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OAB recebe críticas ao indicar apenas pessoas brancas para compor lista do STJ: “apagamentos que o racismo perpetua”

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Foto: Reprodução.

Nesta última segunda-feira (19) a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou a lista sêxtupla com os seis candidatos para a vaga de Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), destinada à advocacia. Essa vaga foi aberta devido à aposentadoria do ministro Felix Fischer. Todos os escolhidos são brancos, numa ampla maioria masculina: Daniela TeixeiraLuís Cláudio Chaves , Luiz Cláudio AllemandOtávio Luiz Rodrigues Junior,  André GodinhoMárcio Fernandes.

Candidatos para a vaga de Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). foto: Reprodução / Redes Sociais.

A escolha dos 6 nomes foi criticada pela ausência de profissionais negros. “Este é o retrato das escolhas que a OAB fez para compor a lista tríplice do STJ. Muito temos visto na imprensa sobre a discussão da escolha de uma mulher negra para o STF, mas as discussões sobre os demais tribunais parecem se diluir entre os interesses, as amizades e os esquecimentos e apagamentos que o racismo provoca e perpetua“, lamentou Ilka Teodoro, advogada, ativista e ex-administradora do Plano Piloto de Brasília.

Após ser encaminhada ao STJ, a lista será reduzida a três nomes, formando uma lista tríplice. Em seguida, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a escolha de um novo ministro ou ministra, que precisará ser aprovado(a) por maioria absoluta no Senado, após passar por uma sabatina. “Lamento estarrecida que tenhamos perdido a oportunidade de fazer história fazendo chegar uma mulher negra e do gabarito de Núbia Bragança à lista sêxtupla da OAB“, publicou Ilka através de suas redes sociais. “Muitos homens, uma totalidade de gente branca e e seguimos nessa toada de uma nota – e uma cor – só”.

Pharrell Williams sobre críticas à sua nomeação como diretor criativo da Louis Vuitton: ‘Como negros estamos acostumados’

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Foto: Julia Marino/British Vogue

Cantor, produtor e designer de moda, Pharrell Williams estreia hoje sua primeira campanha como diretor criativo da Louis Vuitton em um desfile que acontece na cidade de Paris. Williams concedeu uma entrevista exclusiva à Vogue Britânica, na qual falou sobre seu aguardado desfile e compartilhou sua visão criativa para a coleção primavera-verão 2024: “inspirado pelo amor”, disse ele ao se referir ao desfile desta noite.

Pharrell Williams também falou sobre as críticas que recebeu ao ser nomeado novo diretor criativo da marca de luxo, especialmente àquelas que diziam que ele não tinha formação em moda. “Em primeiro lugar, é claro, as pessoas vão dizer isso. Não fui ao Central Saint Martins. Mas, você sabe, eu não fui para a Juilliard também para estudar música. E eu fiz tudo certo. Como negros neste planeta, estamos acostumados com isso, nos dizendo o que você pode ou não fazer… Mas você não pode dizer ao universo o que vai ser escrito. Você pode trabalhar com isso, co-conspirar e co-criar, mas não pode dizer ao universo o que vai acontecer. Então, para mim, foi tipo, ‘vocês estão surpresos? Bem, eu também estou surpreso! Mas vou mostrar isso para você melhor do que posso explicar para você”.

Na última semana, ele revelou que Rihanna é a estrela de sua primeira campanha para a Louis Vuitton, ao posar em frente a um outdoor com vista para o rio Sena, no Musée d’Orsay, em Paris, onde está estampada uma foto da empresária e cantora usando uma camisa de couro com o padrão Damier da grife, pixelado.

O artista, conhecido por sua abordagem inovadora e estilo único, expressou sua paixão por criar moda que transcenda as barreiras de gênero e desafie as convenções tradicionais. “Eu faço coisas para os humanos, sim!”, destacou. Segundo Williams, seu objetivo é proporcionar uma experiência imersiva aos espectadores, que vão além das roupas e exploram o conceito de identidade e expressão pessoal. “As pessoas usam essa palavra diversidade o tempo todo: é diverso, porque meu mundo é diverso. As pessoas usam essa palavra inclusão, e ela é inclusiva. Porque enquanto isso é moda masculina, você sabe, eu faço coisas para humanos”.

