Home Blog Page 426

Dia da Micro, Pequena e Média Empresa: onde nós estamos nesta história?

0
Foto: Freepik

Texto: Kelly Baptista

Nesta terça-feira, 27 de junho, é comemorado o Dia Internacional das Micro, Pequenas e Médias Empresas. A data celebra os pequenos negócios e a importância das empresas de pequeno porte para a economia global. No Brasil, por exemplo, segundo o Ministério da Economia, juntas, as micro e pequenas empresas no país representam 99% dos negócios brasileiros, além de deter 30% do PIB.

Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2017, a data se une a outras comemorações no calendário com o intuito de lembrar a relevância das MPMEs no Brasil, como o Dia Nacional das Micro e Pequenas Empresas, celebrado em 5 de outubro. Para celebrar a data dedicada às companhias que movimentam a economia do país.

As Micro, Pequenas e Médias Empresas são responsáveis por grande parte dos empregos formais gerados no Brasil. Nos primeiros quatro meses do ano, sete em cada dez vagas foram criadas por elas, algo como 76% do total, de acordo com um levantamento do Sebrae, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. Apenas em abril, os negócios de menor porte foram responsáveis pela abertura de 84% das vagas formais, num total de 166.800 vagas.

Atualmente, quem comanda as micro e pequenas empresas no Brasil são 43 milhões de empreendedores e, segundo o Sebrae, o perfil desses pequenos executivos é, em sua maioria, de líderes de empresas estabelecidas com mais de 3,5 anos de existência. Esses empreendedores experientes são 9,9% de toda a população brasileira, num total de 14 milhões de pessoas.

Mas onde estão as mulheres negras neste cenário?

Vale ressaltar que, em diversos cenários, percebemos que as mulheres negras estavam na rua neste período de isolamento, porque a maioria não tinha reserva de emergência para manter a casa ou os negócios. Quem tinha um planejamento, quem poderia prever uma crise desta dimensão? Com este cenário, muitas mulheres – principalmente as negras, se arriscam no empreendedorismo por necessidade de sobrevivência.

Segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) realizada no ano de 2021 o, as mulheres lideram 10,1 milhões de empreendimentos no Brasil, sendo que a participação feminina no mundo dos negócios chega a 34%. Os dados mostram, ainda, que 50% das proprietárias de negócios atuam no setor de serviços.
O empreendedorismo é romantizado, colocam a falsa ilusão de que empreender é libertador, mas a realidade é bem menos romântica. A maioria que empreende é mulher, à frente de negócios precários ainda não formalizados e o faz por necessidade, sendo justamente a mais atingida neste momento de crise sanitária.

Diante desse entendimento, cabe às políticas públicas e às organizações que buscam minimizar e eliminar essas situações de pobreza e de vulnerabilidade social, atuarem de forma a ampliar as oportunidades em termos de recursos e aprendizados que potencializem o universo dessas mulheres, ou seja, que favoreçam o protagonismo desse público no sentido da promoção da transformação social desejada e necessária.

*Kelly Baptista Gestora Pública, diretora executiva da Fundação 1Bi, mentora, membro da Rede de Líderes Fundação Lemann e Conselheira do Instituto Djeanne Firmino, Cruzando Histórias, Despertar e CMOV.

MTV Brasil e a magia da representatividade da mulher negra na televisão

0
Foto: Reprodução.

Por Carol Cirilo, Psicóloga, pesquisadora, discotecária e cantora nas horas vagas.

A chegada da MTV no Brasil, em 1990, trouxe consigo mudanças comportamentais de uma geração de jovens e adultos espectadores da emissora. À época, o canal dedicado à transmissão de videoclipes e conteúdos musicais diversos era veículo de informação, entretenimento e pauta das conversas entre amigos. A internet ainda dava os primeiros passos no Brasil, o Youtube não sonhava em existir e poucos tinham acesso a conteúdos digitais relacionados à música, sobretudo audiovisuais. Assim, a MTV e algumas revistas especializadas eram “influencers de uma geração analógica”, encantada pela diversidade do universo musical que se apresentava.

