou como “graves” as denúncias feitas pelos migrantes brasileiros. À imprensa ela afirmou que as políticas imigratórias dos países não podem violar os direitos humanos.
Confira a declaração completa escrita por Petro após Trump anunciar a sanção:
“Trump, não gosto muito de viajar para os EUA, é meio chato, mas confesso que tem coisas que valem a pena, gosto de ir aos bairros negros de Washington, lá vi toda uma briga na capital dos EUA entre negros e latinos com barricadas, o que me pareceu estúpido, porque deveriam se unir.
Confesso que gosto de Walt Withman e Paul Simon e Noam Chomsky e Miller
Confesso que Sacco e Vanzetti, que têm o meu sangue, na história dos Estados Unidos, são memoráveis e os sigo. Eles foram assassinados por líderes operários com a cadeira elétrica, pelos fascistas que estão dentro dos EUA e também dentro do meu país
Não gosto do seu petróleo, Trump, vai destruir a espécie humana por causa da ganância. Talvez um dia, tomando um whisky, que aceito, apesar da minha gastrite, possamos conversar francamente sobre isso, mas é difícil porque vocês me consideram uma raça inferior e eu não sou, nem nenhum colombiano é.
Então, se você conhece alguém que é teimoso, sou eu, ponto final. Com a sua força econômica e arrogância, pode tentar levar a cabo um golpe de Estado como fizeram com Allende. Mas eu morro na minha lei, resisti à tortura e resisto a você. Não quero traficantes de escravos perto da Colômbia, já tínhamos muitos e nos libertamos. O que quero ao lado da Colômbia são os amantes da liberdade. Se você não puder me acompanhar, irei para outro lugar. A Colômbia é o coração do mundo e vocês não entenderam, esta é a terra das borboletas amarelas, da beleza dos Remedios, mas também dos coronéis Aurelianos Buendía, dos quais sou um deles, talvez o último
Você vai me matar, mas eu sobreviverei na minha cidade que é anterior à sua, nas Américas. Somos pessoas dos ventos, das montanhas, do Mar do Caribe e da liberdade
Você não gosta da nossa liberdade, ok. Eu não aperto a mão de traficantes de escravos brancos. Aperto a mão dos herdeiros libertários brancos de Lincoln e dos meninos camponeses negros e brancos dos Estados Unidos, em cujos túmulos chorei e rezei num campo de batalha, ao qual cheguei, depois de caminhar pelas montanhas da Toscana italiana e depois de salvar eu mesmo de cobiça.
Eles são os Estados Unidos e diante deles eu me ajoelho, diante de mais ninguém.
Faça-me presidente e as Américas e a humanidade responderão.
A Colômbia agora deixa de olhar para o norte, olha para o mundo, o nosso sangue vem do sangue do Califado de Córdoba, da civilização daquela época, dos romanos latinos do Mediterrâneo, da civilização daquela época, que fundou a república, democracia em Atenas; Nosso sangue tem os negros resistentes transformados em escravos por você. Na Colômbia é o primeiro território livre da América, antes de Washington, em toda a América, lá me refugio nas suas canções africanas.
A minha terra é da ourivesaria existente na época dos faraós egípcios, e dos primeiros artistas do mundo em Chiribiquete.
Você nunca nos dominará. O guerreiro que cavalgou nossas terras, gritando liberdade e cujo nome é Bolívar, se opõe
Nosso povo é um tanto medroso, um tanto tímido, é ingênuo e gentil, amoroso, mas saberá conquistar o Canal do Panamá, que você nos tirou com violência. Duzentos heróis de toda a América Latina jazem em Bocas del Toro, atual Panamá, antiga Colômbia, que você assassinou.
Eu levanto uma bandeira e como disse Gaitán, mesmo que fique sozinho, ela continuará a ser hasteada com a dignidade latino-americana que é a dignidade da América, que o seu bisavô não conhecia, e o meu sim, Senhor Presidente , um imigrante nos Estados Unidos,
Seu bloqueio não me assusta; porque a Colômbia, além de ser o país da beleza, é o coração do mundo. Eu sei que você ama a beleza como eu, não a desrespeite e ela lhe dará sua doçura.