Durante a entrevista, Pharrell destacou que a construção desta nova coleção tem sido uma prática colaborativa, já que ele também se inspirou em seus amigos para criar as novas peças. “Embora eu contribua com ideias e visões, estou cercado por pessoas talentosas e mestres em seu ofício. Aprendo com eles, explorando diferentes métodos, processos e perspectivas. A colaboração é uma parte essencial da minha jornada criativa”.

Além disso, o cantor revelou que busca constantemente inspiração em diferentes formas de arte, música e cultura. Sua abordagem multidisciplinar e seu olhar atento ao mundo ao seu redor se refletem em suas criações, resultando em peças únicas e ousadas. Sobre esse novo momento profissional, ele finaliza: “Tenho imensa gratidão por este momento e estou eletrizado de emoção.”

A cantora Anitta e o rapper L7nnon estão entre os artistas brasileiros que devem estar presentes no lançamento da coleção. 

Williams foi convidado a assumir o cargo de diretor criativo masculino da Luis Vuitton em fevereiro deste ano. O músico de 49 anos é o sucessor de Virgil Abloh, falecido há pouco mais de um ano. 

Família atípica enfrenta discriminação e ameaças no interior de SP: “Ninguém quer saber de pessoas pretas com deficiência”

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Foto: Reprodução / Redes Sociais.

No conjunto habitacional onde moram Gabriela, Moisés e Benyamin Luiz, uma família negra atípica da cidade de Sorocaba, interior de São Paulo, enfrenta momentos de perigo e experiências desesperadoras. O casal compartilhou nas redes sociais um grande desentendimento com os vizinhos do local, que não compreenderam nem respeitaram as características da família.

Gabriela e Moisés são autistas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. O filho de 8 anos, Benyamin, tem síndrome de Down, é autista e surdo. No condomínio popular, um grupo de rapazes que também reside no local tem o hábito de fumar cigarro e maconha embaixo da janela da família, ação que com o tempo foi se tornando insustentável.

Gabriela, Moisés e Benyamin Luiz. Foto: Reprodução / Redes Sociais.

Preocupado com o bem-estar de seu filho autista, Moisés pediu educadamente para que o grupo fumasse e fizesse barulho em outro local. Infelizmente, a ação resultou em agressões verbais e ameaças direcionadas à família. Sentindo-se inseguros, o casal e o filho decidiram deixar o apartamento em busca de paz. “Não estou bem, tento entender tudo isso. Estou paralisada e revoltada por sempre fazer o certo e sofrer a vida toda. Cadê os movimentos sociais, de direitos humanos? Quem nos ajuda é tão pobre quanto nós. Há cinco dias que só falo sobre nossa situação e ninguém que eu já ajudei com meu trabalho me estendeu a mão. Somente o líder de um quilombo de pessoas com deficiência me procurou. O resto está mais preocupado com as celebridades, se pardo é preto. Cadê o povo que levanta bandeira do autismo?”.

A família tem enfrentado uma situação conturbada há cinco anos e já fez reclamações formais ao síndico, mas sem sucesso. Eles também relataram da falta de apoio dos governantes e de órgãos competentes para lidar com o caso. “O próprio ‘presidente’ [do conjunto habitacional] ontem abordou gritando acusando eu de de espancar meu filho entendeu? Foi uma coisa horrível“, relata Gabriela. Agora, o casal está recorrendo à Justiça, buscando segurança e paz.

Gabriela e o filho Benyamin Luiz. Foto: Reprodução / Redes Sociais.

Além de sua própria luta, Gabriela também oferece apoio a outros moradores com deficiência no prédio. “Perceba que ninguém quer saber de pessoas pretas e pobres com deficiência”, relatou ela. Recentemente, a família conseguiu registrar dois boletins de ocorrência pela Internet, incluindo os nomes dos vizinhos responsáveis pelas ameaças. Gabriela filmou as intimidações mais recentes, compartilhou os vídeos nas redes sociais e os incluiu no registro. “Queremos paz, temos responsabilidade com nosso filho”, diz o casal. “Até a polícia quando a gente aciona, demora uma eternidade. Isso que é uma realidade (…) A ideia é irmos para um lugar melhor“.

