O Madame Tussauds Hollywood, na Califórnia, nos Estados Unidos, apresentou nesta quinta-feira (10) uma nova estátua de cera em homenagem a Viola Davis, uma das atrizes mais premiadas e influentes de Hollywood. Uma EGOT (Emmy, Grammy, Oscar e Tony), Davis fez história como a primeira afro-americana a conquistar a chamada “Tríplice Coroa da Atuação” — um Oscar, um Emmy e dois Tony Awards.
Reconhecida por performances marcantes em filmes como The Woman King, Ma Rainey’s Black Bottom, Doubt e The Help, além da série How to Get Away with Murder, Davis tem uma carreira em ascensão e está prestes a estrear no filme G20, que chega à Amazon Prime Video em 10 de abril. Davis também compartilhou um vídeo do momento em que vê sua estátua pronta pela primeira vez. “É isso que a arte deve fazer. É assim que a arte deve fazer você se sentir”, disse a atriz ao ver sua escultura. “É transcendental. Vai muito além de qualquer coisa que você possa imaginar em um reino terreno.”
Para reproduzir a figura com precisão, a equipe do museu — incluindo escultores, coloristas, cabeleireiros e estilistas — coletou cerca de 200 medidas e fotografias da atriz, garantindo a fidelidade de seus traços e expressões. A estátua veste uma réplica do vestido vermelho Giorgio Armani Privé que Davis usou no Oscar 2017, quando ganhou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante por Um Limite Entre Nós. Até os acessórios, como seus tênis plataforma e joias de ouro — incluindo a aliança de casamento — foram minuciosamente recriados.
Tom Middleton, gerente geral do Madame Tussauds Hollywood, destacou a importância da homenagem: “Viola Davis continua a cativar o público com performances poderosas e talento extraordinário. Esta estátua celebra sua influência duradoura, dando aos fãs a chance de se conectar com seu legado de uma forma única.”
A estátua já está em exposição no museu, permitindo que os visitantes interajam com uma representação imersiva da atriz, em reconhecimento a seu impacto no cinema e na cultura pop.
Fotos: Michael Buckner/Variety via Getty Images; Streeter Lecka/Getty Images; Divulgação/Dangote; Valerie Macon/Getty Images e Reprodução/Instagram
Segundo levantamento da revista Forbes, entre os 3.028 bilionários listados neste ano, apenas 23 se declaram negros — o equivalente a menos de 1% do total. Juntos, eles acumulam um patrimônio estimado em US$ 96,2 bilhões.
Embora a presença de bilionários negros segue sendo exceção, os nomes que integram a lista refletem trajetórias marcadas por inovação, influência cultural e visão estratégica de longo prazo. Neste ano, dois nomes estreiam entre os bilionários negros: Sheila Johnson e Herriot Tabuteau.
Johnson é figura conhecida no setor de mídia e hotelaria nos Estados Unidos, cofundadora da BET (Black Entertainment Television). O marco financeiro foi alcançado após a venda da BET para a Viacom por US$ 3 bilhões, em 2001. Desde então, Johnson diversificou seus investimentos e hoje comanda a Salamander Collection, rede de hotéis e resorts de luxo, além de possuir participação em três franquias esportivas de Washington: Mystics (WNBA), Wizards (NBA) e Capitals (NHL). Com esses ativos, ela passa a integrar o ranking da Forbes como a 23ª bilionária negra.
Já Herriot Tabuteau, nascido no Haiti e radicado nos EUA, é fundador da Axsome Therapeutics, biofarmacêutica especializada em tratamentos para transtornos do sistema nervoso central. Tabuteau detém 15% da empresa, criada em 2012 e listada em bolsa desde 2015. A valorização das ações o levou a estrear na 21ª posição entre os bilionários negros, empatado com o jamaicano-canadense Michael Lee-Chin, que possui 60% do National Commercial Bank Jamaica, responsável por quase metade de sua fortuna.
Conheça os bilionários negros mais ricos do mundo:
Aliko Dangote
O nigeriano lidera a lista de bilionário negro mais rico do mundo com patrimônio líquido de US$ 23,9 bilhões. Dono do Dangote Group, sua fortuna vem principalmente dos setores de cimento e açúcar. Em 2024, viu sua riqueza crescer em US$ 10,5 bilhões após o início das operações da Refinaria Dangote — megaprojeto iniciado em 2013 que consumiu US$ 23 bilhões em investimentos.
