Home Blog Page 36

Emicida acusa Fióti de transferir R$ 6 milhões da empresa sem autorização; irmão nega irregularidade 

0
Foto: Reprodução

Após rompimento profissional de 16 anos, os irmãos Emicida e Fióti agora se enfrentam no Tribunal de Justiça de São Paulo. De acordo com o processo que o jornal Extra teve acesso, Emicida acusa Fióti de transferir R$ 6 milhões da Laboratório Fantasma para uma conta pessoal sem autorização. Os artistas fundaram a empresa juntos.

“Lamentavelmente, o requerido Leandro (nome de batismo de Emicida) foi surpreendido em janeiro de 2025 com a transferência de R$ 1.000.000,00 (um milhão) da pessoa jurídica Laboratório Fantasma Produções, em favor do requerido Evandro (nome de batismo de Fióti) sem que houvesse qualquer autorização de Leandro neste sentido, e sem qualquer razão jurídica, circunstância que o levou a cassar as procurações anteriormente concedidas ao requerente Evandro. Novo saque em igual montante foi realizado em fevereiro de 2025, também sem a expressa autorização de Leandro”, afirmam os advogados de Emicida.

A investigação interna revelou que, além desses R$ 2 milhões, outras transferências realizadas entre junho e julho de 2024 totalizaram mais R$ 4 milhões, “não restando alternativa, senão cancelar o acesso às contas do Requerente, sob pena de dilapidação do patrimônio da sociedade”, continuam o texto.

“Antes de adentrar ao mérito da presente manifestação, é importante destacar que estes fatos relacionados aos saques, além de graves, e reveladores de uma quebra de confiança, causam ao Requerido tristeza ao ver o seu irmão adotar tais medidas, sem qualquer explicação, não tendo restando outra alternativa que não adotar as medidas de cassar os poderes outorgados por procuração”, diz o processo.

Defesa de Fióti alega adiamento de lucro

A defesa de Fióti nega qualquer irregularidade e sustenta que os valores foram retirados como um adiantamento de lucros. Em e-mails anexados ao processo, o empresário argumenta que a retirada de R$ 2 milhões foi previamente acordada entre as partes e que metade do montante foi repassada a Emicida.

“A acusação de que Evandro teria ‘esvaziado’ contas da empresa é completamente infundada. As planilhas financeiras que ora se anexa, demonstram que Leandro, na condição de artista e sócio, foi beneficiário de valores significativamente superiores aos recebidos por Evandro. Constam lançamentos recorrentes e vultosos a favor de Leandro, inclusive a título de cachês, retiradas, transferências e repasses diretos. Em contraponto, Evandro recebeu valores compatíveis com sua posição de gestor, e dentro dos parâmetros acordados entre as partes. Ademais, em email corporativo de 20/01/2025, está documentada a proposta de distribuição de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) a Evandro como adiantamento de lucros, visando equalizar a disparidade histórica nas retiradas feitas exclusivamente por Leandro”, afirma o advogado de Fióti.

Os advogados de Emicida, no entanto, contestam essa versão e alegam que a diferença nos repasses é reflexo da estrutura societária da empresa, na qual o rapper é sócio majoritário, com 90% das cotas, enquanto Fióti detém os 10% restantes.

A Laboratório Fantasma também administra os direitos autorais e rendimentos da carreira de Emicida. Segundo seus advogados, o rapper manteve parte de seus ganhos na empresa para financiar sua própria carreira e a de outros artistas, como Drik Barbosa, Fióti e Rael. “havendo neste sentido um débito artístico relevante entre os Requeridos”, argumenta a defesa.

A disputa também expõe um desentendimento sobre a remuneração de Fióti na gestão da empresa. O empresário teria manifestado insatisfação com os valores recebidos antes do rompimento. O processo segue em tramitação.

Fonte: Jornal Extra

Estreia de filme com Kendrick Lamar e duo de ‘South Park’ é adiada para março de 2026

0
Foto: Reprodução

A Paramount adiou o lançamento da comédia ainda sem título do rapper Kendrick Lamar e dos criadores de South Park, Matt Stone e Trey Parker. O filme, originalmente programado para estrear no feriado de 4 de julho de 2025, nos EUA, foi remarcado para 20 de março de 2026.

