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79% das mulheres negras afirmam que as empresas brasileiras têm preconceito na hora de contratá-las, aponta estudo

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Foto: Freepik

As discussões sobre políticas de diversidade e inclusão têm sido amplamente colocadas em pauta, mas o mercado de trabalho ainda apresenta grandes desafios para as mulheres negras. É o que aponta um estudo que mostrou que cerca de 79% delas afirmam que as empresas brasileiras têm preconceito na hora de contratá-las.

Divulgado pela Oldiversity®, o estudo realizado pelo Grupo Croma, especializado em pesquisas sobre diversidade e inclusão, afirma que as mulheres negras relatam enfrentar discriminação em diversas etapas de suas carreiras, apontando que 44% já foram vítimas de racismo no ambiente de trabalho.

O estudo também revela que apenas 11% das mulheres negras ocupam cargos de liderança nas empresas brasileiras, enquanto 89% concordam que há uma presença maior de homens nessas posições. Embora 76% delas se sintam capazes de realizar o mesmo trabalho que os homens, o impacto da discriminação é mais evidente, com 78% das mulheres brancas concordando com essa afirmação.

Em relação à equiparação salarial, 80% das entrevistadas concordam que os homens ganham mais, mesmo ocupando cargos semelhantes. Além disso, o estudo aponta que as mulheres negras têm mais dúvidas e baixas expectativas em relação ao enfrentamento do preconceito pelo atual governo, com apenas 51% delas acreditando em melhorias significativas nesse aspecto.

Diante desses desafios, o estudo destaca a importância de fortalecer políticas que promovam ambientes inclusivos e respeitosos, onde o conhecimento e as habilidades técnicas sejam os principais critérios de avaliação.

Exposição no Memorial da Resistência, em São Paulo, destaca protagonismo de mulheres negras

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Foto: Monica Cardim

25 de julho é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela. Uma data importante para se comemorar e refletir a luta e trajetória de várias mulheres negras que fizeram a diferença. Em homenagem ao Julho das Pretas e ao Dia da Mulher Negra, a exposição “Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência”, em cartaz no Memorial da Resistência de São Paulo, destaca personalidades negras brasileiras.

Foto: Acervo Unicamp

A mostra, em cartaz até o dia 27 de agosto, é dividida em oito eixos e conta com espaços dedicados a homenagear mulheres que fizeram a diferença no movimento negro brasileiro. Logo na entrada, o visitante se depara com o painel “Fio da Memória”, criado pela multiartista e grafiteira paulistana Soberana Ziza, e foi inspirado na frase “afinal, o século XXI é negro, feminino e nosso. Basta apenas tomá-lo em nossas mãos”, publicada no Gelefax, jornal do Geledés (Instituto da Mulher Negra), em 1997.

Uma das primeiras seções voltada para o Julho das Pretas é a “Enfrentando a tripla opressão – O século XXI é negro, feminino e nosso”, onde é possível conhecer e relembrar personalidades femininas anônimas e conhecidas que tiverarm grande importância no movimento negro, principalmente no feminismo negro, com agendas políticas sobre gênero, raça e classe.

Já no eixo “Repressão, vigilância e resistência, 1930-1980” uma das personalidades lembrada é a militante Helenira Resende. Ela foi líder estudantil, tendo ocupado o cargo de vice-presidente da UNE, e militante contra a opressão da ditadura militar no Brasil. Helenira foi considerada desaparecida até 1979, quando foi assassinada.

Em “Literatura negra: o direito à imaginação”, um dos grandes destaques é Maria Carolina de Jesus, autora do livro Quarto de Despejo: Diário de uma favelada (1960), um dos clássicos da literatura negra brasileira que conta através do seu diário a rotina dos moradores da favela xx, uma das primeiras em São Paulo.