David Steward
Confundador da World Wide Technology em, o homem negro mais rico dos Estados Unidos fornece soluções de TI para gigantes como Citi e Verizon. Ele continua como presidente da empresa, que hoje conta com cerca de 10 mil funcionários e fatura US$ 20 bilhões por ano. Seu patrimônio está avaliado em US$ 11,4 bilhões,
Robert F. Smith
Em 2000, Smith fundou a Vista Equity Partner, a maior empresa de private equity de propriedade negra nos Estados Unidos, com US$ 100 bilhões em ativos sob gestão. Ele ainda comanda a companhia, que conta com mais de 700 funcionários e é especializada em investimentos em empresas de software. Seu patrimônio está avaliado em US$ 10,8 bilhões.
Alexandre Karp
Com patrimônio líquido de US$ 8,4 bilhões, o norte-americano é CEO da Palantir Technologies, empresa de software especializada em mineração de dados. Cofundador da companhia, ele lidera uma carteira de clientes que inclui o FBI, o Departamento de Defesa e outras agências governamentais. Desde que abriu capital em 2020, a Palantir alcançou um valor de mercado próximo a US$ 200 bilhões.
Mike Adenuga
O nigeriano Mike Adenuga fez seu primeiro milhão aos 26 anos como trader de commodities e hoje comanda a Globacom, uma das maiores operadoras de telefonia móvel do continente africano, além da empresa de petróleo Conoil. Seu patrimônio líquido está avaliado em US$ 6,8 bilhões.
Abdulsamad Rabiu
Fundador e CEO da BUA Group, conglomerado com atuação nos setores de cimento, açúcar e imóveis, o nigeriano tem um patrimônio líquido de US$ 5,1 bilhões. Ele criou a empresa em 1988 e segue no comando até hoje. Por meio da Iniciativa Abdul Samad Rabiu, sua fundação, investe em projetos de educação, saúde e desenvolvimento social em várias partes da África.
Michael Jordan
A lenda do basquete acumulou R$ 90 milhões em salários ao longo da carreira como atleta, mas sua verdadeira fortuna veio de parcerias com marcas como Nike, Hanes e Gatorade, que lhe renderam mais de US$ 2,4 bilhões antes dos impostos. Em 2023, vendeu sua participação majoritária no Charlotte Hornets, em um acordo que avaliou a franquia em US$ 3 bilhões. Seu patrimônio líquido está avaliado em US$ 3,5 bilhões.
Patrice Motsepe
Com patrimônio de US$ 3 bilhões, o sul-africano é fundador e presidente da African Rainbow Minerals, empresa de mineração com operações na África do Sul e na Malásia. Em 2008, entrou para a história como o primeiro africano negro a figurar na lista dos bilionários do mundo.
Oprah Winfrey
A mulher negra mais rica do mundo, Oprah Winfrey construiu sua fortuna com o sucesso de seu talk show, que ficou no ar por 25 anos até 2011. Ela reinvestiu os lucros do programa e de filmes como A Cor Púrpura e Selma na criação de um império de mídia e negócios. Em 2011, lançou o canal a cabo OWN, cuja maior parte das ações foi vendida à Warner Bros. Discovery em 2020. Hoje seu patrimônio está avaliado no valor de US$ 3 bilhões.
Jay-Z
Com patrimônio de US$ 2,5 bilhões, Jay-Z é um dos maiores nomes do hip-hop. Vencedor de 25 Grammys, ele construiu sua fortuna não só com a música, mas também com negócios de sucesso, como a marca de moda Rocawear (vendida por US$ 204 milhões em 2007) e as bebidas D’Usse e Armand de Brignac. Em 2019, tornou-se o primeiro bilionário do universo do hip-hop.
Rihanna, Tyler Perry, LeBron James e Magic Johnson também integram os 23 bilionários negros do mundo. Veja a lista completa aqui!