O adiamento ocorre enquanto Lamar se prepara para sua turnê internacional pelo The Pop Out – Ken & Friends, que começa em 19 de junho, em Los Angeles, e segue até setembro. A mudança foi anunciada às vésperas da CinemaCon, convenção anual da indústria cinematográfica que acontece esta semana em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Poucas informações sobre o filme foram divulgadas. Sabe-se que se trata de uma comédia live-action escrita pelo humorista Vernon Chatman, com roteiro que acompanha um jovem negro em um estágio como reencenador de escravos em um museu de história viva. A produção é assinada por Lamar, Stone, Parker e Dave Free, da pgLang, empresa do rapper. O projeto marca mais uma incursão de Lamar no cinema, após a trilha sonora de Pantera Negra: Wakanda Forever (2022), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar.

Lamar, vencedor do Prêmio Pulitzer em 2018 por DAMN., está em alta após vencer três categorias no Grammy 2024, incluindo Melhor Álbum de Rap por Mr. Morale & The Big Steppers. Seu embate público com Drake, em abril, também gerou repercussão global.

Protagonista de ‘Vale Tudo’, Taís Araujo é uma das melhores atrizes do Brasil

0
Foto: Globo

A estreia do remake de Vale Tudo na última segunda-feira (31) mostrou os motivos pelos quais Taís Araújo é considerada uma das maiores atrizes da televisão brasileira. Com 30,91 pontos de audiência no Rio de Janeiro, a trama exibida pela TV Globo teve a interpretação de Taís no papel de Raquel como um dos destaques, ao lado de Bella Campos, que vive Maria de Fátima.

Multipremiada e reconhecida por sua versatilidade, Taís Araújo acumula uma trajetória que atravessa novelas, filmes, teatro e até direção. Na TV, são 13 produções, incluindo papéis marcantes como Xica da Silva (1996) – sua primeira protagonista em uma novela – e Preta, em Da Cor do Pecado (2004), personagem que uniu força dramática e representatividade negra. Também trabalhou em produções como Cheias de Charme (2011) e a comédia Cobras & Lagartos (2006), onde interpretou a ambiciosa Ellen, par romântico de Foguinho, personagem vivido por seu marido.

No teatro, Taís interpreta Camae em O Topo da Montanha, peça que produz e atua ao lado do marido, Lázaro Ramos. No cinema, soma 14 filmes, com destaques para As Filhas do Vento (2004), que lhe rendeu o Kikito de Melhor Atriz em Gramado; Medida Provisória (2022), drama distópico dirigido por Lázaro Ramos e Auto da Compadecida, que estreou em dezembro de 2024, onde interpretou Nossa Senhora. Além de atuar, Taís dirigiu o emocionante vídeo de anúncio da gravidez da bailarina Ingrid Silva, mostrando seu olhar sensível por trás das câmeras.

Nomeada Defensora dos Direitos das Mulheres Negras pela ONU Mulheres Brasil em 2017, Taís é uma voz ativa contra o racismo. Eleita duas vezes uma das 100 personalidades afrodescendentes mais influentes do mundo, também atua como HEAD de Produtos Sociais na ONG Gerando Falcões.

Emicida e Fióti travam disputa judicial após anúncio de rompimento da parceria empresarial entre os irmãos

0
Foto: Reprodução/Instagram

O anúncio do fim da parceria entre Emicida e Evandro Fióti, comunicado publicamente na última sexta-feira (28), ganhou novos contornos com revelações sobre um processo judicial que expõe tensões societárias e acusações graves entre os irmãos. A separação, que encerra uma colaboração de 16 anos na Laboratório Fantasma, selo e produtora que fundaram juntos, agora avança para uma batalha legal com alegações de descumprimento contratual e disputa financeira.

