Inspiradas na frase “quem conta um conto, aumenta um ponto”, as influenciadoras Bielo Pereira e Giovanna Heliodoro (transpreta), conhecidas por levar informação e críticas sociais com uma pitada de humor aos temas do universo LGBTQIAP, em especial transfobia, vão lançar o videocast “Quem conta um conto”, que trará histórias da vida real delas e de seus convidados baseadas nos ditados populares famosos no cotidiano dos brasileiros, no dia 10 de janeiro.
“Para além de entrevistar pessoas ilustres, nos propomos também a compartilhar conhecimento e trazer um pouco do que o senso comum significa. Por isso, a gente usa ditados populares para fazer com que as pessoas se percebam na sociedade e cada vez mais possam se reencontrar através das suas memórias”, explica Giovanna Heliodoro, apresentadora e co-criadora.
E para começar: o enredo vai girar em torno do ditado “A voz do povo é a voz de Deus”, seguido por “A pressa é inimiga da perfeição”, “Ano Novo Vida Nova”, “Quem canta seus males espanta”. Com 7 episódios pré-gravados e quadros que contam a origem do ditado do ep, na primeira temporada, a deputada federal Erika Hilton, a cantora Urias, a influenciadora e cientista social Nátaly Neri e o médico e ex-BBB Fred Nicácio entre outros convidados trarão histórias pessoais relacionadas ao ditado que guia o tema da conversa.
Além disso, amigos e conhecidos das influenciadoras poderão enviar áudios pedindo conselhos que tenham ligação com o ditado da vez. Os episódios também podem ser feitos por meio de co-criações com marcas interessadas.
Realizado pela MAP Brasil, o videocast será exibido no YouTube da Bielo, com cortes diários para Instagram e Tik Tok, dia 10 de janeiro. “É a realização de um sonho pra gente, pois sempre pensamos em construir um projeto juntas. Com conteúdos nos quais o público vai poder se entreter, se educar e se identificar, o “Quem Conta um Conto” é popular, do povo e para o povo”, finaliza Bielo Pereira, apresentadora e co-criadora.
Faleceu na noite da última quarta-feira, 3, no Rio de Janeiro, o intérprete Malquisedeque Marins Marques, conhecido como “Quinho do Salgueiro”, aos 66 anos, após sofrer de insuficiência respiratória. A notícia foi compartilhada pela escola de samba ‘Acadêmicos do Salgueiro”, que lamentou a perda do ícone do carnaval carioca: “um gigante cuja ligação com o G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro transcendeu os limites da música e do carnaval”.
Hoje o Salgueiro Chora! Com profunda emoção e um nó na garganta, comunicamos o doloroso adeus a Melquisedeque Marins Marques, nosso Quinho do Salgueiro, um gigante cuja ligação com o G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro transcendeu os limites da música e do carnaval. pic.twitter.com/N8qZP4EPGg
— Acadêmicos do Salgueiro (@Salgueiroficial) January 4, 2024
Após passar mal, Quinho, que fazia tratamento contra um câncer de próstata, foi levado na noite de quarta-feira ao Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador, mas de acordo com o hospital, ele teria dado entrada na unidade já em óbito. Segundo informações compartilhadas pelo Salgueiro, o sambista morreu de insuficiência respiratória.
Nas redes sociais do Salgueiro, a escola lembrou a parceria com Quinho do Salgueiro, que começou nos anos 90: “Quinho não foi apenas um intérprete talentoso; ele foi a voz que ecoou em cada conquista, em cada desfile, e que se entrelaçou intimamente com a alma do Salgueiro. Desde o início, nos anos 90, quando liderou o samba “Peguei um Ita no Norte”, até seu retorno triunfante em 2003 e a gloriosa vitória em 2009 com o enredo “Tambor”.
O intérprete participou do desfile de 2009, que deu a vitória do carnaval do Rio de Janeiro à Salgueiro, com o enredo “Tambor”. “Quinho não era apenas um cantor, mas um poeta que traduzia em notas a essência da nossa escola. Seu retorno em 2018, compartilhando o microfone com Emerson Dias, foi mais do que uma volta”, escreveu.
O sambista Arlindinho, filho de Arlindo Cruz publicou um vídeo nas redes sociais lamentando a morte de Quinho: “Logo no ano que eu ganhei meu samba, Quinho. Descanse em paz, meu ídolo. Axé”, disse o músico que integra a ala de compositores da Salgueiro.