O aquecimento do varejo brasileiro neste mês de abril, impulsionado pelo movimento típico da Páscoa, vem acompanhado de incertezas e expectativas instáveis. A projeção da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) é otimista: espera-se um crescimento de até 12% nas vendas em comparação com o ano passado. No entanto, os resultados negativos da Páscoa de 2024 — com queda de 5% no comércio varejista, segundo o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA) — ainda reverberam no setor e trazem um clima de cautela para 2025.
Com os preços dos insumos nas alturas – o cacau, por exemplo, subiu incríveis 189% só em 2024, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) – fica difícil manter o otimismo. Isso sem falar na sensação de aperto no bolso que só aumenta: segundo o Radar FEBRABAN, em março deste ano, 89% dos brasileiros já percebiam a inflação como algo presente no dia a dia – o maior índice em mais de dois anos.
A empreendedora Cynthia Paixão, fundadora da Afrocentrados Conceito, atua com curadoria de marcas e negócios afrocentrados e sente de perto esse impacto. “Os dias de festividade do nosso calendário são ações que vão além do entretenimento familiar. Estamos falando de atividades que movem polos econômicos e culturais, de tamanha amplitude que mexe com todas as regiões do país, nos mais diversos setores. Temos uma predisposição a acreditar que a Páscoa só afeta o varejo e não é verdade. Microempreendedores de todos os departamentos têm a chance de impulsionar seus negócios nesta data, porém estamos enfrentando uma sensação de desânimo sem precedentes”, pontua.
Ela destaca que, apesar de existir uma previsão de aumento nas vendas este ano, os obstáculos não são poucos. “O problema em si está em observarmos um mercado que, embora existam expectativas positivas de 5% para as vendas este ano, está defasado pelos arredores: insumos caros, poder de compra baixo e políticas tarifárias nacionais e internacionais recordes. Até o pacote de tarifas de importação do Donald Trump anunciado recentemente, nesta quarta-feira, já mexe com o quadro da inflação mundial. Todo o comércio consequentemente sofre. Até mesmo uma data celebrativa como a Páscoa”, completa.
Para Cynthia, a saída está na estratégia. Ela defende a importância de parcerias sólidas com fornecedores e a disputa por preços melhores como caminhos para driblar a crise. “Diante da ampla concorrência e alta nos insumos, os microempreendedores (principalmente) precisam estar sempre um passo à frente quando o assunto é finanças. A modalidade a granel de compras vem sendo um obstáculo para quem quer descontos em produtos para revenda ou serviço. Empresários dos mais diversos setores vêm se enlaçando nas falácias das ‘vendas de urgência’, comprando insumos caros e vendendo produtos/serviços baratos — em virtude da redução do poder de compra nacional; a fim de compensar um mês fraco nas vendas”.
A fala da especialista dialoga diretamente com o levantamento do Radar FEBRABAN, que revela como “o acesso ao crédito” predomina uma mínima percepção de estabilidade ou melhora para o brasileiro, mantendo-se em 35% de aprovação, contra 32%.“A prospecção do acesso a linha de crédito é o sonho de todo empreendedor. Poder investir em seu negócio e aproveitar as facilidades a longo prazo casam perfeitamente com a possibilidade de solicitar dispensas, ao menos, bimestrais de insumos, evitando fazer vendas que não tenham retorno líquido, no caso da compra de produtos a granel”, conclui.
Até o dia 20 de abril, data da Páscoa de 2025, os consumidores e empresários intersetoriais ainda poderão perceber as mudanças no mercado. A festividade considerada um “segundo Natal” para varejistas e afins, tornou-se uma data comercial incerta e desestimulada neste ano. Essa onda afeta não apenas os setores diretamente ligados à alimentação que sofrem: decoração, papelaria, turismo, bebidas, perfumarias, floriculturas e o artesanato criativo.
A ex-primeira-dama dos EUA Michelle Obama usou uma participação no podcast Work in Progress, divulgada nesta quarta-feira (9), para desmentir rumores de divórcio envolvendo seu casamento com o ex-presidente Barack Obama e refletir sobre as escolhas que tem feito desde que deixou a Casa Branca, em 2017. Em entrevista à apresentadora Sophia Bush, Michelle afirmou que, ao priorizar suas próprias decisões, algumas pessoas interpretaram erroneamente que seu casamento de 32 anos estaria em crise.
