Um dos clássicos do cinema brasileiro, “O Auto da Compadecida” ganhará uma sequência em 2024. No começo desta semana, a atriz Taís Araujo anunciou que fará parte do segundo filme inspirado na obra de Ariano Suassuna. Ela será Nossa Senhora, papel interpretado por Fernanda Montenegro no primeiro filme.
O anúncio foi feito pela própria atriz nas suas redes sociais que revelou que recebeu em êxtase o convite dos diretores do filme, Guel Arraes e Flávia Lacerda, para substituir Fernanda Montenegro, que não participará da sequência por conta da sua agenda.
Taís Araujo também disse que o convite não é para substituir Montenegro, mas sim representar outra versão de Nossa Senhora. “E aí eu fui chamada para fazer não uma substituição, porque Fernanda Montenegro é insubstituível, e como a Nossa Senhora tem muitas representações eu vou fazer uma outra representação”, comentou a atriz.
Até o momento, não há muitas informações sobre “O Auto da Compadecida 2”. Apenas Matheus Nachtergaele e Selton Mello, que interpretam João Grilo e Chicó, e Taís Araujo estão escalados para o filme.
Com uma extensa programação, os Movimentos de Mulheres Negras deram início à 11ª edição do Julho das Pretas que este ano tem como tema ‘Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver’. O evento, que teve abertura no sábado, 1, reúne 446 atividades coordenadas por 230 organizações de mulheres negras ou mistas em 20 estados brasileiros e no Distrito Federal.
As atividades, que ocorrerão nos formatos presencial, virtual e híbrido, abrangem uma variedade de eventos, como rodas de conversa, festivais, exposições e ciclos de formação política. Além disso, cerca de 50 atividades do Julho das Pretas nas Escolas estão previstas em parceria com professores, gestores e estudantes da rede pública e privada.
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O tema central desta edição, “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver”, faz referência à construção da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, que está agendada para 2025. Além disso, destaca o debate sobre a necessidade de reparação histórica para a população negra e a busca pelo Bem Viver, um paradigma que orienta a ação de diversos movimentos de mulheres negras no Brasil desde a mobilização para a Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo e pela Violência e pelo Bem Viver, realizada em Brasília em novembro de 2015.
A mobilização da 11ª edição do Julho das Pretas – Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver é liderada pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Rede de Mulheres Negras do Nordeste e Rede Fulanas – Negras da Amazônia Brasileira. Essas organizações têm desempenhado um papel fundamental na promoção dos direitos e no fortalecimento das mulheres negras no país.
O Julho das Pretas tem como objetivo central dar visibilidade às pautas e demandas das mulheres negras, bem como promover a reflexão sobre o racismo, a discriminação e a violência de gênero que afetam essa população. Através da mobilização e engajamento de diversas organizações e ativistas, o evento contribui para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva para todas as mulheres negras brasileiras.
Para mais informações sobre a programação completa do Julho das Pretas – Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver, acesse o site oficial do evento (CLIQUE AQUI).
Com uma vida marcada pela luta contra a misoginia e a favor dos direitos civis nos Estados Unidos, Maya Angelou é uma referência para pessoas negras em todo o mundo e deixou um legado literário bastante celebrado. Em um lançamento inédito no Brasil, a editora Nova Fronteira trouxe o livro “Não Trocaria Minha Jornada por Nada”, escrito pela norte-americana e com prefácio assinado pela escritora Vilma Piedade.
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A obra, lançada na última sexta-feira, 30, traz experiências e lições da autora em uma narrativa sensível e intimista. Em seus breves ensaios, Angelou aborda temas relevantes como racismo, solidão da mulher negra, poder das palavras e a importância de se conhecer para se afirmar no mundo.
“Não trocaria minha jornada por nada” oferece reflexões que despertam orgulho, pertencimento e um senso de coletividade. A escritora, que manteve uma amizade com os líderes ativistas na luta contra a segregação racial, Martin Luther King Jr. e Malcolm X, promove uma reconexão com a essência de cada leitor, transmitindo valiosas lições de autenticidade e sabedoria.
