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Museu de Arte Moderna de SP oferece curso online sobre produção artística de mulheres negras

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Foto: Reprodução/ Maria Lídia Magliani, Sem Título, 1986. Coleção Museu de Arte Moderna de São Paulo

O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) realiza, entre os dias 15 de maio e 5 de junho de 2025, o curso Mulheres Negras nas Artes Visuais, ministrado pela artista visual, pesquisadora e professora Mirella Maria. Com quatro encontros online, às quintas-feiras, das 19h às 21h, o programa investiga a produção artística de mulheres negras desde as raízes africanas até a contemporaneidade, explorando temas como criação, curadoria e educação a partir de uma abordagem teórico-prática.

As aulas, que serão transmitidas ao vivo por plataforma de videoconferência, analisarão obras, documentos históricos e produções recentes, traçando um panorama das contribuições dessas artistas em diferentes contextos. O investimento é de R$ 350, e os participantes receberão certificado ao final. As gravações ficarão disponíveis por tempo limitado após cada sessão. Os interessados devem se inscrever através do link: CLIQUE AQUI.

No primeiro encontro, em 15 de maio, o curso discutirá as percepções da produção intelectual de e para mulheres no continente africano. No dia 22, o tema será “Representações e representatividades: Reescrevendo Olhares”, seguido por “Oceanos em diáspora: visualidades e ancestralidades” em 29 de maio. O encerramento, em 5 de junho, abordará “Mulheres e suas estéticas sobre o cotidiano”.

Mirella Maria, que ministrará as aulas, é graduada em Artes Visuais e mestre em Educação Artística pela UNESP, além de possuir mestrado em História da Arte pela UW-Madison (EUA), onde atualmente cursa doutorado. Com experiência em instituições culturais no Brasil e no exterior, como o Chazen Museum of Art, nos EUA, ela também participou da XII Bienal do Mercosul como artista visual. Sua pesquisa se concentra em produções artísticas contra-hegemônicas, epistemologias do Sul Global e estudos pós-coloniais. As inscrições estão abertas ao público geral.

Serviço
Curso Online | Mulheres Negras nas Artes Visuais
Datas: 15, 22, 29/05 e 05/06/2025
Horário: 19h às 21h
Inscrições: R$ 350 (vagas abertas ao público geral)
Mais informações: site do MAM-SP

Ludmilla é anunciada em festival que celebra o orgulho LGBTQIAPN+

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Foto: Reprodução/Instagram

Ludmilla é a nova atração confirmada no Castro Festival, que acontece no dia 21 de junho, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Em meio à turnê do sucesso absoluto “Numanice #3”, a artista vai fazer uma parada especial para celebrar o Mês do Orgulho com um show no evento que celebra a comunidade LGBTQIAPN+.

A novidade foi revelada nesta quarta-feira (7) pelas redes sociais do festival, que existe desde 2022, e destacou Lud como uma das artistas mais pedidas pelo público. “Dona de uma voz potente e talento singular, ela coleciona hits e é uma das artistas mais pedidas pelo nosso público – e nós ouvimos, viu?!”, diz o anúncio.

Além de Ludmilla, o line-up do Castro Festival já tem nomes como Urias, Ney Matogrosso, Valentina Luz, Luísa Viscardi, Nat Valverde, From House to Disco, Eli Iwasa e Sergio Amorim. Novas atrações devem ser anunciadas em breve. Os ingressos estão disponíveis à venda no site Ingresse, com valores a partir de R$ 250. Confira aqui!

Enquanto isso, Ludmilla segue esgotando arenas e atravessando fronteiras com a “Numanice #3 Tour”, que já passou por países como Portugal e Estados Unidos. Até julho, ela ainda tem seis apresentações marcadas pelo Brasil, ao mesmo tempo em que prepara um novo álbum mergulhado no R&B.

Desde 2017, em parceria com a Casa1, o Castro Festival garante acesso 100% gratuito para pessoas trans. E desde 2018, com a Castro Solidária, reverte toda a renda para a Casa1 e o Instituto Vida Nova – fortalecendo redes de cuidado e resistência da população LGBTQIAPN+.

Na edição passada, o festival ocupou pela primeira vez o Vale do Anhangabaú com nomes como Karol Conká, Liniker, Silva, Marina Sena e Johnny Hooker.