Jonathan Majors comparece no tribunal ao lado de Meagan Good, em meio às acusações de violência doméstica

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Fotos: Lia Toby e Amanda Edwards/Getty Images

Jonathan Majors, 33, compareceu pessoalmente no Tribunal Criminal de Manhattan, pela primeira vez, ao lado da namorada Meagan Good, 41, nesta terça-feira (20), por acusações de violência doméstica.

Em meio às polêmicas que a estrela da Marvel enfrenta na justiça e a perda de três grandes contratos, os dois assumiram um relacionamento em maio, quando ele contou com o apoio da atriz da série ‘Harlem’, com quem já tinha amizade há algum tempo, relatou uma fonte à revista People, na época.

Após ser preso em Nova York, com as acusações de Grace Jabbari por violência doméstica, e outros novos relatos de agressão e assédio subsequentes, a juíza Rachel S. Pauley marcou o início do julgamento para 3 de agosto.

Foto: AP/ Mary Altaffer

Entretanto, sua advogada de defesa criminal, Priya Chaudhry, informou à imprensa após a audiência, que sua equipe entregou evidências ao promotor distrital “provando o ataque de Grace Jabbari a Jonathan Majors e não o contrário”. “Depois disso, solicitamos veementemente que o promotor distrital rejeite todas as acusações contra o Sr. Majors imediatamente… Embora tenhamos esperança de que o Promotor Distrital esteja revisando esses materiais de boa fé e fará a coisa certa em breve, para acelerar nosso caso, nós solicitei uma data de teste o mais rápido possível”, completa.

A suposta vítima obteve uma ordem de proteção temporária em abril, ou seja, Jabbari e Majors não devem ter contato direto ou com terceiros. A juíza ordenou que o ator continuasse a cumprir a ordem, que permanece em vigor até o início do julgamento. 

Na audiência virtual, realizada em 9 de maio, a advogada Chaudhry declarou, em meio às novas acusações contra Majors, que é uma “caça às bruxas”, e afirmou que o processo está “saturado de viés explícito e implícito”. Ela também alega o tratamento de Majors, a quem descreveu como um “homem negro pesando 200 libras”, e destacou o “preconceito racial que permeia o sistema de justiça criminal”.

Foto: AP/ Mary Altaffer

Entenda o caso

No dia 25 de março, o ator foi preso acusado de agredir e assediar Grace Jabbari em Nova York. A vítima da suposta agressão foi levada ao hospital com “ferimentos leves na cabeça e no pescoço”, segundo as autoridades. Mas o caso ganhou um novo desfecho, quando a advogada de Majors divulgou prints de mensagens de texto em que a vítima assume a culpa pelo ocorrido.

De acordo com as mensagens, a mulher escreveu ao ator dizendo: “Eu disse a eles que foi minha culpa tentar pegar seu telefone”. Ela também relatou que estava “furiosa” por Majors ter sido preso e que havia deixado claro que as acusações de agressão e assédio direcionadas a ele não tinham sua aprovação. “Reiterei [para a polícia] que isso não foi um ataque”, escreveu a mulher, que em outro momento da mensagem se mostrou preocupada com o destino do ator.

Segundo as informações da Variety, supostas novas vítimas de abusos estão cooperando no caso com a promotoria de Manhattan. Jabbari trabalhou com Majors no filme ‘Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania‘, creditada no ‘Treinadora de Movimento’.

Apesar da Marvel manter o contrato com o Majors, o ator perdeu três grandes contratos após repercussão do caso: o filme “The Man in My Basement” que iria estrelar e produzir, a cinebiografia do cantor Otis Redding e uma campanha publicitária para o time de beisebol Texas Rangers.

Presença de negros em campanhas publicitárias nas redes sociais atinge nível recorde de 53% em 2022, aponta estudo

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Foto: Anaya Katlego | Unsplash

Está cada dia mais comum ver rostos negros nas campanhas publicitarias. Em 2022, pessoas pretas e pardas marcaram presença em 53% das publicidades nas redes sociais, a maior marca já registrada, é o que indica a pesquisa “Diversidade na Comunicação de Marcas em Redes Sociais”, feita pela plataforma Buzzmonitor, em colaboração com a consultoria Elife e da agência SA365. 

