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The Last of Us | Rutina Wesley fala sobre a evolução de Maria e os desafios da maternidade e da liderança na 2ª temporada

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Foto: Liane Hentsche / HBO

Ninguém superou o segundo episódio da nova temporada de ‘The Last os Us’, com tantas emoções que chocaram até quem já viveu a história pelo video game. Quem conhece o jogo, sabe que essa segunda temporada reserva uma mudança entre os protagonistas, o que por consequência dá a oportunidade ao público de conhecer mais profundamente alguns personagens. Esse é o caso de Maria, interpretada pela atriz a atriz Rutina Wesley. Já no primeiro episódio da primeira temporada, ela aparece como líder do conselho da cidade Jackson e no seu segundo episódio ela também mostra suas habilidades como mediadora de conflitos e também com armas quando a cidade se coloca em uma situação de risco eminente.

Em uma entrevista recente ao Collider, a atriz Rutina Wesley comentou sobre o que os fãs podem esperar da série e a evolução da sua personagem Maria, após cinco anos que separam os eventos da primeira temporada para a segunda.

Foto: Liane Hentsche / HBO

“O que mudou Maria foi o filho dela, o filho que ela tem com o Tommy (Gabriel Luna). Sinto que isso literalmente a abriu e a suavizou de uma forma que nunca a vimos antes. Talvez ela esteja um pouco mais empática e compassiva. Ela se importa com a comunidade que tem, mas também começa a se importar: ‘Quem mais podemos ajudar fora desses muros que também estão fugindo dos infectados? Como podemos ajudar essas pessoas?’ Benji, nosso filho, trouxe essa luz de volta para Maria. Para mim, Maria parece um pouco mais leve do que na primeira temporada”, disse Wesley.

Essa transformação, no entanto, vem com novos desafios. Maria agora precisa equilibrar o papel de líder, esposa e mãe. “Para ela, a prioridade sempre será Benji e garantir que ele esteja seguro, assim como sua família, mesmo a família que ela escolheu. Acho que ela fará o que for preciso para garantir que sobrevivamos a qualquer coisa. Ela sempre teve uma mentalidade de sobrevivente, mas agora, com uma criança envolvida, isso só intensifica tudo. Agora, ela precisa fazer o impensável, seja lá o que for, para garantir que seu filho esteja bem”, completa.

Foto: Liane Hentsche / HBO

Rutina admite que essa confiança dos moradores de Jackson contra os perigos externos pode ser ilusória. “Eles acham que estão preparados, com certeza, mas veremos se estão ou não. Eu acho que há uma confiança de que eles estão se preparando para o desconhecido e para a situação com a qual estão lidando. Eles têm tudo em mãos, mas acho que tudo pode acontecer. Nunca sabemos se esses planos vão funcionar”, declara.

Todo domingo, às 22h, a Max lança um novo episódio da segunda temporada de ‘The Last of Us’.

Conclave e o Povo Negro: aproximação ou silêncio sagrado?

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Foto: Osservatore Romano / EFE

Texto: Luciano Ramos

A eleição de um novo Papa, através do conclave, sempre mobiliza olhares atentos do mundo inteiro. Mas para os povos negros – especialmente nas Américas, onde a experiência da fé foi profundamente atravessada pelo colonialismo – esse momento carrega uma pergunta que permanece sem resposta: a Igreja Católica está disposta a se reaproximar, de forma real, da população negra?

Historicamente, a Igreja teve um papel ambíguo na escravização dos povos africanos. Por um lado, legitimou regimes escravistas; por outro, em casos pontuais abrigou quilombolas e deu espaço para resistências espirituais, por meio de algumas poucas lideranças religiosas. Essa contradição moldou uma relação de fé marcada por tensões, afeto e também exclusão. Em muitos territórios, o catolicismo foi ressignificado à força, fundido com cosmologias africanas para garantir sobrevivência e dignidade diante da opressão. No entanto, nenhum Papa negro foi eleito desde São Gelásio I, no século V, e apenas uma pequena fração dos mais de 200 cardeais atuais tem origem africana ou afrodescendente.

