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Chefs Deliene Mota e Dona Madá apresentam pratos autorais no camarote do Carlinhos Brown no Carnaval de Salvador

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Fotos: Reprodução/Instagram

As renomadas chefs negras e baianas Deliene Mota, dona do restaurante Encantos da Maré, e Dona Madá, à frente do restaurante D’Madda, serão destaques no camarote de Carlinhos Brown durante o Carnaval de Salvador, entre os dias 28 e 4 de março, das 15h às 24h, no restaurante Barravento. Junto com outros chefs e restaurantes, elas apresentarão pratos autorais para o público na segunda edição do “Camarote Brown by Licia Fabio”.

Apenas para convidados, com serviço all inclusive, o acesso será sem abadá, prevalecendo a liberdade do folião em manter o seu estilo de vestir ou usar uma fantasia para se divertir na festa. Serão 1000 convidados por dia, entre artistas, empresários, celebridades e muitos foliões apaixonados pelo Carnaval.

Na cadência do cantor, compositor e percussionista Carlinhos Brown, no carnaval de 2025, o camarote também entra no clima total da folia para celebrar os 75 anos do Trio Elétrico e os 40 anos de Axé Music.

Foto: Azuz Filmes

“Camarote Brown, de todas as cores. Um espaço que traz uma visão transparente do Carnaval, pois é o que está mais próximo do artista, também se encontra em um ponto icônico que é o Barravento. Logo atrás temos o Cristo da Barra e o mar ao fundo. O camarote foi um grande acontecimento em sua primeira edição e, agora, teremos novamente um espaço para as pessoas se divertirem e as marcas estarem presentes para networking cultural”, afirma Brown.

A promoter Licia Fabio, referência no Carnaval de Salvador e expert em eventos de luxo, assina o camarote, com produção executiva de Camila Rebouças e Helaine Schindler.

“Vamos promover momentos de experiências gastronômicas com chefs e restaurantes, reunindo nomes importantes da culinária de Salvador. O [restaurante] Lafayette assina o bufê geral do camarote, mas, em alguns momentos, teremos a participação dos nossos parceiros”, explica Licia Fabio.




Valéria Almeida celebra comando na transmissão do Carnaval Globeleza: “Quando elas se reconhecem em mim é um grande presente”

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Foto: Jordan Vilas/Globo

À frente da transmissão do Carnaval Globeleza em São Paulo, a jornalista Valéria Almeida vive mais um momento especial em sua carreira. Com 19 anos de experiência no jornalismo, ela encara essa nova oportunidade como um reconhecimento de sua trajetória, além de um grande presente.

“É um grande presente porque eu aprendo muito mais do que o que eu tenho tempo para falar dentro de um espaço óbvio de transmissão, porque são conhecimentos e conexões que eu vou levar para uma vida inteira. E eu sinto que essa é uma troca que acontece pros dois lados, porque eu aprendo muito e eu sei que eles olham para mim como alguém que pode estar ali falando de uma cultura que nasce do povo preto, sendo uma mulher negra que valoriza a cultura negra”, disse em entrevista à editora-chefe do Mundo Negro, Silvia Nascimento. “E quando eu vou para os ensaios, me conecto com as pessoas, quando elas se reconhecem em mim e me veem como uma porta-voz, eu [também] considero que isso é um grande presente”.

Mais do que um desafio profissional, Valéria encara essa missão como uma honra e uma forma de reafirmar a potência da cultura negra na maior festa popular do Brasil. “Eu nasci e cresci numa casa em que as pessoas, os meus pais, os meus tios, meus avós valorizavam o Carnaval e faziam com que a gente soubesse que o Carnaval era o que era, porque nasceu do povo preto, que nasceu da cultura negra, de um povo que lutou muito para manter uma tradição, a tradição do samba vivo”, comentou. “Quando eu estou ali junto das pessoas que em sua maioria negra me abraça e me parabeniza, esse é o resultado de uma luta coletiva para que a nossa cultura fosse celebrada”, completa.

A transmissão do Carnaval de São Paulo acontece nos dias 28 de fevereiro e 1º de março sob o comando de Valéria Almeida e Everaldo Marques, que estreiam nessa função ao lado de Milton Cunha.

Leia a entrevista completa abaixo!

