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Relatório aponta aumento de 12,4% na violência contra mulheres em 2024 e expõe impacto desproporcional sobre mulheres negras

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Um relatório divulgado pela Rede de Observatórios da Segurança revelou um aumento de 12,4% nos casos de violência contra mulheres em 2024, nos estados monitorados, em comparação com o ano anterior. Foram registrados 4.181 eventos de violência, sendo que o dado inclui o estado do Amazonas, que passou a integrar a rede em 2024. Quando considerados apenas os estados que já faziam parte da rede em 2023, o número de casos chegou a 3.577, mantendo a mesma taxa de crescimento de 12,4%.

O estudo também destacou que a violência de gênero atinge de forma mais severa as mulheres negras, evidenciando a interseccionalidade entre machismo e racismo. Segundo o relatório, mulheres negras sofrem uma violência “duplicada ou triplicada” devido às múltiplas discriminações que enfrentam, o que as coloca em uma posição de extrema vulnerabilidade.

Dados por estado e desigualdades raciais

Na Bahia, apesar de uma redução geral nos casos de violência contra mulheres, 19,6% das vítimas com raça/cor identificada eram negras, o que reforça o papel do racismo na perpetuação da violência. No Pará, as mulheres negras foram as mais afetadas pelos feminicídios, representando 12 dos 41 casos registrados em 2024. No entanto, a falta de dados raciais consistentes em vários estados dificulta uma análise completa do problema. No Amazonas, por exemplo, 97,5% dos casos não tinham informação sobre raça/cor da vítima, enquanto na Bahia esse índice foi de 73,9%, no Maranhão de 93,7% e no Piauí de 97,2%. No Rio de Janeiro, 33 das 63 vítimas de feminicídio não tiveram sua raça/cor registrada.

Fatores estruturais e desafios

O relatório apontou diversos fatores que contribuem para a violência contra mulheres, como a persistência de uma sociedade machista, a centralidade da figura masculina como agente das violências e a interseccionalidade com outras formas de opressão, como racismo, homofobia e transfobia. Mulheres trans, indígenas e com deficiência também foram destacadas como grupos especialmente vulneráveis.

No estado de Pernambuco, o relatório destaca que, entre os nove estados monitorados, é a região do país que registrou mais casos de transfeminicídio entre todos os estados – seis do total de 12. O relatório também aponta que mulheres trans são especialmente vulnerabilizadas pelas violências institucionais, que dificultam a denúncia e o acesso à rede de proteção e até mesmo à coleta de dados.

Dados gerais

  • Aumento geral da violência: Houve um aumento geral de 12,4% nos eventos de violência contra mulheres nos estados monitorados em 2024, excluindo o Amazonas que não fazia parte da rede em 2023.
  • São Paulo registrou o maior número absoluto de eventos de violência contra mulheres, com 1.177 casos, um aumento de 12,4% em relação a 2023.
  • O Rio de Janeiro teve 633 casos, um aumento de 12 em relação ao ano anterior.
  • Os maiores aumentos percentuais foram observados no Maranhão (87,2%) e no Pará (73,2%). O Ceará também apresentou um aumento significativo de 21,1%, sendo o período mais violento nos últimos sete anos. O Piauí registrou um aumento de 17,8%.
  • A Bahia e Pernambuco apresentaram redução nos números de violência contra mulheres. A Bahia teve uma redução de 30,2%, e Pernambuco, de 2,2%. Apesar da redução, Pernambuco foi o segundo estado com mais mortes de mulheres (feminicídio, transfeminicídio e homicídio).

Feminicídio e Transfeminicídio:

  • Foram registrados 531 casos de feminicídio nos estados monitorados em 2024.
  • São Paulo teve o maior número de feminicídios monitorados entre os nove estados.
  • O Maranhão teve 54 vítimas de feminicídio, com 85,2% dos casos sendo cometidos por parceiros e ex-parceiros.
  • No Pará, 39,0% dos 41 feminicídios vitimaram mulheres de 18 a 39 anos, e parceiros ou ex-parceiros foram responsáveis por 26 desses casos.
  • Em Pernambuco, parceiros e ex-parceiros foram os autores de 35 dos 69 feminicídios. O estado também registrou seis transfeminicídios, o maior número entre os estados monitorados.
  • No Piauí, foram registrados 36 feminicídios e 57 tentativas.
  • Na Bahia, 34 dos 46 feminicídios não tiveram identificação de raça/cor.
  • No Ceará, houve 45 casos de feminicídio em 2024.
  • O Amazonas registrou 33 feminicídios em 2024.

Violência Sexual e Estupro:

  • Houve um aumento de 70,5% nos crimes de violência sexual e estupro nos estados monitorados.
  • No Amazonas, dos 604 eventos de violência registrados, 229 envolveram violência sexual. Alarmantemente, 84,2% das vítimas de violência sexual no Amazonas tinham de 0 a 17 anos.
  • O Rio de Janeiro registrou 103 eventos de violência sexual.
  • Em São Paulo, a violência sexual representou uma parcela significativa das qualificadoras, com 213 casos.
  • O Maranhão teve 61 casos de violência sexual.

