O que era para ser apenas um dia de diversão paraJojo Todynho, 26, terminou com ela registrando um boletim de ocorrência contra um episódio racista. Na noite deste sábado (16), a cantora relatou nas redes sociais ter sofrido racismo enquanto fazia compras na feira da Beira-Mar, em Fortaleza (CE).
Jojo diz que se negou a fazer uma propaganda quando foi ofendida. “Veio uma senhora e falou para mim: ‘Você pode ir na loja que vou te dar um presente e você me marca no instagram?’. Eu falei para ela: ‘Não, obrigada, quero não’. Ela falou assim: ‘Esses pretos são todos arrogantes’. Aí eu terminei de pagar o que eu estava pagando e fui falar com ela, está gravado aqui no meu telefone”, explicou.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, Jojo aparece discutindo com a mulher logo após ela ter escutado a ofensa. Rapidamente, surgiram outros comentários de pessoas com comentários iguais aos que a cantora relata ter escutado: “É preta e é arrogante”.
“Quem quer respeito, se dá ao respeito. Eu só discuti, mas em uma dessas, se meto a mão na cara… Porque com racista tem que ser assim. Eu disse que vim passear, não sou obrigada a aceitar produto”, disse em vídeo gravado no Instagram. “Todo mundo que estava presente viu o que ela fez. Tem gente que vai defender ela, mas assim, eu não abaixo a cabeça pra ninguém, para as pessoas entenderem que racistas não passarão e que as pessoas tem que entender que não é porque ela está com 50,40,60 anos que ela está livre pra falar o que ela quiser. Ela vai falar o que quiser dentro da casa dela, comigo não”, acrescentou.
A cantora disse que a administradora da loja lhe pediu desculpas. No entanto, a Jojo informou que registrou um Boletim de Ocorrência (B.O) contra a mulher. E a acusada também abriu um boletim contra a artista por calúnia. “Falei para ela que não a chamei de preta, jamais. Até conversei com ela, mas ela está sempre muito exaltada, não consegue conversar de jeito nenhum”, se pronunciou.
Jojo não divulgou o nome da loja e da acusada nas redes sociais. Após registrar o boletim, ela apareceu em novos vídeos chateada com a situação e afirma que buscou “a melhor forma” de fazer Justiça. “Eu estou estudando para fazer as coisas acontecerem pela Lei”, disse.
O Museu da Diversidade Sexual (MDS), localizado na capital paulista, inaugurou nesta semana, 14 de dezembro, a exposição “Xirê das Yabás: a fertilidade do mundo”, que ficará em cartaz até 11 de março de 2024. A mostra é um convite a se pensar a cultura das religiões de matrizes afro-brasileiras com um recorte sensível de gênero, raça, sexualidade e o papel das mulheridades africanas. A entrada é gratuita.
Com curadoria da multiartista A TRANSÄLIEN e de Khadyg Fares, pesquisadora do MDS, a exposição reúne obras de quatro artistas mulheres: May Agontinmé, Ani Ganzala, Leaħ e Adeloyá OjúBará. As obras apresentadas exploram a estética e a simbologia das Yabás, orixás femininas da religião do Candomblé, a partir de diferentes perspectivas, como a fotografia, a pintura, a escultura e o audiovisual.
“A exposição ‘Xirê das Yabás’ é uma importante oportunidade para refletirmos sobre a potência das mulheres negras e indígenas na construção de nossas identidades e culturas”, afirma A TRANSÄLIEN. “As Yabás são representações de força, beleza e fertilidade, e suas histórias são fundamentais para nos inspirarem e nos fortalecerem”, completa.
“A exposição é uma celebração da vida, da diversidade e da resistência”, destaca Khadyg Fares. “Ela nos convida a mergulhar no universo mágico e ancestral das religiões de matrizes afro-brasileiras”, acrescenta.