As informações, divulgadas pelos portais LeoDias e Hugo Gloss, que afirmam terem tido acesso aos documentos judiciais, mostram que o conflito começou em novembro de 2024, quando Emicida solicitou o desligamento de Fióti do quadro societário da empresa. Um acordo foi firmado em dezembro para formalizar a saída, mas, segundo a ação movida por Fióti, o rapper teria descumprido os termos, bloqueando o acesso do irmão a contas bancárias e revogando sua procuração sem aviso prévio.

O processo, em segredo de Justiça, pede medidas urgentes, incluindo o bloqueio de movimentações financeiras na Laboratório Fantasma sem a assinatura de ambos e a proibição de que Emicida se apresente como único dono do negócio. Fióti também alega “risco de dano irreversível” e solicita a preservação de valores até uma prestação de contas.

Em contrapartida, a defesa de Emicida sustenta que ele sempre deteve 90% das cotas da empresa, contra 10% do irmão. O rapper não se manifestou oficialmente sobre as acusações, mas, em nota recente, afirmou que Fióti “não representa mais os interesses” de sua carreira.

O rompimento extrapolou o âmbito profissional. Nas redes sociais, os irmãos deixaram de se seguir, e internautas notaram que Dona Jacira, matriarca da família, também parou de acompanhar o perfil de Emicida. Em comunicado, Fióti agradeceu à mãe e disse que seguirá com projetos musicais e consultorias.

Caso no ‘Pesadelo na Cozinha’ reacende debate sobre gestão de pessoas em restaurantes

0

Um episódio recente do programa Pesadelo na Cozinha , apresentado por Erick Jacquin, gerou polêmica nas redes sociais pela forma como um garçom foi tratado após discutir com uma cliente. O caso reacendeu um debate sobre gestão de pessoas, saúde mental e preparo de equipes em pequenos negócios do setor gastronômico.

Infelizmente, no Brasil, reality shows de gastronomia ainda insistem em validar homens estrangeiros para vender a ideia de profissionalismo, como se nossos talentos locais não fossem capazes de ensinar, com excelência, tanto técnicas culinárias quanto gestão de negócios. 

Uma das edições mais comentadas da temporada traz a história de Maria Tereza, uma mulher baiana que abriu seu restaurante na zona norte de São Paulo com foco em comida baiana — especialmente acarajé, prato que inspirou o nome do local: Dona Acarajé. 

É impossível não se emocionar com a trajetória dela. Formada em gastronomia e ex-funcionária do renomado chef Emmanuel Bassoleil, Tereza carrega traumas de ter trabalhado com o famoso chef em um hotel. Quinze anos depois de sua demissão, ela ainda se emociona ao relembrar a experiência. Apesar de Jacquin reconhecer sua habilidade na cozinha, confirmando que gostou do tempero dela, Tereza demonstra insegurança, exaustão mental e baixa autoestima, algo visível em suas lágrimas ao longo do programa.

A gastronomia é uma das áreas mais desafiadoras para o pequeno empreendedor. Além da comida, há questões financeiras, vigilância sanitária, marketing, precificação e, claro, gestão de pessoas. Quando o empreendedor não pode terceirizar parte dessas frentes, acaba sobrecarregado, o que afeta diretamente sua saúde emocional. Some-se a isso a falta de conhecimento em gestão financeira, e o prejuízo aparece mesmo com trabalho de segunda a segunda.

Durante as gravações, Tereza se mostra insegura e impaciente. Ela grita com a equipe, é sarcástica e, muitas vezes, crítica em público. A única pessoa que não perdeu o controle é Rita de Cássia, a auxiliar de cozinha. A situação atinge seu ápice quando um dos garçons, Francisco, discute com uma cliente. Com a casa cheia e apenas dois garçons, Gustavo (sobrinho de Tereza) e Francisco —, a chef decide chamar Gustavo para a cozinha, deixando Francisco sozinho no salão e também responsável pelos espetinhos. Sobrecarregado, ele se desentende com uma cliente. Em seguida, discute de forma ríspida com o próprio Jacquin, chegando a sugerir que iria passar por cima dele. Tereza, visivelmente irritada, demite Francisco aos gritos, na frente das câmeras e dos clientes. No fim do episódio, após a reforma e revisão do cardápio, Francisco retorna para pedir desculpas e desejar sucesso à ex-patroa.