Outras formas de violência:

  • Houve um incremento de 22,1% nos homicídios e 3,1% nas tentativas de feminicídio e agressões físicas nos estados monitorados.
  • Em Pernambuco, foram registradas 87 tentativas de feminicídio e agressões físicas, além de 92 homicídios. 129 eventos de violência no estado envolveram arma de fogo.
  • O Ceará teve 80 casos de homicídio e de tentativa.
  • No Pará, foram registrados 96 casos de agressão com arma de fogo e 95 com facas e objetos cortantes. O estado também teve 69 homicídios de mulheres.
  • Em São Paulo, os crimes com intenção letal (feminicídios, homicídios e tentativas) totalizaram 69,6% dos casos. 53 feminicídios em São Paulo foram cometidos com objetos cortantes.
  • O Rio de Janeiro apresentou a particularidade de ter 20,3% dos eventos violentos cometidos por agentes da segurança pública.

Dificuldade de acolhimento institucional às vítimas de violência

A falta de políticas públicas eficazes e a dificuldade de acesso a serviços de denúncia, como as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), foram apontadas como barreiras significativas. Além disso, a morosidade do sistema judiciário, a impunidade dos agressores e a falta de treinamento adequado para profissionais da segurança pública e saúde contribuem para a subnotificação e a perpetuação do ciclo de violência.

O relatório reforça a necessidade de políticas públicas que considerem as especificidades das diferentes formas de violência, especialmente aquelas que afetam mulheres negras e outros grupos vulneráveis. A falta de dados raciais consistentes e a subnotificação de casos são desafios que precisam ser superados para que haja uma resposta mais eficaz do Estado.

A Rede de Observatórios da Segurança destacou ainda a importância da luta feminista na visibilização das violências e na conquista de direitos, mas alertou para a necessidade de maior investimento em serviços de apoio às vítimas e em ações de conscientização masculina. “A violência de gênero é um fenômeno complexo que exige respostas igualmente complexas e intersetoriais”, concluiu o relatório.

FOTO 3X4: Mestre Markinhos, mestre de bateria e agente comunitário

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Foto: @photoclubber @riotur.rio

Texto: Rodrigo França

Nas ruas de São Gonçalo, nasceu um menino que seria feito de ritmo e resistência. Criado entre o morro do Salgueiro e a Piedade, forjado no amor de uma mãe que soube ser rocha e de um pai que fez do tambor seu verbo, Mestre Markinhos (@mstmarkinhos) cresceu aprendendo que a vida se faz na cadência. Mas, no compasso de sua história, não bastava apenas tocar: era preciso afirmar-se, ser e existir com todo o brilho e força de quem carrega um legado e constrói outro.

Desde pequeno, sua sina era o samba. Quando pegou o chocalho, instrumento que muitos viam com desdém, já enfrentava os primeiros olhares tortos. “Filho de mestre tem que ser surdo, repique, caixa!” – diziam, sem entender que a grandeza do ritmo está na soma de cada batida, no entrelaçar dos sons que constroem a festa e a fé de um povo. Markinhos fez do chocalho seu estandarte, mas não demorou para que as críticas mudassem de tom. Já não se tratava mais do instrumento, e sim do corpo que vestia sua verdade. Cabelo solto, salto alto, trejeitos que a sociedade insiste em tentar encaixar em normas invisíveis. Mas Markinhos nunca pediu licença para ser. Ele chegou, ocupou e brilhou.

Na bateria, o destino já estava traçado. A escola mirim foi a primeira avenida, mas foi ao lado do pai, Mestre Marcão, que ele aprendeu o rigor e a paixão de comandar um coração pulsante de ritmo. Tornou-se diretor de bateria ainda jovem e, desde então, não largou mais o bastão. Quem vê o Paraíso do Tuiuti ressoar pela Sapucaí sabe que ali há um mestre que rege com alma, com corpo, com entrega. E faz isso no salto – não apenas o de doze centímetros, mas o salto histórico de um menino que ousou ser diferente num espaço que tantas vezes rejeitou o que não se encaixa.

Foto: @s1carnaval @s1fotografiaecomunicacao

Mas Markinhos não é só carnaval. No dia a dia, o batuque se transforma em cuidado. No posto de saúde próximo de casa, ele é agente comunitário, escutando histórias, amparando vidas, sendo ponte entre a comunidade e a dignidade. Essa dualidade é sua marca: no asfalto, no morro, na avenida ou no consultório improvisado do SUS, ele sabe que sua missão é maior do que apenas tocar. Seu sonho não é só o de ver a bateria ecoando pelo mundo – é o de garantir que sua família esteja bem, que seu espaço esteja firmado, que sua presença seja um manifesto de liberdade.