Valéria Almeida criança no Carnaval (Foto: Arquivo pessoal)

Valéria, você tem acompanhado de perto os ensaios das escolas de samba para o Carnaval Globeleza. Como essa experiência tem reforçado sua conexão com a cultura negra e de que maneira acredita que sua presença na apresentação contribui para a representatividade na mídia?

Toda essa preparação para apresentar o Carnaval tem sido muito rica para mim, de uma riqueza que eu considero uma riqueza ancestral, uma riqueza cultural, para além de uma riqueza intelectual, para além do conhecimento, que é o que eu vou conseguir falar, tem uma conexão com as pessoas que são presentes que eu vou levar com certeza pra vida inteira. Eu nasci e cresci numa casa em que as pessoas, os meus pais, os meus tios, meus avós valorizavam o Carnaval e faziam com que a gente soubesse que o Carnaval era o que era, porque nasceu do povo preto, que nasceu da cultura negra, de um povo que lutou muito para manter uma tradição, a tradição do samba vivo. Depois, pensando num período que ele foi considerado crime de vadiagem. Então, quando eu olho para toda essa manifestação do tamanho que ela é hoje, a maior do Brasil e uma das mais importantes do mundo e penso que ela é de origem negra, é algo que me enriquece, me fortalece, me envaidece por ser uma mulher negra, que sempre valorizou a história preta. 

E aí hoje, quando eu vou para os ensaios, me conecto com as pessoas, quando elas me abraçam, quando elas se reconhecem em mim e me veem como uma porta-voz, eu considero que isso é um grande presente. Um presente porque eu aprendo muito mais do que o que eu tenho tempo para falar dentro de um espaço óbvio de transmissão, porque são conhecimentos e conexões que eu vou levar para uma vida inteira. E eu sinto que essa é uma troca que acontece pros dois lados, porque eu aprendo muito e eu sei que eles olham para mim como alguém que pode estar ali falando de uma cultura que nasce do povo preto, sendo uma mulher negra que valoriza a cultura negra. Então, é um presente para mim, é uma honra para mim como profissional, uma profissional que foi escolhida pela TV para fazer essa transmissão tão importante. Então isso é um reconhecimento como pessoa. Quando eu tô ali junto das pessoas que em sua maioria negra me abraça e me parabeniza e diz que tá feliz, que tá orgulhosa, porque esse é, com certeza, resultado de uma luta coletiva para que a gente pudesse estar nos bons lugares e para que a nossa cultura fosse celebrada, que a gente pudesse ser falado enquanto pessoas ricas culturalmente, pessoas que tem muito para compartilhar. E eu tô feliz de estar nessa missão. 

E falando especificamente sobre representatividade, a gente fala que representatividade importa e importa muito a representação, o espaço que a gente ocupa importa e importa muito, porque isso interfere, contribui pro imaginário, para formação de novas gerações que já crescem sabendo que pessoas podem ocupar todos os lugares, que tem o direito de serem felizes e prosperarem, que que gostam e que vão gostar cada vez mais das suas culturas, das suas origens. Então, toda vez que a gente ocupa um bom lugar, eu tô falando de mim, dos meus colegas, e não só na mídia, em qualquer espaço, que seja de uma boa representação, qualquer espaço que seja positivo para a formação de um novo imaginário. Eu acho extremamente importante e também é importante quando a gente fala da representatividade para as pessoas mais velhas que olham e vão entender que valeu a pena, que toda a luta vale a pena, porque a gente vai ocupando os bons espaços, porque a gente vai mudando a nossa história, vai mudando a história de quem tá no nosso entorno, vai mudando a história de quem tá longe e olha pra gente e pensa que é possível. Ainda que o caminho não seja fácil, é possível.

Valéria Almeida e Fernando Penteado, membro da Academia dos Baluartes do samba paulista (Foto: Reprodução/Instagram)

Como você descreveria o momento que está vivendo agora na TV Globo? O que essa oportunidade de cobrir uma das maiores festas do mundo representa para você e para sua trajetória no jornalismo?