Os rumores sobre uma possível separação do casal começaram quando Michelle Obama não compareceu ao funeral do ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter, no dia 9 de janeiro, onde teria que se sentar ao lado do presidente recém-eleito, Donald Trump, e na posse dele. “Quando digo ‘não’, na maioria das vezes as pessoas entendem e respeitam. Mas nós, mulheres, lutamos com a ideia de decepcionar os outros”, disse. “Tanto que, este ano, alguns nem conseguiam imaginar que eu estava apenas fazendo uma escolha por mim mesma — acharam que meu marido e eu estávamos nos divorciando”.
Ela criticou a pressão social sobre as mulheres: “Não poderia ser uma mulher adulta tomando suas próprias decisões, certo? A sociedade faz isso conosco. Começamos a questionar: ‘O que estou fazendo? Para quem estou fazendo isso?’. E se não se encaixa no estereótipo do que esperam de nós, é rotulado como algo negativo”.
Michelle também falou sobre “decisões adultas” na casa dos 60 anos: “Se não for agora, quando? O que estou esperando? Como vou gastar os próximos 20 anos?”. E completou: “É hora de eu me perguntar: ‘Quem eu realmente quero ser todos os dias?'”.
Barack reconhece “déficit” no casamento
No dia 3 de abril, durante o evento Sacerdote Series, no Hamilton College (Nova York), Barack Obama fez raras declarações sobre o relacionamento, admitindo que precisou “compensar” ausências no passado. “Eu estava em um déficit profundo com minha esposa”, disse ao presidente da instituição, Steven Tepper. “Então, tenho tentado sair dessa situação fazendo coisas divertidas de vez em quando.”
Apesar dos rumores, o casal segue unido — e Michelle deixou claro que estão “mais apaixonados do que nunca”.
A Mattel anunciou nesta quarta-feira (9) o lançamento de um boneco Ken inspirado no astro do basquete LeBron James. A novidade marca a primeira vez que a empresa cria uma versão do personagem representando um atleta profissional. A iniciativa, feita em parceria com a LeBron James Family Foundation, celebra o impacto do jogador não apenas no esporte, mas também na moda, cultura e ativismo social.
A linha “Kenbassadors” homenageia personalidades que inspiram mudanças positivas no mundo. O boneco foi elaborado com a colaboração de James, reproduzindo seus traços físicos – incluindo altura 2,5 cm maior que a do Ken tradicional – e trajes icônicos. A figura vem com uma jaqueta universitária customizada, patches que remetem à sua carreira e fundação, além de acessórios como tênis Nike, fones Beats e uma pulseira com a inscrição “I Promise”.
“Agora, como adulto, entendo como é vital para os jovens terem figuras positivas para se inspirar. É por isso que a parceria com a Barbie para lançar o boneco LeBron James Kenbassadors é uma honra.”, afirmou a lenda do basquete em comunicado enviado para a imprensa norte-americana. “É uma oportunidade de reconhecer o poderoso impacto de modelos que inspiram confiança, sonhos e mostram às crianças que elas também podem alcançar a grandeza”, continua.
Parte das vendas será revertida para a LeBron James Family Foundation, que atua em projetos educacionais e de capacitação em Akron, Ohio, cidade natal do jogador. A Barbie também reforçou sua parceria com a Save the Children, organização global de defesa dos direitos infantis.
“Esta boneca representa a realidade de que uma criança de qualquer lugar pode fazer a diferença”, afirmou Michele Campbell, diretora-executiva da fundação.
Lançamento e preço
Um lote exclusivo estará disponível no sábado (12) na loja UNDEFEATED, em Los Angeles, incluindo unidades autografadas. A venda oficial começa no dia 14 de abril, em edição limitada, com preço sugerido de R$ 450,00 em lojas selecionadas e online.
“Ken é o melhor amigo da Barbie, e LeBron é um modelo que reflete valores positivos”, disse Krista Berger, vice-presidente sênior da Mattel. James, por sua vez, declarou: “É uma honra inspirar jovens por meio dessa parceria”.