Seus pés, que já pisaram ao lado de Madonna, seguem firmes no chão da sua ancestralidade. Markinhos carrega o axé dos seus, a força de sua mãe incansável, o legado de um pai resiliente, a proteção de uma tia que lhe deu lar. Suas referências são muitas: as irmãs, as sobrinhas, os ícones da música, da política, das lutas que ampliam caminhos para outros corpos e vozes.

E se há um legado que ele quer deixar, é esse: a certeza de que ele foi inteiro, sempre. Que não há por que pedir permissão para ser o que se é. Que ninguém tem o direito de decidir que versão de si mesmo merece existir. Markinhos rege uma bateria, mas também rege sua própria história. E quem ousar desviar o olhar, cedo ou tarde, vai precisar aplaudir.

Alan Rocha reflete sobre ética jornalística e coragem de seu personagem, ‘Flávio Godoy’, no filme “Vitória”: “Um ensinamento bonito para todos nós”

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Foto: Reprodução

Em “Vitória”, filme que estreia nesta quinta-feira (13) nos cinemas brasileiros, Alan Rocha vive Flávio Godoy, um jornalista inspirado no repórter Fábio Gusmão, autor do livro “Dona Vitória da Paz”, que deu origem ao longa. Em entrevista ao Mundo Negro, o ator falou sobre os desafios de interpretar um personagem real e a importância de retratar com respeito a história de Joana Zeferino da Paz, idosa que denunciou um esquema de tráfico de drogas no Rio de Janeiro.

Dirigido por Andrucha Waddington e com Fernanda Montenegro no papel de ‘Vitória da Paz’, o filme retrata a coragem de Joana, que, em 2005, gravou cenas de traficantes armados vendendo drogas na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana e também registrou a omissão de policiais militares que faziam “vista grossa” para o crime organizado. Com a ajuda do jornalista Fábio Gusmão, as imagens foram entregues à Polícia Civil e a reportagem divulgada, resultando na prisão de mais de 30 pessoas. No entanto, Joana passou 17 anos no Programa de Proteção à Testemunha, mantendo-se no anonimato até sua morte, em 2023.

Alan Rocha, que interpreta o jornalista, que ao lado de Joana conseguiu expor os crimes, destacou a complexidade do personagem: “O Flávio Godoy é um profissional que, ao mesmo tempo em que busca a notícia, tem um cuidado enorme com a pessoa por trás da história. Ele não publica as fitas imediatamente; primeiro, garante que Joana esteja protegida. Isso mostra o respeito ao próximo e à profissão”, explicou o ator.

“O respeito dele em não publicar logo, em ter um cuidado, ter um zelo de saber que ela estaria totalmente protegida é um dos ensinamentos mais bonitos que eu vejo do Flávio nessa história. O respeito ao próximo, o respeito com a sua profissão, o respeito com a sua história e com o que ele poderia oferecer ao público fosse feito de uma forma mais honesta e mais sincera possível dentro desse respeito e desse laço que ele criou com a Dona Nina”, diz o ator ao lembrar como o jornalista Fábio Gusmão, que inspirou seu personagem Flávio Godoy, foi cuidadoso com a apuração dos fatos e ao garantir que Joana da Paz tivesse sua identidade protegida e ganhasse proteção do Estado antes da denúncia chegar à imprensa.

Para preparar o papel, Rocha buscou se aproximar do universo do jornalismo e do próprio Fábio Gusmão, que inspirou o personagem. “Eu pedi para a produção me colocar em contato com o Fábio. Queria entender o lugar dele na história, sua seriedade e comprometimento. Ao mesmo tempo, tive que acessar o Flávio mais jovem, que era menos experiente na época dos fatos”, contou.

O ator também ressaltou a evolução da relação entre Flávio Godoy e Joana ao longo do filme. “No início, ele vê nela uma fonte importante para uma grande reportagem, mas, com o tempo, percebe que está lidando com uma pessoa que precisa de proteção. A relação deles vai se transformando em algo afetivo, porque ele passa a se preocupar genuinamente com ela”, disse Rocha.

A história real de Joana, que comprou uma câmera com suas economias para documentar o crime organizado em seu bairro, impressionou o ator. “Ela era uma mulher comum, aposentada, que decidiu agir para ter paz. Sua coragem é inspiradora, especialmente em uma época em que não havia celulares para documentar crimes como hoje”, afirmou.

“A gente hoje em dia passa por momentos como esses. Mas temos nosso celular para poder mostrar muito do que vem acontecendo no Brasil de crime, de violência, de crime, de racismo e tantas outras coisas. Então eu acho que esse filme, quando mostra essa mulher, mostra a sua força, mostra a sua coragem nessa época, que não tinha como provar como hoje. Mostra que a gente tem que cada vez mais como nos proteger, nos resguardar e usar essa ferramenta como arma também para poder nos proteger e proteger os nossos também”, destacou.

Rocha também destacou a importância do filme para refletir sobre o papel do jornalismo investigativo. “O Flávio Godoy mostra que é possível fazer um trabalho sério, com ética e respeito. Ele não expõe Joana; ele a protege. Isso é um ensinamento bonito para todos nós”, disse.