“Maya tece sua escrita imprimindo sabedoria, amor, amabilidade, comunhão, fé, e ainda compartilha testemunhos autobiográficos com franca generosidade”, afirma a escritora Vilma Piedade, que assina o prefácio desta edição.
O lançamento deste livro inédito no Brasil representa uma oportunidade de se conectar com a trajetória e o legado de Maya Angelou, falecida em 2014 aos 86 anos, uma figura inspiradora para pessoas negras em todo o mundo.
São Paulo recebeu em maio a primeira edição do África Fashion Week, evento configurado para conquistar as raízes profundas do sentimento de ser brasileiro, preenchendo uma lacuna histórica e projetando o estilo africano na sociedade brasileira. Uma iniciativa do Instituto Internacional FEAFRO, agora os organizadores do evento estão sendo acusados de não ter pago a equipe que trabalhou na produção, como modelos e recepcionistas.
A informação sobre o possível calote foi compartilhada pelo modelo e casting director, Carlos Cruz, que também trabalhou como vice-presidente do evento. No início da tarde deste domingo, 02, ele publicou uma nota pessoal em seu Instagram para falar sobre assunto, afirmando que recebeu mensagens de pessoas que trabalharam no evento e que não haviam recebido seus pagamentos. “Hoje recebi algumas mensagens de colabores e pessoas que trabalharam no África e gostaria de deixar informado que minha posição no evento não gera poder de responsabilidade financeira e nem de tomada de decisões, eu também fui contratado, minha responsabilidade é limitada.” Ele afirma que foi procurado por recepcionistas e modelos que não tiveram seus pagamentos efetuados no prazo.
Os pagamentos estão atrasados desde a última sexta-feira (30), onde terminava o prazo acordado pelo evento para pagar as empresas fornecedoras que contrataram os funcionários. Segundo a CEO do Instituto Internacional FEAFRO, que organizou a semana de moda, Silvana Saraiva, houve um problema com o recebimento da verba de patrocinadores e o evento não conseguiu cumprir com parte do pagamento realizado às empresas prestadoras de serviço, responsáveis pela contratação das equipes. “Eu não paguei mesmo, não entrou o recurso”, afirmou ela em entrevista para o Mundo Negro.
A CEO do Instituto Internacional FEAFRO contou que deveria receber recursos vindos de Angola, mas que por um problema de câmbio o dinheiro não pode ser enviado. Ela afirma que a verba chegará. “Vai entrar. Porque são duas coisas, se o cliente não mandar o dinheiro, eu consigo vender as máquinas que já estão prontas. Então de qualquer jeito eu vou ter o dinheiro, [porque] ou o cliente paga e eu vou ter dinheiro ou eu vendo as máquinas e vou ter dinheiro de novo, entendeu?”.
Nas redes sociais do próprio evento profissionais que trabalharam no África Fashion Week estão cobrando nos comentários por seus pagamentos. “Paguem e se pronunciem”, cobrou uma pessoa. Outra denunciou “Trabalhamos e não fomos pagos”.
Foto: Reprodução/Instagram
Ao ser questionada se o que precisava agora é que as pessoas que não receberam aguardem um novo prazo, Silvana afirmou que sim e disse que as pessoas poderiam ajudar a ‘sensibilizar os patrocinadores’: “Aguardem o novo prazo e ao contrário de nos detonar nos ajudem a sensibilizar os patrocinadores porque a gente quer fazer a edição de 2024, mas sem ter esses problemas financeiros que tivemos em 2023, na primeira edição. A gente quer ampliar esse evento para que a gente possa envolver as crianças”, falou.