Para o diretor do Instituto Odeon, Carlos Gradim, que faz a gestão do MDS, a exposição é um marco importante para o Museu. “Essa mostra é um exemplo da potência da arte para promover a reflexão crítica e a transformação social”, afirma. “Ela é um convite a todos e todas a conhecerem e valorizarem a cultura afro-brasileira”, completa.
Serviço
Exposição “Xirê das Yabás: a fertilidade do mundo”
Funcionamento: de terça a sábado, das 10h às 18h
Entrada gratuita todos os dias Endereço: Avenida São Luis, 120
O assunto do momento éInteligência Artificial! IA é uma força transformadora em diversos setores, mas seu impacto pode ser sentido de maneira desigual se não houver uma abordagem cuidadosa em relação aos recortes raciais. A interseção entre IA e recorte racial destaca desafios significativos: o reconhecimento de pessoas negras nas soluções com IA aplicada e oportunidades para promover equidade por meio da educação digital.
Mas existem algumas reflexões importantes a se fazer quando falamos sobre tecnologia e recorte racial, como por exemplo: já que somos, mais de 50% da população brasileira, por que não somos muitas vezes convidados a sentar nas mesas de debates quando tange a possível regulação e legislação da mesma? Daí percebemos que o acesso à educação digital e as novas tecnologias que incluem essas chamadas “TECNOLOGIA DE PONTA” como a IA, não chegam ao nosso alcance! Sendo assim é IMPRESCINDÍVEL discutirmos sobre INTERAÇÃO ENTRE IA, RECORTE RACIAL e EDUCAÇÃO DIGITAL.
Ao promover a diversidade na criação de tecnologias, capacitando indivíduos com habilidades digitais e promovendo a conscientização, podemos trabalhar coletivamente para moldar um futuro onde a IA contribua para a equidade e não para a disparidade.
Isso porque os algoritmos de IA são treinados com conjuntos de dados que refletem, em grande parte, os preconceitos existentes na sociedade. Isso pode resultar em sistemas que reproduzem e perpetuam viés racial, prejudicando minorias. Por exemplo, em sistemas de reconhecimento facial, a precisão pode ser menor para indivíduos de determinados grupos étnicos.
Presença de viés algorítmico destaca a necessidade de uma revisão constante dos modelos de IA. É imperativo que os desenvolvedores e cientistas de dados considerem a diversidade em seus conjuntos de treinamento, a fim de criar sistemas mais justos e inclusivos.
Mas aí vem a pergunta: como combater esses vieses que afetam a população preta?
A EDUCAÇÃO DIGITAL
A educação digital emerge como um catalisador para enfrentar esses desafios. Ao capacitar indivíduos com habilidades em IA, programação e pensamento crítico, a sociedade cria uma força de trabalho mais consciente e capaz de moldar a tecnologia de maneira ética. Iniciativas que promovem a inclusão e diversidade no ensino de tecnologia contribuem para reduzir disparidades, capacitando comunidades historicamente sub-representadas.
Precisamos nos conscientizar sobre os impactos da IA nos recortes raciais. Precisamos desenvolver uma compreensão crítica das implicações sociais, permitindo que as pessoas participem “da criação, do desenvolvimento” e influenciem políticas relacionadas à IA.
Para isso, a colaboração entre governos, setor privado, organizações sem fins lucrativos e comunidades é essencial para abordar os desafios complexos associados à IA e o recorte racial. Incentivar parcerias que promovam a igualdade de oportunidades na educação digital é crucial para construir um futuro mais inclusivo e equitativo.
Como reimaginar uma obra tão consagrada? Essa foi a pergunta central que trilhou o caminho de Blitz Bazawule em seu trabalho como diretor do novo filme ‘A Cor Púrpura’, que estreia em janeiro no Brasil. Em entrevista para o The Hollywood Reporter, o artista contou que o maior desafio ao longo do processo foi em como evitar a redundância na nova adaptação musical, isso porque já existe o livro cânone de Alice Walker, a peça musical e o primeiro filme, que se tornou um marco, lançado em 1986.