Momento emblemático em cena

Ao falar sobre um momento especial vivenciado no set de gravações, Alan Rocha lembrou de um discurso de Fernanda Montenegro, que enalteceu o trabalho e o caminho de mais de 15 nos percorrido desde que a ideia de gravar o filme começou a ser desenvolvida até chegar à gravação da última cena: “Teve um momento muito emblemático para todos nós, tanto para mim como para a equipe, foi no último dia de cena. Dona Fernanda quando acabou deu um discurso tão bonito, falando do caminho que o filme percorreu até aquele momento, desde o Breno, desde um monte de coisa que foi acontecendo nesse percurso e da do Andrucha ter pego o filme e também do quanto que a gente, que a nossa cultura vem sofrendo. Então ela traz esse lugar, traz a questão de a gente estar ali com o final. E mesmo que vacinados, tinha toda a questão de pegar Covid também. A cultura vem fazendo trabalhos lindos, então ela traz isso também e o cinema vem fazendo vários trabalhos lindos, a prova disso é o ‘Ainda estou aqui’ e agora a ‘Vitória’ para que a nossa cultura seja cada vez mais valorizada. E que os patrocínios possam chegar de forma que venham fortes porque a cultura é o que move a todos nós, move um país e a gente precisa acreditar nisso e levar a cultura cada vez mais a sério”.

Além de Alan Rocha e Fernanda Montenegro, o elenco de “Vitória” inclui Linn da Quebrada, Laila Garin e Thawan Lucas. O filme é um tributo à coragem de Joana Zeferino da Paz e um alerta sobre a importância de proteger aqueles que lutam por justiça. Para Rocha, a mensagem que fica é clara: “Precisamos valorizar histórias como a de Joana e profissionais como o Flávio, que fazem a diferença com integridade”.

Issa Rae surge em primeiras imagens da 7ª temporada de ‘Black Mirror’ e lidera novo episódio de romance

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Foto: Netflix

Issa Rae impressiona com suas primeiras aparições no primeiro trailer da sétima temporada de ‘Black Mirror’, divulgado nesta quinta-feira (13). A nova leva de episódios da antologia de ficção científica de Charlie Brooker promete mais um mergulho na distopia digital.

Rae e Paul Giamatti são vistos testando um aparelho, com ele atravessando o limite da realidade ao pular para dentro de uma fotografia, enquanto ela se encontra em um ambiente ao lado de Emma Corrin, cercada por figuras com um realismo perturbador. “Só lembre-se de que eles são IAs. Para eles, isso é real”, diz Awkwafina, que também integra o elenco.

Estrelado por Issa Rae e Emma Corrin, ‘Hotel Reverie’ é nome do novo episódio de romance em preto e branco. Dirigido por Haolu Wang, o episódio traz Corrin no papel da estrela de cinema dos anos 1940 Dorothy Chambers e Rae como a A-lister contemporânea Brandy Friday. A personagem de Issa é jogada dentro de um mundo simulado via a tecnologia ‘Redream’, que a transporta para a realidade de Hotel Reverie, um clássico fictício de Hollywood estrelado pela Chambers. Enquanto isso, o estúdio Keyworth, em crise, aposta na IA para se reinventar.

Em entrevista à Empire Magazine, Issa Rae disse que o episódio parece “uma mistura de um monte dos meus favoritos, como ‘San Junipero’ e ‘Striking Vipers’“. A estrela revelou que ficou impactada com a forma como a produção traduz a realidade da indústria do cinema hoje. “Parecia extremamente… possível”, comentou. “E é isso que torna Black Mirror tão assustador. Dá pra imaginar isso acontecendo sem esforço, ainda mais em um mercado que, às vezes, parece desesperado por criatividade”.

Também integram o elenco da nova temporada Tracee Ellis Ross, Siena Kelly, Paul G. Raymond, e o retorno do ator Osy Ikhile na continuação do episódio ‘USS Callister’.

Veja o trailer da 7ª temporada de Black Mirror:

Gravação revela que acusadora de Jay-Z admitiu mentir sobre agressão sexual

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ALERTA DE GATILHO – Uma gravação obtida pela ABC News revela que a mulher que acusou o rapper Jay-Z e o produtor Sean ‘Diddy’ Combs de agressão sexual após o MTV Video Music Awards de 2000, teria admitido que Jay-Z não a agrediu e que foi pressionada por seu advogado a processar o artista. O caso, que ganhou repercussão no final de 2024, foi retirado com “prejuízo”, o que significa que não pode ser reaberto.

No áudio, um trecho do qual foi divulgado pela ABC News, a mulher, identificada como Jane Doe, conversa com dois investigadores particulares associados a Jay-Z. Quando questionada se o rapper “teve algo a ver com qualquer ato sexual” com ela, Doe respondeu: “Não”. Ela também afirmou que foi pressionada por seu advogado, Tony Buzbee, a incluir Jay-Z no processo. “Foi ele quem me empurrou para seguir em frente com ele, com Jay-Z”, disse a mulher na gravação.