Com relação à minha vivência na TV, esse é um momento muito importante para mim. Dos meus 19 anos de jornalismo, 14 são na TV. Eu tive a oportunidade de participar de grandes programas e projetos. Então, comecei minha história na TV pelo Profissão Repórter, onde eu passei quase 6 anos, tive oportunidade de viajar esse Brasil todo, ir para fora do país, ser finalista do Emmy Internacional, ganhar prêmios Globo pelo meu trabalho, participar do Bem-Estar era um programa, fazer parte do Encontro, do É De Casa, toda essa esse percurso fez com que eu chegasse até aqui firme, sabendo que eu sempre entro num projeto dando meu melhor. E ser reconhecida, ser chamada pela TV para apresentar um projeto como esse é entender que a TV também reconhece esse meu trabalho, porque esse é um projeto que é de uma grandiosidade. A transmissão do Carnaval é algo muito grande, muito importante para a TV. Então, saber que a direção da TV confia no meu trabalho, sabe que eu vou dar conta. É, é algo que é muito precioso, é muito importante como profissional. Então, eu só posso tá feliz que é como eu tô pelo conjunto da obra. 

Everaldo Marques, Roberto Kovalick, Valéria Almeida, Milton Cunha e Judson Sales (Foto: Globo/Cadu Pilotto)

Considerando sua rotina intensa de trabalho, especialmente durante a cobertura do Carnaval, quais práticas você adota para manter sua saúde física e mental? Poderia compartilhar alguns cuidados específicos de beleza e bem-estar que considera essenciais?

Olha, isso tem sido bem importante, porque eu continuo apresentando Bem-Estar, apresentando o Encontro, desde que eu descobri que faria a transmissão do Carnaval com Everaldo Marques na apresentação, tendo Ailton Graça, Milton Cunha e Judson Sales como parceiros de trabalho, eu tenho me dedicado muito e tenho me dedicado a estudar ao mesmo tempo que apresento o Encontro, apresento o Bem-Estar e tenho minha casa, minha família, marido, filho. O que eu tenho feito é me alimentado da melhor forma possível, treinado, praticado as atividades físicas que eu preciso praticar para manter um corpo funcionando. E tenho feito terapia porque eu nunca dou alta para minha psicóloga. Eu digo que não dá para dar alta porque a gente precisa estar no eixo em equilíbrio, porque essa é uma missão muito grande também. Então tem uma responsabilidade grande que se soma a todas as outras que eu já tenho e que é importante que eu esteja com a cabeça bem boa, bem firme para aproveitar essa oportunidade, dando o meu melhor, mas também sabendo que eu sou uma pessoa, um ser sujeita a erros, porque eu só sou uma pessoa. Então, manter esse equilíbrio com terapia, com atividade física e uma alimentação, é o que eu tenho feito. E sempre que eu posso, eu encontro as minhas amigas, porque acho que também tá cercada de pessoas que a gente ama, que torcem pela gente. Isso também faz muita diferença. É bom poder compartilhar com quem a gente ama e saber que as pessoas vão estar ali vibrando, apoiando, dando uma palavra de incentivo, de coragem. E isso é bastante importante. Para mim, essa é a minha receitinha para me manter firme, me manter bem e aproveitar o processo enquanto eu vou vivendo tudo isso, porque eu já tenho vivido o Carnaval, né? Não é só o dia da transmissão. Todos esses dias, todos esses meses de trabalho, de dedicação, eu preciso fazer estando inteira. E é assim que eu faço para estar inteira.

Yuri Marçal completa 9 anos de carreira e comemora lançamento de “Me perdi no que eu tava falando”, seu terceiro especial de comédia

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Foto: Divulgação

O comediante Yuri Marçal celebra nove anos de carreira neste mês, marcando a data com o lançamento do seu terceiro especial de comédia, “Me perdi no que eu tava falando”, que está disponível gratuitamente no YouTube. O espetáculo, que já está há um mês no ar, tem sido bem recebido pelo público e reforça a presença do humorista no cenário nacional.

No especial, Yuri aborda temas como ansiedade e TDAH, condições que ele afirma vivenciar, além de compartilhar histórias pessoais sobre paternidade, relacionamento e família. O comediante destaca que buscou criar uma conexão com o público por meio da identificação. “Eu sempre gosto de colocar questões que as pessoas vão se identificar. Não só com a comédia, mas também algo que emocione. Esses primeiros minutos estão sendo muito bem recebidos. É um especial onde estou sendo, mais uma vez, 100% eu mesmo”, afirmou.

“Me perdi no que eu tava falando” é o terceiro especial consecutivo de Yuri, que já havia lançado “Ledo Engano” na Netflix, tornando-se o primeiro humorista negro da América Latina a ter um especial de comédia em plataformas de streaming, e “Nem Se Minha Vida Dependesse Disso”, também disponível gratuitamente no YouTube. O novo trabalho, produzido de forma independente, consolida a trajetória do comediante, que segue explorando temas pessoais e sociais com seu estilo característico.