“Durante todo o processo, o desafio era: como não ser redundante? Para um material que foi explorado dessa forma, com o que você realmente vai contribuir? Esse foi o meu maior desafio. Assim que encontrei a ideia deste espaço imaginativo, então se tratou de quais são os elementos que vão nos ajudar a explorar melhor? E alguns deles eram visuais, alguns deles eram sonoros“, contou Blitz que também compôs canções originais para o filme.
O diretor comenta que o novo filme vai explorar como as pessoas lidam com traumas e abusos. “Na verdade, são os problemas que estão na cabeça das pessoas, tentando descobrir como sair. Cresci perto de muitas pessoas assim, lidando com traumas, algumas da minha família. Então eu soube muito rapidamente que esse caminho abriria muitas oportunidades para realmente contribuirmos com o cânone“, contou ele.
Mas o apoio do estúdio e de produtores como Oprah, foi fundamental para a recriação do longa. “[A Cor Púrpura] é um marco cultural tão grande que, se você não tem nada real para contribuir, é melhor não tocar”, diz ele. “Mas tive sorte de o estúdio e meus produtores estarem abertos a uma reimaginação radical desde o primeiro dia.”
A história de ‘A Cor Púrpura’ se desenrola no início do século XX, no sul dos Estados Unidos, e acompanha a vida de Celie, uma mulher negra que enfrenta uma série de desafios e adversidades ao longo de sua vida. O filme aborda temas poderosos, como abuso, racismo, empoderamento feminino e a jornada de autodescoberta.
O Sarau Preto, projeto idealizado pelo cantor e compositor carioca Mombaça, completará uma década de existência e vai celebrar seu aniversário no próximo domingo, 17 de dezembro, das 11h às 22h, no Museu de Arte do Rio (MAR), localizado no Centro do Rio de Janeiro. A entrada no evento é gratuita até às 18h para pessoas com ingressos, que devem ser adquiridos através do Sympla (CLIQUE AQUI).
Com atrações como Roda de Jongo e Roda de Samba, o Sarau Preto realizará um show especial de Mombaça ao lado de Mart’nália, para homenagear o cantor e compositor Gilberto Gil relembrando clássicos como “Esotérico”, “Palco” e “Punk da Periferia”, além das parcerias de sucesso da dupla, como “Chega”, “Pretinhosidade”, “Tava por aí” e “Entretanto”.
O Sarau Preto destaca-se por sua proposta inclusiva e antirracista, com um elenco quase exclusivamente formado por artistas e profissionais negros. Em cada edição, um artista ou personalidade negra é homenageado pelo conjunto de sua obra.
“O Sarau Preto surgiu da necessidade de dar visibilidade à produção cultural negra. O evento visa se tornar um espaço para todas as idades, destacando a diversidade da cultura negra, com rodas de conversa, exposições de artistas plásticos, gastronomia e muito mais.”, afirmou Mombaça.
O evento terá uma programação diversificada, incluindo atividades antes da abertura dos portões do MAR. Um destaque será uma grande roda de capoeira, jongo, Tambor de Crioula e dança afro, conduzida pelo Movimento Cultural Zé Tambozeiro, liderado pelo Mestre Camaleão, das 10h às 11h, em frente ao museu.
Além disso, diversas personalidades contribuirão para tornar o evento ainda mais especial. O ator e produtor cultural Djimmy Chagas contará histórias africanas e afro-brasileiras para as crianças. A poetisa, filósofa e psicanalista Viviane Mose recitará um texto exclusivo para o Sarau Preto.
O evento contará também com a presença do poeta Jorge Magnum, que apresentará um texto inédito, expressando sua realidade cotidiana e buscando na poesia uma forma de libertação para seu povo negro.
Entre as atrações estão apresentações de jongo pelo grupo AFROLaje, roda de samba promovida pelo famoso bar da Lapa Beco do Rato, além de um baile comandado pela DJ Bieta e a participação do rapper, DJ e ativista cultural Shackal com seu projeto “Resenha da Solidariedade”.