No Brasil, país com a maior população negra fora da África, essa dívida histórica permanece latente. Segundo o Datafolha (2020), apenas 36% dos negros brasileiros se declaram católicos, enquanto esse percentual é de 51% entre brancos. O distanciamento crescente da juventude negra em relação ao catolicismo revela não apenas uma migração de fé, mas uma busca por espaços de espiritualidade onde sejam reconhecidos e respeitados. A Pastoral Afro-Brasileira luta há décadas por representatividade e contra o racismo dentro da Igreja, mas segue invisibilizada na estrutura oficial, e cada vez com menos força. Apesar disso, nenhum santo ou santa negra brasileiro(a) foi canonizado até hoje.

O Papa Francisco fez gestos importantes. Em 2021, afirmou que “o racismo é um pecado que ainda persiste no mundo” e, em visita à África, declarou que “a escravidão foi um crime contra a humanidade”. Ainda assim, a Igreja jamais fez um pedido oficial de perdão coletivo pela escravidão colonial, o que evidencia uma lacuna profunda entre discurso e reparação histórica. A eleição de líderes negros para cargos centrais continua sendo exceção — como no caso do cardeal ganês Peter Turkson — e não uma regra representativa.

A cada novo conclave, a fumaça branca anuncia mais que um novo Papa. Ela revela também as escolhas de uma estrutura que, apesar de milenar, precisa responder às urgências do presente. Em tempos de recrudescimento do racismo, das desigualdades e da violência religiosa contra povos de terreiro, a neutralidade institucional já é uma forma de cumplicidade.

Reaproximar-se da população negra não é apenas reconhecer a sua fé — é enfrentar o racismo que ainda habita as igrejas, os púlpitos e os discursos. É escutar o grito de mães pretas, de juventudes periféricas, de lideranças quilombolas. É admitir que não existe fé sem justiça. Nem salvação sem reparação.

Morre Chef Tanea Romão, ativista e pesquisadora da cultura alimentar brasileira, aos 58 anos

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Foto: Christiane Ceneviva/Divulgação

Chef Tanea Romão, renomada cozinheira e pesquisadora da cultura alimentar brasileira, faleceu no último sábado, 19 de abril, aos 58 anos, após ser internada com cetoacidose diabética. A informação foi confirmada pela revista Prazeres da Mesa.

“Sempre bem humorada, disposta e ensinar e a levar a paixão que a movia por gastronomia a todos, Tanea era uma mulher incansável, lutadora e dedicada. Há cerca de dois anos vendeu seu restaurante em São Paulo e mudou-se para São Gabriel da Cachoeira, Amazonas”, informou o texto da revista.

“Ativista, trabalhou em prol do Movimento Slow Food, e foi atuante na Aliança dos Cozinheiros. Juntos, também percorremos os salões do Terra Madre, em Turim, onde promovia os produtos e produtores brasileiros, com seu sorriso permanente e disponível a colaborar com todos”, completou.

Para a revista, o amigo da Tanea, o Chef Carlos Ribeiro, disse que uma de usas últimas atividades no Amazonas foi como merendeira em uma escola do município e estava muito feliz. Além disso, atuava como consultora em estabelecimentos gastronômicos locais e tinha o desejo de abrir a Casa de Tanea na região. Eles estiveram juntos por duas semanas, em novembro do ano passado, quando Carlos foi visitá-la.

“Nós cozinhamos juntos, fomos a aldeia indígena, feiras, e saímos para tomar banhos inesquecíveis de rio. De manhã e à noite, porque lá era muito quente. E ela me contou histórias sobre o rio que me deram medo”, relembrou. “Ali não era o fim da história dela, mas um recomeço. Ela dizia ‘aqui eu sou Tanea, não Tanea Romão.”

Tanea também integrou a 3ª temporada do programa ‘Pesadelo na Cozinha’, exibido pela Band em 2021. Na ocasião, o restaurante Kitanda Brasil passou por uma transformação com consultoria do chef Erick Jacquin e foi rebatizado como Casa da Tanea.

Juliana Oliveira depõe na quarta sobre acusação de assédio contra Otávio Mesquita em programa do SBT

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Imagem: Reprodução/Instagram

A humorista Juliana Oliveira será ouvida pela Polícia Civil de Osasco na próxima quarta-feira (23) como parte do inquérito que apura a denúncia de estupro que ela fez contra o apresentador Otávio Mesquita. O caso remonta a 2016, durante a gravação do programa The Noite, comandado por Danilo Gentili no SBT, onde Juliana trabalhava como assistente de palco e produtora até o ano passado. Mesquita nega as acusações.