A 5ª edição do levantamento mostra que o número de negros nas publicidades nas redes sociais em 2022 (53%) cresceu em relação a 2021 (44%), foram 9 pontos percentuais de diferença. É a maior marca desde 2018. Mas ainda não representa os 56% de pessoas negras brasileiras, segundo o IBGE.

O estudo analisou a presença de grupos minoritários em mais de 24 mil publicações no Instagram, Facebook e Twitter das 20 maiores empresas que investem em comunicação digital, segundo o ranking Agências & Anunciantes, do Meio & Mensagem.

As marcas Casas Bahia, Benegrip, Dove, Seda e Buscopan foram as que mais tiveram presença de negros nas suas campanhas. A pesquisa também identificou a presença preta em diferentes campanhas e diferentes gêneros. As mulheres se destacaram mais em peças da categoria Higiene Pessoal e Beleza, Indústria Farmacêutica e Limpeza Doméstica, enquanto homens apareceram mais em varejo, Telecomunicações e Entretenimento. Ambos os gêneros estão presentes em Bens de Consumo e Bancos.

Romance preto e LGBTQIAPN+ envolvendo adolescentes é tema do novo podcast da Globoplay

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Foto: Divulgação

O podcast ficcional “Depois Que Tudo Mudou”, exclusivo Globoplay, foi lançado recentemente como uma comédia romântica LBTQIAPN+ teen, no Mês de Orgulho. A série acompanha os adolescentes pretos Gabriel, Camilo e Laura em Salvador, cada um aprendendo a se relacionar em um cenário pós-pandêmico.

Com Vinícius Carvalho (Rota 66), Kaique Brito e Iraci Estrela como os protagonistas da trama, o projeto é bastante especial para Gautier Lee, uma das roteiristas do projeto, por trazer à pauta a temática do afroafeto.

“Para quem se interessou por cinema através de conteúdo teen, estar do outro lado, escrevendo uma comédia romântica adolescente que ainda é preta e LGBTQIAPN+, tem um significado muito importante para mim”, afirma Gautier. André Emidio e Maria Clara Portela também assinam o roteiro.

Na série, são explorados temas como identidade, sexualidade, luto e amizade regados a bom humor e referências da cultura pop. Criado e dirigido por Marcel Izidoro, “Depois Que Tudo Mudou” tem novos episódios publicados toda quarta e sexta-feira.

No Instagram, Gautier Lee também relatou um pouco mais do que o público pode esperar do podcast. “Romance? TEMOS! Pegação? TEMOS SIM!! Trairagem? TEMOS DEMAIS!!! Piada de chuca? TEMOS TAMBÉM!!!! Sexo? TEMOS AOS MONTES, MAS SÓ COM PROTEÇÃO HEIN GALERA”, brinca.

Katiúscia Ribeiro ministrará o curso de Filosofias Africanas com participação especial de Renato Noguera em São Paulo 

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Foto: Katiúscia Ribeiro/@lgmmoretto Foto: Renato Nogueira/Reprodução

Os paulistanos terão a chance de aprender um pouco mais sobre filosofia africana no curso “Filosofias Africanas: passado, presente e futuro (ancestral)” oferecido pela Dra. em Filosofia Africana, Katiúscia Ribeiro, que acontecerá em São Paulo no dia 16 de julho com participação do filósofo Dr. Renato Noguera e outros convidados especiais.

O curso “Filosofias Africanas: passado, presente e futuro (ancestral)” promete oferecer uma imersão cultural e a oportunidade de desenvolver um pensamento independente e crítico aos participantes. A edição presencial acontecerá no bairro da Bela Vista, região central da capital paulista, e busca ampliar os estudos e debates sobre o paradigma cultural africano, proporcionando uma visão aprofundada das filosofias africanas e sua influência nas perspectivas sociais, políticas e ambientais contemporâneas.

Destinado a pessoas interessadas em conhecer e explorar as diversas perspectivas filosóficas da África, o curso não possui pré-requisitos acadêmicos, sendo acessível a todos que desejam ampliar seus horizontes e aprofundar-se nesse novo campo de estudo. A linguagem utilizada é acessível, permitindo que qualquer pessoa possa participar e compreender os conceitos fundamentais das filosofias africanas.