A má gestão de pessoas azeda o negócio

Embora programas de TV passem por edição e não mostrem todos os bastidores, a forma como Tereza lidou com sua equipe foi o que mais repercutiu entre o público. A situação escancarou o despreparo de muitos empreendedores para lidar com pessoas e o impacto direto disso no sucesso (ou fracasso) de um restaurante.

“Em relação a uma gestão de restaurante, o gestor atento precisa entender sobre gestão de pessoas. Ele precisa atuar frente a frente, ombro a ombro, hands-on, para a formação de uma equipe. Então, isso começa no recrutamento na seleção. Se você não tem habilidade, não tem conhecimento para contratar, para fazer um processo seletivo decente, você corre o risco de afetar toda a operação do teu restaurante ”, explica Junia Mamedir, psicóloga especializada em desenvolvimento de lideranças no Outback Brasil e com MBA em Gestão de Bares e Restaurantes. “Se você não sabe contratar, se não conduz um processo seletivo decente, corre o risco de comprometer toda a operação. O sucesso do restaurante depende muito disso.”

Junia explica que a área de gastronomia tem alta rotatividade porque os gestores não sabem contratar, falham no processo seletivo ao negligenciar o perfil comportamental do candidato à vaga. “ Você precisa fazer com que esse futuro colaborador fale sobre ele, fale sobre a vida pessoal dele, sobre os conflitos dele, sobre aquilo que ele mais se identifica, sobre os maiores desafios. Tem que pedir para ele trazer exemplos de cada um. O gestor precisa saber se o candidato se identifica com atendimento, como é para ele trabalhar com alta pressão, como é para ele trabalhar numa estrutura limitada de operação e onde existe grande demanda, onde precisa de velocidade” detalha Junia que reforça que o contratante tem que “ saber exatamente o que você precisa”.

Sobre o caso do Dona Acarajé, Junia aponta a falta de treinamento como um erro grave. “Se tivesse havido um treinamento adequado, o garçom não teria direcionado aquele tipo de palavra à cliente. Ele teria seguido um protocolo, algo previamente definido.”

Tenha cuidado ao contratar amigos ou parentes 

Muitos pequenos empreendedores acabam contratando amigos ou parentes por confiança ou falta de recursos — mas essa prática pode trazer sérios problemas. “Tem uma frase que levo comigo desde que ouvi do Salim Maron, que trouxe o Outback para o Brasil: contrate o sorriso, treine a técnica. Se a pessoa não tem sorriso, nem adianta tentar ensinar técnica. Às vezes o amigo é fechado, ranzinza, e espera-se que ele vá atender bem, não vai acontecer.” Se não houver outra opção além de contratar um parente, Junia orienta: “No mínimo, o gestor precisa saber o que quer para o seu negócio. Como essa pessoa deve atender? Se você não sabe, não entende de serviço, e ainda coloca um parente sem preparo, corre o risco de tudo dar errado.”

Em tempos em que a experiência do cliente é tão valorizada, saber liderar, contratar e cuidar da equipe é tão importante quanto cozinhar bem. Para além dos holofotes da TV, os bastidores mostram que um restaurante de sucesso começa com gestão emocional, escuta ativa e formação de um time comprometido com o propósito da casa.

ID_BR prorroga inscrições do Programa Lideranças SIM focado em profissionais negros e indígenas

0
Foto: Freepik

O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), prorroga as inscrições para nova turma do Programa de Lideranças SIM. A iniciativa tem como objetivo capacitar e impulsionar profissionais autodeclarados negros e indígenas para ocupar cargos de liderança. São 300 vagas, e as inscrições estão abertas até o dia 04 de abril, pelo link no perfil do ID_BR no Instagram: @id_br.

A iniciativa, que em 2025 ganha um novo nome e formato, possui uma proposta inovadora e alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O Lideranças SIM é gratuito e oferece uma trilha formativa composta por módulos essenciais para o aprimoramento da liderança negra e indígena. Entre as etapas, destacam-se letramento racial, soft skills e tendências para liderança.