De acordo com a colunista Mônica Bérgamo, na semana passada, o 7º Distrito Policial de Osasco, na Grande São Paulo, acatou pedido do Ministério Público para investigar a denúncia. Segundo a representação, imagens e transcrições do programa mostrariam que Mesquita tocou os seios e as partes íntimas de Juliana, mesmo com ela tentando se esquivar e demonstrando desconforto. O advogado Dr. Hédio Silva Jr., que defende a humorista, afirma que a legislação penal “considera que a prática de atos libidinosos mediante violência configura estupro, ainda que não haja penetração”.

Em resposta à reportagem, Mesquita disse que se tratava de uma “brincadeira” combinada informalmente antes da gravação. Ele argumenta que, caso Juliana não tivesse consentido, poderia ter pedido ao SBT para cortar a cena.

O apresentador também afirmou que sua ex-mulher e filho estavam na plateia no dia e que “não houve estupro”. Ele move um processo contra Juliana por danos morais, pedindo R$ 50 mil de indenização.

De acordo com a denúncia, o episódio teria ocorrido nos primeiros minutos do programa, quando Mesquita, convidado do quadro, entrou no palco pendurado de cabeça para baixo, ao som da música-tema do Batman. Ao ser auxiliado por Juliana para retirar os equipamentos de segurança, ele teria tocado seus seios e genitália. Em seguida, ao se virar, a prendeu com as pernas e simulou ato sexual.

O SBT não se manifestou sobre o caso. A polícia aguarda o depoimento de Juliana para dar continuidade às investigações.

Tina Knowles, mãe de Beyoncé, revela diagnóstico de câncer de mama e fala sobre apoio da família

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Foto: Reprodução/Instagram

A empresária Tina Knowles, mãe das cantoras Beyoncé e Solange, abriu-se sobre sua recente luta contra o câncer de mama em uma entrevista emocionante ao CBS Mornings, apresentado por Gayle King. Aos 71 anos, ela contou como descobriu a doença e o papel fundamental da família em sua recuperação.

Knowles revelou que foi diagnosticada com câncer de mama em estágio 1 após dois tumores serem detectados em uma mamografia de rotina, que havia sido adiada devido à pandemia de Covid-19. “Sempre tentei cuidar de mim mesma. Eu simplesmente… não conseguia acreditar”, disse.

Foto: Reprodução/Instagram

De acordo com a Sociedade Americana do Câncer, mulheres acima de 55 anos devem realizar o exame a cada um ou dois anos. A empresária admitiu que, se tivesse mantido os exames em dia, o tumor poderia ter sido identificado ainda no estágio inicial, quando a doença não se espalha além do tecido mamário. Apesar do atraso, o câncer foi considerado de crescimento lento e não havia se disseminado. Em agosto de 2024, ela passou por uma lumpectomia (cirurgia para remoção do tumor) e hoje está livre da doença.

Em agosto de 2024, ela passou por uma lumpectomia (cirurgia para remoção do tumor) e hoje está livre da doença. Antes do procedimento, Beyoncé, Solange e amigos próximos a acompanharam no hospital. “Eu estava nervosa, e então eles começaram a brincar comigo”, lembrou, citando um momento em que Solange mostrou um vídeo engraçado para aliviar a tensão.

Knowles também destacou o apoio espiritual da família. Solange e sua sobrinha Angie Beyincé cantaram Walk With Me, música que fala sobre proteção divina. “Entrei [na cirurgia] sentindo como se Deus tivesse me protegido”, disse, emocionada.

Mesmo após a recuperação, ela enfrentou um susto ao desenvolver uma infecção pós-cirúrgica grave, quase a impedindo de comparecer ao evento Mulheres do Ano, da revista Glamour, em outubro de 2024. Beyoncé a aconselhou a priorizar a saúde, mas Knowles insistiu em ir. “Durante grande parte da minha vida, me recusei a ser reconhecida. Este foi o meu lema: ‘Eu mereço isso'”, afirmou.

A entrevista completa com Tina Knowles será exibida nesta quarta-feira (23) no CBS Mornings.