Nem africano, nem europeu, norte-americano Robert Francis Prevost é eleito novo Papa da Igreja Católica

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O conclave que se seguiu à morte do Papa Francisco surpreendeu o mundo ao eleger o cardeal Robert Francis Prevost, de 69 anos, como o novo pontífice da Igreja Católica. Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, mas com cidadania peruana e trajetória missionária na América Latina, Prevost assume o nome de Leão XIV, tornando-se o primeiro papa norte-americano da história.

“Devemos buscar juntos como ser uma igreja missionária, que construímos pontes de diálogo, sempre abertas a receber, como essa praça, a todos, a todos que precisam de nossa caridade, nossa presença, de diálogo de amor”, afirmou o novo pontífice em discurso ao público na Praça São Pedro. A dupla nacionalidade de Prevost e seus anos de serviço no Peru – onde foi arcebispo de Chiclayo – podem ter sido decisivos para convencer os cardeais em suas escolhas.

Prevost era visto como um dos favoritos de Francisco, que o trouxe ao Vaticano em 2023 para comandar o Dicastério para os Bispos, órgão crucial que avalia indicações episcopais em todo o mundo. Antes disso, ele já havia sido prior geral dos agostinianos, ordem fundada por Santo Agostinho, e liderado dioceses no Peru, onde adquiriu cidadania em 2015.

A escolha frustrou expectativas de que um cardeal africano – como o congolês Fridolin Besungu ou o guineense Robert Sarah – pudesse se tornar pontífice. A nomeação de Prevost para cargos-chave pelo falecido papa – incluindo a presidência da Pontifícia Comissão para a América Latina – sinalizava a confiança de Francisco em seu perfil reformista. Prevost foi responsável por uma das mudanças mais ousadas do pontificado anterior: incluir três mulheres no processo de seleção de bispos, algo inédito na história da Igreja.

Seu perfil moderado e sua habilidade política foram destacados por aliados. De acordo com a Associated Press, Pe. Fidel Purisaca Vigil, ex-diretor de comunicações da diocese de Chiclayo, descreveu-o como “um homem de humor e alegria, mesmo sob pressão”.

Um nome que volta após séculos

Prevost adotou o nome Leão XIV, retomando um título que não era usado desde Leão XIII (1878-1903). A escolha pode indicar continuidade com o reformismo de Francisco, já que Leão XIII foi conhecido por sua encíclica social Rerum Novarum, que defendia direitos trabalhistas.

O novo papa assume em um momento de desafios, incluindo divisões internas entre conservadores e progressistas, escândalos financeiros e a secularização no Ocidente. A posse oficial deve ocorrer na próxima semana, após ritos tradicionais na Basílica de São Pedro.

Grupo Casas Bahia alcança mais de 37% de negros em cargos de liderança

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Foto: Reprodução

O Grupo Casas Bahia divulgou nesta semana novos números que mostram progressos em sua política de diversidade: pessoas negras agora ocupam 37,25% dos cargos de liderança, enquanto mulheres representam 33% dessas posições. Os índices, que cresceram 3 pontos percentuais em relação ao ano anterior, contrastam com a realidade do mercado brasileiro – onde, de acordo com o Instituto Ethos, apenas 6,3% dos executivos são negros.

As ações de inclusão fazem parte de um plano mais amplo que combina responsabilidade social, ambiental e governança corporativa (ESG). De acordo com informações publicadas pela revista Exame, a Fundação Casas Bahia destinou R$ 2,7 milhões no último ano a projetos de educação, empreendedorismo feminino e geração de renda, impactando 30 mil pessoas.

Além de impulsionar a diversidade em seu quadro de colaboradores, o grupo também tem divulgou que tem adotado práticas para reforçar seu compromisso com meio ambiente, entre elas: 84% da energia usada em suas operações já vem de fontes renováveis, com meta de chegar a 90% em 2025; Seu programa de reciclagem, o Reviva, é o maior do varejo nacional e já processou 2,8 mil toneladas de resíduos, incluindo eletrônicos; A companhia figura no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 e no ICO2, que mede desempenho em redução de emissões.

O compromisso com práticas sustentáveis não é recente – o grupo aderiu ao Novo Mercado em 2018 e aos princípios do Pacto Global da ONU, com iniciativas que vão desde logística reversa até a banQi, sua fintech voltada à inclusão financeira, que já possui 7,9 milhões de contas digitais.

Para Renato Franklin, CEO da companhia, os resultados recentes são parte de um movimento de transformação que deve ganhar novo fôlego em 2026: “Atuamos com a consciência de nosso papel como agente de mudança”.