A COLÔMBIA ESTÁ ABERTA AO MUNDO TODO A PARTIR DE HOJE, DE BRAÇOS ABERTOS, SOMOS CONSTRUTORES DE LIBERDADE, VIDA E HUMANIDADE.
Eles me informaram que vocês colocaram uma tarifa de 50% sobre o fruto do nosso trabalho humano para entrar nos EUA, eu faço o mesmo.
Que nosso povo plante o milho que foi descoberto na Colômbia e alimente o mundo”
A produção de “Tempo Rei”, turnê de despedida de Gilberto Gil, está diante de um impasse relacionado à exibição de um dos momentos mais emblemáticos da carreira do cantor. Para compor o material visual que será projetado durante os shows, a equipe solicitou à TV Record um trecho da apresentação de Gil no Festival da Record de 1967, quando ele conquistou o segundo lugar com a música “Domingo no Parque”.
A emissora, no entanto, surpreendeu ao cobrar US$ 10 mil pela cessão das imagens, valor considerado incomum, já que licenças desse tipo geralmente são concedidas sem custos, especialmente quando envolvem registros de figuras públicas, informou a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo. A exigência financeira foi recusada pela produção do artista, que agora avalia alternativas diante da possibilidade de excluir o trecho da narrativa visual da turnê.
“Tempo Rei” estreia em 15 de março, na Arena Fonte Nova, em Salvador, e percorrerá diversas cidades ao longo de 2025, encerrando-se em Recife no dia 22 de novembro. O espetáculo é uma celebração das seis décadas de trajetória de Gilberto Gil, combinando músicas marcantes a uma linha do tempo exibida em telões de LED.
Flora Gil, esposa e produtora do cantor, compartilhou a notícia do impasse nas redes sociais, sem emitir comentários adicionais. Até o momento, a Record não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
A África, um continente exuberante em diversidade histórica e cultural, abriga mais de 2.000 línguas. Entre essa riqueza linguística, está o português em seis dos seus 54 países, os PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial. Com a colonização, o português se tornou a língua oficial desses países, exceto no último. No entanto, as línguas locais resistiram e continuam a ser faladas em comunidades, transmitindo conhecimentos ancestrais e fortalecendo a identidade cultural.
Antes da chegada dos portugueses, diversas línguas africanas já eram faladas nesses territórios. Em Angola, por exemplo, cerca de 40% da população fala Kimbundu, uma língua Bantu que é fundamental para a identidade cultural de muitas comunidades. O Umbundu e o Kikongo também eram amplamente utilizados antes da colonização. Já em Moçambique, a diversidade é ainda maior, com mais de 40 línguas nacionais, sendo Emakhuwa a mais falada.
Em países como Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, onde a população antes da colonização era consideravelmente pequena (há relatos de que eram territórios inabitados), o crioulo, uma língua que combina elementos do português e das línguas africanas, emergiu como principal forma de comunicação. Em Cabo Verde, quase toda a população fala o crioulo como língua materna, assim como em São Tomé e Príncipe, onde a língua tem nome de forro ou são-tomense. Guiné-Bissau também possui uma rica variedade linguística, sendo o crioulo guineense sendo a língua franca, com cerca de 70% da população falando diariamente.
Já Guiné Equatorial, onde mais de 60% da população falam espanhol, fez uma escolha estratégica ao adotar o português como língua co-oficial mais recentemente. Essa decisão visa fortalecer os laços com a comunidade lusófona e impulsionar o desenvolvimento do país, mas o Fang continua sendo uma língua muito mais falada, especialmente nas áreas rurais, já que a introdução do português é gradativa.
Em 1996, os PALOP, Portugal e o Brasil criaram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Essa questão linguística estreita ainda mais os laços entre a África e o Brasil, especialmente para a população afrodescendente brasileira, pois, além de ser mais um elo histórico, através da literatura, oferece à população afrodescendente brasileira a oportunidade de reconectar-se com suas raízes, ampliar o conhecimento sobre a África, fortalecer a identidade negra, além de facilitar o acesso a outros saberes, como História da África, Filosofia e pensamento africano, música e artes visuais.