Exposições de produtos de empreendedores negros, a presença do Papai Noel Preto e a oportunidade para 10 artistas negros, moradores de periferias e vinculados a instituições públicas ou bolsistas de instituições particulares, se apresentarem também fazem parte do evento.
O evento terá rodas de conversa sobre temas relevantes para a comunidade negra, abordando justiça antirracista, direitos e políticas públicas para a população negra, saúde e uso da força estatal, entre outros assuntos pertinentes.
A apresentação do evento será realizada por Lica Oliveira, ex-apresentadora da Globo e ex-atleta olímpica, que proporcionará uma visão geral do Sarau Preto e conduzirá discussões sobre o sexismo e o racismo estrutural nas relações sociais e profissionais da mulher negra.
Confira a programação completa
10h às 11h
Cerimônia de abertura do evento com roda de capoeira, jongo e celebrações, na entrada do MAR
11h às 12h
Contação de histórias infantis com Djimmy Chagas no palco Pilotis.
12h às 13h
Roda de conversa 1 no auditório (12h às 13h): “Por uma justiça antiracista”. Curadoria: Dra Elisiane Santos, Procuradora MPT.
13h às 15h
Roda de conversa 2 no auditório (13h às 14h): “Por que e por quem sangram as mulheres? – O seximo e o racismo estrutural como mecanismos limitantes da mulher negra nas relações sociais e profissionais”. Curadoria: Lica de Oliveira.
Apresentação de Roda de Jongo (que ocorre no chão, com interação do público). (13h30 às 14h20).
Roda de conversa 3 no auditório (14h às 15h): “As cores do uso da força estatal – qual a cor de quem manda, quem mata, quem morre e quem aplaude?” Curadoria: Coronel Ubiratan Ângelo.
Intervalo: rapper Shackal e Tropa da Solidariedade (batalha de rimas) (14h30 às 15h).
15h às 16h30
Microfone aberto (artistas selecionados pelo instagram @saraupreto.festival)
Roda de conversa 4 no auditório (15h às 16h): “Entre a genética e a sociedade: como fomentar saúde pro povo preto?”. Curadoria: Dr. Fleury Johnson
16h30 às 18h
Roda de Samba – Beco do Rato (bloco 1) no palco Pilotis.
18h às 18h30
DJ Bieta.
18h30 às 19h30
Roda de Samba – Beco do Rato (bloco 2) no palco Pilotis.
19h30 às 20h
DJ Bieta.
20h às 22h
Show Mombaça e Mart’nália – Tributo a Gilberto Gil. (abertura: Viviane Mosé e Jorge Magnum).
Uma autora de branca teve o lançamento de seu livro cancelado por uma editora após ser acusada de promover avaliações negativas fictícias, direcionadas principalmente a autoras negras em um reconhecido site de recomendação de livros dos Estados Unidos.
A controvérsia surgiu quando foi revelado que várias contas supostamente criadas por Cait Corrain, autora de um romance de ficção científica e fantasia, deixaram avaliações de uma estrela em livros de diversos autores negros e que pertencem a outras minorias étnicas, enquanto conferiram cinco estrelas ao próprio livro de Corrain na plataforma de resenhas literárias, o Goodreads.
Observou-se um padrão evidente de avaliações de uma estrela deixadas pelas mesmas contas em livros agendados para lançamento no primeiro trimestre de 2024. Ao descobrirem que muitas dessas críticas negativas foram direcionadas a obras escritas por autores negros, muitos levantaram questionamentos e buscaram esclarecimentos sobre o ocorrido. Todas as contas responsáveis pelas avaliações negativas nos deram cinco estrelas ao romance de Corrain, intitulado ‘Crown of Starlight’.
Bethany Baptiste e Kamilah Cole foram algumas das autoras negras cujas obras foram diretamente afetadas por esse episódio de ‘review bombing’. A situação ganhou atenção considerável quando o escritor canadense Xiran Jay Zhao expôs as ações de Corrain, compartilhando um extenso documento do Google contendo capturas de tela das avaliações fraudulentas.