Para participar é preciso ter no mínimo 25 anos e se autodeclarar uma pessoa negra ou indígena, além de possuir graduação completa, ter interesse em impactar positivamente suas áreas de atuação e almejar cargos de liderança, direção ou outros postos estratégicos. O Lideranças SIM é aberto para pessoas de todo o país.

Os integrantes também podem se beneficiar de etapas opcionais, como mentoria individual e atuar como mentores de outros profissionais, promovendo um ciclo contínuo de aprendizagem e troca de experiências.

“Lideranças negras e indígenas são fundamentais para a transformação social e equidade no mercado de trabalho. No programa Lideranças SIM, queremos cultivar talentos que, além de se destacar em suas carreiras, também inspirem uma mudança profunda em suas comunidades. Afinal, precisamos agir agora, e não esperar 167 anos”, afirma Luana Génot, CEO e Fundadora do ID_BR.

Em 2024, 17% dos participantes do programa (que ainda era chamado de PDLNI) possuíam mestrado, 58% eram bilíngues, 11% atuavam com projetos e 96% tinha experiência com cargos de liderança. Além de possuir uma grande diversidade, sendo 22% nordestinos, 4% indígenas e 63% mulheres.

“É uma experiência transformadora, não apenas na minha carreira, mas essencialmente na minha vida pessoal. Desde o início, fui envolvida em um ambiente de aquilombamento e networking, onde me senti verdadeiramente vista e potencializada. Nos encontros do PDLNI, aprendo constantemente sobre como ser uma liderança negra transformadora. O programa não só amplia minhas competências profissionais, mas também fortalece minha identidade e autoestima. A oportunidade de receber uma bolsa para estudar Direito do Entretenimento em uma instituição super conceituada foi um dos pontos altos desta jornada”, relata Nathalia Santiago, liderança em Gestão de Projetos e Políticas Públicas, fellow do programa em 2024.

Após o envio da inscrição, haverá a seleção interna e divulgação dos selecionados. Os encontros acontecerão de forma quinzenal, online, às terças-feiras das 19h às 21h.

Serviço:

Formação e capacitação

Inscrições: https://pt.research.net/r/WHDFVK5?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAaZdwCRvcvdcbyNk0gZW8kYzrIgaOgC1a4R58An2emg-qVU8iQm4ThFlANw_aem_WeIUfyS5a3BnZLo-jhEjIw&utm_source=Link+da+Bio+do+RD+Station&utm_medium=social&utm_campaign=CTA+no+Link+da+Bio

Período de inscrições: até 04 de abril 

Homens: aliados na luta de gênero

0
Foto: Freepik

Texto: Rachel Maia

O mês é das mulheres, mas, este chamamento é para os homens, que historicamente se beneficiaram com o privilégio do poder e das oportunidades em todos os espaços: no meio corporativo, na política, em casa, ou seja, na sociedade. A fala sempre foi produzida por eles, mas neste momento, faz-se necessária uma escuta ativa e reflexiva sobre o nosso futuro, sobre a diversidade, sobre gênero. 

Considero que os homens têm um papel fundamental como aliados na promoção de um ambiente mais igualitário, pois ocupam em grande escala os espaços e cargos de gestão. Importante frisar que ser um aliado não significa apenas apoiar passivamente as mulheres, mas sim atuar ativamente para garantir que todas tenham acesso as mesmas oportunidades de crescimento e reconhecimento profissional.

Como transformar-se em aliado das mulheres

Percebam: a jornada para a equidade começa com a escuta. Os homens podem se tornar aliados ao ouvir atentamente as experiências das mulheres no ambiente de trabalho, compreendendo os desafios que elas enfrentam e se informando sobre vieses inconscientes e desigualdades estruturais.

O “teste do pescoço” cabe perfeitamente nesse contexto: quantos homens há na sua sala de reunião? Quantas mulheres? E quantas delas têm poder de fala e tomada de decisões? Os vieses inconscientes muitas vezes nos impedem de perceber que estamos, sistemicamente, repetindo um quadro constante de exclusão e, portanto, barrando a inovação — que só acontece quando há diversidade.  