Spike Lee lança trailer de filme policial estrelado por Denzel Washington e A$AP Rocky

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Foto: Reprodução

“Highest 2 Lowest”, longa dirigido pelo cineasta Spike Lee teve seu primeiro trailer divulgado na última segunda-feira (5). O thriller policial, produzido pela A24 e Apple, é estrelado por Denzel Washington, A$AP Rocky e outros nomes como a rapper Ice Spice e deve chegar aos cinemas no dia 22 de agosto, além disso, estará disponível na Apple TV+ a partir de 5 de setembro, após sua estreia mundial no Festival de Cinema de Cannes, no final deste mês.

O filme é vagamente baseado em “High and Low” (1963), do cineasta japonês Akira Kurosawa, e acompanha um empresário dividido entre usar sua fortuna para alavancar a carreira ou salvar a vida de uma criança. Escrito por Alan Fox, tanto a obra de Kurosawa quanto a nova adaptação de Lee são inspiradas no romance policial “The King’s Ransom”, de Ed McBain.

“Highest 2 Lowest” marca a quinta parceria entre Lee e Washington. “Estou feliz por termos conseguido cinco”, comentou o diretor sobre a colaboração. O elenco ainda inclui nomes como Ilfenesh Hadera, Jeffrey Wright, Dean Winters, John Douglas Thompson e a rapper Ice Spice.

“Uma das melhores coisas da faculdade de cinema é que você conhece o cinema mundial, não apenas Hollywood”, disse Lee sobre o projeto no ano passado, durante o Festival de Cinema do Mar Vermelho. “Ver o filme ‘Rashomon’, de Kurosawa, e sua estrutura me inspirou a fazer ‘Ela Quer Tudo’. Em ‘Rashomon’, você tem três pessoas que testemunham um estupro, e cada uma dá sua própria opinião. Em ‘Ela Quer Tudo’, Nola Darling tem três namorados que a veem de maneiras diferentes. Desde o início da minha carreira, fui influenciado por Kurosawa.”

Confira o trailer

‘Deus me livre uma garota precisar de mais guarda-chuvas’, Doechii ironiza polêmica sobre sua ida ao Met Gala

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Foto: Theo Wargo/FilmMagic

A estreia de Doechii no Met Gala, na última segunda-feira (5), não passou sem percalços, mas a rapper soube transformar o momento tenso em motivo de descontração nas redes sociais. Um vídeo que mostra a artista saindo do hotel para ir ao evento gerou inúmeras críticas com pessoas acusando-a de ser grosseira com sua equipe enquanto pedia guarda-chuvas para que o público não visse seu visual, assinado pela Louis Vuitton, até sua chegada ao blue carpet. Depois do episódio, Doechii fez uma publicação nas redes sociais onde brincou: “Deus me livre que uma garota precise de mais guarda-chuva”.

Câmeras flagraram o deslocamento conturbado da cantora do The Mark Hotel até o local do evento. Protegida por uma estrutura móvel e múltiplos guarda-chuvas para esconder o figurino, Doechii apareceu em vídeos dando instruções à equipe de forma bem direta: “Me deem outro guarda-chuva, agora! Preciso de mais guarda-chuvas, p***a!”

O episódio, que chamou atenção pelo tom usado pela artista, foi depois transformado em piada pela própria rapper. Em publicação no TikTok na quarta-feira (7), ela recriou o meme de Druski com as mãos para o alto, usando como trilha o clássico “Easy” dos Commodores. “Deus me livre que uma garota precise de mais guarda-chuvas”, ironizou na legenda.

No evento, Doechii usou um smoking da Louis Vuitton, combinado com shorts xadrez e gravata em tom mogno. Em entrevista à Cosmopolitan, a vencedora do Grammy explicou a inspiração: “Me senti inspirada pelo tema ‘estudante de hip-hop’ e acho isso muito elegante. Por ser tão Black… Estou presente, estou aqui”.

Sob o tema “Superfine: Tailoring Black Style”, o Met Gala 2025 celebrou a moda negra com copresidentes como Colman Domingo, Lewis Hamilton, A$AP Rocky e Pharrell.

Guia de presentes afrocentrados para o Dia das Mães 

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Foto: O Cantinho do Café

O Dia das Mães será celebrado no próximo domingo, 11 de maio, e se você ainda não sabe o que comprar de presente para a sua matriarca, o Mundo Negro preparou um guia de presentes afrocentrados. Produtos de beleza, vestuários, livros, são variados tipos de presentes selecionados para tornar essa data ainda mais especial, além de fortalecer o black money. Confira abaixo! 