Documento no RS expõe como senhores usaram escravizados como substitutos na Guerra da Cisplatina

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Imagem: Augusto Ballerini/Domínio Público

Um registro histórico encontrado pelo jornal Folha de S. Paulo no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul expõe como proprietários de escravizados evitaram o recrutamento militar durante a Guerra da Cisplatina (1825-1828). O manuscrito, datado do período do conflito, mostra que os senhores enviavam cativos e libertos para lutar em seu lugar.

O documento contém um abaixo-assinado de fazendeiros da Vila de Cachoeira, liderados por Antônio José de Menezes. Nele, os estancieiros argumentam que já cumpriam seu dever ao fornecer homens para a guerra: “O suplicante (…) pagou a seus próprios custos homens libertos e escravos, vestiu-os, armou-os e proveu-os de tudo necessário para a guerra (…), colocando-os em campanha”. Os senhores pediam isenção do alistamento alegando que sua ausência prejudicaria a segurança local. “Se nos retirarmos, os desertores e malfeitores se unirão aos escravos”, advertiam no documento.

A Guerra da Cisplatina, entre o Império brasileiro e as Províncias Unidas do Rio da Prata, foi marcada por dificuldades de recrutamento. Como explicou o historiador Mário José Maestri Filho, “no século 19, os ricos e seus filhos só iam para guerra quando queriam”. A prática de enviar substitutos, principalmente escravizados, era comum desde o período colonial.

Alguns escravizados, porém, viam no conflito uma chance de liberdade. Tropas adversárias ofereciam alforria aos que desertassem. O naturalista francês Augustin de Saint-Hilaire registrou que os soldados negros das tropas inimigas se destacavam por sua coragem, pois “lutavam por sua própria liberdade”.

Legado

O documento ilustra como a escravidão se entrelaçou com as estratégias militares do Império. A descoberta reforça o papel dos escravizados como instrumento nas disputas de poder do Brasil Imperial, onde eram frequentemente usados como recursos descartáveis.

Com informações da Folha de S. Paulo

Dois cardeais africanos podem entrar na disputa pelo papado

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Fotos Vaticano News

Com a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, a Igreja Católica se prepara para um novo conclave — o processo fechado que elege o novo pontífice. Pela primeira vez em séculos, dois cardeais africanos aparecem entre os nomes possíveis para assumir o posto mais alto da Igreja: Fridolin Besungu, da República Democrática do Congo, e Robert Sarah, da Guiné.

Arcebispo de Kinshasa, Fridolin Besungu foi nomeado cardeal por Francisco em 2019 e é uma das principais vozes progressistas do continente africano no Vaticano. Conhecido por sua atuação em defesa da justiça social e dos direitos humanos, ele tem ganhado espaço entre os cardeais eleitores, especialmente por representar o crescimento da Igreja na África.

Já Robert Sarah representa uma ala mais conservadora da Igreja. Nomeado cardeal por Bento XVI, ele comandou por anos a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. É reconhecido por sua firme defesa da liturgia tradicional e por ser uma referência para setores mais tradicionais do catolicismo.

Ambos fazem parte do grupo de cerca de 120 cardeais com menos de 80 anos, idade máxima permitida para participar da votação. O conclave acontecerá na Capela Sistina, no Vaticano, em cerimônia fechada que pode durar dias, até que um dos cardeais alcance dois terços dos votos. Antes disso, o corpo do Papa será velado em cerimônia solene na Basílica de São Pedro, com presença de chefes de Estado e fiéis de todo o mundo. A expectativa é que o Colégio Cardinalício se reúna oficialmente entre 15 e 20 dias após o falecimento do pontífice.

Enquanto o mundo católico se despede de Francisco, a possibilidade da eleição de um papa africano reacende o debate sobre representatividade no alto escalão da Igreja — uma escolha que pode marcar profundamente os rumos da fé global nas próximas décadas.

Um papa africano seria um marco histórico

A possibilidade de um papa africano reacende discussões importantes sobre diversidade e representatividade dentro da Igreja Católica, cuja liderança histórica foi centralizada na Europa. O último papa não europeu foi Gregório III, de origem síria, no século VIII. Desde então, todos os pontífices vieram de países europeus, com exceção de Francisco, argentino.