Assistir, no conforto do lar, à performance da sua banda preferida, ver  os rostos, os figurinos, os corpos que deram origem àquilo que se ouvia – e àquilo que ainda não se ouvia ou conhecia – era o grande fascínio que a MTV proporciona. Como acontece hoje nas plataformas digitais, muitos passavam horas na frente da TV, ávidos pelo que viria depois e depois. A emissora era o vício dos amantes da música. Havia quem recomendasse videoclipes que assistiu, baixasse músicas que “descobriu” e mais ainda: quem gravasse a programação em VHS para alimentar seu acervo audiovisual. 

Mas é imprescindível relatar um fascínio à parte: o das mulheres negras espectadoras da MTV. Assistir aos videoclipes de artistas como Whitney Huston, Mary J. Blidge, Janet Jackson, Missy Elliott, Destiny’s Child, Tony Braxton, entre tantas outras, despertava algo indizível. Representatividade é um termo relativamente novo, desconhecido da maioria naquele tempo. Contudo, o que sentíamos ao ver mulheres talentosas e glamourosas em sua negritude despertava uma gama de sentimentos positivos. Mel B (Spice Girls) representava o magnetismo encantador dos cabelos crespos, em um período em que éramos bombardeadas e muito influenciadas por um padrão de beleza eurocêntrico.

Janet Jackson em 2000. Foto: Billboard News.

E por falar em cabelos, as tranças de Alicia Keys e Lauryn Hill, o black power de Macy Gray, os dreadlocks de Tracy Chapman, os penteados de Des’ree e os turbantes de Erykah Badu sinalizaram novos caminhos estéticos. Mesmo não tendo muita afinidade com o pop naquele tempo, era impossível ignorar os videoclipes destas artistas e não me encantar com as performances. Era impossível não me sentir mais satisfeita com minha própria aparência. Precursoras como Tina Turner, Donna Summer, Sade e Grace Jones também compunham a programação da MTV. Em meio aos lançamentos, nossa ancestralidade musical estava presente e indicava o caminho percorrido até ali.

Erykah Badu em 1996. Foto: Reprodução / Getty Images.

Nos eventos que participo como discotecária, certa vez, enquanto tocava Waterfalls do trio TLC, uma colega relatou que sabia dançar como as “meninas no clipe”, pois acompanhava a coreografia pela MTV. É perceptível a empolgação de mulheres negras nas pistas de dança, quando há artistas negras no setlist. Não se trata somente de batidas dançantes e melodias ou letras marcantes, mas de identificação com todo um conjunto de símbolos que representam muito para nós. Os olhos brilham, o sorriso se abre e o corpo se movimenta harmoniosamente, em meio a memórias de trechos marcantes de um videoclipe. Saudosismo e “representatividade old school”.

Negra Li. Foto: Reprodução.

Obviamente, por questões socioculturais e do próprio mercado musical, a visibilidade das artistas gringas na telinha era maior. Muito do que era veiculado no Brasil chegava por meio da MTV norte-americana. Ainda assim, a MTV brasileira, na década de 90 e nos anos 2000, deu visibilidade ao que era produzido aqui. Lembro-me de Paula Lima em Senhor Tempo Bom (Thaide e DJ Hum), de Daúde em Pata Pata, de Thalma de Freitas em Tranquilo, do trio Sublimes em Boneca de Fogo e de Negra Li iniciando carreira solo. E me lembro de um grande marco, que ecoava o grito universal de negras e negros: Elza Soares com o videoclipe de A Carne transcendeu as barreiras do entretenimento. O clipe dirigido pela Conspiração Filmes foi lançado em 2002, no dia da Consciência Negra. A composição de Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capellette ganhou força e alcance com a interpretação de Elza, escancarando na MTV a força e a fragilidade do povo negro. Parafraseando o título do disco, arrepiou “do cóccix até o pescoço”.

Ver gente como a gente no mainstream empoderou, abriu portas, contribuiu para que novas vozes e novos corpos evidenciassem, por meio da música e do audiovisual, as dores e as belezas da negritude. 

“Mas mesmo assim 

Ainda guardo o direito 

De algum antepassado da cor 

Brigar sutilmente por respeito 

Brigar bravamente por respeito 

Brigar por justiça e por respeito 

De algum antepassado da cor”

(A Carne)

Personagens de Gi Fernandes e Kênia Bárbara devem trazer novidades sobre história do vilão Sérgio em ‘Os Outros’

0
Foto: lobo/João Miguel Júnior

A nova série do Globoplay, “Os Outros” é uma das mais novas produções queridas do público. Transmitida pela Globo na Tela Quente, na última segunda-feira, a série apresenta uma briga de condomínio que se desdobra em acontecimentos inusitados que colocam a vida dos personagens em conflitos conjugais e crimes inesperados. Entre as personagens que chamam a atenção estão Lorraine, vivida por Gi Fernandes e Joana, interpretada por Kênia Bárbara. Lorraine é filha do vilão Sérgio, um ex-policial expulso da corporação interpretado por Eduardo Sterblitch, e de Joana.