O velório de Quinho do Salgueiro está programado para começar hoje às 15h, na quadra da Acadêmicos do Salgueiro, em Andaraí, na zona norte do Rio de Janeiro, até às 20h. O sepultamento vai ocorrer na sexta-feira, das 9h às 13h, na Capela C do Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
Após sua renúncia ao cargo de presidente da Universidade de Harvard, Claudine Gay falou sobre os desafios e críticas que recebeu depois de suas declarações no Congresso dos Estados Unidos. Em um artigo publicado no The New York Times, intitulado “O que aconteceu em Harvard é maior do que eu”, ela detalhou os ataques pessoais e profissionais que enfrentou, e advertiu: “Eles reciclaram estereótipos raciais desgastados sobre o talento e o temperamento dos negros”.
Na terça-feira, 2, Claudine Gay, a primeira mulher negra a presidir a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e a segunda mulher a ocupar o cargo na instituição, anunciou sua saída do cargo após uma série de controvérsias que surgiram depois de um depoimento no Congresso dos Estados Unidos, onde foi questionada sobre manifestações pró Palestina que ocorreram no campus da instituição, além disso, Claudine teve suas pesquisas acadêmicas questionadas e foi acusada de plágio, o que não foi constatado após análise inicial. Foram identificadas apenas citações que deveriam ser corrigidas.
No artigo publicado na noite da última quarta-feira, 3, a ex-presidente ressaltou a intensidade dos ataques direcionados a ela e à Harvard, descrevendo as críticas como uma campanha mais ampla para minar pilares essenciais da sociedade americana. A agora docente, enfatizou que sua renúncia foi uma forma de impedir que os detratores usassem sua presidência para minar os valores que sempre foram fundamentais para Harvard.
Ao abordar os equívocos cometidos durante sua gestão, Gay reconheceu seus erros e defendeu a substância de suas pesquisas, focadas na representatividade das minorias na política americana. Ela destacou que seu trabalho acadêmico ofereceu insights cruciais sobre como a inclusão dessas comunidades marginalizadas fortalece a democracia: “Poucos comentaram a substância dos meus estudos, que se centram na importância da ocupação de cargos minoritários na política americana”, disse.
“Minha investigação reuniu provas concretas para mostrar que quando comunidades historicamente marginalizadas ganham uma voz significativa nos corredores do poder, isso sinaliza uma porta aberta onde antes muitos viam apenas barreiras. E isso, por sua vez, fortalece a nossa democracia”, afirmou Claudine Gay no artigo.
Em um tom de despedida, a ex-presidente enfatizou a importância de manter o ambiente universitário como um local de aprendizado colaborativo, resistindo a batalhas políticas e promovendo um espaço de crescimento conjunto entre estudantes: “Os campi universitários no nosso país devem continuar a ser locais onde os estudantes possam aprender, partilhar e crescer juntos, e não espaços onde se enraízem batalhas por procuração e arrogância política”, afirmou Gay.
Ao defender seu trabalho como pesquisadora, Claudine conta: “Ao longo deste trabalho, fiz perguntas que não haviam sido feitas, utilizei métodos de pesquisa quantitativa de ponta e estabeleci uma nova compreensão da representação na política americana. Este trabalho foi publicado nas principais revistas de ciência política do país e gerou pesquisas importantes por outros estudiosos.
Ela também destaca que nunca imaginou que fosse necessário defender décadas de trabalho realizado: “Aqueles que fizeram campanha incansável para me expulsar desde a queda muitas vezes traficaram mentiras e insultos ad hominem, e não argumentos fundamentados”. Além disso, Claudine também pontuou a questão racial que envolveu a campanha contra sua permanência na presidência de Harvard: “Eles reciclaram estereótipos raciais desgastados sobre o talento e o temperamento dos negros. Eles promoveram uma falsa narrativa de indiferença e incompetência”.
O Ministério Público Federal (MPF), pediu nesta quarta-feira (3/1), a condenação do apresentador e influenciadorJúlio Cocielo, por conta de publicações consideradas racistas no antigo Twitter, atual X, entre os anos de 2011 e 2018. Em setembro de 2020, Cocielo virou réu acusado de racismo por causa das postagens. Em um dos comentários, ele afirmou afirmou: “o Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas. Mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”.
O MPF identificou nove vezes em que Cocielo teria feito a prática de preconceito racial. Entre os mais famosos está uma frase direcionada ao jogador Mbappé. “Conseguiria fazer uns arrastão top na praia, hein”, publicou ele à época, referindo-se ao atleta. Além disso, outras postagens como “nada contra os negros, tirando a melanina…”, também foram citadas pelo MPF no processo.