Equilibrar o acesso a oportunidades, indicando mulheres e criando espaços de desenvolvimento para lideranças femininas, são algumas das atitudes de quem compreende que há espaços para todos. Costumo dizer que o nosso interesse não é ocupar o lugar dos homens, mas sim concorrer às mesmas oportunidades. 

Construir um ambiente corporativo mais plural, dinâmico e respeitoso para todos vai além de praticar o óbvio. É importante também defender políticas como licença parental para ambos os gêneros, flexibilidade no trabalho e igualdade salarial. E não tenham dúvidas: empresas que adotam essas práticas se tornam mais inovadoras, produtivas e humanas.

Esse compromisso é nosso 

No Brasil, 51,5% da população é composta por mulheres, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2022. No entanto, no mercado de trabalho, as mulheres ainda ocupam um percentual baixo de cargos de liderança em comparação aos homens. Em 2022, como mostra o IBGE, as mulheres correspondiam a 39,3% desses cargos, e, ao fazer um recorte racial, esse número cai drasticamente.

De acordo com o Ministério da Igualdade Racial (MIR), as mulheres negras representam 28% da população brasileira e também são maioria nos trabalhos informais, especialmente os relacionados aos cuidados, correspondendo a 67%. No entanto, quando o assunto são cargos executivos, esse percentual cai para 1,8%, e, entre os CEOs no Brasil, é praticamente zero. 

A construção de um ambiente corporativo mais justo e inclusivo não é uma responsabilidade exclusiva das mulheres. Quando homens e mulheres trabalham juntos pela equidade, todos ganham: as empresas se fortalecem, a cultura organizacional se transforma e a sociedade avança.

Mais do que reconhecer as conquistas femininas, é fundamental que cada um reflita sobre seu papel nessa transformação. Que esse mês nos inspire a agir, todos os dias, em prol de um mundo corporativo mais justo e igualitário.

Vereadora do Rio propõe política de masculinidade saudável inspirada em série da Netflix

0
Foto: Reprodução

A série Adolescência, da Netflix, que aborda os desafios da juventude contemporânea, inspirou a vereadora Thaís Ferreira (PSOL) a apresentar um projeto inédito na Câmara Municipal do Rio de Janeiro: a criação da Política Municipal de Promoção de Masculinidades Saudáveis e Antissexistas. A proposta, protocolada nesta semana, prevê ações educativas em escolas e equipamentos públicos para romper com ciclos de violência, abandono afetivo e machismo na formação de adolescentes.

Presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente, Thaís afirma que a série retrata uma realidade já conhecida por mães, professoras e profissionais que lidam com jovens. “Nossos meninos estão sofrendo. O Estado precisa agir com cuidado e escuta, antes que seja tarde demais”, diz a parlamentar, mãe de três meninos e ativista dos direitos da infância.

O projeto, que ainda será discutido pelos vereadores, tem como base cinco princípios, entre eles a promoção da equidade de gênero, o combate ao racismo e à homofobia e a valorização do cuidado emocional. As diretrizes incluem: Ações educativas em escolas públicas, com formação para alunos e profissionais; Rodas de conversa e oficinas para adolescentes em vulnerabilidade; Campanhas e materiais digitais sobre masculinidades não violentas e Articulação com políticas de saúde e assistência social.

Contexto de violência

A proposta surge em um cenário marcado por dados alarmantes. Em 2022, 41 mil crianças e adolescentes de 0 a 13 anos foram vítimas de estupro no Brasil, com maior incidência entre meninas de 10 a 14 anos, segundo dados oficiais. Pesquisa de 2023 ainda aponta que 8 em cada 10 jovens brasileiros já se depararam com conteúdos violentos ou discriminatórios nas redes sociais.

Além disso, estudos indicam que 71,8% dos ataques em escolas no país desde 2011 tiveram relação com radicalização online, incluindo buscas por instruções de massacres.