A trajetória de Yuri Marçal no humor não foi sem desafios. Em 2013, ele chegou a cogitar abandonar a carreira após o assassinato de seu irmão, que era um grande incentivador de seu trabalho. “Foi a única vez em que pensei em parar. Não queria mais contar piadas, parecia que nada fazia sentido. No fim das contas, percebi que isso é uma das poucas coisas que realmente me fazem feliz”, relatou.

Proporção de negros com ensino superior cresce quase seis vezes em 22 anos, mas brancos ainda são o dobro com diploma, diz IBGE

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Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Dados divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um crescimento expressivo na proporção de negros (pretos e pardos) com nível superior completo no Brasil entre os anos 2000 e 2022. No entanto, as desigualdades raciais no acesso à educação superior ainda são marcantes, com a população branca mantendo uma vantagem significativa.

De acordo com o Censo Demográfico 2022, a proporção de pretos com 25 anos ou mais que concluíram o ensino superior aumentou 5,8 vezes no período, passando de 2,1% em 2000 para 11,7% em 2022. Entre os pardos, o crescimento foi de 5,2 vezes, saindo de 2,4% para 12,3%. Apesar do avanço, esses percentuais ainda estão bem abaixo dos 25,8% registrados entre a população branca, que teve um aumento de 2,6 vezes no mesmo período (de 9,9% em 2000).

Apesar do crescimento, as disparidades raciais no acesso ao ensino superior continuam evidentes. Em 2000, a proporção de brancos com nível superior completo era mais de quatro vezes maior que a de pretos e pardos. Em 2022, essa diferença diminuiu, mas ainda é significativa: o percentual de brancos com diploma universitário (25,8%) é mais que o dobro do observado entre pretos (11,7%) e pardos (12,3%).

“A população branca continua tendo um acesso privilegiado à educação superior, refletindo as desigualdades estruturais do país”, afirmou Bruno Perez, analista do IBGE, ao destacar que mesmo com aumento de pessoas pertencentes a todos os grupos raciais no ensino superior, as desigualdades históricas ainda são um desafio.

Mulheres têm maior nível de instrução

O Censo 2022 também revelou que as mulheres brasileiras têm, em média, um nível de instrução superior ao dos homens. Entre as mulheres com 25 anos ou mais, 20,7% tinham nível superior completo, enquanto entre os homens essa proporção era de 15,8%. Além disso, a proporção de mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto (33,4%) é menor que a dos homens (37,3%).

Áreas de graduação e desigualdades raciais

As desigualdades raciais também se refletem na distribuição dos formados em diferentes áreas. Entre os graduados em Medicina, 75,5% são brancos, enquanto apenas 2,8% são pretos e 19,1% são pardos. Já em áreas como Serviço Social, a proporção de pretos e pardos é maior: 11,8% e 40,2%, respectivamente, contra 47,2% de brancos.

Ayo Edebiri, de “O Urso”, pode estrelar e roteirizar o novo filme live-action de “Barney”

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Foto: Getty Images

A estrela de “O urso”, Ayo Edebiri, está em negociações para estrelar e escrever o roteiro do próximo filme live-action de “Barney”, produzido pela A24 e pela 59% Productions, de Daniel Kaluuya, em parceria com a Mattel Films. Segundo a Variety, o projeto, que ainda mantém os detalhes do enredo sob sigilo, promete trazer uma abordagem inovadora ao icônico dinossauro roxo.

O filme será co-desenvolvido pela A24 e pela produtora de Kaluuya, com Kevin McKeon e Andrew Scannell supervisionando o projeto pela Mattel Films. Robbie Brenner, da Mattel Films, atuará como produtora ao lado da A24, enquanto Kaluuya e Rowan Riley produzirão pela 59% Productions. Apesar de Kaluuya ser um dos produtores principais, fontes confirmaram à Variety que ele não estrelará o filme ao lado de Edebiri.

Originalmente exibido entre 1988 e 2010 na PBS, “Barney & Friends” marcou gerações com sua mensagem de amizade e aprendizado. O projeto do filme live-action foi anunciado pela primeira vez em novembro de 2019, com Brenner destacando que a colaboração com Kaluuya permitiria uma “abordagem completamente nova para ‘Barney’ que surpreenderá o público e subverterá as expectativas”.