O MPF considera que Cocielo praticou ‘racismo recreativo’. “Ainda que o réu seja humorista, não é possível vislumbrar tom cômico, crítica social ou ironia nas mensagens por ele publicadas. Pelo contrário, as mensagens são claras e diretas quanto ao desprezo do réu pela população negra”, disse o procurador da República João Paulo Lordelo, responsável pela ação.
A defesa de Cocielo ainda não se pronunciou. Caso condenado, a pena pode ser de até cinco anos de prisão.
Gil do Vigor fez um desabafo no Instagram, nesta última terça-feira (2) após perder mais de 45 mil seguidores na rede social. O economista passou a publicar conteúdos educativos, conversando de forma simples e objetiva sobre finanças. “Não ligo para números, mas apenas para vocês terem uma noção, nos últimos sete dias, eu fiz conteúdo sobre endividamento, depósito do FGTS e hoje sobre os juros do cartão de crédito. Não sofri nenhum cancelamento, mas ainda assim se foram 45 mil seguidores”, revelou Gil.
Dentre conteúdos em vídeo, o economista aparece falando sobre o FGTS, endividamento e juros de cartão de crédito. Apesar da queda de números, Gil relata que vai continuar investindo na educação. “Eu seguirei sem me encaixar”, disparou. “Eu escolho o que vou postar e quando postar, não deixarei de alertar meus vigorosos e vigorentos, pois é importante e, gostem ou não, seguirei defendendo o que eu acredito, educação”, publicou ele.
Gil finalizou dizendo que, enquanto criador de conteúdo, é importante valorizar influenciadores que promovem a mudança na vida das pessoas. “Vamos valorizar a educação, pessoal, os criadores de conteúdo que se esforçam para de alguma forma fazer a diferença e existem muitos que fazem um trabalho incrível, fiquem atentos”, destacou.
O Big Brother Brasil 2024 estreia no próximo dia 8 de janeiro. Como de costume, na internet, diversas listas circulam com nomes cotados para ocupar o ‘camarote’ da casa mais vigiada do país. Por isso, selecionamos alguns destaques que estão dando o que falar nas redes sociais. Nomes oficiais serão anunciados pela TV Globo no próximo dia 5 de janeiro.
Daiane dos Santos
Ex-ginasta, Daiane dos Santos aparece com frequência na lista dos nomes favoritos ao Big Brother Brasil 2023. A estrela já possui vínculo com a TV Globo, um amplo trabalho como comentarista esportiva. No início de 2023 ela participou do ‘Dança dos Famosos’. Além de suas conquistas individuais, Daiane também representou o Brasil em diversas competições internacionais, contribuindo para elevar o prestígio do país no mundo da ginástica artística. Sua trajetória inspiradora serviu de exemplo para jovens atletas, incentivando o desenvolvimento do esporte no Brasil.
Humorista, Lorena Rufino conquistou milhões de seguidores nas redes sociais com suas produções super autênticas. De Salvador, a influenciadora possui mais de 1 milhão de seguidores no Instagram. O nome de Rufino aparece com frequência nas listas extraoficiais do BBB 24.
Com diversos memes nas redes sociais, a presença de Camila Loures no BBB é um desejo antigo de muitos usuários nas redes sociais. Apresentadora, ela possui mais de 19 milhões de seguidores no Instagram.
Ator que conquistou o Brasil inteiro, Jean Paulo Campos é também outro nome de destaque nas redes sociais. Ele ficou nacionalmente conhecido ao interpretar o personagem Cirilo em ‘Carrossel’. Depois, ampliou o sucesso em sua carreira através da novela ‘Vai na Fé’, em que interpretou o estudante de Direito Yuri. No Instagram, ele possui mais de 4 milhões de seguidores.
Em destaque como o ativista Bayard Rustin no filme biográfico ‘Rustin’, da Netflix, o ator Colman Domingo está sendo cotado para viver o super vilão da Marvel, ‘Kang’, após a demissão de Jonathan Majors depois que o ator foi condenado em um caso de agressão contra a ex-namorada Grace Jabbari.
A informação foi compartilhada pelo insider Daniel Richtman, na última segunda-feira, 1. Segundo o insider, a Marvel tem interesse no trabalho que Domingo está realizando nos cinemas: “Ainda é cedo, mas ouvi dizer que Colman Domingo é uma opção que foi apresentada para substituir Jonathan Majors como Kang”.