Na seção “Espaços de sociabilidade e resistência: as ruas, os salões, e os palcos como lugares de direitos” a trajetória de Madrinha Eunice, um dos principais nomes da história do samba em São Paulo, é destaque. Ela fundou em 1937 a Sociedade Recreativa Beneficente Esportiva Escola de Samba Lavapés, a primeira escola de samba da cidade de São Paulo. Recentemente ela ganhou uma escultura de bronze na Praça da Liberdade.

A exposição “Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência” conta com acervos e documentos importantes para a história da resistência negra. A mostra completa traz experiências coletivas e individuais de diversas mulheres e homens negros que tiveram um papel importante para a comunidade negra.

“Em todos esses períodos, os associativismos e movimentos negros sempre estiveram lá e é importante reconhecê-los, homenageá-los e aprender com essas vidas negras impressionantes. São pessoas que lutaram para existir em um tempo melhor. Ao fazer isso, pensaram em si e em seus descendentes. A luta por direitos é incessante, justa, pública e encontrará a sua vitória, através de nossas ações e nossos compromissos antirracistas públicos com relação ao passado, presente e ao futuro”, disse o idealizador Mário Medeiros.

Mostra de Cinemas Africanos 2023 anuncia estreia do premiado filme nigeriano “Mami Wata” no Brasil

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Cena do filme Mami Wata (Foto: Divulgação)

O longa “Mami Wata”, dirigido pelo cineasta nigeriano C.J. Obasi e que conta com a premiada direção de fotografia da brasileira Lílis Soares, estreia no Brasil em setembro, durante a Mostra de Cinemas Africanos 2023, que acontecerá em São Paulo (SP) e Salvador (BA). O filme ganhou o prêmio de melhor direção de fotografia no Festival de Sundance (EUA) neste ano e tem circulado com honrarias por diversos países europeus e norte-americanos. A primeira exibição na América do Sul acontece no Brasil, através da Mostra de Cinemas Africanos.

O público brasileiro poderá conferir a riqueza de imagens em preto e branco que ilustram a narrativa, baseada em um mito do oeste africano. No filme, Mami Wata é uma deusa das águas adorada pelos habitantes da remota vila de Iyi. Quando um acontecimento trágico perturba a paz da comunidade, duas irmãs lutam para salvar sua aldeia e restaurar a glória de Mami Wata em Iyi.

C.J. Obasi (Foto: Divulgação)

“A cada quadro, a lente especializada de Lílis Soares hipnotizou o júri. A riqueza das imagens em preto e branco, combinada com o intrincado e íntimo trabalho de câmera das performances e da paisagem natural, elevou este conto folclórico a uma experiência visual inebriante. O Prêmio Especial do Júri de Cinema Dramático Internacional: Cinematografia vai para Lílis Soares, Mami Wata.”Citação do júri (Festival de Sundance) 

A Mostra também irá trazer o cineasta nigeriano ao Brasil. C.J. Obasi e Lílis estarão presentes na estreia do longa nas duas cidades e participarão de programações que incluem sessão de debate com o público e encontros com profissionais do audiovisual brasileiro. A iniciativa integra um dos eixos do projeto, que tem como objetivo reforçar conexões entre a cinematografia brasileira e africana. A passagem de C.J. pelo Brasil também ficará registrada em cenas que o diretor fará para seu próximo filme.

Lílis Soares (Foto: Divulgação

A Mostra de Cinemas Africanos acontece desde 2018, circulando por diversos estados brasileiros. O recorte curatorial é voltado para filmes de curta e longa-metragem contemporâneos produzidos por países africanos e diaspóricos. Além da programação de filmes, o evento realiza cursos, debates, publicação de catálogo, artigos científicos, ensaios e entrevistas. Os conteúdos estão disponíveis no site: www.mostradecinemasafricanos.com e em breve divulgado mais informações sobre a programação deste ano.

Carlee Russell, mulher negra que desapareceu por 2 dias, admite que não foi sequestrada e que não viu nenhuma criança 

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Foto: Reprodução.