Desde então, a Mattel manteve silêncio sobre o desenvolvimento do filme, mas em outubro do ano passado, Josh Silverman, diretor de franquia da Mattel, deu pistas sobre o projeto em entrevista à Variety. Ele destacou que o filme terá uma narrativa distinta do reboot animado da franquia, atualmente em desenvolvimento na Max, e enfatizou a importância de manter a autenticidade do DNA de “Barney”.

“Queremos permanecer consistentes com a autenticidade, o DNA de ‘Barney’, mas também queremos nos modernizar”, disse Silverman.

Rafael Zulu passa quatro dias internado em hospital após consumir energético em excesso: ‘tive medo de morrer’

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Nesta terça-feira (25), o ator Rafael Zulu publicou um vídeo em seu perfil no Instagram para relatar um susto que o levou ao hospital após consumir uma grande quantidade de bebida energética durante um dia de praia com a família. O artista contou que foi diagnosticado com Fibrilação Atrial e passou quatro dias internado depois da ingestão exagerada da bebida e fez um alerta: “quis trazer esse relato para que sirva para todo mundo que, de alguma forma, consome, exageradamente ou não, esse tipo de bebida!”, disse.

No vídeo, o ator deu detalhes do ocorrido, contando que após ingerir energético durante o dia de passeio com a família, começou a sentir palpitações, coração acelerado e falta de ar, sintomas que o fizeram procurar atendimento médico. No hospital, ele foi diagnosticado com fibrilação atrial, uma condição em que o coração apresenta batimentos irregulares e pode não bombear sangue adequadamente: “Basicamente, ela [a médica] me explicou que o coração está batendo normal, jogando sangue para o restante das artérias, do corpo, e o meu coração estava tremendo, fibrilando. Consequentemente, para eles é um alerta, porque quando ele está tremendo, para de bombear como ele deve bombear”, detalhou Zulu.

O ator ficou internado por quatro dias, período em que recebeu injeções anticoagulantes para evitar complicações como trombose ou acidente vascular cerebral (AVC). Ele descreveu a experiência como assustadora e emocionalmente desgastante. “Foram quatro dias de medo, tensão, insegurança, vulnerabilidade. Eu tive medo de morrer. Nunca tinha passado por nada parecido. Sou um cara extremamente saudável, me alimento bem, treino, faço exercício (…). Mas caí nessa e isso foi por conta do excesso de energético”, afirmou.

Ao compartilhar o episódio, Rafael Zulu fez um alerta aos seguidores, especialmente aos mais jovens, sobre os riscos do consumo excessivo de bebidas energéticas. “O conselho que eu te dou, pra quem tem a minha idade, pra você que é mais jovem, segure a onda no excesso, sobretudo de energético”, recomendou.

Na legenda da publicação, o ator reforçou a mensagem: “Foi um susto! Mas agora tô bem! Se puder pare um tempinho do seu dia pra ouvir esse recado que deve servir pra você ou pra alguém bem próximo!”. Ele também destacou a importância de cuidar da saúde, afirmando que só valorizamos isso quando enfrentamos situações críticas.

Rafael Zulu, que tem sensibilidade a estimulantes como cafeína e pré-treino, ressaltou que o episódio serviu como um aprendizado. “Eu quis trazer esse relato pra que sirva pra todo mundo que, de alguma forma, consome, exageradamente ou não, esse tipo de bebida! Cuidem-se porque só quando estamos no hospital nos damos conta de que a nossa saúde é o que temos de mais valioso!”, finalizou.

PM da reserva muda versão e alega que atirou porque jornalista Igor de Melo fez ‘menção de estar armado’

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Foto: Reprodução

Carlos Alberto de Jesus, policial militar da reserva e homem negro, atirou no jornalista Igor Melo Carvalho, também negro, na madrugada da última segunda-feira (24), após sua esposa, Josilene Souza, acusar Igor e o motociclista Thiago Marques de roubarem seu celular. Em depoimento concedido na última terça (25), o atirador mudou sua versão, afirmando que atirou porque Igor teria feito ‘menção de estar armado’.

Em depoimento à polícia, Carlos Alberto mudou sua versão dos fatos. Inicialmente, ele alegou que atirou porque Igor estaria armado. No entanto, em seu segundo relato, afirmou que o jornalista fez um movimento próximo à cintura, “como se estivesse armado”, o que justificaria os disparos. O policial, que usou uma arma calibre 38, efetuou dois tiros, atingindo Igor, que foi levado ao Hospital Getúlio Vargas, onde perdeu o rim direito e precisou de transfusão de sangue.