Joana ainda não foi apresentada na trama, mas a mãe da adolescente vive iniciando e terminando relacionamentos, o que faz com que a garota se mude para viver com o pai no condomínio Barra Diamond sem avisá-lo antes.

Lorraine é uma menina que esconde sua fragilidade por trás de uma elevada autoestima. Mas, no fundo, só quer chamar a atenção e ganhar amor. Ela encontrará isso justamente ao lado de um dos meninos que protagonizam a briga na quadra do condomínio, o que não agrada nada ao pai. O romance com Marcinho (Antonio Haddad) deve resultar na gravidez da garota.

Gi Fernandes estreou em “Os Outros” no dia 16 de junho. Nas redes sociais, a atriz, que também é cantora e passista, comemorou a chegada da personagem. “Minha menina Lorraine acaba de chegar nesse condomínio tão “calmo”😬…. Boa sorte vizinhos ou boa sorte Lorraine??👀💋”, brincou ela.

Já Kênia Bárbara, que interpretará Joana, mãe de Lorraine, deve movimentar a série nos próximos capítulos, já que trará novidades sobre o passado do vilão e viverá uma relação conturbada com a adolescente. Em entrevista para o site RG, ela falou sobre a personagem: “Vejo Joana como uma mulher triste, sem perspectiva, sem sonhos e cheia de traumas e mágoas. Ela ama muito a filha, mas não sabe amar ou demonstrar esse amor, talvez porque não tenha sido amada, não tenha tido afeto durante a vida. Todas as suas relações amorosas são muito pobres de cuidado, de carinho, o que acho que a deixa enrijecida, com o coração endurecido e ela acaba se tornando emocionalmente dependente dessas relações”.

Atualmente, Bárbara está no ar como a vilã Lucília na novela das 18h da TV Globo, ‘Amor Perfeito’.

Offset acusa Cardi B de traição e cantora responde: “eu não sou qualquer uma”

0
Foto: Bang Showbiz.

A cantora Cardi B optou por se expressar publicamente sobre as acusações de traição que foram direcionadas a ela por seu marido, o rapper Offset. Em uma recente postagem, que por algum motivo foi posteriormente excluída, Offset tornou público seu descontentamento ao acusar Cardi de se envolver com outros homens.

“Antes de tudo, deixe-me dizer”, disse a cantora através de uma live no Twitter. “Você não pode me acusar de todas as coisas das quais você sabe que é culpado. Vejo que é fácil para você me culpar por tudo”, disparou ela. “Não preste atenção naquele homem, pessoal. Veja bem, eu sou Cardi B. Acho que às vezes os filhos da p*ta esquecem que sou Cardi B. Se eu estivesse com outro alguém, o mundo iria saber. Eu não sou qualquer uma”.

Foto: Reuters.

Cardi continuou explicando que ela não poderia ficar com alguém anônimo porque essa pessoa “contaria para o mundo”. “Por favor, garoto. Pare de agir como um idiota. Está surtando? Pare de brincar comigo. Isso é tudo que eu vou dizer, p*rra, porque, de verdade, vamos falar sério“, disparou Cardi diretamente para Offset.

O relacionamento entre os dois artistas começou em meio a rumores e especulações, mas logo se tornou público e assumiu um papel central nas manchetes. Eles se casaram em 2017 e, juntos, são pais de duas meninas. A primeira filha é Kulture Kiari Cephus, nascida em 2018. Em 2021, Cardi B e Offset deram as boas-vindas à sua segunda filha, Wave.

Talíria Petrone deve concorrer à prefeitura de Niterói pelo PSOL em 2024

0
Foto: Reprodução/Câmara Federal

Em decisão na última segunda-feira (26) pelo PSOL, a deputada federal do Rio de Janeiro, Talíria Petrone, foi escolhida para concorrer  à prefeitura de Niterói nas eleições de 2024. 