Nos Estados Unidos, Carlee Russell confessou à polícia de Hoover que não foi sequestrada e que não avistou nenhuma criança andando sozinha numa rodovia antes de desaparecer. A informação foi compartilhada pelo advogado da jovem, Emory Anthony. “A minha cliente me autorizou a fazer a seguinte declaração em seu nome: Em 13 de julho de 2023, não houve sequestro. Minha cliente não avistou nenhuma criança à beira da estrada. Ela também não deixou a área de Hoover durante o período em que estava desaparecida. Além disso, ela não recebeu qualquer ajuda nesse incidente, sendo uma ação única e exclusiva realizada por ela mesma”, anunciou Anthony.

O advogado também lamentou e pediu desculpas pela nova versão da história. “Minha cliente não estava com ninguém ou em nenhum hotel durante o tempo em que esteve desaparecida. Minha cliente pede desculpas por suas ações à comunidade, aos voluntários que a procuravam, ao Departamento de Polícia de Hoover e outras agências, bem como a seus amigos e familiares”, disse ele.

Carlee Russell. Foto: Reprodução.

De acordo com a versão inicial da própria Russell, logo após terminar o expediente de trabalho, ela dirigiu até um restaurante mediterrâneo para comprar um sanduíche de frango para sua mãe. No retorno para casa, ela informou que notou o que parecia ser uma criança pequena ao lado de uma rodovia. Então, Russell primeiro ligou para a polícia e foi orientada a ficar com a criança até a chegada de ajuda. Depois disso, a mulher ligou para a cunhada, cujo nome não foi divulgado. A cunhada permaneceu ao telefone até ouvir Russell sair do carro e desaparecer. Dois dias depois, após um amplo destaque na mídia, Carla Russell apareceu na porta de casa, ela chegou sozinha e foi levada pela família para o hospital.

“Pedimos suas orações por Carlee enquanto ela aborda seus problemas e pretende mover a compreensão de que cometeu um erro”, disse Anthony. “Minha cliente novamente pede seu perdão e orações“, destacou Anthony, que não disse onde Russell passou as mais de 48 horas desaparecida. Até o momento, nenhuma acusação foi feita contra a mulher.

Seis cantoras negras da América Latina para você conhecer e escutar

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Foto: Divulgação.

A música negra é um tesouro de riqueza e diversidade, ressoando através dos séculos e transcendendo fronteiras geográficas e culturais. Ela tem o poder de influenciar e encantar pessoas de todas as origens. Neste dia da mulher negra latino-americana e caribenha, celebramos essa herança musical, apresentando uma lista com 6 cantoras negras da América Latina que você precisa conhecer.
Com uma rica diversidade de estilos, gêneros, vozes poderosas e letras inspiradoras, essas artistas têm desempenhado um papel fundamental na música e na cultura da região.

Betsayda Machado

Venezuela

Betsayda Machado. Foto: Divulgação.

Betsayda Machado é uma cantora e embaixadora da música tradicional afro-venezuelana, cuja voz poderosa e presença cativante têm conquistado corações em todo o mundo. Nascida e criada na pequena cidade de El Clavo, na região de Barlovento, na Venezuela, Betsayda cresceu imersa nas ricas tradições musicais do seu povo.

Betsayda Machado ganhou destaque internacionalmente com a formação do grupo “Parranda El Clavo”, em que ela é a vocalista principal. A palavra “Parranda” é usada na Venezuela para descrever uma festa com música e dança, e o grupo se tornou um fenômeno cultural, encantando plateias em todo o mundo com suas apresentações vibrantes e contagiantes. Ao longo dos anos, Betsayda e seu grupo têm viajado extensivamente, levando a beleza e a autenticidade da música afro-venezuelana para diferentes países e palcos, conectando pessoas através da música e da dança.

Calma Carmona

Porto Rico

Calma Carmona. Foto: Divulgação.

Calma Carmona é uma cantora e compositora que tem conquistado corações com sua voz suave e cativante na cena musical contemporânea. Nascida em Porto Rico, essa artista versátil e inspiradora traz uma combinação única de influências musicais que a torna uma figura única no cenário latino.