Combo Spray e Óleo Perfumado – Negra Rosa

Na compra de um spray perfumado 200ml R$29,90 + um óleo perfumado corporal 100 ml R$ 14,90, o cliente ganha um espelho de mão de brinde. Veja aqui! 

Box Harmonia – Dona DÔ’s Doces

O kit inclui um coração trufado com variados sabores africanos, uma rosa e uma carteira da marca Ana Santiago Moda Afro. Valor: R$182. Veja aqui!

Camiseta Luedji Luna – CÏCLOarte

Peça lançada através da collab com variadas estampas, incluindo a capa do álbum ‘Bom mesmo é estar debaixo d’água deluxe’. Valor R$117. Veja aqui!

Kit Bolsa e Carteira – Negaju Acessórios Afro

A Bolsa Vitória grande e a Carteira Afro são produzidas com cuidado artesanal e estampa geométrica africana. Valor: R$380,00. Veja aqui!

A Contagem dos Sonhos – Chimamanda Ngozi Adichie

O novo romance da premiada autora nigeriana conta a história sobre quatro mulheres e se passa entre os Estados Unidos e a Nigéria: Chiamaka, Zikora, Omelogor e Kadiatou —, cujas vidas se entrelaçam ao abordar temas como amor, maternidade, arrependimentos e autoconhecimento. Valor: R$ 74,92. Veja aqui!

Caneca ‘Maternar é verbo ancestral’ Ibeji 1 – Compre de uma Mãe Preta

Caneca 300ml especial de Dia das Mães, ilustrada com uma mãe e uma criança negra. Valor: R$49. Veja aqui!

Gloss Bomb – Fenty Beauty

O novo Gloss Bomb tem tons inéditos e uma textura de gel-óleo, que garante um efeito radiante. Valor: R$ 159. Veja aqui!

Lenço/Turbante – Boutique de Krioula

A peça Àlàáfíà faz parte da nova coleção Orí Sódá, com modelagem retangular, ideal para amarrações modernas e criativas. Valor: R$ 55. Veja aqui! 

Com ajuda da inteligência artificial, exposição recria retratos de africanos libertos por Luiz Gama no século XIX

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Crédito: Divulgação

Tecnologia e ancestralidade se encontram na exposição “Eu, amanuense que escrevi…”, que estreia no dia 16 de maio no Arquivo Público do Estado de São Paulo, na capital paulista. A partir de registros históricos feitos à mão pelo abolicionista, jurista, escritor e jornalista Luiz Gama, a mostra utilizou inteligência artificial para reconstruir os rostos de 120 africanos libertos por ele entre 1864 e 1866.

Gama utilizou a lei de proibição do tráfico negreiro para emancipar os africanos e o uso da IA foi com base nas descrições físicas contidas nos documentos originais do Luiz Gama, para gerar rostos como retratos 3×4, acompanhados por cédulas de identidade (RG) produzidas com dados atualizados, como se essas pessoas pudessem, hoje, acessar um direito básico ainda negado a muitos: o de existir oficialmente.

O conjunto documental sobre o abolicionista reúne nove periódicos que abordam sua atuação, incluindo o livro “Matrículas de Africanos Emancipados” de 1864, que contém manuscritos assinados pelo Gama.

Crédito: Divulgação

Assinada por Diego Rimaos, a exposição também marca o reconhecimento do acervo “Presença Negra no Arquivo: Luiz Gama, articulador da liberdade (1830-1882)” como Patrimônio Documental da América Latina e do Caribe pela Unesco. O trabalho resgata e valoriza a luta de Gama pela liberdade e pela justiça, ao mesmo tempo em que aproxima o público das histórias de quem teve sua humanidade negada pelo sistema escravocrata.

“A recente decisão da Unesco é uma justiça histórica, reconhecendo a grandiosidade da obra de Luiz Gama, maior jurista do mundo moderno. Esta conquista é fruto do esforço da sociedade civil e do Estado de São Paulo, cuja missão é resgatar e recuperar esse legado custodiado pelo Arquivo Público”, comenta Bruno Rodrigues de Lima, responsável pela identificação do conjunto inicial dos documentos, pesquisador do Instituto Max Planck, fundador da Sociedade Luiz Gama e organizador das obras completas do abolicionista, premiado pelo Jabuti Acadêmico de 2024, com o volume “Direito 1870 – 1875: Luiz Gama” (Ed.Hedra).