O nome de Colman Domingo surge após a Marvel romper seu contrato com Jonathan Majors no dia 18 de dezembro, depois de Majors ser considerado culpado por agressão imprudente de terceiro grau e assédio contra a ex-namorada Grace Jabbari. O ator interpretava o vilão “Kang, O Conquistador”, uma das figuras fundamentais da fase atual do Universo Marvel. A estreia do ator no MCU aconteceu durante a primeira temporada da série Loki, no ano de 2021, e teve continuidade durante a segunda temporada, transmitida em 2023. Além disso, a Marvel estava planejando fazer um filme centrado na história do vilão, que tinha produção planejada para iniciar em 2026.
Com os novos rumores envolvendo o nome de Domingo, o público espera que os planos de produção do filme sejam mantidos. O intérprete de Rustin também tem sido reconhecido pelas atuações na série ‘Euphoria’, pelo qual levou o Grammy de ‘Melhor Ator Convidado de Série de Drama,’ e no filme ‘A Cor Púrpura’, onde interpreta o personagem Albert “Mister” Johnson.
No último dia 2 de janeiro, Claudine Gay, primeira mulher negra nomeada presidente da Universidade de Harvard, anunciou sua renúncia ao cargo. Sua saída foi motivada por uma série de controvérsias que surgiram após um depoimento no Congresso dos Estados Unidos, onde foi questionada sobre manifestações pró Palestina que ocorreram no campus da instituição.
As tensões aumentaram após esse depoimento, quando Gay foi questionada se as manifestações realizadas pelos alunos de Harvard pedindo o genocídio do povo judeu seriam uma violação das regras contra o assédio e o bullying na universidade. A então reitora respondeu com a frase: “Podem ser, dependendo do contexto”, considerada evasiva.
Além disso, acusações de plágio foram direcionadas a Gay, alegando que ela teria publicado artigos acadêmicos com trechos copiados de outras fontes. Após uma análise inicial de três de seus artigos, não foi constatada violação direta de padrões de pesquisa, mas foram identificadas citações problemáticas, levando a presidente a se comprometer a corrigir tais equívocos.
No entanto, a controvérsia se agravou quando surgiram novas acusações relacionadas à dissertação de doutorado de Gay, datada de 1997. Com as alegações se acumulando, a presidente decidiu renunciar ao cargo.
Em sua carta de renúncia, Claudine Gay disse ter convicção de que sua saída seria o melhor para a Universidade de Harvard, permitindo à comunidade acadêmica enfrentar esses desafios com foco na instituição, e não em uma figura individual. Ela afirmou: “Esta não foi uma decisão que tomei facilmente”.
“Estas últimas semanas ajudaram a tornar claro o trabalho que precisamos de fazer para construir esse futuro – para combater o preconceito e o ódio em todas as suas formas, para criar um ambiente de aprendizagem em que respeitemos a dignidade uns dos outros e nos tratemos com compaixão, e para afirmar nosso compromisso duradouro com a investigação aberta e a liberdade de expressão na busca pela verdade”, escreveu Gay na carta em que oficializou sua demissão.
Gay, que ocupava o cargo de 30ª presidente da Universidade de Harvard e era a primeira mulher negra a assumir o cargo, deve retornar ao corpo docente, onde leciona desde 2006.
Os filmes com protagonismo negro continuam em alta e com grandes expectativas para 2024, após um ano repleto de produções audiovisuais de sucesso em 2023. A comunidade negra já pode se preparar para assistir os novos longas que chegam aos cinemas e nos streamings, confirmados para estreia este ano.
O Mundo Negro selecionou 10 dessas produções mais aguardadas. Confira abaixo:
1 – Wish: O Poder dos Desejos
O novo longa animado da Disney, apresentará a nova princesa Asha (Ariana DeBose), negra e latina. Na trama, a jovem de 17 anos, em um momento de necessidade profunda, formula um pedido poderoso aos céus. Contudo, Asha se surpreende ao ver seu pedido atendido por Star, uma entidade cósmica poderosa, de uma maneira mais próxima do que jamais imaginou. O longa indicado ao Globo de Ouro 2024, teve a estreia adiada por conta da greve dos atores e chega aos cinemas brasileiros em 4 de janeiro.