Em 2013, Calma lançou seu primeiro álbum de estúdio, intitulado “Presentiment”. Esse trabalho aclamado pela crítica revelou seu talento como compositora e intérprete. As músicas do álbum apresentam letras pessoais e introspectivas, muitas vezes explorando temas como amor, empoderamento e autodescoberta. A voz suave e emotiva de Calma transmite emoções profundas, tocando os corações de seus ouvintes e criando uma conexão genuína com eles.

Mabiland 

Colômbia

Mabiland. Foto: Reprodução / Redes Sociais.

Mabiland é uma pioneira na cena hip hop e música urbana dominada por homens na Colômbia: ela é mulher, é negra, é queer e reúne rap, R&B e neo soul em sua música como nenhum artista colombiano antes dela.

Susana Baca

Peru

Susana Baca. Foto: Reprodução.

Susana Baca, uma das mais notáveis artistas do Peru, é uma cantora, compositora e ativista cuja carreira tem sido uma verdadeira celebração da rica e diversa cultura afro-peruana. Nascida em Chorrillos, uma região litorânea ao sul de Lima, em 24 de mayo de 1944, Baca cresceu imersa em tradições musicais e ritmos ancestrais que permeiam a herança africana do seu país.

Sua música é uma celebração do folclore peruano, mas também aborda temas sociais e políticos relevantes, como a luta contra o racismo e a desigualdade, especialmente dirigidos à população afrodescendente. Através de suas canções, Baca deu voz aos marginalizados, oferecendo uma plataforma para destacar a importância da diversidade cultural no Peru e em todo o mundo.

Goyo

Colômbia

Goyo. Foto: Reprodução / Redes Sociais.

Gloria “Goyo” Martínez, conhecida artisticamente como Goyo, é uma cantora, compositora e rapper colombiana que emergiu como uma das vozes mais influentes e carismáticas do cenário musical da Colômbia. Nascida em Cali, em 12 de abril de 1980, Goyo encontrou no hip hop um meio poderoso para expressar suas ideias, compartilhar sua visão de mundo e dar voz às questões sociais e políticas que afetam a sua comunidade e o seu país.

Através das letras das músicas do ChocQuibTown, Goyo aborda temas como a desigualdade social, a discriminação racial, a pobreza, a violência e a busca por justiça e igualdade. Suas canções são uma ode à cultura afro-colombiana e uma chamada à ação para enfrentar os problemas enfrentados pelas comunidades marginalizadas.

Amara la Negra

República Dominicana

A M A R A “LA NEGRA”. Foto: Reprodução.

Diana Danelys De Los Santos, conhecida artisticamente como Amara La Negra, é uma cantora, dançarina e personalidade de televisão dominicana-americana que se tornou um ícone da música latina contemporânea. Nascida em Miami, Flórida, em 4 de outubro de 1990, ela é filha de pais dominicanos e cresceu em meio à rica herança cultural de sua família.

O nome artístico “Amara La Negra” representa uma reivindicação orgulhosa de sua identidade e herança afro-latina. Ela sempre defendeu com orgulho suas raízes dominicanas e afrodescendentes, mesmo quando enfrentou desafios e preconceitos no caminho para o sucesso. Essa identidade é uma parte fundamental de sua música e de sua mensagem, e ela usa sua plataforma para combater estereótipos e destacar a importância da diversidade e da representatividade na indústria do entretenimento.

Sua música é uma combinação vibrante de reggaeton, música latina e elementos urbanos, com letras que celebram a autoestima, o empoderamento feminino e o orgulho de suas raízes. Ela fala abertamente sobre a importância de abraçar sua identidade e de não se deixar limitar por estereótipos ou padrões impostos pela sociedade.

“O caso ainda não está encerrado”: Anielle Franco comenta nova prisão envolvendo o assassinato de Marielle

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Foto: Reprodução / Redes Sociais / Marcia Folleto / Agencia O Globo.