Segundo informações compartilhadas pelo colunista do O GLOBO, Ancelmo Gois, a escolha de Petrone foi uma decisão unânime de membros do partido que estiverem presentes no evento de ontem à noite, entre eles o presidente nacional do PSOL Juliano Medeiros, os deputados federais Tarcísio Motta e Pastor Henrique Vieira.

Nas eleições de 2022, Talíria Petrone foi reeleita como a terceira deputada mais votada pelo Rio de Janeiro. A parlamentar obteve quase 200 mil votos.  Agora ela se prepara para um novo salto na política. “Sou pré-candidata para liderar, na cidade, o campo político que apoiou Lula desde o primeiro turno e para colocar o pobre no orçamento e, pela primeira vez, levar uma mulher, mãe e negra à Prefeitura de Niterói”, disse ela à coluna.

Nas redes sociais, a deputada celebrou a escolha de seu nome como pré-candidata à prefeitura de Niterói. “Aceitei mais esse grande desafio! Com muito entusiasmo e esperança, vamos estar à frente da construção de um novo tempo para Niterói. Quem se anima a somar nessa?”.

Movimento Negro Unificado celebra 45 anos de luta e resistência com atividades no Memorial da Resistência

0
Foto: Jesus Carlos

Para comemorar os 45 anos de luta, nos dias 05, 08 e 09 de julho o Movimento Negro Unificado está promovendo uma programação especial no Memorial da Resistência, em São Paulo. Com o tema “De 10 a 100 anos: Efemérides de memórias e personalidades negras”, a ação tem como objetivo resgatar a memória de personalidades e acontecimentos importantes para o movimento negro no Brasil.

A programação vai contar com um bate-papo com os militantes fundadores do MNU, também será relembrado os 50 anos da peça “E Agora Falamos Nós” e homenagens a personalidades importantes do movimento, como Eduardo Oliveira e Oliveira, Hamilton Bernardes Cardoso, Luiza Bairros, Oliveira Silveira, Solano Trindade, Margarida Trindade, Eduardo Oliveira e Thereza Santos.

O Movimento Negro Unificado (MNU), foi fundado no dia 18 de junho de 1978 com o objetivo de evidenciar os direitos do povo negro brasileiro atraves de pautas políticas, econômicas, sociais e culturais. O movimento foi lançado oficialmente no mesmo ano, no dia 07 de julho, com um ato público contra o racismo em frente ao Theatro Municipal de São Paulo que contou com mais de duas mil pessoas.

As atividades no museu estão ligadas com o conceito Sankofa, um provérbio da língua Akan, que pode ser traduzido como “não é tabu voltar atrás e buscar o que esqueceu”.

Além da programação no Memorial da Resistência, nesta terça-feira (27) às 19h30 o Movimento Negro Unificado será homenageado em um ato solene na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). No dia 07 de julho acontece também o Baile MNU, no Aparelha Luzia.

Confira a programação completa:

E Agora Falamos Nós: Territórios de Resistência Negra 

05 de julho | 13 horas | Auditório do Memorial da Resistência (5º andar)

Dia de homenagem e celebração de datas especiais para o movimento negro brasileiro: o centenário de Eduardo Oliveira e Oliveira, os 50 anos da peça E agora falamos nós, e os 70 anos do nascimento de Hamilton Cardoso e Luiza Bairros, e 93 anos de Thereza Santos.

Sementes e Frutos da Militância Negra 

08 de julho | 13 às 17h30 | Auditório do Memorial da Resistência (5º andar)

Celebrando os 45 anos do Movimento Negro Unificado, convidamos os militantes fundadores para um resgate de lembranças da luta, além de uma homenagem aos poetas Oliveira Silveira e Solano Trindade, e à coreógrafa e cofundadora do Teatro Popular Brasileiro no Rio de Janeiro, Margarida Trindade.

Visita mediada na exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência 

09 de julho | 10 às 12 horas | Espaço expositivo (3º andar)

Visita mediada com militantes fundadores do MNU, com capacidade máxima para 40 pessoas na exposição. Para participar, é imprescindível a inscrição prévia através do formulário.

Memórias, Presente e Futuro do Negro no Brasil 

09 de julho | 14 às 17h30 | Auditório do Memorial da Resistência (5º andar)

Oficina Diálogos Construtivos do futuro agora, com José Adão de Oliveira, seguida de debate sobre políticas públicas para o povo negro no Brasil.