Buzbee, no entanto, negou veementemente as alegações. “Quanto à sugestão de que eu pressionei Jane Doe a abrir um processo contra Jay-Z, isso é uma mentira descarada que é diretamente contrária a todas as evidências documentais”, afirmou o advogado em uma declaração à ABC News. Alex Spiro, advogado de Jay-Z, disse que a gravação “fala por si” e deve encerrar qualquer dúvida sobre a inocência do artista.

“Ela diz em termos inequívocos que o Sr. Carter não fez isso. É efetivamente uma mentira, e a única razão pela qual o Sr. Carter está envolvido nisso é porque ela foi pressionada a envolvê-lo”, declarou Spiro à ABC News.

Jane Doe, por sua vez, manteve suas alegações em uma declaração juramentada, afirmando que desistiu do processo por “medo de intimidação e retaliação de Jay-Z e seus fãs”. Ela também negou ter dito aos investigadores que Buzbee a encorajou a fazer uma falsa acusação contra o rapper, alegando que se sentiu “intimidada e aterrorizada” ao ser confrontada em sua casa.

Spiro rebateu, afirmando que os investigadores não coagiriam ou ameaçaram Doe. “Ela se encontrou voluntariamente, falou com eles e contou a verdade, que era que, em nenhuma circunstância, o Sr. Carter fez isso”, disse o advogado.

Jay-Z, um dos artistas mais vendidos do mundo, com mais de 140 milhões de álbuns comercializados, é casado com Beyoncé, com quem tem três filhos. Seu advogado destacou o impacto emocional que o caso teve na família. “É difícil ouvir uma mentira falsa dita sobre você, espalhada pela internet e afetando seus filhos”, disse Spiro. “Mas o que ele faz é provar sua inocência. Hoje é, espero, o capítulo final disso.”

Enquanto isso, Jay-Z moveu um processo separado contra Jane Doe e Tony Buzbee por difamação, acusando-os de espalhar alegações falsas para prejudicar sua reputação. Buzbee nega as acusações e insiste que Doe mantém suas alegações originais.

A gravação, no entanto, coloca novas dúvidas sobre a credibilidade do caso, que já havia sido retirado pela acusadora. Spiro afirmou que a verdade “precisa vir à tona completamente” e que não se pode permitir que “essa pessoa se esconda da realidade de que essa foi uma acusação falsa”.

Relembre o caso

ALERTA DE GATILHO – Shawn Carter, conhecido como Jay-Z, se posicionou publicamente no dia 9 de dezembro após ser incluído em um processo que o acusa de ter abusado sexualmente de uma garota de 13 anos em 2000, durante uma festa pós-MTV Video Music Awards. As acusações foram anexadas ao processo federal originalmente movido contra Sean “Diddy” Combs no Distrito Sul de Nova York.

Jay-Z negou veementemente as alegações e direcionou críticas ao advogado da denunciante, Tony Buzbee. Em uma longa declaração divulgada no domingo, 8, o rapper e empresário classificou o caso como uma tentativa de extorsão e pediu que a denúncia fosse tratada como um caso criminal, e não civil.

“Essas alegações são tão hediondas por natureza que imploro que você registre uma queixa criminal, não civil!! Quem comete tal crime contra um menor deveria ser preso, você não concorda?”, declarou Carter. Jay-Z também questionou a conduta profissional de Buzbee, acusando-o de usar o caso para manipular a opinião pública e pressionar figuras públicas. “Fiz uma pequena pesquisa e parece que esse advogado tem um padrão desse tipo de teatralidade!”, afirmou.

O rapper destacou o impacto das acusações em sua vida pessoal, mencionando a necessidade de conversar com seus filhos sobre as alegações. “Minha esposa e eu teremos que sentar com nossos filhos, um dos quais está na idade em que seus amigos certamente verão a imprensa e farão perguntas sobre a natureza dessas alegações. Lamento mais uma perda de inocência. As crianças não deveriam ter que suportar isso”, desabafou.

Carter reiterou que nunca cometeu qualquer tipo de abuso e afirmou que “a verdade prevalecerá”. Ele também sugeriu que o caso é fruto de ganância e crueldade, enfatizando que não cederá à pressão.

“Você cometeu um erro terrível de julgamento pensando que todas as ‘celebridades’ são iguais. Nós protegemos as crianças. Temos códigos e honra muito rígidos”, disse Carter, referindo-se ao advogado e à estratégia legal adotada no processo.

O advogado Tony Buzbee rebateu as declarações de Jay-Z, afirmando que sua cliente nunca exigiu dinheiro do rapper e que sua única solicitação foi por uma mediação confidencial. “A alegação fala por si. Este é um assunto muito sério que será litigado no tribunal”, afirmou Buzbee, que também criticou a tentativa de Carter de descredibilizar a acusação.