Nesta tarde de segunda-feira (24), a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, comentou o novo desdobramento envolvendo o caso de sua irmã, Marielle Franco. Em delação premiada firmada com a Policia Federal e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o ex-PM Élcio de Queiroz confessou ter participado do assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Ele também declarou que Ronnie Lessa teria sido o autor do disparos. A informação foi confirmada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino.

“Se o meu pai, com 70 anos, e a minha mãe, depois de passar de um câncer e perder a filha com 5 tiros na cabeça, seguem com esperança, quem sou eu para não ter?”, disse Anielle em entrevista para o Globonews. “Eu tenho muita esperança, falei isso pro Dino hoje cedo, falei para os meus pais também: ‘não é hora de abaixar a guarda e nem de afirmar nada com certeza’. Sigo com esperança, sigo pensando que em breve teremos informações sobre o mandante e o motivo também”.

Em outro trecho da entrevista, Anielle destacou a luta das mulheres dentro da política brasileira. “Eu não acho que a Marielle foi assassinada apenas por motivações políticas, de vingança de A ou B. A Marielle era gigante. Ela é gigante e a gente sabe que nesse país toda e qualquer pessoa que se destaque e que não venha de um meio político, de um berço de ouro, de uma carreira, tá sempre pré disposta, infelizmente, a passar por isso“, disse a Ministra. “Enquanto a gente não descobrir quem mandou matar Marielle e o porquê, todas as mulheres que estão no poder hoje também seguem correndo risco, todas as políticas desse país seguem correndo risco, a democracia segue em risco, o povo negro também e a gente precisa acreditar que a gente vai ter uma solução para esse crime”.

Em depoimento já homologado pela Justiça, Élcio, preso desde 2019 por envolvimento na morte de Marielle, confessou que dirigiu o carro usado no assassinato e que seu amigo, Ronnie Lessa, efetuou os disparos de submetralhadora contra a vereadora. O ex-PM também disse que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, teria feito campanas e vigiado os passos de Marielle. Ainda segundo a delação, Suel também participaria do crime, mas foi substituído por Élcio.

As provas colhidas e reanalisadas pela Polícia Federal de fevereiro pra cá confirmaram, de modo inequívoco, a participação do senhor Élcio e do senhor Ronnie, e isso conduziu à delação do Élcio”, disse o ministro Flávio Dino em coletiva.

Dino também afirmou que Élcio terá benefícios pela delação, mas continuará preso em regime fechado. “O instituto da colaboração premiada pressupõe o acordo [benéfico ao delator]. Claro que houve. As cláusulas ainda permanecem sob sigilo judicial, mas posso afirmar que o senhor Élcio continuará preso em regime fechado. Inclusive, onde se encontra”, explicou o ministro.

Suel foi preso nesta manhã na primeira fase da Operação Élpis, nome da deusa grega da esperança. A operação realizou sete mandados de busca e apreensão. 

Em delação premiada, Élcio de Queiroz afirma que Ronnie Lessa foi autor dos disparos contra Marielle Franco

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Foto: Reprodução

Em delação premiada firmada com a Policia Federal e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o ex-PM Élcio de Queiroz confessou ter participado do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e que Ronnie Lessa teriado sido o autor do disparos. A informação foi confirmada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, nesta segunda-feira (24). O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa também foi preso nesta manhã.

Em depoimento já homologado pela Justiça, Élcio, preso desde 2019 por envolvimento na morte de Marielle, confessou que dirigiu o carro usado no assassinato e que seu amigo, Ronnie Lessa, efetuou os disparos de submetralhadora contra a vereadora. O ex-PM também disse que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, teria feito campanas e vigiado os passos de Marielle. Ainda segundo a delação, Suel também participaria do crime, mas foi substituído por Élcio.

As provas colhidas e reanalisadas pela Polícia Federal de fevereiro pra cá confirmaram, de modo inequívoco, a participação do senhor Élcio e do senhor Ronnie, e isso conduziu à delação do Élcio”, disse o ministro Flávio Dino em coletiva.