Thiago Marques, o motociclista que transportava Igor, foi detido pela polícia, mas liberado na tarde de terça-feira (25). Câmeras de segurança do bar Batuq em que o jornalista trabalhava naquela madrugada na noite de domingo (23) aponta que o jovem saiu do local minutos antes de ser baleado por Carlos Alberto de Jesus. As imagens também mostram Thiago Marques chegando após o jornalista solicitar a viagem por aplicativo.

O caso causou comoção, em especial, pelo fato de mais um jovem negro ser acusado injustamente por um crime, além do motociclista. E também gerou indignação pelo fato de o atirador ter sido um homem negro: “O policial negro reproduz o racismo que aprendeu na instituição que representa. Na cabeça dele, seu semelhante era um alvo a ser combatido. Não passa pela sua consciência que Igor é tão trabalhador quanto ele era. Por quê? Porque o racismo não deixa”, afirmou o jornalista Jonas di Andrade, do Voz das Comunidades em uma publicação nas redes sociais.

O que aconteceu
Igor Melo, jornalista, estudante de publicidade e dono do site Informe Botafogo, foi baleado enquanto voltava para casa de moto, após seu turno de trabalho. A acusação partiu de Josilene Souza, esposa do policial, que afirmou ter sido roubada por Igor e Thiago. No entanto, testemunhas e imagens de segurança contradizem a versão apresentada por ela e pelo marido.

Marina Moura, esposa de Igor, desmentiu as acusações e destacou que o jornalista não tem envolvimento com atividades criminosas. “Meu marido não é criminoso, ele foi a vítima. O policial que estava presente lá disse que a mulher que o acusou estava visivelmente bêbada. Ele vai ficar bem porque é forte e Deus é maior. Ele trabalha todo fim de semana por nós”, escreveu Marina nas redes sociais.

Paulo Barros e a falácia da repetição: quando a ignorância tenta silenciar o protagonismo negro no Carnaval

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Texto: Rodrigo França

Reduzir os enredos afro a um clichê é não apenas desconhecer a potência da cultura negra, mas reforçar o racismo estrutural que insiste em negar à população negra o direito de contar suas próprias histórias.

É o que se aplica as recentes declarações de Paulo Barros, que classificou os enredos afro como “todos iguais” e declarou que “ninguém entende nada”. O que ele realmente quis dizer? Porque sabemos que, quando a cultura negra ocupa um espaço central, as reações são sempre as mesmas: deslegitimar, minimizar e, se possível, apagar.

A falácia da repetição: qual história pode ser contada?

A crítica de Paulo Barros não se sustenta. Se há algo que se repete no Carnaval, não são os enredos afro, mas sim a própria estrutura racista da sociedade brasileira, que permite que um homem branco em posição de poder determine quais histórias são válidas. O que ele chama de “repetição” é, na verdade, um processo de recontar histórias que foram silenciadas por séculos.

Nenhum historiador ousaria dizer que toda ópera europeia é igual por abordar reis, deuses e guerras. Nenhum cineasta descartaria os filmes de Hollywood por, há décadas, revisitarem as mesmas narrativas de heróis, tragédias e amores impossíveis. Mas quando falamos de matriz africana, as regras mudam. De repente, tudo vira “igual”, tudo é reduzido a um grande bloco indistinto, sem nuances, sem diversidade.

A pluralidade das culturas afro-brasileiras está na essência do Carnaval. Os enredos vão de reis africanos a mães de santo, de quilombolas a poetas negros, de divindades a anônimos que desafiaram a estrutura colonial. Quem realmente assiste aos desfiles e entende o que está sendo contado sabe que cada narrativa carrega uma história única e necessária.

A colonização do olhar e o desconforto branco

O que Paulo Barros chama de “ninguém entende” talvez seja apenas um espelho do que ele próprio não consegue ver. O olhar branco que domina o Carnaval há décadas foi moldado para enxergar apenas a estética da cultura negra, nunca seu significado. O samba pode existir, desde que não questione. A bateria pode tocar, desde que não se torne protagonista. A cultura negra pode ser celebrada, mas sempre a partir da lente de quem a exotiza, nunca de quem a vive.