A África abriga hoje algumas das comunidades católicas que mais crescem no mundo. Países como Nigéria, República Democrática do Congo e Uganda têm registrado aumento significativo de fiéis. A presença de cardeais africanos com protagonismo teológico e político reflete esse novo cenário global da fé.

‘Encantado’s’: terceira temporada da série estreia dia 29 de abril na TV Globo

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Foto: Globo/Estevam Avellar

A terceira temporada da série ‘Encantado’s’ estreia no dia 29 de abril e será exibida às terças-feiras e quintas-feiras, após a novela ‘Vale Tudo’, na TV Globo. Protagonizada por Luis Miranda e Vilma Melo, a nova fase da produção ambientada entre o universo do Carnaval e o cotidiano do supermercado da família Ponza, mergulha ainda mais nas aventuras e confusões dos personagens. Com uma mistura de humor e emoção, os episódios trazem histórias inéditas que acompanham o clima festivo do aniversário de 60 anos da emissora.

Intérprete de Eraldo, o presidente da Joia do Encantado, Luis Miranda celebra 20 anos na TV Globo em 2025 e reafirma a alegria de fazer parte da série que se aproxima do público em uma comédia de cotidiano, de relações, afeto, trabalho, fé. “Especificamente no caso de Encantado’s, fazemos uma leitura de uma comunidade que a gente não está acostumado a ver contada nas TVs, nas séries, no cinema. A gente traz a poesia, leveza, alegria, o carnaval, a irmandade, a comunidade para as telas, falando da comunidade como um lugar de união de família, de prosperidade, de vida. E nessa terceira leva de episódios, aproveitamos para celebrar os 60 anos trazendo personagens reais para conviver com nossa brincadeira, com nossa ficção de um mercado e escola de samba. Muita gente está fazendo parte do nosso projeto usado como forma de homenagear a TV Globo”, conta o ator. 

Vilma destaca a importância de defender a personagem Olímpia em três temporadas. “Olímpia, junto a Eraldo, capitaneia esse time. É uma honra defender uma mulher firme, trabalhadora, para mim ela é o suprassumo da representatividade da mulher negra carioca. Ela está em todos os lugares ao mesmo tempo. Está sempre segurando a onda, resolvendo BO de todo mundo, deixa a vida dela às vezes em segundo plano. Mas nessa temporada vamos ter algumas surpresas porque ela resolve se cuidar um pouquinho mais e se sente culpada por conta disso, achando que está deixando alguma coisa porque tem o trabalho como prioridade. Poder defender a Olímpia pela terceira vez e agora observando-a por outra vertente é sem dúvida uma grande honra pelo que representa essa figura na TV aberta, na TV brasileira, na maior emissora do país”, destaca.

Terceira temporada de Encantado’s (Foto: Globo/Estevam Avellar)

Cada vez mais perto da estreia, o elenco da produção comenta sobre expectativas e o que o público pode esperar de seus personagens nesta jornada. Evelyn Castro, que dá vida à Maria Augusta confirma que a personagem vai se esforçar ainda mais para ser famosa. “Maria Augusta está com uma curva dramática que eu não sei nem se é uma curva. Eu acho que é uma espiral de tão alucinada que ela está agora. E isso, para meu trabalho como atriz, é muito bom. Maria Augusta não tem limite. Ela vai se misturar aos 60 anos da TV Globo e eu tive a oportunidade de brincar com muitos personagens emblemáticos e carismáticos da TV Globo, foi divertido demais. Ela vai estar mais próxima da Melissa (Ramille), então vai ter essa relação de mãe e filha, de falar da maternidade, de família, de ter uma cumplicidade de mãe e filha”.

Ludmillah Anjos, que faz a rainha de bateria e estoquista Crystal, também comemora o lançamento. “Crystal está ainda mais dona de si, tirando onda com os caras. E ela sempre foi muito amiga de Olímpia, meio que como irmãs, e esse ano elas vêm mais unidas ainda com a Crystal organizando os babados para a amiga. O público pode esperar o melhor com muita beleza, diversão e muitas histórias marcantes”, indica a atriz.

“A expectativa para a estreia é enorme! Dessa vez, ele chega ainda mais perto de realizar seu sonho como artista, sempre querendo ajudar – nem sempre conseguindo – sua chefa tão amada, Olímpia, e comandando com muito carisma a comissão de frente da Joia do Encantado! Tem muitas surpresas incríveis nessa nova fase, personagens novos, bailes, participações especiais e, óbvio, muito humor!”, sinaliza João Côrtes, o locutor do Encantado’s e cenógrafo da Joia, Celso Tadeu.