Dino também afirmou que Élcio terá benefícios pela delação, mas continuará preso em regime fechado. “O instituto da colaboração premiada pressupõe o acordo [benéfico ao delator]. Claro que houve. As cláusulas ainda permanecem sob sigilo judicial, mas posso afirmar que o senhor Élcio continuará preso em regime fechado. Inclusive, onde se encontra”, explicou o ministro.

Suel foi preso nesta manhã na primeira fase da Operação Élpis, nome da deusa grega da esperança. A operação realizou sete mandados de busca e apreensão. 

O ex-bombeiro foi preso pela primeira vez em 2020, por ser acusado de ser dono do carro onde estavam escondidas as armas do crime. Em 2021. ele foi condenado a quatro anos de prisão por tentar interferir nas investigações, mas cumpria em regime aberto e prestando serviços à comunidade.

Ainda será feitas novas investigações e acredita-se que tenha mais envolvidos no crime. “Sem dúvida há a participação de outras pessoas, os fatos revelados e as provas colhidas indicam isso. Indica uma forte vinculação desses homicídios, especialmente da vereadora Marielle, com a atuação das milícias e o crime organizado no Rio de Janeiro. Isso é indiscutível. Até onde vai isso as novas etapas vão ser reveladas. Ronnie, Élcio e Maxwell participam de um conjunto que está relacionado a essas organizações criminosas no Rio de Janeiro, infelizmente”, disse Dino.

A ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, Anielle Franco, se pronunciou sobre o caso e disse confiar na investigação da PF. “Falei agora por telefone com o ministro Flávio Dino e diretor geral da Polícia Federal sobre as novidades do caso Marielle e Anderson. Reafirmo minha confiança na condução da investigação pela PF e repito a pergunta que faço há 5 anos: quem mandou matar Marielle e por quê?”, disse a ministra.

Mover e EF Education First oferecem 30 mil bolsas de inglês gratuito para pessoas negras

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Foto: Freepik

O Mover, em parceria com a EF Education First, está com as inscrições abertas, a partir de hoje, 24 de julho, para o Mover #Hello, um curso de inglês online e gratuito direcionado para pessoas negras. O objetivo da iniciativa é democratizar o acesso ao idioma e aumentar as oportunidades de contratação e crescimento profissional para essa parcela da população. Serão oferecidas 30 mil bolsas, sendo 6 mil destinadas a colaboradores de empresas associadas ao Movimento e 24 mil ao público em geral. Para participar, é necessário realizar a autodeclaração de preto ou pardo.

Durante o período de 12 meses, os selecionados terão acesso à escola virtual da EF, que oferece mais de 2 mil horas de conteúdo interativo para autoestudo, contendo exercícios, testes e certificações para todos os níveis e necessidades. Os materiais estarão disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, abrangendo inglês geral, técnico e para negócios.

Os interessados poderão realizar as inscrições até o dia 25/08 através do site oficial: www.somosmover.org. Não será realizado teste de proficiência para concorrer às bolsas. O contato com os selecionados será feito por e-mail, com previsão até 22/09.

Em sua edição anterior, em 2022, o programa ofereceu 1.500 bolsas, sendo mil para o público externo e 500 para o interno, recebendo aproximadamente 22 mil inscrições. Diante do feedback positivo e da demanda crescente, a oferta de bolsas foi ampliada, visando proporcionar mais oportunidades para a população negra.

Eduardo Santos, presidente do conselho do MOVER e Diretor-Geral da Hult EF Corporate Education, destaca que o programa de aceleração em inglês é uma ferramenta transformadora: “O programa de aceleração em inglês em parceria com o Mover é um agente transformador da educação na língua inglesa e uma ferramenta de transformação social capaz de abrir portas para novas oportunidades, conexões e pertencimento a uma comunidade global”, afirmou.