O lançamento ocorre em um momento de renovado interesse pela marca Barbie, impulsionado pelo sucesso do filme estrelado por Margot Robbie e Ryan Gosling em 2023. A Mattel destacou que o novo Ken foi desenvolvido para atender ao crescente mercado de colecionadores adultos, em antecipação ao 65º aniversário do boneco, em 2026.
O governo do presidente americano Donald Trump retirou 381 livros da biblioteca da Academia Naval dos Estados Unidos como parte de sua censura contra conteúdos relacionados a diversidade, equidade e inclusão (DEI, na sigla em inglês). Entre as obras removidas estão títulos sobre feminismo, racismo, identidade de gênero e até o Holocausto.
A ordem partiu do gabinete do secretário de Defesa, Pete Hegseth, um dos principais nomes por trás da política de “limpeza ideológica” nas Forças Armadas americanas. A lista, divulgada pela Marinha na sexta-feira (9), inclui livros como: “Lembrando o Holocausto”, sobre a preservação da memória do genocídio de judeus na Segunda Guerra Mundial; “Meio americano”, que aborda a participação de afro-americanos no conflito; “Uma mulher respeitável”, sobre o papel público das mulheres negras no século XIX e“Perseguindo Trayvon Martin”, que discute o assassinato do jovem negro em 2012 e o racismo estrutural nos EUA.
Também foi removida a autobiografia “Eu sei por que o pássaro canta na gaiola”, da escritora e ativista Maya Angelou, ícone da literatura afro-americana e da luta pelos direitos civis. A triagem foi feita por meio de buscas por termos como “diversidade” e “equidade” no catálogo da biblioteca Nimitz. Inicialmente, cerca de 900 obras foram identificadas, das quais 381 foram retiradas.
Foto de: Patrick Semansky/AP
Embora o decreto assinado por Trump em janeiro vetasse conteúdos sobre DEI apenas em escolas públicas do ensino básico, o Pentágono decidiu estender a diretriz às academias militares. A remoção ocorreu dias antes da visita de Hegseth à instituição, mas o governo nega ligação direta entre os fatos.
Um oficial anônimo revelou à Associated Press que a academia foi orientada “no fim da semana passada” a conduzir a revisão. “Não está claro se a ordem partiu diretamente de Hegseth ou de sua equipe”, disse a fonte.
Críticas: censura e apagamento histórico
A medida gerou reações de parlamentares e defensores da liberdade acadêmica, que acusam o governo de censura e perseguição ideológica. Servidores do Departamento de Defesa relataram à AP desconforto com o rigor da campanha, argumentando que a exclusão de obras históricas pode prejudicar a formação dos cadetes e apagar contribuições de minorias.
Entre os livros vetados estão temas historicamente alvos de governos autoritários, como sexualidade, direitos das mulheres e violência racial. Há ainda obras sobre a Ku Klux Klan, a condição feminina em países islâmicos e representações de raça e gênero na arte.
O Pentágono, no entanto, mantém a posição. Em nota, o Departamento de Defesa afirmou que as academias militares estão “comprometidas em executar e implementar os decretos do presidente”.
A secretária de Políticas Afirmativas do Ministério da Igualdade Racial (MIR), Márcia Lima, oficializou sua saída da pasta nesta terça-feira (8), citando perda de autonomia na gestão de sua equipe e falhas na comunicação das políticas raciais pelo governo federal.
Em entrevista ao GLOBO, Lima afirmou que a decisão de deixar o ministério, comandado por Anielle Franco, ocorreu após a alta gestão da pasta assumir a composição de sua equipe, antes sob sua responsabilidade: “Eu sempre tive muita autonomia na gestão da Secretaria. Mas, recentemente, as decisões de composição da equipe passaram a ser tomadas pela alta gestão do ministério. Eu senti, então, que era o momento de pedir minha demissão. Definir o perfil da equipe não era mais uma atribuição minha”, disse.
Além disso, a ex-secretária destacou que avanços nas políticas raciais promovidos por sua pasta não foram devidamente divulgados. Entre eles estão a revisão da lei de cotas no ensino superior, a ampliação de 20% para 30% nas cotas no serviço público e o Plano Juventude Negra Viva, que busca reduzir a vulnerabilidade de jovens negros à violência.