Terceira temporada de Encantado’s (Foto: Globo/ Manoella Mello)

Enquanto o mau humor característico de Ana Shaula alcança outros níveis, a atriz Luellem de Castro prova ser o oposto da caixa e porta-bandeira. “Eu estou muito animada. ‘Encantado’s’ é uma produção pela qual a gente tem muito carinho. Viramos uma família, a gente se visita na vida, sabe? Então estou muito empolgada não só para a estreia, mas também para a gente se encontrar num momento de confraternização. Nessa temporada, a Ana Shaula vai mostrar um outro lado dela e um pouquinho da família, então eu estou curiosa para saber como as pessoas vão reagir e eu espero que divirta todo mundo também”, comenta Luellem.

Criada por Renata Andrade e Thais Pontes, Encantado’s é escrita por elas em parceria com Antonio Prata, Chico Mattoso e Hela Santana, com redação final de Antonio Prata e Chico Mattoso. A série tem direção artística de Henrique Sauer e direção de Naína de Paula. A produção é de Erika da Matta e Claudio Dager com direção de gênero de Patricia Pedrosa.

Livro “Modernismo Negro” de Jorge Augusto revisita modernismo brasileiro pela ótica de Lima Barreto

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Lançado pela Editora Segundo Selo como parte das comemorações de seus 12 anos, o livro “Modernismo Negro”, do poeta e intelectual Jorge Augusto, propõe uma releitura do modernismo brasileiro a partir das tensões raciais e sociais presentes na obra do escritor Lima Barreto (1881-1922). A obra, que já está disponível ao público no site da editora, se debruça sobre as críticas à modernidade brasileira, articulando três eixos centrais: o movimento modernista de 1922, a literatura negra e a produção barretiana.

Com orelha assinada por Muniz Sodré, prefácio de Leda Maria Martins e posfácio de Henrique Freitas, o livro é apontado como uma contribuição fundamental para os estudos literários no país. Segundo Jorge Augusto, a obra busca “estruturar um diálogo tensivo” entre esses temas, conceito que o autor vem desenvolvendo há anos sob a alcunha de “Modernismo Negro”.

Para Muniz Sodré, trata-se de “um dos mais importantes estudos sobre o modernismo brasileiro”, enquanto Leda Maria Martins destaca o tom “insurgente e polêmico” da análise, feita com “argúcia e sagacidade”. Já Henrique Freitas enxerga na publicação um passo relevante para o que chama de “abolicionismo epistemológico” na crítica literária nacional.

O lançamento ocorreu na Biblioteca Pública dos Barris, em Salvador, no último dia 17, com programação cultural que incluiu um pocket show da cantora Carvalho, acompanhada pelo músico Daniel Santana, além de leituras de trechos por Fernanda Miranda (UFBA), Osmundo Pinho (UFRB) e Henrique Freitas (UFBA). O bate-papo com o autor teve mediação da poeta Vânia Melo.

ENTREVISTA| David Oyelowo estrela ‘Vidas Processadas’, série surpreendente sobre uma família negra nos anos 60

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Foto: Divulgação/Apple TV+

David Oyelowo, estrela dos filmes ‘Selma’ e ‘O Mordomo da Casa Branca’, protagoniza a nova série da Apple TV+, ‘Vidas Processadas’, que estreou na última quarta-feira, 16 de abril. Diferente destas tramas que abordam histórias reais da luta pela igualdade racial nos Estados Unidos, agora o ator nigeriano-britânico interpreta Hampton Chambers no final dos anos 1960, que faz de tudo para se reaproximar emocionalmente da esposa e dos dois filhos adolescentes após passar um período em cárcere privado, e tenta lançar a sua invenção no mercado para ficar rico. 

Em entrevista à editora Halitane Rocha do Mundo Negro durante uma coletiva de imprensa, o ator e produtor executivo da série, falou sobre o processo para construção de uma família que entregasse a emoção da comédia dramática para o telespectador. “O verdadeiro desafio era que precisávamos de atores que não fossem apenas comédias óbvias para ter sutileza, mas também atores que não fossem apenas drama e intensidade, sem permitir leveza. Atores têm energias diferentes. Também precisamos de atores que se encaixem no período”.