Ao afirmar que os enredos afro são repetitivos, Barros revela que sua referência de inovação no Carnaval ainda está enraizada em um imaginário eurocêntrico, onde o “novo” precisa se parecer com algo que ele já conhece e entende. Sua declaração não é uma análise crítica do Carnaval; é uma reafirmação da branquitude como única mediadora do que merece ou não ser contado.

Reparação e protagonismo negro no Carnaval

O Carnaval carioca, que hoje conhecemos, não nasceu no alto dos carros alegóricos de estética futurista, mas nas rodas de samba formadas por negros e negras que transformaram dor em celebração. A tradição dos enredos afro não é uma moda, nem uma tendência, mas uma necessidade histórica de recontar a trajetória de um povo que foi apagado dos livros, das praças e dos palcos.

O mais cruel dessa narrativa é que Paulo Barros sabe disso. Como todos os grandes nomes do Carnaval, ele constrói suas alegorias sobre o suor de artesãos, músicos, passistas e mestres-sala, a maioria negros, que são a espinha dorsal dessa festa. Mas, no momento de valorizar as histórias que deram origem ao espetáculo, sua crítica é uma tentativa de silenciar o protagonismo negro e manter as velhas estruturas de poder.

As declarações do carnavalesco são apenas mais um capítulo de um longo histórico de resistência da cultura negra contra aqueles que tentam apagá-la ou controlá-la. O problema nunca foi a repetição dos enredos, mas a recusa de muitos em aceitarem que o Carnaval não pertence mais apenas a eles.

Talvez Paulo Barros devesse se perguntar por que ele não entende esses enredos, enquanto milhares de pessoas negras os compreendem com naturalidade. Talvez seja hora de perceber que não é a cultura afro-brasileira que precisa mudar, mas o olhar branco que insiste em limitá-la. Porque, goste ou não, os enredos afro continuarão a ser contados, e o verdadeiro desafio não é quem os escreve, mas quem está disposto a ouvir.

A invisibilidade de chefs negros em realities shows de gastronomia 

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Crédito: Divulgação

Chef de Alto Nível, o novo reality show gastronômico da Globo, anunciou os mentores que irão avaliar os participantes da competição: Alex Atala, Renata Vanzetto e Jefferson Rueda, com apresentação da Ana Maria Braga. O programa segue a receita dos jurados do Masterchef Brasil, com apenas pessoas brancas no lugar de ensinar o outro. 

Mas antes que alguém questione o currículo de outros chefs que estariam aptos para assumir a mentoria do programa, gostaria de apresentar para quem ainda não conhece, o Guia Black Chefs (@guiablackchefs), uma editoria do Mundo Negro que se dedica em promover os chefs negros de diferentes regiões do Brasil e do mundo. Neste período, tivemos a oportunidade de conhecer e entrevistar renomados profissionais negros da gastronomia. 

Recentemente, por exemplo, pautamos um célebre momento em que as chefs negras e baianas Ieda de Matos e Ana Célia, prepararam um jantar afro-indígena no Palácio Itamaraty para o Presidente Lula e o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, em um evento para cerca de 200 convidados. Trabalho feito por pessoas que são boas no que fazem! 

Então sem querer desmerecer a conquista dos mentores, que não temos a menor dúvida de seus talentos, mas ao longo de 99 anos que são entregues as estrelas da Michelin, apenas sete pessoas negras no mundo alcançaram essa conquista, sendo a mais recente, a nigeriana Adejoké Bakaré, chef proprietária do restaurante Chishuru no Reino Unido, em outubro de 2024. 

Logo, se formos levar em consideração apenas as estrelas para valorizar os profissionais de gastronomia com anos de experiência, conhecimento e dedicação, quando os chefs negros terão oportunidades para alcançar status de mentores e jurados na televisão? 

Para finalizar, gostaria de trazer uma reflexão importante de uma entrevista que eu fiz com a Patty Durães, pesquisadora de culturas alimentares, onde ela defende a valorização dos profissionais negros da gastronomia de todos os cargos, já que chefs são majoritariamente brancos, e sendo assim, garantem mais acesso e visibilidade. 

“Por centenas de anos fomos proibidos de estudar, empreender e nosso trabalho não foi remunerado. Nosso saber foi apropriado, nossas tecnologias roubadas e nossa cultura estigmatizada. Sendo assim, na corrida, não partimos do mesmo ponto, razão pela qual precisamos nos unir, fortalecer negócios tocados por pessoas pretas, para que esses profissionais se multipliquem e não desistam de seus sonhos”. 