Segundo Lima, o plano é “sólido” e inclui mecanismos de monitoramento, mas sua divulgação foi falha. “O compromisso de que os ministérios envolvidos têm que ter. Tem que estar na voz de todos os ministros, na voz do presidente Lula. Quando eu falo de comunicar, é um desafio para este governo”, afirmou.
Ela também mencionou a criação, em parceria com a Secretaria de Comunicação Social (Secom), de uma estratégia de comunicação antifascista, lançada em dezembro de 2023, mas nunca divulgada. “É um enorme avanço e não ganhou visibilidade”, criticou.
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) substituiu o comando da Secom, nomeando Sidônio Portela, seu comunicador de campanha, para o cargo. Portela assumiu com a missão de melhorar a comunicação do governo, que enfrenta queda de popularidade.
Lima negou que sua saída esteja ligada a esse cenário, mas reforçou: “O governo é muito melhor do que ele consegue demonstrar”.
Os irmãos Emicida e Fióti solicitaram nesta terça-feira (8) a suspensão do processo judicial que tornou pública após o rompimento da sociedade entre eles na Laboratório Fantasma. A informação foi divulgada pelo portal Leo Dias e confirmada pelo site Splash, do UOL.
O pedido tem como objetivo buscar um acordo amigável. Os artistas também solicitaram que o caso volte a tramitar sob segredo de Justiça, alegando que a exposição de informações pode comprometer uma eventual reconciliação.
A crise entre os irmãos veio à tona em 28 de março, quando Emicida anunciou publicamente o fim da parceria. “A partir desta data, Evandro Roque de Oliveira (Fióti) não representa mais os interesses da carreira artística de Leandro Roque de Oliveira (Emicida)”, afirmou na ocasião.
Em seguida, o jornal Extra teve acesso a um processo do Tribunal de Justiça de São Paulo, onde o Emicida acusa Fióti de transferir R$ 6 milhões da Lab Fantasma para uma conta pessoal sem autorização. No entanto, o irmão negou qualquer irregularidade e posteriormente, deu entrevista ao Fantástico mantendo a sua defesa. “Não trabalhei de maneira antiética nenhuma vez na minha vida”, disse.
Na última sexta-feira (4), Emicida também divulgou uma nota oficial reforçando que nunca utilizou os termos “desvio” ou “roubo” em relação ao irmão, como tem mencionado muitos jornais. “Estes nunca foram termos utilizados por Leandro, seja em seus comunicados, seja nas suas manifestações nos autos do processo”, afirma.
Após ser acusada de escolher um lado ao defender Fióti em uma publicação no Instagram, Dona Jacira, mãe dos dois artistas, disse em entrevista exclusiva para o Mundo Negro que não escolheu nenhum lado, mas lamenta as acusações contra o Fióti. “Evandro foi caluniado e vê-lo sofrer nos faz sofrer também e sofremos porque sabemos de sua honestidade. Foi uma pedrada no coração dele”.
Entre diversos depoimentos comoventes no documentário ‘Mulheres Negras Conquistam Hollywood’, lançado recentemente pela Apple TV+, a atriz Gabourey Sidibe, indicado ao Oscar por seu papel no filme ‘Preciosa’ (2009), relembrou o tempo em que trabalhava como operadora de sexo por telefone, e não podia parecer uma mulher negra nem por voz.
“Consegui o papel de ‘Preciosa’ quando tinha 24 anos. Antes disso, eu estava apenas atuando entre o que quer que fosse pelo resto da minha vida. E o resto da minha vida naquele ponto, eu estava trabalhando em um call center como operadora de sexo por telefone. A empresa era composta principalmente por mulheres negras. Você não tem permissão alguma para ser negra no telefone”, relatou a atriz, hoje com 41 anos.
“Há uma linha de garotas negras. Adivinhe — essa raramente era chamada. Então meu nome de garota é Melody. E toda ligação, eu dizia [com uma voz aguda], ‘Olá.’ E ele dizia, ‘Ei, qual é seu nome?’ ‘Oi, eu sou Melody.’ ‘Como vai? Você está bem?’ ‘Sim, estou totalmente bem agora. Hum, acabei de chegar da escola. Estou na faculdade, e é, tipo, meu segundo ano…’ “, deu um breve exemplo no depoimento.