Simone (Missick), Jah (Di’Allo Winston) e Evan (Ellison) eram a combinação perfeita, porque todos esses elementos estavam lá. Dava para vê-los no período. Então, havia espaço para realmente arriscar com os elementos mais dramáticos, porque é um tom muito específico que estamos tentando atingir com a série”, elogia o elenco. 

David Oyelowo em ‘Vidas Processadas’. (Foto: Divulgação/Apple TV+)

“Se você os considerasse como personagens individualmente, não sei se diria instantaneamente: ‘Ah, todos eles pertencem àquela família’. Mas eu diria que há muitas famílias em que você tem filhos muito diferentes, pais que não concordam, mas de alguma forma há um amor no meio das coisas que os une. E se drama é conflito, essa é a receita perfeita”, completou o ator entusiasmado. 

Apesar de ser uma série de época, uma das inovações na produção é o protagonismo de uma família negra que não gira em torno dos conflitos raciais. Astoria Chambers (Simone Missick), por exemplo, esposa do Hampton, entra em uma jornada de autodescoberta ao precisar cuidar dos filhos sozinha, descobre novos interesses pessoais e profissionais, inclusive mantém uma boa relação com pessoas brancas no trabalho e na vizinhança. 

“Para mim, foi revigorante poder abordar essa personagem dessa família, essa mulher, Atoria Chambers, que é mãe e cuida de dois meninos em crescimento no final da década de 1960, sem a presença do marido, até que ele retorne. Mas poder abordar isso sem ter que lidar com o trauma do que normalmente vemos retratado em famílias negras naquela época, sem ter que navegar pelo equilíbrio do componente racial, as lutas raciais do movimento pelos Direitos Civis. Havia uma verdade nisso”, disse a atriz na entrevista. 

Simone Missick em ‘Vidas Processadas’. (Foto: Divulgação/Apple TV+)

Missick mergulhou em como era a vida familiar naquela época. “Tive a oportunidade de falar com meus familiares, minha mãe e minha tia. E quando eles falavam sobre sua criação em Detroit na década de 1960, não estavam falando sobre marchas e brutalidade policial ou disparidade racial. Eles tinham vizinhos que eram brancos e multiculturais, o que achei muito interessante, porque não era isso que eu tinha visto retratado na tela nos mais de 30 anos que assistia televisão e filmes. E então, algo que parecia tão distante estava, na verdade, mais próximo de mim do que eu imaginava, sendo a vida dos meus familiares”, relatou. 

“Poder compartilhar isso e mostrar que essa verdade também era realidade naquela época, e fazer isso em uma série engraçada, leve, fantástica, que lida com elementos, temas e tons tão únicos, pensei que fosse um presente não só para mim, mas para o público, saber que existe mais de uma perspectiva para aquele período e para a nossa realidade”, conclui. 

Aeysha Carr, co-showrunner e produtora executiva, completou sobre como essa abordagem na série foi revigorante. “David interpretou Martin Luther King Jr. (em ‘Selma’). Há ótimos filmes sobre a população negra e não estou dizendo que não há espaço para mais, mas acho que queríamos mostrar uma família negra nessa época, porque havia dias ruins da revolução, havia dias em que você simplesmente existia, e queríamos permitir que esses personagens tivessem uma vida que às vezes não fosse restringida por esse tipo de dor”, contou. 

David Oyelowo e Simone Missick em ‘Vidas Processadas’. (Foto: Divulgação/Apple TV+)

“Você vê isso nos pequenos momentos em que o cara diz: ‘o que eu ganho por contratar uma mulher com filhos?’. Havia muitas famílias negras, mães solteiras com filhos. Introduzimos isso em pequenas doses, mas não queríamos que essa fosse a história que estávamos contando. Queríamos mesmo mostrar uma família sob uma luz diferente, naquele período”, concluiu. 

Inspirações para os adolescentes negros 

Jahi Di’Allo Winston e Evan Ellison interpretam os irmãos adolescentes Harrison e Einstein, respectivamente. Harrison entra numa jornada para tentar manter uma boa relação com o pai diante do retorno dele, inclusive seguindo o conselho cultural de um povo indígena da região. Enquanto Einstein, como o próprio nome sugere, é muito inteligente, se preparando para ingressar em uma universidade de prestígio, porém o mais peculiar é o seu interesse no salto com vara. Seus personagens são inspirados na infância de Paul Hunter, co-showrunner, e o seu irmão. 