A abertura contará com uma roda de conversa com especialistas e representantes do movimento negro, que irão refletir sobre memória, reparação histórica e o legado transformador de Luiz Gama. Entre os convidados estão Bruno Lima, Ednusa Ribeiro, do Arquivo do Estado e Meninas Mahin, Ligia Ferreira, da Fundação Bienal de São Paulo e a Universidade Federal de São Paulo.

A mostra é gratuita e poderá ser visitada no Arquivo Público do Estado de São Paulo, em Santana, zona norte da capital paulista.

Serviço
Exposição “Eu, amanuense que escrevi…”
Inauguração: 16 de maio de 2025
Local: Arquivo Público do Estado de São Paulo – Rua Voluntários da Pátria, 596,
Santana
Horário: 14h às 19h

Paul Tazewell, primeiro homem negro a vencer Oscar de ‘Melhor Figurino’ por Wicked, assina look de Janelle Monáe no Met Gala

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Foto: Reprodução/Instagram

O figurinista Paul Tazewell, que entrou para a história ao se tornar o primeiro homem negro a vencer o Oscar de Melhor Figurino por Wicked, marcou presença no Met Gala 2025, que aconteceu na última segunda-feira (5), como um dos criadores do look de Janelle Monáe. Em parceria com Thom Browne, Tazewell desenvolveu um traje que uniu alfaiataria precisa e um toque de ousadia artística, para que a atriz pudesse refletir no blue carpet o tema da noite: “Superfine: Alfaiataria no Estilo Negro”.

O visual de Monáe, com ombros avantajados e silhueta geométrica, trazia um lado preto com listras brancas e outro vermelho com padrões abstratos — uma assinatura do estilo surrealista de Tazewell, conhecido por seus trabalhos em musicais como ‘Hamilton’ e ‘West Side Story’. “Era essencial que a alfaiataria fosse o foco, honrando a tradição do dândi negro”, escreveu o figurinista no Instagram, celebrando a colaboração.

A participação de Tazewell no evento ganhou peso extra após sua vitória no Oscar deste ano, onde se tornou o primeiro homem negro a vencer na categoria Melhor Figurino. Em entrevista para o NY Times, ele dedicou o prêmio a “todos que sonham em voar” — referência não só a Wicked, mas à sua própria jornada.

Com mais de mil peças criadas para o filme — incluindo o icônico vestido bolha de Glinda (Ariana Grande) e o traje de luto de Elphaba (Cynthia Erivo) —, Tazewell já acumula um Emmy (The Wiz Live!) e um Tony (Hamilton). Sua presença no Met Gala reforça seu papel como um dos principais nomes da moda e do cinema.

Homenagem à cultura negra
A estilista Alexandra Mandelkorn, responsável por Monáe no evento, destacou a importância de valorizar criadores negros. “Paul é um mestre da alfaiataria e está fazendo história”, disse ao WWD. O próprio Tazewell, em entrevistas recentes, enfatizou a necessidade de diversidade: “Ser inspiração para novos designers é minha maior conquista”.

O Met Gala 2025, com o dress code “Tailored for You”, teve como coanfitriões nomes como Colman Domingo, A$AP Rocky, Lewis Hamilton e Pharrell Williams.

Finalista do Prêmio Jabuti, “Rastros de Resistência”, de Ale Santos, ganha nova edição revista e ampliada

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Foto: Reprodução

O livro “Rastros de Resistência: Histórias de Luta e Liberdade do Povo Negro”, do escritor e pesquisador Ale Santos, finalista do Prêmio Jabuti, acaba de ganhar uma nova edição, revista e ampliada, pela HarperCollins. A obra, que integra o Clube de Leitura da ONU, chega às livrarias com histórias inéditas, reforçando o papel central de personalidades negras no movimento abolicionista e na resistência à escravidão.

Ale Santos, considerado um dos principais nomes do afrofuturismo na literatura brasileira, é conhecido por destacar em sua obra figuras históricas do movimento negro muitas vezes apagadas pelos registros oficiais. Na nova edição, ele resgata trajetórias como a de Benjamim de Oliveira, tido como o primeiro palhaço negro do Brasil; Tereza de Benguela, líder quilombola e símbolo do feminismo negro; e Chico da Matilde, o Dragão do Mar, que se recusou a transportar escravizados em sua jangada durante a abolição no Ceará.

Com mais de vinte narrativas impactantes, “Rastros de Resistência” reposiciona esses personagens no lugar que deveriam ocupar nos livros de História: o de heróis.

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