‘A Pequena Sereia’ supera ataques racistas e ultrapassa a marca de US$ 500 mi nas bilheterias do mundo

0
Foto: Divulgação

Live-action de “A Pequena Sereia” supera boicotes, ataques racistas, e ultrapassa a marca dos US$ 500 milhões de dólares nas bilheterias ao redor do mundo, revela a plataforma BoxOffice.

O lançamento nos cinemas sofreu com um alto nível de rejeição realizado por grupos racistas que nunca aceitaram a escalação de Halle Bailey, para o papel de princesa Ariel, por ser uma mulher negra. O estúdio Disney ficou preocupado com um possível prejuízo, que investiu US$ 250 milhões de dólares na produção. Segundo os relatórios, o filme precisa ganhar US$ 560 milhões em todo o mundo antes de gerar lucro.

Com a crescente nas bilheterias, “A Pequena Sereia” se garantiu na quinta posição dos lançamentos mais assistidos do ano, ultrapassando no ranking “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” e “John Wick 4: Baba Yaga”.

Em menos de uma semana do lançamento do filme nos cinemas, os sites de avaliação online precisaram modificar o sistema de pontuação do filme. Na plataforma IMDB, por exemplo, em poucos dias, recebeu mais de 32.000 avaliações. Dessas, mais de 13.000 deram ao filme uma estrela.

“Nosso mecanismo de classificação detectou atividade incomum de votação neste título. Para preservar a confiabilidade de nosso sistema de classificação, um cálculo de ponderação alternativo foi aplicado”, informou o site.

Biomédica especialista em pele negra cria guia sobre “Como Cuidar da Minha Pele Preta”

0
Foto: Divulgação

Cada vez mais especialistas negros estão focados em oferecer cuidados específicos para as diferentes tonalidades de pele negra e foi pensando nisso que a dra. Jessica Magalhães, biomédica especializada em cuidados com a pele negra, está lançando o guia sobre “Como Cuidar da Minha Pele Preta”. O primeiro e-Book criado pela especialista pode ser adquirido na plataforma do Hotmart e oferece orientações sobre uma rotina de cuidados “possível, simples e afetiva”.

Imagem: Divulgação

“O livro apresenta uma proposta inovadora, destacando os ativos mais adequados e esclarecendo suas funções específicas. A obra responde a perguntas como “Que tipo de sabonete devo usar?” ou “Quais são os melhores ativos para minha pele preta?”. Ao fornecer informações diretas e descomplicadas, o ebook capacita os leitores a iniciar uma rotina básica de cuidados de maneira simples e eficaz”, explica a especialista.

Entre os tópicos abordados por Magalhães no guia estão assuntos como “surgimento de manchas na pele”, “ressecamento” e “importância dos cuidados”. A especialista, que é conhecida pelo trabalho com pele negra, também procura responder a dúvidas frequentes sobre como deve ser o cuidado com as peles pretas e pardas no dia a dia.

A dra. Jéssica Magalhães explicou a importância de ter um material exclusivamente dedicado para auxiliar nos cuidados com a pele negra. “Ouvimos muitas mentiras perpetuadas e é difícil encontrar quem realmente entenda e nos oriente sobre o que fazer no dia a dia. Conhecendo a nossa pele conseguimos entender como ela reage, porque ela é única. Não acredito que temos hoje outro conteúdo semelhante. Encontramos isoladamente alguns cuidados específicos. O mais fácil é encontrarmos para tipos de pele e idade. Não é fácil conseguir conteúdo que agregue essas informações com o foco na pele preta”, disse.

Além de ser dedicado para pessoas negras, o manual também aborda também os cuidados para a pele a partir dos 40 anos, considerando as necessidades e mudanças que ocorrem na pele com a passagem do tempo.

“PPK da Claudia debocha das demandas tão urgentes”, diz consultora em saúde sexual sobre vulva como influencer

0
Foto: Reprodução/Instagram

Nos últimos dias, a marca Gillette achou de bom tom estrear a vulva influenciadora “PPK da Claudia” no Instagram, com um tom de pele um pouco escuro, de cabelo crespo/cacheado que remete aos pêlos pubianos. Mas especialistas e mulheres negras, não se sentiram à vontade ao ver a personagem na internet. “Nunca vi tanto mal gosto e falta de senso numa campanha só. Aliás vi misoginia, machismo, racismo, humor questionável e infantilização da personagem”, escreveu uma internauta no perfil oficial da personagem.