Em um primeiro momento, Cait Corrain havia culpado um amigo pelas avaliações, mas depois publicou um pedido de desculpas nas redes sociais, justificando seu comportamento como consequência da luta contra a depressão, alcoolismo e abuso de substâncias. O que não foi aceito por alguns autores que afirmaram: “A doença mental não faz de você racista”.
Há um ano, da parceria entre a Gastronomia Periférica e a Mãe Terra, nascia o “Da Quebrada”, restaurante que reúne comida boa, valores e consciência social no coração da Vila Madalena. Para celebrar o primeiro aniversário, neste sábado, dia 16, haverá uma programação especial com cardápio e drinks feitos especialmente para a festa, além de apresentações artísticas de samba, DJ’s e circo, das 11h às 21h.
“Estarmos aqui na Vila Madalena é reafirmar que precisamos estar em lugares diversos da cidade e mostrar nosso potencial para o mundo porque a gente pode ir e estar onde quiser. A ideia é que todo periférico ocupe de maneira consciente todos os lugares. Aqui no restaurante reunimos tudo que acreditamos: aproveitamento integral dos alimentos, comida sazonal, vegana e orgânica, consciência social e representatividade para as pessoas da periferia, especialmente as mulheres pretas”, pontua o gestor de novos negócios da Gastronomia Periférica, Edson Leite.
O restaurante será aberto ao público às 11h e às 12h começa o show do grupo de samba Sal do Quilombo. Das 14h às 16h30, o comando da festa é do DJ Zeca e, na sequência, das 17h às 21, DJ Anazu assume a pista. A última apresentação ficará por conta da trupe circense Serafim do Mundo.
Foto: Divulgação
No cardápio especial que estará disponível durante o evento, destaque para a caipirinha de limão com espuma de gengibre e melado de cana (R$ 30,00), peixinho e quiabo empanado com polenta frita (R$30,00), bobó de palmito (R$ 40,90) e pudim de tapioca com coco (R$ 15,80).
Para participar da festa, basta chegar a partir das 11h. Não serão feitas reservas.
SERVIÇO
O quê: Festa de 1 ano do restaurante “Da Quebrada”
Quando: 16/12, sábado, a partir das 11h
Onde: Rua da Harmonia, 271, -Vila Madalena
Programação: Cardápio e drinks especiais, samba, Dj’s e apresentação circense
Em um novo passo em torno do movimento ‘Um Princesa Puxa Outra‘, a Seda lança o protótipo de uma boneca de pentear com cabelo na textura 4C, a primeira do mercado com cabelo humano. A iniciativa representa um passo importante na busca por maior representação positiva das diferentes texturas do cabelo de pessoas negras dentro do universo infantil.
O movimento, que começou em Outubro deste ano, também apresentou uma parceria inédita entre Seda e o Walt Disney Animation Studios com o lançamento do vídeo campanha para a linha de produtos para cabelos infantis Juntinhos. No filme, foi possível ver a Princesa Tiana (do longa ‘A Princesa e o Sapo‘) soltando seus cabelos pela primeira vez em cena.
Gerando um relevante impacto positivo, em especial, na população negra, a campanha também trouxe o ator Lázaro Ramos e sua filha Maria Antônia, além da professora de balé Tuany Nascimento, fundadora do projeto Na Ponta dos Pés, ao lado de suas alunas. O movimento se tornou trend global no Tiktok, com mais de 6 mil reproduções na plataforma com vídeos de pessoas soltando seus cabelos como na campanha da marca.
Como propósito, a marca busca estimular a autoestima de pessoas negras através de seus cabelos, reforçando a importância do cuidado com os fios – que por muitos anos se mantiveram presos ou fora de sua textura natural, devido a uma série de preconceitos e padrões estéticos. A iniciativa de Seda quer reforçar a importância da relação de afeto e auto aceitação para pessoas negras e seus cabelos, reconectando com a ancestralidade representada pela coroa.