Ela também contou que esperava que as pessoas entendessem a situação: “Eu juro que eu esperava um pouco das pessoas entenderem o que está acontecendo com a gente e talvez fazer esses stories não massacrando a gente, o evento, como se tudo foi ruim porque não foi. Talvez pedindo aos patrocinadores que falassem assim ‘olha, gente, porque que vocês não patrocinaram nosso evento? Porque que vocês, já que vocês patrocinam o São Paulo Fashion Week e vários outros eventos aí, porque que vocês não patrocinam um evento que é pra nós’? Porque isso seria o legal, porque essas empresas deram não pra gente.”, disse.
“[As empresas] Não quiseram nem saber, recurso pequeno, R$ 30 mil, R$ 50 mil, que nos ajudaria a pagar essa conta. Porque, claro, a de convir que eu sou a CEO que cuidei disso, eu acreditei muito nesse discurso de que a gente tem que enfrentar o racismo e que as empresas estavam preocupadas com diversidade e as empresas brasileiras dentro da questão racial, eu acreditei muito nisso. Mas esse compromisso desse jeito que é fazer inclusão do empreendedorismo preto etc. e tal, infelizmente não é um compromisso que existe na real. Eles fazem um trabalho que é muito pontual, nichado, mas não para atender uma massa grande. Porque a gente sabia que não ia ganhar nenhum dinheiro com isso, tanto é que gastamos do nosso bolso e vamos continuar gastando, já perdemos tudo que a gente tinha”, afirma.
Ao falar sobre um novo prazo de pagamento, Silvana afirma que só entenderá a partir de amanhã. “Eu só vou entender prazo a partir de amanhã porque eu vou negociar com todos os meus credores, com todas as pessoas que me devem pra ver que prazo eles me dão e como que eu recebo, porque eu só tenho como pagar essas pessoas a partir de outros processos que eu tô fazendo. Porque esse linchamento digital aí já atrapalhou, por exemplo, de eu vender 20% da marca África Fashion Week para pagar essas contas. Eles não imaginam o quanto que eles estão nos prejudicando e ao rebote se prejudicando, entendeu?”, pontuou.
Silvana justifica que entende que os colaboradores que não receberam precisam entrar em contato com seus contratantes. “Eu até compreendo que eles têm que reivindicar seus pagamentos, mas eles precisam reivindicar isso junto aos seus contratantes. Porque nós fizemos acordos com esses contratantes e estamos conversando com esses contratantes. De pessoal de maquiagem a pessoal que cuidou da segurança”, revelou.
“Só que nós pagamos metade para eles e como eles se organizaram para pagar essa metade a gente não sabe. A gente não sabe nem quanto custa o cachê dessas pessoas, porque a gente contratou a empresa”, afirma Silvana Saraiva.
O África Fashion Week aconteceu entre os dias 25 e 27 de maio no Expo Center Norte, na zona norte de São Paulo.
Por Kelly Baptista, diretora executiva da Fundação 1B.
O termo “desigualdade étnico-racial” pode ser definido como a diferença de oportunidades e condições de vida em função da etnia, precisamos colocar essa pauta para entender que em um país de dimensões continentais, o racismo estrutural se expressa em outras dimensões da nossa realidade brasileira, a seguir vamos observar alguns dados que fazem parte do nosso contexto, mas que ainda não abrangem toda a estrutura do racismo que atinge pessoas negras.
Insegurança alimentar
Os dados foram obtidos pelo 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (VIGISAN), com uma dimensão mais exata da fome no Brasil, que atingiu 33,1 milhões de pessoas em 2022.
Uma em cada cinco famílias chefiadas por pessoas autodeclaradas pretas e pardas no Brasil sofre com a fome (20,6%) – o dobro em comparação aos lares chefiados por pessoas brancas (10,6%). A situação é ainda mais grave quando se leva em conta o gênero: 22% dos lares chefiados por mulheres autodeclaradas pretas e pardas sofrem com a fome, quase o dobro em relação a famílias comandadas por mulheres brancas (13,5%).