O jornalista Marcelo Pereira está prestes a dar um passo marcante em sua trajetória profissional: ele irá comandar o ‘Bom Dia Sábado’, o novo telejornal da TV Globo, que estreia em 1º de fevereiro. Esta é a primeira vez que ele assume o papel de titular em um jornal de rede nacional, direto de São Paulo, ao lado de Sabina Simonato, com a participação ao vivo de repórteres espalhados por vários pontos do país, trazendo as notícias mais atualizadas e de interesse do público.
“Chegar ao posto de âncora num telejornal da TV Globo para um homem negro de origem simples e sonhador é a realização de um sonho. Sempre fui apaixonado por comunicação e o telejornalismo foi onde me encontrei. Vi no jornalismo na TV a oportunidade de ser voz para quem quer e precisa ser ouvido pelas autoridades e que grita dentro de uma sociedade que, infelizmente, ainda exclui os mais pobres, que são responsáveis por movimentar a economia do nosso país”, disse Marcelo em entrevista ao Mundo Negro.
Responsável pela previsão do tempo no ‘Hora 1’ e no ‘Em Ponto’, da GloboNews, Marcelo Pereira passou por outras afiliadas antes de chegar na Globo SP e encara o novo desafio com muito otimismo. “Eu aprendi muito sobre os perfis de público, o que as pessoas gostam e o que elas querem ver num telejornal. E o que sempre ouvi dessas pessoas nas ruas é que queriam um jornal leve, que fale como elas no dia a dia, elas querem ser representadas de alguma forma”, afirma.
O ‘Bom Dia Sábado’ vai ao ar em rede para quase todas as praças do país, as demais seguirão com suas versões locais do jornal e outras ainda com formato híbrido (parte em rede e parte local).
Marcelo Pereira (Foto: Globo/ Bob Paulino)
Leia a entrevista completa abaixo:
Marcelo, você está prestes a se tornar âncora de um telejornal da TV Globo, um marco bem significativo. O que essa conquista representa para você enquanto homem negro no jornalismo brasileiro?
Marcelo: Chegar ao posto de âncora num telejornal da TV Globo para um homem negro de origem simples e sonhador é a realização de um sonho. Sempre fui apaixonado por comunicação e o telejornalismo foi onde me encontrei. Vi no jornalismo na TV a oportunidade de ser voz para quem quer e precisa ser ouvido pelas autoridades e que grita dentro de uma sociedade que, infelizmente, ainda exclui os mais pobres, que são responsáveis por movimentar a economia do nosso país.
Como está sendo a sua preparação com a Sabina Simonato para criar uma sintonia que conecte com o público?
Marcelo: Eu e a Sabina nos tornamos amigos com o passar do tempo trabalhando juntos nos telejornais da casa, eu na previsão do tempo e ela no radar do Bom Dia São Paulo. Algumas vezes ela ancorando nos plantões de fim de semana e eu com o boletim meteorológico ao lado dela. A afinidade e o jeito de informar e comunicar de forma simples nos uniu ainda mais como profissionais e amigos. Respeitamos o espaço um do outro sem jamais perder o respeito e o carinho. Acredito que isso chega de alguma forma ao telespectador.
Você trabalhou em diversas afiliadas antes de chegar à Globo SP. Como essas experiências moldaram o profissional que você é hoje? Quais as expectativas para essa nova etapa da sua carreira?
Marcelo: Depois de passar por três afiliadas da TV Globo (Rede Amazônica, TV Anhanguera e TV Fronteira), eu aprendi muito sobre os perfis de público, o que as pessoas gostam e o que elas querem ver num telejornal. E o que sempre ouvi dessas pessoas nas ruas é que queriam um jornal leve, que fale como elas no dia a dia, elas querem ser representadas de alguma forma. Um negro ali significa muita coisa para a vida e a história de um povo sofrido, lembrado pelo trabalho escravo e que convive em meio ao racismo que está impregnado de forma estrutural na nossa sociedade. Em alguns lugares, eu fui o primeiro apresentador negro daquele local. E isso é muito gratificante quando você une carinho, competência e representatividade. Me tornar um âncora de rede na TV Globo é um sonho e ao mesmo tempo uma felicidade gigantesca em poder representar meu povo, minha gente, minha raça, podendo ser quem eu sou e voz para todos sem exclusões.