Ao lado de Adriana Barbosa, CEO da PretaHub e fundadora da Feira Preta, e Viviane Duarte, fundadora do projeto Plano de Menina, a marca promoveu um roda de conversa com bonequeiras afro centradas para entender as necessidades e os desafios que existem na indústria infantil do país, quando o assunto é representação positiva para criança negras.
Seda, junto da SOKO, agência responsável pela criação e desenvolvimento da campanha, criou o protótipo 3D da boneca em parceria com o Studio Tuk e a De Benguela, como forma de convidar a indústria para esse movimento, e produzir não somente esse mas também outros brinquedos afrocentrados em maior escala, ampliando a representação positiva de pessoas negras .
A Seda ainda anunciou que irá patrocinar bonequeiras ao lado da PretaHub para fomentar o empreendedorismo preto voltado para a autoestima de crianças; ao lado do Plano de Menina, elas irão realizar um workshop sobre cuidados com os cabelos, junto de um roda de conversa sobre autoestima para as alunas do Projeto na Ponta do Pés além de uma reforma na sala de ballet do projeto, fornecendo novos uniformes para as alunas e produtos gratuitos para o cuidado com os cabelos.
Você sabia que é possível encontrar no Brasil 55 dos 66 tons de pele mapeados pelo mundo? Os dados foram divulgados pelo Grupo L’Oreal no Brasil, durante o evento de lançamento da iniciativa “Dermatologia + Inclusiva”, que aconteceu no dia 14 de novembro e reuniu dermatologistas de diferentes lugares do Brasil para falar sobre a diversidade das peles brasileiras.
Na ocasião, uma das divisões do grupo, a L’Oréal Beleza Dermatológica, também anunciou que lançará em março de 2024, um edital que deve premiar pesquisas que tratam a diversidade de peles e cabelos brasileiros.
Pesquisas mostram que, além dos 55 tons de pele encontrados no Brasil, existem 8 tipos de cabelo no mundo e que todos eles estão representados na população do nosso país. E com essa diversidade de peles, os profissionais de dermatologia e a indústria cosmética precisam atentar-se à necessidade de desenvolver produtos que atendam todos os tons de maneira adequada.
“Cada pele possui suas particularidades, e isso sempre deve ser respeitado diante de uma queixa relatada. Ajustamos o tratamento a ser endereçado levando em consideração vários fatores, e o tom da pele é um dos principais”, afirmou a dermatologista Dra. Julia Rocha ao comentar sobre a importância de oferecer recomendações adequadas a cada tonalidade de pele.
Dra. Julia Rocha. Foto: Divulgação.
A especialista pontuou que uma gama maior de protetores solares que não deixam a pele com aspecto ‘esbranquiçado, russo ou acinzentado’ é uma demanda antiga de pessoas negras, em especial as de pele retinta, destacando as consequências da escassez de produtos para peles mais escuras. “O desconforto estético pode levar à não utilização ou à subutilização do protetor solar”.
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia mostram que 78,7% dos negros não usam nenhum tipo de protetor solar por acharem desnecessário e os negros e pardos são 30% das vítimas fatais de melanoma, ou câncer de pele.
Além disso, outras patologias também podem ser causadas na pele negra pela exposição excessiva aos raios solares sem qualquer proteção: “O melasma, as hipercromias pós-inflamatórias,a ceratose seborreica e a dermatose papulosa nigra são condições dermatológicas muito frequentes na pele negra”, acrescentou a Dra. Julia Rocha. “O uso correto do protetor solar, é a base do tratamento e da prevenção dessas queixas, sendo uma etapa indispensável”, continuou ela.
“Pacientes negros estão mais predispostos ao surgimento de manchas. Existem estudos que demonstram que a pigmentação resultante de algumas condições dermatológicas como a acne, para muitos pacientes negros, torna-se um problema mais impactante que as lesões que precederam o surgimento da mancha. O que leva a um comprometimento na qualidade de vida dos mesmos”, ressaltou a Dra. Julia.