O recorte de raça e gênero, também revela que mesmo as mulheres negras com maior escolaridade (8 ou mais anos de estudos), sofrem com a insegurança alimentar moderada ou grave, sendo um terço delas (33%), comparado com 21,3% de homens negros, 17,8% de mulheres brancas e 9,8% de homens brancos.
Falta de acesso a saneamento básico
No ano 2018, verificou-se maior proporção da população preta ou parda residindo em domicílios sem coleta de lixo (12,5%, contra 6,0% da população branca), sem abastecimento de água por rede geral (17,9%, contra 11,5% da população branca), e sem esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial (42,8%, contra 26,5% da população branca), implicando a condição de vulnerabilidade e possibilitando maior desenvolvimento de doenças, segundo (IBGE, 2019).
Internet
Conforme dados da pesquisa TIC Domicílios (2019), quase 30% dos lares brasileiros não possuem acesso à internet, e apenas 39% têm computador. Nas classes sociais D e E, que são justamente as que já sofrem com outros tipos de exclusão social, o percentual de domicílios sem acesso à web é de nada menos do que 50%. No que diz respeito ao uso, 59% dizem não utilizar a internet para estudar e trabalhar. Apenas 31% das pessoas que usam computadores afirmam ter manipulado uma planilha de cálculo, por exemplo.
Para além do ensino de tecnologia, é importante atentar para as desigualdades que cercam os grupos minorizados. Hoje, quando falamos e olhamos para o mercado de maneira geral, o subconsciente projeta um setor intelectualizado, embranquecido e machista, não enxergamos pessoas negras neste lugar exatamente pela falta de diversidade e representatividade. Isso faz com que, por exemplo, os algoritmos permaneçam sendo criados para classificar pessoas negras de forma negativa. As expressões são muitas, como “Cabelo ruim”, “Pessoa feia”, entre outros termos pejorativos.
Moradia adequada
Segundo a pesquisa Educação já da Ong Todos pela Educação, nos dois maiores municípios brasileiros, São Paulo e Rio de Janeiro, a chance de uma pessoa preta ou parda residir em um aglomerado subnormal é mais do que o dobro da verificada entre as pessoas brancas (IBGE, 2019).
“A abolição da escravidão não extinguiu a desigualdade e o preconceito. Ainda hoje, é necessário reconhecer, com tristeza e indignação, que o racismo ainda é forte no Brasil. Silvio de Almeida define o racismo estrutural como um componente orgânico da própria sociedade, refletido na cultura e nas instituições que, sistematicamente, tendem a discriminar grupos racialmente identificados”.
Antes mesmo da chegada da internet, do acesso massivo a sites e blogs, da existência das redes sociais, Zica Assis começava a movimentar um mercado onde poucas empresas tinham investido. Falar sobre o cabelo de mulheres negras pode ser mexer em uma “ferida” emocional que impactou e ainda impacta a autoestima de muitos de nós.
Ao fundar um pequeno salão no fundo do quintal de casa, no bairro da Muda, região da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, para realizar relaxamento em cabelos crespos, talvez Heloísa Assis não tivesse ideia de que três décadas depois celebraria a expansão nacional do seu trabalho não só com os espaços de beleza, mas com o lançamento de diferentes linhas de produtos que são queridas do público e que hoje valorizam os crespos, os cacheados e os alisados e relaxados.
Foto: Arquivo Pessoal
Atualmente, ela divide a sociedade do seu negócio com o irmão, Rogério Assis e com o marido Jair Conde, que foi o primeiro investidor. O sucesso veio pela criação de uma fórmula super-relaxante, fruto de anos de pesquisa feitos por Zica para encontrar o produto ideal para cachear os cabelos nos anos 90.
A marca foi se atualizando com as mudanças e colaborando com o empoderamento de mulheres crespas e cacheadas ao entender que além dos produtos para relaxamento também era necessário criar linhas para quem desejava valorizar os fios naturais.