Em postagens nas redes sociais, Buzbee escreveu: “Ela está encorajada. Estou muito orgulhoso de sua determinação.”

Além de Carter, o processo também acusa Sean “Diddy” Combs de tráfico sexual, extorsão e agressão sexual. Jay-Z foi identificado no documento inicial como “Celebridade A” e só agora incluído nominalmente.

OBS.:  Violência contra a mulher é crime! Se você está em situação de risco, ligue imediatamente para o 190. Para denunciar e buscar apoio, entre em contato com a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180. Além disso, delegacias especializadas da mulher podem oferecer orientação e acolhimento. Lembre-se, você não está sozinha e há ajuda disponível 24 horas por dia.

Vini Jr. é alvo de racismo novamente na Espanha antes de jogo da Champions League

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Foto: Reprodução

O atacante brasileiro Vinicius Jr., do Real Madrid, voltou a ser vítima de insultos racistas na Espanha nesta quarta-feira (12). O jogador foi alvo de ofensas por parte de torcedores do Atlético de Madrid no entorno do Estádio Metropolitano, na capital espanhola, antes do confronto válido pelas oitavas de final da Champions League. Um grupo de fãs cantou uma música com cunho racista, na qual gritaram: “Olé, olé, Vinicius chimpanzé”.

Este é mais um episódio de uma série de ataques racistas que têm o brasileiro como alvo no futebol espanhol. Diversos casos semelhantes já ocorreram dentro e fora de estádios em partidas envolvendo o Real Madrid. O mais recente havia sido registrado no duelo contra a Real Sociedad, em 26 de fevereiro, quando um torcedor fez gestos racistas em direção a Vinicius.

https://twitter.com/PortalAmazonews/status/1899975286789222832

Torcedores do Atlético de Madrid já haviam se envolvido em ofensas semelhantes no passado. Em 2023, um boneco com a camisa do astro brasileiro foi pendurado em uma ponte de Madri, em um ato que gerou revolta e condenação pública. Diante dos repetidos casos, Vinicius tem se posicionado de forma firme contra o racismo, cobrando ações mais efetivas da LaLiga e da Federação Espanhola de Futebol.

O caso mais grave ocorreu em maio de 2023, durante uma partida contra o Valencia, no Estádio Mestalla. Na ocasião, torcedores imitaram sons de macaco direcionados ao jogador, que reagiu com indignação, apontando para as arquibancadas e reclamando com o árbitro. O jogo foi interrompido brevemente, mas acabou retomado, e Vinicius foi expulso após um lance de confronto com jogadores adversários.

A reação do brasileiro ao episódio gerou grande repercussão internacional, com manifestações de apoio de entidades esportivas e até do governo brasileiro. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) lançou uma campanha contra o racismo em solidariedade a Vini Jr., enquanto a LaLiga prometeu adotar medidas mais duras para combater o preconceito nos estádios. O caso também aumentou a pressão sobre autoridades espanholas para que torcedores envolvidos em atos racistas sejam punidos de forma exemplar.

Apesar das promessas de combate ao racismo, os episódios continuam a se repetir, colocando em xeque a efetividade das ações tomadas até o momento. Vinicius, por sua vez, segue sendo uma das principais vozes na luta contra a discriminação no futebol, usando sua visibilidade para denunciar e pressionar por mudanças.

A partida desta quarta-feira terminou com vitória do Real Madrid por 3 a 1, mas o foco, mais uma vez, acabou sendo desviado para os lamentáveis episódios de racismo que persistem no futebol espanhol.

Ambev e Prefeitura de Salvador são responsabilizadas por trabalho análogo à escravidão durante Carnaval

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Foto: Otávio Santos/Secom PMS

O Carnaval na capital mais negra fora da África e que injetou R$ 7 bilhões na economia da cidade, segundo a Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), foi marcado por denúncias de trabalho análogo à escravidão. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) responsabilizou a Ambev e a Prefeitura de Salvador pela exploração de 303 vendedores ambulantes de bebidas durante o Carnaval de 2025 na capital baiana. As duas entidades foram notificadas na última quarta-feira (12) após uma fiscalização que revelou violações graves aos direitos humanos.

De acordo com informações publicadas pelos jornalistas Leonardo Sakamoto e Diego Junqueira, no Repórter Brasil, os trabalhadores enfrentaram jornadas exaustivas de 14 a 20 horas diárias, sem intervalos para descanso ou alimentação adequada, além de condições degradantes, como falta de infraestrutura para higiene e descanso. A fiscalização, realizada entre os dias 19 de fevereiro e 4 de março no circuito Barra-Ondina, constatou que os vendedores foram submetidos a condições que violam os princípios da dignidade humana. Muitos dormiam ao relento, em pedaços de papelão ou colchões encharcados pela chuva, sem acesso a banheiros ou água potável. Além disso, enfrentavam violência urbana, intempéries e privação de sono.