O objetivo principal do curso é fomentar a discussão sobre as Filosofias Africanas, abrangendo desde as escolas filosóficas da antiguidade até os dias atuais. Por meio do entendimento do contexto histórico e dos sistemas filosóficos dessas escolas, busca-se compreender como esses elementos constituem perspectivas filosóficas da realidade e como influenciam outras compreensões sociais, políticas e ambientais na contemporaneidade.

Durante o curso, os participantes terão a oportunidade de desfrutar de um momento especial: o Café com Afeto – A Filosofia do Amor com Renato Noguera. Além disso, o evento contará com material didático, lanche, monitoria e emissão de certificado aos participantes.

A imersão cultural terá duração de 7 horas, das 8h às 17h, proporcionando um ambiente propício para a reflexão e o aprofundamento nas filosofias africanas. Os interessados podem encontrar maiores detalhes e realizar suas inscrições no site oficial (CLIQUE AQUI).

No dia 25 de junho, Katiúscia Ribeiro e Renato Noguera devem realizar o curso no Rio de Janeiro.

Os atores negros estão sendo devidamente valorizados no cinema nacional?

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Foto: Divulgação

Se você ainda não assistiu o documentário ‘Cidade de Deus – 10 anos depois‘, lançado em 2013 e disponível na Netflix, está perdendo uma oportunidade de entender como acontece o racismo estrutural, mesmo com um grande elenco negro, que fez história no cinema nacional e no mundo. Neste Dia do Cinema Brasileiro, 19 de junho, fica o questionamento: os atores negros estão sendo devidamente valorizados no cinema nacional?

Recentemente, em entrevista ao Mundo Negro, Leandro Firmino, conhecido mundialmente como o Zé Pequeno de ‘Cidade de Deus’, relatou que ainda passa períodos em casa, aguardando convites para novas gravações. “Pelos trabalhos que ele já fez, se ele fosse um homem branco, ele teria muito mais trabalho e a gente estaria em outro patamar de vida”, desabafou a esposa Leticia Da Hora, junto com o ator.

https://www.instagram.com/reel/CtWK9vXtm2U/

Todos sabemos o quanto é difícil se tornar um ator ou atriz de sucesso. Mas não estamos falando de qualquer pessoa. Leandro Firmino e todo o elenco, merecia muito mais pelo trabalho impecável que elevou a qualidade do cinema nacional. Com quatro indicações ao Oscar, ‘Cidade de Deus’ é o segundo filme estrangeiro mais visto no mundo, segundo a pesquisa norte-americana do IMDb.

Através do documentário sobre o vida após gravação de ‘Cidade de Deus’, é possível notar a artista que mais obteve oportunidades e visibilidade na carreira de atriz foi a Alice Braga (Angélica), uma das poucas mulheres brancas do elenco. Depois de ‘Cidade de Deus’, ela recebeu o convite para atuar com o Will Smith em ‘Eu Sou a Lenda’. Já em um de seus trabalhos mais recentes, ela é protagonista em uma série Original Netflix ‘A Rainha do Sul‘. Enquanto muitos do elenco do clássico nacional, nem conseguiram seguir com a carreira de cinema, ou só conseguiram com muita dificuldade, em passos mais lentos.

Angélica e Buscapé em Cidade de Deus (Foto: Divulgação)

Rubens Sabino (Neguinho), por exemplo, foi um dos que não conseguiu seguir a carreira artística e sofreu dificuldades. Ele foi preso quase um ano depois do lançamento do filme, após roubar a bolsa de uma mulher dentro de um ônibus no Rio de Janeiro, e não tinha nenhuma passagem pela polícia antes. “Eu virei um morador de rua famoso, mas não rico, enquanto Cidade de Deus arrecadou milhões”, relatou no ano passado, em entrevista ao jornal Extra.

Outro ator também foi preso depois do lançamento do filme e causou espanto entre as pessoas que o conheciam através do cinema. “Tudo isso não valeu de nada. Não adianta eu fazer um filme que é conhecido mundialmente, e tá duro”, disse Ivanzinho (da gangue do Zé Pequeno), no documentário.