Hoje, os espaços do Beleza Natural recebem mensalmente cerca de 100 mil clientes por mês, atendidas por 1.500 colaboradores divididos em 29 unidades de negócios, localizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais.
Foto: Divulgação
Zica Assis concedeu uma entrevista exclusiva para o Mundo Negro e falou sobre a trajetória que a coloca como uma das principais empresárias negras do ramo da beleza a criar produtos nacionais voltados para o cuidado com o cabelo crespo e cacheado nos últimos 30 anos. “A minha história de empreendedorismo nasce do orgulho que eu tinha do meu próprio cabelo”, ressalta.
Ela reconhece a importância de movimentos liderados por pessoas negras no fortalecimento da autoestima e valorização da estética negra ao longo das três últimas décadas. “As mudanças estão diretamente ligadas à força dos movimentos sociais liderados por pessoas negras e nos frutos que estamos colhendo durante todos esses anos”.
Confira a entrevista completa:
Mundo Negro – Qual é a importância de promover a autoestima e a valorização da cultura e estética negra por meio do cuidado com os cabelos ?
Zica Assis – A minha história de empreendedorismo nasce do orgulho que eu tinha do meu próprio cabelo. Naquela época, não existiam produtos e serviços especializados e com preço acessível para tratamentos de cabelos cacheados, crespos e ondulados. Hoje, temos uma realidade bem diferente, com o crescimento de novos produtos e serviços voltados para este público, onde o empreendedorismo negro tem uma parcela importante.
Tenho muito orgulho de fazer parte desta transformação na vida dessas pessoas que viram na minha história motivos para acreditar que a mudança está, antes de tudo, dentro de cada um de nós. E para mim, a importância está justamente em criar um ambiente onde a gente tenha a liberdade de usar o nosso cabelo como queremos, de termos a autoestima elevada, achar lindo o que vemos no espelho. Porque é essa compreensão e aceitação de quem nós somos nos ajuda a chegar onde queremos.
O nosso cabelo é a nossa coroa! É a nossa história! É poder, é autoestima! É muito gratificante para mim ser reconhecida como pioneira neste segmento e ser uma das pessoas à frente deste movimento.
MN – Ao comparar a aceitação do cabelo crespo há trinta anos e nos dias atuais, quais mudanças percebe entre as pessoas negras?
ZA – As mudanças estão diretamente ligadas à força dos movimentos sociais liderados por pessoas negras e nos frutos que estamos colhendo durante todos esses anos. É um processo contínuo que passa de geração para geração, especialmente no questionamento de estereótipos e padrões de beleza. Esses questionamentos e o nosso trabalho coletivo de empoderamento nos fortaleceu de tal maneira que, hoje, a gente não precisa se submeter a padrões. Não queremos parecer com ninguém, hoje nós somos quem queremos ser!
MN – Mulheres negras têm aberto mão do uso de produtos que promovem a transformação dos fios e estão valorizando mais a estrutura natural dos crespos. Quais mudanças o Beleza Natural fez para atender esse público?
ZA – Gosto de dizer que nossos institutos são laboratórios vivos, estamos sempre atentos aos pedidos das nossas clientes nos institutos e às observações dos nossos colaboradores, e em busca de inovações para atender o maior número de mulheres negras. Entre outras iniciativas também estão as parcerias com Universidades. Temos muito orgulho de ter um histórico robusto de parcerias com o Instituto BioRio, com a Universidade de Brasília (UnB) e com escolas de Negócios reconhecidas mundialmente, como o MIT. Nos cercamos sempre dos melhores pesquisadores para entender as especificidades de cada curvatura e entregar o que realmente o que nossos clientes desejam.
A junção de todo esse universo – clientes, colaboradores e institutos de pesquisas – resultam em uma constante atualização e renovação dos nossos serviços e das linhas de produtos. Atualmente temos uma variedade de tratamentos que ajudam a cuidar do cabelo crespo, cacheado e ondulado, sejam eles naturais ou com algum ativo de fórmula. Também oferecemos várias opções de coloração, cortes e penteados. Nesses últimos 3 anos, por exemplo, tivemos mais de 40 lançamentos entre produtos e serviços, criados e pensados para atender a todas as crespas e cacheadas.