O programa Acelerador de Inglês faz parte do pilar de atuação Empregabilidade & Capacitação e está alinhado com a meta do MOVER de gerar oportunidades para 3 milhões de pessoas negras até 2030. A iniciativa foi embasada em um estudo realizado pela empresa de consultoria Plano CDE, que evidenciou o ensino de inglês como um desafio que penaliza de forma mais acentuada as pessoas negras no mercado de trabalho.

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Ary Borges brilha na estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina 2023; Brasil venceu por 4 x 0 contra Panamá

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Foto: Thais Magalhães/CBF

A Seleção Brasileira conquistou uma vitória arrasadora durante sua estreia na Copa do Mundo Feminina 2023 contra o Panamá, na Austrália. O jogo, realizado contou com gols de Ary Borges e Bia Zaneratto, selando o resultado de 4 a 0 a favor do Brasil.

A craque do jogo foi Ary Borges, a meio-campo de 23 anos, que fez história ao marcar três gols em sua estreia em Copas do Mundo, tornando-se a artilheira provisória da competição. Ao final do jogo, Borges emocionada falou sobre sua atuação: “Nem nos meus melhores sonhos imaginei isso… É um dia muito especial. Muito feliz pelos três gols, mas muito mais feliz pela partida que fizemos.”

Apesar da ausência inicial de Marta, que começou no banco de reservas, a estrela da seleção brasileira fez sua entrada no campo, participando de seu 187º jogo com a camisa 10. Marta, a maior artilheira do Brasil, entrou em campo para ganhar ritmo de jogo e se preparar para o próximo desafio contra a França.

A partida contra a França é esperada com grande expectativa, pois será um duelo de alto nível. A seleção brasileira se preparou cuidadosamente para enfrentar as francesas, consideradas o grande adversário do Grupo F.

Após a vitória por 4 a 0 sobre o Panamá, Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, parabenizou as jogadoras brasileiras pelo triunfo no Mundial e destacou a força do futebol sul-americano. O dirigente da entidade manifestou seu apoio às atletas e declarou sua torcida pelo título brasileiro na Copa do Mundo Feminina 2023.

Com um início promissor, a Seleção Brasileira segue sua trajetória na competição, em busca de grandes conquistas e representando a paixão do futebol feminino para o mundo. O próximo desafio contra a França acontece no dia 29 de julho.

Fundação Palmares abre inscrições para 3ª edição do Prêmio Palmares de Arte

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Foto: Freepik

A Fundação Palmares está com inscrições abertas para a 3ª edição do Prêmio Palmares de Arte que vai premiar projetos culturais afro-brasileiros. As inscrições se encerram no dia 3 de agosto.

Serão premiadas 40 iniciativas de artistas afro-brasileiros, membros de comunidades quilombolas certificados pela instituição e pessoas autodeclaradas pretas ou pardas, preferencialmente em áreas de vulnerabilidade social. O prêmio para cada artista é no valor de R$ 15.000,00. 

O concurso é dividido em quatro categorias: Artesanato, Música, Dança e Leitura, Escrita e Oralidade. O prêmio foi lançado no dia 16 de julho de 2023 pelo Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira (DFP).

Segundo o comunicado oficial, o objetivo da premiação é “continuar proporcionando o fortalecimento do imaginário positivo relacionado às questões afro-brasileiras perante à sociedade; o fomento às manifestações culturais afro-brasileiras principalmente em tempos de crise e o auxílio à manutenção das expressões culturais nos quilombos.”

Para se inscrever é preciso preencher um formulário no site oficial da Fundação Palmares, que pode ser encontrado em “Acesso à Informação”, “Editais” e depois “Editais Abertos e Em Andamento”. Ou clicando aqui.

O candidato só pode se inscrever em apenas uma categoria e caso se inscreva na mesma categoria mais de uma vez só a última inscrição será considerada. Caso o candidato se inscreva em mais de uma categoria ele será automaticamente eliminado das duas.

Inscrições na categoria artesanato precisam ser enviadas por foto. Enquanto as outras categorias, música, dança ou leitura, escrita e oralidades, devem ser enviadas por vídeo. Todos os arquivo devem ser enviados com qualidades.

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