‘Irmão do Jorel’: João Pimenta dá voz a novo personagem inspirado nas vivências de Allan Matias no baile charme

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Seu Adelino Jr. em Irmão do Jorel (Crédito: Divulgação)

Os novos episódios da querida série de animação brasileira ‘Irmão do Jorel’ acabaram de estrear na Max e com um bem especial para a comunidade negra. O ator, roteirista e humorista João Pimenta, se junta a uma homenagem do Baile Charme de Madureira, em “Sonâmbulo Maneiro”, dando voz à Seu Adelino Jr., inspirado nas vivências de Allan Matias, Diretor de Arte da série.

“Fico feliz demais dessa animação ser o meu terceiro trabalho profissional de voz. O primeiro foi num longa do ‘Porta dos Fundos’ e o segundo no desenho do ‘Menino Maluquinho’. Sempre fui apreciador dessa área e inclusive fiquei alguns anos fazendo fandublagens no meu canal do YouTube”, conta em entrevista ao Mundo Negro. 

O convite chegou logo após sua experiência em Menino Maluquinho e veio tanto da equipe de produção quanto de Melissa Garcia, Diretora de Voz da série. “Eu já acompanhava ‘Irmão do Jorel’, mas só há alguns anos descobri que era uma animação brasileira e foi porque conheci os criadores”, relata. 

Irmão do Jorel e Seu Adelino Jr. (Crédito: Divulgação)

Seu personagem, Seu Adelino Jr., tem uma breve aparição na série, mas com uma experiência inesquecível. “Foi bom demais! Cheguei lá preocupado com o timbre que eles queriam, mas a Melissa Garcia e o Juliano Enrico, criador da série, me deixaram bem tranquilo, porque queriam um timbre bem parecido com minha voz usual. Uma pena que foi uma tarde só, porque eu gostaria de ficar fazendo esse tipo de trampo toda semana, se fosse possível”, diz. 

Para Allan Matias, ver as suas vivências serem retratadas na tela foi emocionante. “’Irmão do Jorel’ é inspirado em vidas de pessoas reais e, desde a sua estreia, absorve histórias diversas de quem esteve envolvido na produção, como roteiristas, animadores, cenaristas e outros profissionais. ‘Sonâmbulo Maneiro’ é a continuidade desse processo de absorção e fico feliz por poder colaborar, nesse projeto tão querido, com vivências pessoais, mas também coletivas, que ainda são raras na ficção brasileira”. 

O desafio da direção de arte foi grande, especialmente ao trazer a estética do baile charme para a animação. “Os desafios são muitos na realização de um desenho animado. Neste episódio, em especial, posso dizer que foi desafiador tentar contemplar, em mais ou menos seis minutos de cenas de baile, a diversidade de rostos, estilos e gerações das pessoas que, como eu, frequentam o charme. Também foi um desafio adaptar o espaço do baile em si, totalmente inspirado no ambiente do baile do viaduto de Madureira, e passar sua importância cultural em harmonia com a estética e o humor da série”, conta Alan. 

Baile charme em Irmão do Jorel (Crédito: Divulgação)

A importância da representatividade para o público infantil em uma animação brasileira tão querida é valorizada por Alan. “A expressão ‘representatividade’ surge em contextos de ausência ou escassez de exemplos de vivências e interesses reais e/ou comuns da sociedade em determinados espaços ou mídias. Penso que esse episódio propõe, mesmo que em poucos minutos, um aprofundamento lógico naquilo que está na essência do ‘Irmão do Jorel’: humor e animação de qualidade sobre e a partir de vivências reais, comuns e, às vezes, incomuns também! ‘Sonâmbulo Maneiro’, bem como outros episódios da temporada, acena para ‘UM Brasil’ flagrante, mas raramente visto em animações, tanto na tela quanto nas equipes, propondo ao público, especialmente às crianças, uma experiência de diversão, riso e identificação em harmonia com uma vontade de diversidade e inclusão.”

João Pimenta reforça essa ideia: “É fundamental [a representatividade], principalmente porque temos contexto. Muitas vezes a gente cresce sem se ver na telinha, sem ver um bonequinho parecido com a gente, e ter isso no ‘Irmão do Jorel’, que é uma animação brasileira com uma proposta tão bacana, foi muito massa de ver.”

A nova leva de episódios da 5ª temporada de ‘Irmão do Jorel’ já está disponível no catálogo da Max.

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