Tudo isso feito por uma equipe de especialistas que entendem do nosso fio. Também temos no nosso portfólio 80 sku’s com formulações exclusivas e desenvolvidas especialmente para as necessidades dos nossos cabelos.
MN – Colorir os cabelos já foi um problema para muitas mulheres negras pela agressão causada aos fios por conta do processo químico. Fale um pouco sobre a técnica de clareamento exclusiva do Beleza Natural.
ZA – Uma premissa para a criação de todos os serviços e produtos do Beleza Natural tem como regra número 1 manter a saúde da fibra capilar. E a nossa equipe de Pesquisa e Desenvolvimento realizou diversas pesquisas, buscou tecnologias e após muitos testes, lançamos alguns serviços que possibilitam colorir os cachos e crespos, preservando a curvatura do fio. São diversas opções para quem usa química de transformação ou não.
O bn.LOIROS é um serviço de clareamento associado a um blend protetor e a uma reposição ultra concentrada de queratina, que proporciona todos os cuidados necessários para manter a saúde da curvatura. São quatro opções que a cliente pode escolher: Californiana, com as pontas dos fios iluminadas para um visual bem natural; Ombré Hair, degradê natural com mechas loiras em diferentes alturas; Mechas Iluminadas, ideal para bem busca um clareamento mais sutil por todo o cabelo; e, as Mechas, com o loiro da raiz às pontas para arrasar!
Outro serviço com cores vibrantes e com muito estilo e personalidade é o bn.COLORS. Com uma fórmula especial que se adapta a todas as curvaturas, a coloração está disponível em seis cores ainda mais vibrantes: Laranja, Azul, Rosa, Amarelo, Verde e Vermelho. E, o melhor: com uma tecnologia inovadora que protege enquanto colore, garantindo proteção dos crespos, cachos e ondulados, maciez, melhora na resistência e mantêm as cores mais vivas!
E, mais recentemente, lançamos a nossa coloração definitiva bn.FEST com 16 cores maravilhosas. Ela possui uma fórmula especial, o que garante o mais alto nível de perfeição de cores, sem danificar o couro cabeludo e os cabelos. Proporcionando resultados fiéis às expectativas, com cobertura perfeita de cabelos brancos e reflexos intensos.
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MN – Uma mulher negra com uma marca relevante que celebra 30 anos é algo que ainda vemos pouco. Quais conselhos você daria para mulheres negras empreendedoras que desejam abrir seus negócios?
ZA – Antes de tudo, temos que acreditar que somos capazes de aprender e realizar. É importante também cercar-se de profissionais que te ajudem e tenham conhecimento em diversas áreas. Porque ninguém faz nada sozinho. Procure, por meio do seu trabalho, ajudar pessoas à sua volta. Não adianta começar um negócio pensando apenas em ganhar dinheiro. Se for bom para o outro a probabilidade de sucesso é grande e o dinheiro virá como consequência.
Nunca perca o olho no olho com o cliente, nunca deixe de ouvir o que ele quer, seus anseios, suas reclamações. Este contato é fundamental. Ao mesmo tempo, não perca o foco do que é realmente o seu objetivo. Ou seja: fique de olho no todo, mas sempre com o foco em seu negócio. Assim você entenderá o caminho a ser percorrido. Busque conhecimento e ame esta atividade verdadeiramente, seja apaixonada pelo que faz! E, mais do que tudo, sonhe alto e nunca deixe de acreditar nos seus sonhos.
MN – Quais são os planos futuros do Beleza Natural para continuar promovendo a autoestima e o empoderamento das mulheres negras?