O longa segue a desventura de um professor mal-humorado de uma prestigiada escola no ano de 1970, forçado a permanecer no campus para cuidar do grupo de alunos que não tem para onde ir durante as férias de Natal. Ele acaba criando um vínculo improvável com Mary Lamb, a cozinheira chefe da escola, que naquele momento tinha acabado de perder um filho no Vietnã. Com três indicações ao Globo de Ouro 2024, a estreia está marcada para 11 de janeiro no Brasil.
3 – The Kitchen
O filme que marca a estreia de Daniel Kaluuya como diretor, é uma ficção científica ambientada em Londres, 2044. O longa narra um futuro onde a distância entre ricos e pobres foi esticada até o limite. Com a história de vida negra num futuro distópico, todas as formas de habitação social foram erradicadas e as classes trabalhadoras de Londres foram forçadas a viver em acomodações temporárias nos arredores da cidade. O filme estreia no dia 19 de janeiro na Netflix e venceu o prêmio ‘Film Award 2023’, organizado pela Rolling Stone UK.
4 – A Cor Púrpura
Aclamado pela crítica e com duas indicações ao Globo de Ouro 2024, o remake musical do clássico de 1985 se desenrola no século XX, no sul dos Estados Unidos, e acompanha a vida de Celie (Fantasia Barrino e Phylicia Pearl Mpasi), uma mulher negra que enfrenta uma série de desafios e adversidades ao longo de sua vida. O filme aborda temas poderosos, como abuso, racismo, empoderamento feminino e a jornada de autodescoberta. O lançamento era para ter ocorrido em dezembro de 2022, mas houve um atraso por conta da greve dos atores e a estreia agora está prevista para fevereiro.
5 – Bob Marley: One Love
A cinebiografia retrata momentos antes do Bob Marley (Kingsley Ben-Adir), o maior cantor de reggae no mundo, sofrer um atentado em 1976 na defesa da paz, e dois anos depois, ao realizar o grande show ‘One Love Peace Concert’, em meio a uma crise de violência na Jamaica. O filme estreia no cinema no dia 14 de fevereiro.
6 – Bad Boys 4
A nova sequência da comédia de ação policial, protagonizada por Will Smith e Martin Lawrence, terá estreia mundial no dia 14 de junho nos cinemas. Após a polêmica envolvendo Will Smith no Oscar 2022, diversas notícias sobre cancelamentos e suspensões dos filmes envolvendo o ator ganharam as manchetes na época, mas foi desmentida pelo presidente da Sony Pictures, Tom Rothman.
Bad Boys Para Sempre, o último lançado da franquia, em 2020 (Foto: Divulgação)
7 – The Book of Clarence
O filme acompanha Clarence (LaKeith Stanfield), um jovem negro que vivia na mesma cidade que Jesus. Ele se esforça para sobreviver, apostando em corridas e se envolvendo com o comércio de alucinógenos. Num certo momento, ele fica impressionado com o poder e a influência que os 12 apóstolos têm e logo decide que quer se juntar a eles, embora não acredite exatamente que Jesus seja o Messias. O longa estreia em janeiro nos cinemas dos Estados Unidos, mas ainda não foi divulgada a data de estreia no Brasil.
8 – Flint Strong
O drama baseado no documentário T-Rex, contará a história real de Claressa “T-REX” Shields (Ryan Destiny), uma jovem de 17 anos, nativa de Flint, em Michigan, cujo sonho de se tornar a primeira mulher na história a ganhar uma medalha de ouro olímpica no boxe se tornou realidade no Jogos Olímpicos de Verão de 2012 em Londres. O filme estreia em agosto nos cinemas dos Estados Unidos, mas ainda não tem previsão para o Brasil.
Ryan Destiny e Claressa “T-Rex” (Fotos: Shutterstock)
9 – Um Tira da Pesada 4
Após 30 anos do terceiro filme, o detetive Axel Foley (Eddie Murphy) está de volta a Beverly Hills. Depois que a vida de sua filha (Taylour Paige) é ameaçada, Foley e ela se unem a um novo parceiro (Joseph Gordon-Levitt) e aos antigos companheiros Billy Rosewood (Judge Reinhold) e John Taggart (John Ashton) para acabar com uma conspiração. A comédia estreia na Netflix em 2024, mas ainda não foi revelada a data.
10 – O Auto da Compadecida 2
Um dos clássicos do cinema brasileiro, “O Auto da Compadecida” ganhará uma sequência em 2024, estrelado por Taís Araujo como Nossa Senhora, papel antes interpretado por Fernando Montenegro. Até o momento, não há muitas informações sobre “O Auto da Compadecida 2”. Apenas a confirmação de Matheus Nachtergaele e Selton Mello, que interpretam João Grilo e Chicó, e Taís Araujo escalados no filme.