“Precisamos desconstruir a masculinidade tóxica desde cedo, promovendo uma cultura de paz e respeito”, defende Thaís. O projeto prevê parcerias com universidades, coletivos e organizações da sociedade civil. Se aprovado, o Executivo terá 90 dias para regulamentar a lei.

Apple TV+ lança documentários sobre a ascensão de estrelas negras em Hollywood

0
Foto: Divulgação Apple TV+

A Apple TV+ lanço na última sexta-feira (28), os documentários inéditos “Homens Negros Conquistam Hollywood” e “Mulheres Negras Conquistam Hollywood” (Number One on the Call Sheet: Black Leading Men In Hollywood e Number One on the Call Sheet: Black Leading Women In Hollywood), que destacam a trajetória de atores e atrizes negros de destaque na indústria cinematográfica.

Produzidos para a Apple por Jamie Foxx, Kevin Hart, Datari Turner e Dan Cogan, os documentários contam com equipes distintas. “Homens Negros Conquistam Hollywood” tem direção de Reginald Hudlin, enquanto “Mulheres Negras Conquistam Hollywood” é dirigido por Shola Lynch e inclui produção executiva de estrelas como Angela Bassett, Halle Berry, Viola Davis e Whoopi Goldberg.

Com entrevistas pessoais, os filmes revelam os desafios e conquistas de ser um protagonista negro em Hollywood. Os atores Halle Berry, John Boyega, Will Smith, Morgan Freeman, Denzel Washington, Gabrielle Union, Cynthia Erivo, Octavia Spencer e outros grandes nomes também participam e falam sobre estereótipos, pressão por representatividade e o legado deixado por pioneiros como Sidney Poitier.

Os títulos se somam ao catálogo de documentários premiados da plataforma, como “Sidney” (sobre Sidney Poitier), “STILL: Ainda sou Michael J. Fox” e “Billie Eilish: The World’s a Little Blurry” (indicado ao Emmy).

Doechii lança plataforma de saúde mental com recursos gratuitos para enfrentar a ansiedade

0
Foto: Axelle/Bauer-Griffin/Getty

A ascensão de Doechii, vencedora do Grammy, não se limitou aos palcos e paradas musicais. Agora, a artista transformou sua jornada pessoal com a ansiedade em uma missão coletiva e lançou, na última sexta-feira (28), o centro de saúde mental “A Ansiedade Está Me Observando” — referência a um trecho de sua música “Anxiety”, gravada em 2019 para seu canal no Youtube e que viralizou nas redes sociais.

O projeto, anunciado em seu Instagram, surge como um espaço de acolhimento e recursos para quem enfrenta crises de ansiedade. “Doechii vivenciou os desafios da ansiedade em primeira mão e está usando sua plataforma para fornecer ferramentas que ajudem na sua saúde mental”, diz o texto de apresentação do site. “Aqui, você também encontra conforto em saber que não está sozinho nesta jornada.”

O site reúne links para organizações como Mental Health America (MHA), The Crisis Text Line e The Trevor Project, além de direcionar para iniciativas culturais, como Queer Art e LGBTQ Writers in Schools. Há ainda uma área dedicada a grupos específicos, incluindo programas focados em populações negras, queer e interseccionais. “Obrigada por todo o suporte à minha música. Agora, deixem-me apoiar VOCÊS”, escreveu a artista em uma publicação no Instagram que anunciava o lançamento da plataforma.

Doechii já havia abordado publicamente suas batalhas psicológicas. Em entrevista à revista The Cut em fevereiro, ela revelou ter superado pensamentos suicidas após sofrer bullying na adolescência. “Estava sofrendo tanto que pensei em me matar. Até que percebi: ‘Se eu morrer, serei a única perdendo. Os valentões seguiriam em frente’”, relatou. “Foi quando decidi: sou a personagem principal deste filme.”

A música “Anxiety”, originalmente um rap caseiro postado no YouTube em 2019, ganhou versão oficial neste mês após se tornar um hino informal sobre saúde mental. Agora, o projeto amplia o diálogo — e o apoio — para além dos streams.

error: Content is protected !!