ZA – Eu sempre penso em crescer mais, aprender mais para poder inovar no Beleza Natural, por isso que a gente constantemente lança produtos e serviços. Eu sou empresária, mas me considero uma empreendedora ainda, estou sempre em busca de novidades e atenta ao que está acontecendo ao meu redor, e não quero perder isso nunca. Eu quero chegar em todo esse Brasil e no mundo. Levar essa autoestima para todas as crespas, cacheadas e onduladas. Só neste mês especial dos 30 anos do Beleza Natural vamos trazer duas novidades. A edição comemorativa do Pentear Explosão de Pérola Negra 1kg. A minha equipe foi buscar esse ativo raro e precioso, e desenvolveu esse finalizador com ação remineralizante que restabelece a elasticidade natural do fio. E a reformulação da nossa profissional bn.PRO, que oferece em casa um cuidado de salão.
Manoel também pede aos fãs que não dêem engajamento a essas notícias, que estão causando tristeza em amigos e familiares e alega o racismo por trás das acusações. “Eu não sou o primeiro nem o último homem com minhas origens que vai ser alvo de ataques dessa forma. Há séculos usam a estratégia de alegar comportamento abusivo para desqualificar homens negros, já vi isso muitas vezes. E meu compromisso de vida é combater o racismo, a desigualdade e injustiças. não poderia ser diferente agora”.
O apresentador também nega qualquer problema com a emissora. “Minha saída em comum acordo com a Globo reflete nossa trajetória juntos, de respeito, profissionalismo e consulta de integridade. Como toda relação trabalhista, esta chegou ao fim e da melhor forma possível, com pagamento integral do contrato, e não com justa causa, como era de se esperar em casos de conduta inadequada.
E completa: “do ponto de vista pessoal, reafirmo minha gratidão ao Grupo Globo, que fez parte de uma longa jornada que me permitiu sair das ruas de porto alegre e chegar ao lares de milhões de brasileiros para levar uma palavra de conforto e dignidade a tantas pessoas que raramente viram um igual em um espaço tão disputado”.
Para finalizar Manoel ainda reafirma o quanto está indignado com as notícias, mas diz que está tranquilo com a verdade de suas ações. “Sigo com carinho e orgulho da trajetória que me trouxe até aqui e logo nos encontramos nos próximos projetos. O propósito de levar alegria e contar a história deste povo brasileiro segue firme e forte”, finaliza.
Em nota divulgada pela Rede Globo, Manoel Soares deixou os programas ‘Encontro com Patrícia Poeta’ da TV Globo e do ‘Papo de Segunda’ do GNT, nesta sexta-feira, após seis anos de trabalho na empresa.
O festival Latinidades 2023 marcará a comemoração das 16 edições deste evento que busca ampliar a visibilidade do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana Caribenha no Brasil. O festival terá início no Distrito Federal, no Museu Nacional, entre os dias 6 e 9 de julho. Pela primeira vez, o Latinidades seguirá para o Rio de Janeiro em 15 de julho, São Paulo de 21 a 23 de julho e, por fim, Salvador nos dias 29 e 30 de julho. Em breve, serão anunciadas as programações das outras três cidades.
Considerado o maior festival de mulheres negras da América Latina, envolvendo anualmente todas as regiões brasileiras, com crescente participação internacional (mais de 20 países), o Latinidades é uma iniciativa continuada de promoção de equidade de raça gênero e plataforma de formação e impulsionamento de trajetórias de mulheres negras nos mais diversos campos de atuação.
Idealizado por Jaqueline Fernandes, o Latinidades é um festival multilinguagens que promove diálogos com o poder público, organizações não-governamentais, movimentos sociais e culturais, universidades, redes, coletivos e diversos outros grupos. Ele se destaca como um espaço de convergência de iniciativas do estado e da sociedade civil, engajadas no combate ao racismo, sexismo e na promoção da igualdade racial.
A programação inclui as ministras Margareth Menezes e Anielle Franco, além de Beth de Oxum, Carla Akotirene, as artistas Bixarte, Brisa Flow como palestrantes. A influencer e produtora cultural Dandara Pagu e a cantora Flora Matos também fazem parte da programação.