“Estudos mais recentes vêm demonstrando que nos pacientes com fototipo alto [peles mais escuras], ocorre uma pigmentação mais intensa e persistente relacionada à luz visível. As manchas são desencadeadas ou pioradas pela UVA – principalmente a UVA de longo comprimento – e pela luz visível em pacientes negros”, explicou a médica, que destacou como a fotoproteção inclusiva traz um olhar voltado para esta especificidade. “Atualmente, a principal opção para a fotoproteção contra luz visível é o protetor com cor, que nem sempre flutua bem dentre todos os tons e subtons de pele. Além disso, os filtros com cor podem ajudar na camuflagem de eventuais manchas que possam afetar negativamente a autoestima”, detalhou.
Diferenças importantes na recomendação de proteção solar com base nas diferentes tonalidades
A dermatologista afirmou que pessoas de pele clara estão mais propensas ao desenvolvimento de câncer de pele e queimadura solar devido à exposição à radiação UVB, enquanto pessoas de pele mais escura podem ter maior sensibilidade à radiação UVA, o que já diferencia o tratamento e a indicação de produtos voltados para a proteção da pele.
“Quanto à recomendação do protetor solar considerando-se o tom da pele, os estudos mais recentes vêm evidenciando pontos importantes. A radiação UVB afeta mais os indivíduos de pele clara, que por sua vez tornam-se com maior propensão ao desenvolvimento do câncer de pele e de queimadura solar. Por outro lado, indivíduos de pele preta são mais sensíveis aos danos causados pela luz visível e pela radiação Ultravioleta A (principalmente a Radiação Ultravioleta A de longo comprimento). Esses subtipos de radiações são capazes de induzir o surgimento de manchas, principalmente na pele negra”, explicou.
A médica explicou que o protetor solar com cor é uma boa opção diante das queixas dos pacientes de pele negra: “Sempre devemos optar pelo amplo espectro de proteção, e o protetor com cor, além de atuar contra as radiações UVA e UVB, a pigmentação presente, atua como uma barreira física e protege contra a luz visível”.
Esse é um conteúdo pago por meio de uma parceria entre L’Oréal e site Mundo Negro.
Nesta última quinta-feira (14), Kanye West utilizou as redes socias para pedir de forma a pública a Nicki Minaj que ela liberasse os vocais e versos da música ‘New Body’, gravada em 2018. Com diversos atrasos, a canção acabou não sendo lançada em formato oficial ao longo dos anos. Agora, Kanye quer incluir a faixa em seu novo álbum ‘Vultures’, projeto colaborativo com o rapper Ty Dolla Sign.
Acontece que Nicki Minaj lançou recentemente seu álbum ‘Pink Friday 2’ e com o foco total no projeto, não está disposta a lançar outra música. “Esse trem saiu da estação. Sem desrespeito de forma alguma. Acabei de lançar um novo álbum, por que lançaria uma música que já foi lançada há 3 anos?”, destacou Nicki, através de uma live nesta sexta-feira (15).
Kanye West speaks on Nicki Minaj not clearing “New Body”:
“I made that girl rewrite her verse 3 times for “Monster.” I supported her career. So I don’t know what it is.” pic.twitter.com/gIamSCBr36
Kanye West mostrou perplexidade diante da atitude de Nicki. Ele afirma ter apoiado a carreira da rapper desde o início, e que agora não consegue entender por que ela não está interessada em lançar ‘New Body’. “Eu fiz aquela garota [Nicki] reescrever o verso dela três vezes [na música] ‘Monster’. Eu apoiei a carreira dela. Então não entendo”, destacou ele em vídeo.
O álbum ‘Vultures’ ainda não possui data de lançamento, mas Kanye já está realizando suas famosas audições que precedem seus lançamentos de discos.