O relatório do MTE aponta que os trabalhadores não tinham autonomia para escolher as marcas de bebidas que vendiam, já que a Ambev detém o monopólio da comercialização nos circuitos do Carnaval por meio de um contrato de exclusividade com a Prefeitura. Essa relação, segundo o ministério, colocava os ambulantes em “situação de total subordinação”, configurando a empresa como empregadora indireta.

A Prefeitura de Salvador, por sua vez, foi corresponsabilizada por firmar o contrato com a Ambev e por gerenciar a seleção e fiscalização dos vendedores, sem garantir condições dignas de trabalho. A gestão municipal, comandada pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), afirmou que não foi autuada pelo MTE e que tem adotado medidas para melhorar as condições dos ambulantes, como a isenção de taxas e a oferta de cursos de capacitação.

A Ambev, em nota, negou qualquer relação empregatícia com os vendedores, afirmando que a comercialização foi realizada por ambulantes independentes credenciados pela Prefeitura. A empresa disse que prestou esclarecimentos ao MTE e reforçou seu compromisso com os direitos humanos.

O caso ocorreu em um Carnaval que bateu recordes de turismo e movimentação econômica na Bahia. Segundo a Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), 3,5 milhões de turistas visitaram o estado durante a festa, injetando R$ 7 bilhões na economia. No entanto, os números contrastam com a realidade dos trabalhadores que, segundo um dos ambulantes ouvidos pela fiscalização, “fazem o Carnaval acontecer e são escravizados”.

O MTE avalia que o número de vendedores submetidos a condições análogas à escravidão pode ser maior do que os 303 identificados, já que a fiscalização cobriu apenas parte dos pontos de venda. O relatório final do ministério deve ser concluído nas próximas semanas, com possíveis penalidades para as partes envolvidas.

Confira na íntegra as notas enviadas pela AMBEV e pela prefeitura de Salvador para o Repórter Brasil:

Ambev

Em 2025, a Ambev foi patrocinadora do carnaval organizado pela Prefeitura de Salvador. Toda a comercialização de produtos durante o Carnaval na cidade é realizada por ambulantes independentes credenciados diretamente pela Prefeitura, obedecendo às regras condicionais no edital de patrocínio, e sem qualquer relação de trabalho ou prestação de serviços com a Ambev.

Assim que tomamos conhecimento da notificação, prestamos imediatamente esclarecimentos ao MTE, fornecendo toda a documentação solicitada. Seguimos à disposição para colaborar com qualquer informação necessária. Nosso compromisso com os direitos humanos e fundamentais é inegociável e não aceitamos qualquer prática correspondente a isso.

Prefeitura de Salvador

A Prefeitura de Salvador informa que tem adotado ao longo dos últimos anos diversas medidas para melhorar as condições de trabalho dos ambulantes durante as festas populares da cidade, incluindo o Carnaval. A gestão municipal comunica ainda que não foi autuada pelo Ministério do Trabalho e Emprego em relação a esse assunto.

Entre as ações relativas aos trabalhadores ambulantes realizadas pela gestão municipal no Carnaval, estão isentas de todas as taxas cobradas anteriormente e o cadastro 100% on-line, que acabou com as filas e trouxe mais transparência ao processo e conforto para os trabalhadores.

Também houve cursos de capacitação para os ambulantes, entrega de cestas básicas e kits de higiene, instalação de banheiros equipados com chuveiros e pontos para carregamento de celular e máquina de cobrança. Além disso, a Prefeitura acolhe durante o período do Carnaval os filhos de ambulantes cadastrados pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) para trabalhar na festa. O programa Salvador Acolhe tem capacidade para atender até 600 crianças e adolescentes e foi conhecido este ano pela ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.

Os avanços no comércio ambulante também foram ordenados pela população soteropolitana. Uma pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com a Ouvidoria Municipal, aponta que 96% das pessoas aprovam as ações da Prefeitura nessa área. O levantamento reuniu 5.892 pessoas.

Por entender o Carnaval como um período em que os trabalhadores ambulantes têm uma oportunidade para incrementar a renda ou até mesmo garantir seu sustento nos meses seguintes, a Prefeitura tem atuado continuamente para garantir a cada ano melhores condições para esta categoria. Mais de 4,3 mil ambulantes foram licenciados para o Carnaval, movimentando um contingente de mais de 20 mil pessoas envolvidas na comercialização de produtos nos circuitos.

Sesc Tijuca oferece curso gratuito para educadores sobre Inteligência Artificial e Racismo Algorítmico

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Foto: Divulgação

O Sesc Tijuca no Rio de Janeiro está com inscrições abertas para um curso gratuito sobre Inteligência Artificial e Racismo Algorítmico, um tema urgente e essencial para educadores que desejam entender os impactos das novas tecnologias na sociedade.

O curso acontece de forma virtual nos dias 18 e 25 de março e 1º e 8 de abril, com um ciclo de palestras voltado para professores e profissionais da educação. As inscrições podem ser feitas até 15 de março pelo link: https://encurtador.com.br/o79xg.