O mês de julho chegou e com ele as férias escolares! E com isso, muitas vezes, as crianças ficam cansadas das mesmas coisas ou não sabem muito bem o que fazer. Caso você e seus filhos estejam procurando filmes e séries com protagonistas negro para maratonar, o Mundo Negro traz 9 dicas de séries e filmes com protagonistas negros para as crianças assistirem nas férias. Confira:
Reunião de Família (Netflix) – Indicação: Livre
Jade McKellan e sua família se mudam para uma cidade na Geórgia, EUA, para morar com seus avós e recomeçar a vida, já que seu pai é um ex-astro do futebol americano. Ela e sua família, com muito humor, enfrentam os problemas diários e o desafio de recomeçar a vida.
Encanto (Disney+) – Indicação: Livre
Mirabel Madrigal vem de uma família em que as crianças recebem dons mágicos que ajudam a vila prosperar, porém, Mirabel nasceu diferente e precisa descobrir o motivo.Ah, não falamos sobre o Bruno.
Soul (Disney+) – Indicação: Livre
Joe é um apaixonado por jazz que vê sua vida mudar completamente quando vai parar em outro plano e precisa ajudar uma pequena alma. Na sua jornada, ele descobre o real sentido da vida.
Space Jam: Um Novo Legado (Prime Video) – Indicação: Livre
Continuação do primeiro Space Jam, com Michael Jordan, nesta nova aventura do Pernalonga e seus amigos eles se encontram com o astro LeBron James e sua família.
A casa da Raven (Disney+) – Indicação: Livre
Neste spin-off de As visões da Raven (se você já passou dos 20 anos vai conhecer), Raven, que consegue ver o futuro, é mãe divorciada e se junta com sua melhor amiga Chelsea para dar conta dos filhos e viver novas aventuras.
Juca (HBO) – Indicação: Livre
Juca é um spin-off de “Blippi”, e o personagem se aventura nas curiosidades e histórias do Brasil de forma didática para crianças.
O Mundo de Greg (HBO) – Indicação: Livre
Greg e seus amigos vivem aventuras divertidas no selvagem e indômito riacho, lugar onde todas as crianças usam para imaginar um mundo diferente que é dominado por elas.
Spidey e seus amigos espetaculares (Disney+) – Indicação: Livre
Voltado para o público infantil, nossos amigos da vizinhança vivem diversas aventuras e enfrentam diversos inimigos e dilemas que fortalecem o vínculo entre eles.
Abbott Elementary (Star+) – Indicação: 12 anos
Em uma escola pública de Filadélfia, professores dedicados fazem de tudo para que seus alunos contrariem as estatísticas e cresçam na vida.
Riri bilionária! A Rihanna se tornou a primeira artista feminina a ter 10 músicas com mais de 1 bilhão de streams no Spotify. “Bad Gal billi… sem álbum novo”, brincou a estrela, que lançou o último disco, Anti, em 2016.
Com grandes hits no ranking, o último a marcar esse feito histórico foi a música “FourFiveSeconds“, em parceria com Kanye West e Paul McCartney, lançada em 2015. A música “This Is What You Came For” com Calvin Harris, está no topo das mais ouvidas da artista.
Rihanna é a sexta artista mais reproduzida no streaming e acumula 74,9 milhões de ouvintes mensais. Os outros artistas que conquistaram o mesmo feito bilionário são: The Weeknd, Drake, Bruno Mars, Bad Bunny, Justin Bieber, Ed Sheeran e Post Malone.
Confira o top 10 de músicas com 1 bilhão de streams:
1 – This Is What You Came For 2 – Work 3 – We Found Love 4 – Diamonds 5 – FourFiveSeconds 6 – Umbrella 7 – Needed Me 8 – Love On The Brain 9 – Love the Way You Lie 10 – Stay