“A história dos nativos americanos aconteceu na vida de Paul. Ele tinha um vizinho nativo americano que o apresentou a essa cultura e ele achou real, ele tirou algo daquilo e isso ficou com ele. Então, acho que essas histórias e a questão do salto com vara são estranhas e bizarras, e é um esporte de verdade. Você pode ir às Olimpíadas para o salto com vara, mas não é algo sobre o qual muitas pessoas falem. Então, era apenas uma questão de tentar encontrar maneiras de pegar momentos reais da história e da vida de Paul enquanto crescia e colocá-los neste programa”, contou Aeysha Carr.

Evan Ellison e Jahi Di’Allo Winston em ‘Vidas Processadas’. (Foto: Divulgação/Apple TV+)

Os jovens exploraram muito a vida de Hunter para entender seus personagens. “Muitas das coisas mais animadas e selvagens da história estão enraizadas em alguma história real que surgiu na infância de Paul. E então, esses pequenos pedaços de informação foram realmente essenciais para construir a dinâmica familiar e, especificamente, meu personagem”, contou Jahi Di’Allo Winston.

“Eu acho que foi realmente muito legal e quase inspirador ver alguém tão certo do que quer fazer. Eu só queria descobrir por que ele queria fazer isso. Foi emocionante descobrir sua vibe e quem ele era. O relacionamento dele com o pai é bem legal porque ele, assim como o pai, Hampton, é que os dois são otimistas, eu diria. Foi muito divertido interpretá-lo”, disse Evan Ellison sobre as características que mais gostou de Einstein.

Já para Winston, um adolescente negro como Harrison foi muito atrativo para querer o papel. “Nós o descrevemos como uma espécie de cínico da família, mas ele também é muito inteligente e tem uma empatia inata por outras pessoas além de si mesmo. E isso meio que transparece na compreensão dele sobre diferentes culturas e pessoas além dele. Às vezes, pode parecer que ele está tentando ter uma superioridade moral, mas na verdade está enraizado nele ser intensamente apaixonado por qualquer coisa com a qual ele realmente se importe. E eu amei isso. Você consegue ver um ponto de vista diferente sobre um jovem adolescente negro. Para mim, isso é diferente de qualquer personagem que eu já interpretei”, relatou. 

Evan Ellison e Jahi Di’Allo Winston em ‘Vidas Processadas’. (Foto: Divulgação/Apple TV+)

O timing cômico da série

Bokeem Woodbine, famoso por seus papéis na série ‘Fargo’ e ‘Queen e Slim’, integra o elenco interpretando Bootsy, o amigo do Hampton. Eles formam uma boa dupla na trama e nos bastidores. 

“Trabalhar com o David foi muito divertido. Ele é um grande profissional, um ótimo ser humano e foi simplesmente incrível trabalhar com ele. O trabalho que fazemos é desafiador, então é revigorante e gratificante desfrutar da companhia da pessoa com quem você está trabalhando e se dar bem com alguém, especialmente se vocês estão atuando como amigos. Deveria ser assim, mas nem sempre é assim. Então, a experiência foi fantástica e tranquila”, contou Woodbine.

O desafio para o ator, estava na dinâmica da comédia da série. “O timing cômico para entender onde está a piada, mas não se inclinar demais para isso. Você sabe o que está buscando, mas não quer forçar demais. É um equilíbrio. E tentar alcançar isso tem sido um desafio constante”, disse. “Tem momentos no episódio cinco que eu achei muito difíceis, porque achei tão engraçado que me fez rir enquanto lia”, lembrou.

David Oyelowo e Bokeem Woodbine em ‘Vidas Processadas’. (Foto: Divulgação/Apple TV+)

Com essa excelente produção de comédia dramática, Woodbine está seguro da recepção do público. “Tenho muita esperança de que as pessoas sejam receptivas ao que fizemos e que talvez vejam um reflexo de pessoas que conhecem em suas vidas, ou talvez de suas próprias famílias, e do nosso projeto”, concluiu. 

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