Apesar dos desafios enfrentados, Sidibe não deixou de persistir nos seus sonhos. “Somos treinados para odiar a nós mesmos. E o mundo ao nosso redor também é treinado para reforçar isso. Mas há algo em mim que é como: ‘Eu não me curvo a isso.’ Seja lá o que você não goste em mim, eu farei com mais força, e sorrirei na sua cara. E era isso que eu sentia que ‘Preciosa’ precisava ser”.
Na cerimônia do Oscar de 2010, Sidibe perdeu a estatueta de Melhor Atriz com sua aclamada atuação dramática em ‘Preciosa’, para Sandra Bullock, no filme ‘Um Sonho Possível’. O documentário relembrou este momento da premiação, em que a própria Bullock ao subir ao palco, reconhece e elogia a performance de Sidibe.
Desde o sucesso de ‘Preciosa’, Sidibe atuou nos filmes ‘Antebellum’, ‘Roubo nas Alturas’ e recentemente, protagonizou o novo longa ‘Give Me Back My Daughter’. A atriz também garantiu papéis regulares em séries de sucesso como ‘Empire’ e ‘American Horror Story’.
O documentário ‘Mulheres Negras Conquistam Hollywood’ é o segundo episódio da série ‘Artistas Negros Conquistam Hollywood’, dirigido por Shola Lynch, que também conta com a participação das atrizes Halle Berry, Angela Bassett, Viola Davis, Whoopi Goldberg, entre outras. O primeiro episódio intitulado ‘Homens Negros Conquitam Hollywood’, dirigido por Reginald Hudlin, destaca atores como Denzel Washington, Eddie Murphy, Will Smih e Michael B. Jordan.
No dia 1 de abril, o Instituto Yduqs e o Instituto de Educação Médica (IDOMED) lançaram o curta-metragem “Corpo Preto”, uma produção baseada em relatos reais que expõe o racismo nos serviços de saúde do Brasil. O filme, disponível no YouTube, aborda as microagressões e a negligência enfrentadas por pacientes negros, evidenciando disparidades no atendimento médico que impactam diretamente sua qualidade de vida.
Dirigido por Nany Oliveira, o curta acompanha a jornada de um homem negro, interpretado por César Mello, vítima de negligência médica, usando recursos visuais como desfoque para simbolizar a invisibilidade imposta a esses pacientes. A obra é inspirada em pesquisas do projeto MEDIVERSIDADE, iniciativa do Instituto Yduqs e IDOMED que promove a inclusão de diferentes etnias e realidades sociais na formação médica. Dados do Conselho Federal de Medicina (2023) mostram que apenas 3% dos médicos no país são negros, refletindo uma desigualdade que se estende ao tratamento oferecido a essa população.
Estudos citados no projeto revelam que pacientes negros esperam, em média, 10 minutos a mais para serem atendidos, têm consultas 47% mais curtas em comparação a pacientes brancos e menor acesso a exames de imagem, como raio-X. Além disso, o tempo entre diagnóstico e cirurgia é 6,7 dias maior para negros, o que pode comprometer prognósticos e sobrevida.
O lançamento ocorreu no Cinema Estação do Shopping da Gávea (RJ), seguido de um debate com a médica Amanda Machado, do Núcleo de Inclusão do IDOMED, e mediação de Annelise Passos, da Artplan. A campanha incluirá exibições em cinemas, ativações com influenciadores e palestras sobre letramento racial.
Paralelamente, foi lançado o livro “Nigrum Corpus – Um estudo sobre racismo na medicina brasileira”, com depoimentos reais e análise de vieses na formação médica. A obra será distribuída em faculdades de medicina, visando capacitar futuros profissionais no combate ao racismo institucional.
“‘Corpo Preto’ é um relato emocionante que traz visibilidade a um problema que pessoas negras enfrentam diariamente no Brasil: o tratamento desigual em serviços médicos”, afirma Claudia Romano, presidente do Instituto Yduqs e vice-presidente do grupo educacional Yduqs. “O Mediversidade provoca um debate sobre o papel da educação na construção de uma sociedade mais inclusiva. Estamos transformando a prática médica para formar profissionais preparados para cuidar de todas as vidas.”