Leandro Firmino como Gilmar em Impuros, série indicada duas vezes ao Emmy (Foto: Divulgação)

Atualmente, Leandro Firmino tem voltado a ganhar mais visibilidade em produções audiovisuais, integrando o elenco das séries ‘Impuros‘ da Star+ e ‘Operação Maré Negra‘ do Prime Video. Mas, convenhamos, será que se ele fosse um ator branco indo ao Oscar, Festival de Cannes, ele precisaria participar do Big Brother Brasil para ganhar mais papéis notáveis no cinema ou nos streamings?

Pela primeira vez em mais de 200 anos, Faculdade de Medicina da UFBA terá um diretor negro

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Foto: Reprodução / TV Bahia

Num movimento inédito, o professor Antônio Alberto Lopes foi eleito como diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (FMB). Após 215 anos de existência, a renomada instituição de saúde terá um diretor negro. O profissional, reconhecido internacionalmente, ingressou como professor da universidade em 1980.

Antônio Alberto Lopes, primeiro diretor negro da Faculdade de Medicina da UFBA. Foto: Reprodução / TV Bahia.

Membro da Academia de Medicina da Bahia, Antônio Alberto obteve a maioria dos votos dos alunos, docentes e servidores do pleito pelo cargo dentro da FMB. Ele vai ocupar o cargo até 2027. “Como diretor, terei tolerância zero a qualquer tipo de preconceito”, disse Antônio em entrevista para o site Correio. “Entendo que, como deve ocorrer em instituição universitária, a comunidade levou em consideração os currículos acadêmicos dos candidatos a diretor e vice-diretor, o professor Eduardo Reis, como gestor, professor de medicina e pesquisador, e as propostas que foram apresentadas para o ensino, a pesquisa científica e a extensão“.

Ainda em entrevista para o Correio, Antônio acredita – e espera – que nas próximas décadas exista uma presença maior de médicos negros no Brasil. O cenário ainda possui ampla maioria branca. “Acredito que vamos ver mais professores negros como diretores da Faculdade de Medicina da Bahia nas próximas décadas com o maior acesso de pessoas negras nas faculdades públicas de Medicina“, disse ele.

A Faculdade de Medicina da UFBA é uma instituição reconhecida nacional e internacionalmente por sua excelência acadêmica e contribuições significativas para a área da saúde. Fundada em 18 de fevereiro de 1808, é considerada uma das mais antigas escolas de medicina do Brasil.

Samuel de Assis diz só aprendeu a se enxergar como um homem bonito após ‘Vai Na Fé’: “foram muitos anos de análise”

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Foto: Bruno Conrado / EXTRA.

O ator Samuel de Assis, que está fazendo grande sucesso no Brasil como o personagem Benjamin em ‘Vai Na Fé’, revelou que o trabalho na novela impactou fortemente sua autoimagem e autoestima. Ele declarou para o site EXTRA que só aprendeu a se enxergar como um homem bonito durante as gravações do folhetim da TV Globo. “A gente é criado dessa forma: não é bonito nem feio, é preto. Ponto. Isso é violento demais”, desabafou.

Durante as primeiras gravações da novela, o ator revelou que chegou a pedir ao diretor Paulo Silvestrini que não realizasse cenas em que ele aparecesse sem roupa. “Uma das primeiras cenas que gravei dessa novela foi tomando banho. Pedi pelo amor de Deus para o diretor (Paulo Silvestrini) não fazer, que seria considerado o ridículo do ridículo“, disse Samuel. “Porque essa era a referência que eu tinha. Mas ele insistiu na ideia, a cena foi ao ar (no primeiro capítulo), e até hoje rola edição dela só porque eu estava sem camisa (risos). Só aí eu acordei: ‘Porra, eu sou bonito!’”

Samuel de Assis. Foto: Bruno Conrado / EXTRA.

Aos 41 anos, o artista vive um momento de glória e destaque na internet. Nas redes sociais, seus números dispararam. Quando a novela começou, em janeiro deste ano, ele tinha pouco mais de 23 mil seguidores. Agora, são mais de 820 mil.  “Lembro que, quando comecei a gravar, pensei: ‘Será que vou terminar esse trabalho com 100 mil pessoas me acompanhando no Instagram?. Agora é rumo a um milhão“, disse ele.

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