“A ‘PPK da Claudia’ pretende ser divertida, mas debocha das demandas tão urgentes, quanto íntimas de centenas de milhares de mulheres e pessoas com vulva, no país que mais pratica ninfoplastia (ou labioplastia, cirurgia estética na vulva), que trazem em suas genitálias, marcas indeléveis de violências brutais, apenas por serem quem e como são. A jocosidade é um tom utilizado há muito tempo para reduzir as demandas das mulheres e pessoas com vulva, sobretudo negras”, reflete Caroline Amanda, consultora educação e saúde sexual, em entrevista exclusiva ao Site Mundo Negro.

“Assim que vi a campanha, senti um mal estar profundo! Imediatamente me recordei da história de Sarah Baartman, conhecida como Vênus Negra, uma mulher sul africana que foi explorada por anos em espetáculos de zoológico humano entre Londres e Paris. Sarah teve sua vulva exposta por décadas em um museu francês até que seu povo conseguiu recuperar o último fragmento do seu corpo, sua vulva”, relata a também fundadora da Yoni das Pretas, a primeira comunidade afro referenciada no Brasil com foco no prazer e bem-viver das mulheres e pessoas com útero.

Caroline Amanda, fundadora da Yoni das Pretas (Foto: Divulgação)

Para a especialista, a vagina influenciadora reforça estereótipos contra mulheres e pessoas negras e causa mal estar por uma memória negativa. “A fragmentação dos nossos corpos para promoção de campanhas no mercado não é inédita e não combate tabus, muito pelo contrário. A PPK da Claudia com tom da Gabriela, Cravo e Canela [livro de Jorge Amado], o cabelo entre crespo e cacheado, não tem nada de inovador, tão pouco inclusivo”. 

“Mais do que falar sobre liberdade, nós mulheres e pessoas com vulva, sobretudo negras, precisamos nos atentar ao discurso midiático com base no suposto empoderamento feminino comprometido exclusivamente com novas práticas de consumo”, alerta Caroline. “Clarear, perfumar, depilar, são práticas que nos aproximam cada vez mais de um ideal de vulva que, no fim, apenas as cirurgias íntimas vaginais costumam entregar”. 

A educadora sexual reflete sobre o que realmente significa a liberdade feminina, sem que precise reforçar estereótipos com esses tipos de personagens. “Liberdade é expor o desconforto, liberdade é por exemplo fazer uma crítica desta envergadura e saber que posso sofrer represálias porque as empresas que mais nos oprimiram e coisificaram ao longo das últimas décadas e até séculos, são hoje as principais financiadoras de encontros de empoderamento feminino pautado por skin/self care”.

Elza Soares ganha perfil no TikTok com trechos de clipes do novo álbum criados por IA

0
Foto: Daryan Dornelles/Divulgação

Para comemorar o mais recente álbum de músicas inéditas de Elza Soares, intitulado “No Tempo da Intolerância”, a cantora ganhou um perfil no TikTok que será alimentado pela sua equipe com conteúdos exclusivos. O álbum, lançado no dia 23 de junho, traz faixas como “No Compasso da Vida”, composta por Dona Ivone Lara, e outras compostas por Rita Lee e Pitty.

A partir desta terça-feira (27), o perfil de Elza no TikTok traz trechos inéditos de novos videoclipes criados por Inteligência Artificial (IA), entre eles, o single “No Tempo da Intolerância”. Além disso, serão publicadas na plataforma imagens únicas de Elza no estúdio durante o processo de gravação do disco e depoimentos de compositores e colegas artistas da cantora.

O álbum foi gravado em setembro de 2021, com músicas que trazem muitas reflexões contra o governo Bolsonaro e busca por justiça social. Este é considerado um dos álbuns mais políticos da artista.

O perfil de Elza no TikTok é uma grande homenagem para uma das maiores vozes da música brasileira. Todas as faixas do novo álbum também estão disponíveis no aplicativo para os fãs criarem os próprios vídeos com suas músicas favoritas. Ao longo das próximas semanas, a equipe de Elza continuará a publicar novidades por meio do perfil dela.

https://www.tiktok.com/@elzasoaresoficial/video/7248043457783074054
error: Content is protected !!