Os participantes receberão o link para acessar as palestras via Teams ou Google Meet. A iniciativa é promovida pelo ACT – Arte, Ciência e Tecnologia do Sesc RJ, em parceria com a Educati, reforçando o compromisso com uma educação transformadora que coloca a justiça social no centro do debate tecnológico.

O curso vai explorar a introdução conceitual ao racismo algorítmico; o letramento índigena e valorização da diversidade cultural; ferramentas de IA e criação de conteúdo inclusivo; e chamadas para ação e MVPs dos professores.

Ayo Edebiri revela que sofreu ameaças de morte e ataques racistas após Elon Musk disseminar fake news

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Fotos: Dan Doperalski for Variety e REUTERS/Gonzalo Fuentes

A atriz Ayo Edebiri, famosa pelo seu papel na premiada série ‘O Urso’, revelou que foi alvo de ameaças de morte e ataques racistas nas redes sociais depois que Elon Musk compartilhou uma fake news envolvendo seu nome. A publicação no X (antigo Twitter) dizia que a Disney pretendia substituir Johnny Depp na franquia ‘Piratas do Caribe’ por ela.

“Só estou lembrando quando recebi algumas das ameaças de morte e insultos raciais mais insanos da minha vida (não sei se é o momento número 1, mas com certeza está no top 3) por um reboot falso de um filme do qual eu nunca tinha ouvido falar por causa desse homem. Ele não é apenas um fascista duplo, ele é um idiota, mas enfim”, escreveu Ayo no Instagram, nesta quarta-feira (12).

A fake news começou a circular em fevereiro de 2024, alegando que a Disney estaria planejando o filme ‘Piratas do Caribe 6’ com um elenco renovado e Ayo como protagonista. Musk ainda deu mais munição a desinformação ao comentar na publicação: “A Disney é uma droga”.

A partir daí, Ayo passou a receber uma enxurrada de mensagens de ódio na internet. Atualmente, Musk ocupa um cargo no Departamento de Eficiência Governamental do governo de Donald Trump.

Cultura de Rua Negritude, idealizado por Afro-X, terá shows, debates e workshops com entrada gratuita

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Foto: Divulgação

No dia 22 de março, o Centro de Cultura Negra Mãe Sylvia de Oxalá, no bairro do Jabaquara, em São Paulo, será o epicentro de uma grande celebração da cultura negra: a 2ª edição do Cultura de Rua Negritude. O evento chega com um novo formato, adaptado a partir do Festival Cultura de Rua, realizado em 2023.

A iniciativa, idealizada pelo rapper Afro-X, traz uma programação pulsante, que une educadores, artistas e a comunidade para discutir temas essenciais como as raízes do racismo, as matrizes africanas e a importância da música negra na construção da identidade.

Serão mesas de debate, workshops de DJs, rodas de samba, performances de rap e uma formação especial voltada para educadores. Além disso, um ato simbólico homenageará as matrizes africanas, reforçando a conexão com a ancestralidade. O evento também contará com a presença de personalidades da cultura e da militância, ampliando o impacto das discussões e apresentações.

Entre os destaques da programação, inclui o debate sobre violência policial com o Claudinho, ex-ouvidor das polícias de SP, e a ativista Rosana Santana; além da presença do advogado Dr. Hédio e Alberto Saraiva, da Faculdade Zumbi dos Palmares, em um debate sobre racismo estrutural. Ao anoitecer, o som fica por conta do DJ Katatau, que dividirá o palco com Nelson Triunfo, e para fechar o evento com chave de ouro, Ryan abrirá o show do Afro-X.

O Cultura de Rua Negritude é realizado pela Unegro (União de Negros pela Igualdade), com o apoio da Fundação Cultural Palmares e do Ministério da Cultura.

Confira a programação completa:
11h
: Receptivo DJ Pantera
12h: Formação com pedagogia e Assistência Social Rodrigo Dimenor
13h: Palestra sobre Intolerância Religiosa com participação de Tata Pokó Nlundeji
13h30: Intervenção artística Orixás
14h: Debate sobre Violência Policial com participação de Claudinho, ex-ouvidor das polícias de SP, e Rosana Santana
15h: Importância das Mulheres na Cultura com Ruth Lopes, socióloga e fundadora do Instituto Mulher Negra e Cia
15h30: Intervenção artística Mulheres com Srta Paola, Lauren, Aysha, Tamara Franklin.
16h: Debate sobre Racismo Estrutural com Dr. Hédio, advogado, e Alberto Saraiva, da Faculdade Zumbi dos Palmares.
17h: Apresentações artísticas DJ Pantera.
17h20: BatuQ do Glicério e Carica.
18h: DJ Katatau com Nelson Triunfo.
19h: Abertura Ryan é Show Afro-X.

Serviço:
Cultura de Rua Negritude
Data: 22 de março (sábado)
Horário: 11h às 20h
Local: Centro de Cultura Negra Mãe Sylvia de Oxalá
Endereço: R. Arsênio Tavolieri, 45 – Jabaquara, São Paulo – SP
Entrada gratuita. 


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