Taís Araujo e Fernanda Montenegro (Fotos: Reprodução/ Redes Sociais)
O ano de 2024 inicia com o desafio de ampliar e fortalecer ações com foco na redução das desigualdades raciais ainda mais evidentes no cenário atual de crise climática. 2023 foi marcado por uma série de acontecimentos que trouxeram à tona a urgência de abordar e combater o racismo ambiental em escala global. Questões relacionadas à distribuição desigual dos impactos ambientais, o acesso a recursos naturais e a vulnerabilidade de comunidades marginalizadas e racializadas ganharam destaque, proporcionando um espaço vital para reflexões e ações.
Em novembro, o mundo bateu, pela 1ª vez, a média global de temperatura, que ultrapassou os 2°C acima da média histórica e atingiu exatos 2,07°C, superando os 1,5° de previsão de aquecimento global no futuro próximo.
No Brasil, por exemplo, a Amazônia experimentou uma crise preocupante de seca. Os rios, vitais para a sobrevivência de ecossistemas e comunidades ribeirinhas, atingiram níveis historicamente baixos. É inegável que o problema seja resultado da combinação de mudanças climáticas, desmatamento e práticas inadequadas ao ecossistema, como o garimpo ilegal, denunciado no início do ano e principal causa por trás da destruição de territórios indígenas.
O papel das organizações sociais na amplificação dessas questões foi notável em 2023. Movimentos populares, campanhas de conscientização e denúncias de práticas prejudiciais à saúde ambiental em comunidades marginalizadas tiveram impacto significativo, gerando discussões que transcenderam fronteiras geográficas.
O reconhecimento de que a justiça climática é uma parte intrínseca da luta pelos direitos humanos ganhou força, impulsionando a necessidade de mudanças sistêmicas em políticas públicas e práticas empresariais. Nunca se falou tanto em ESG e durante a COP 28, líderes de diferentes nações reconheceram a interseção entre questões ambientais e sociais.
Os discursos enfatizaram a necessidade de abordar o racismo ambiental como uma violação dos direitos humanos. Mas a falta de representação significativa das comunidades mais vulneráveis nas negociações da COP levanta questões sobre a eficácia das políticas climáticas na mitigação das disparidades existentes.
A COP 28 é um evento crucial no cenário global, onde líderes de diversos países se reúnem para discutir estratégias e compromissos para lidar com as mudanças climáticas. À medida que a COP 28 acontecia, ficou cada vez mais evidente e urgente a necessidade de uma agenda inclusiva e equitativa para os próximos anos.
Lamentavelmente, a justiça racial é um elemento central que muitas vezes é negligenciado nas discussões sobre mudanças climáticas. As comunidades afetadas frequentemente não têm voz na elaboração dos acordos, resultando em decisões que podem perpetuar desigualdades.
Ao lado da justiça racial, também não há consideração adequada à justiça de gênero nas políticas climáticas. Mulheres, especialmente, periféricas, quilombolas e indígenas, frequentemente enfrentam impactos desproporcionais das mudanças climáticas devido a papéis sociais e econômicos específicos, e ainda ficam distantes dos espaços de tomada de decisão.
No final da COP, representantes de 195 países assinaram o documento final que delineia os compromissos globais para enfrentar as mudanças climáticas. O acordo enfatizou a importância da inclusividade e justiça social nas ações climáticas, mas poucos foram os representantes de comunidades historicamente excluídas que contribuíram em sua redação.
O documento renovou a importância de um financiamento climático, com implementação de projetos de adaptação e resiliência em comunidades propensas a desastres climáticos, com destaque para a necessidade de projetos de capacitação e educação que promovam práticas sustentáveis e ferramentas úteis diante das dificuldades impostas pela crise.
No entanto, enquanto 2023 marcou um progresso significativo na conscientização sobre o racismo ambiental e justiça climática, também ressaltou a complexidade e a amplitude do desafio. A jornada rumo à equidade ambiental é um compromisso a longo prazo que exige colaboração internacional, educação contínua e ações concretas para 2024 e os próximos anos.
*Priscilla Arantes é gerente de comunicação do Sistema B Brasil, e articuladora do Coletivo Pretas B, um projeto que apoia mulheres negras na rede do Sistema B Brasil por meio de mapeamento, mentoria, consultoria e capacitação, e fundadora do Instituto Afroella.