A escritora do clássico livro ‘A Cor Púrpura’, Alice Walker, está satisfeita pela a forma como a relação das personagens Shug e Celie é retratada no novo filme dirigido por Blitz Bazawule. Diferente do primeiro longa de 1985, o novo musical deixa evidente que as duas personagens se amam e constroem um romance muito forte.
Para o site The Hollywood Reporter, Walker disse que está muito feliz porque o relacionamento de Shug e Celie foi finalmente retratado como ela pretendia. “Eu realmente adoro que [o público] conseguiu compreender que Shug e Celie se apaixonaram, porque acho que realmente precisamos de ajuda nisso. Nós realmente precisamos ver que amor é amor. Você sabe, as pessoas amam quem amam, e é seu direito fazer isso”, contou ela.
Celie e Sgug em ‘A Cor Púrpura’. Foto: Warner Bros. Pictures.
A cantora Pitty utilizou seu perfil no X, nesta tarde de quarta-feira (27) para criticar Beyoncé. A artista norte-americana fez uma visita à Salvador durante a última semana. Através de sua instituição BEYGOOD, ela forneceu bolsas de incentivo para microempreendedores negros do Brasil, além de realizar uma série de parcerias com a CUFA (Central Única das Favelas). Pitty criticou o ‘timming’ de Beyoncé em promover essas ações no período natalino.
eu tô há uns quatro dias sorumbática com redes sociais e tudo, pq mil coisas: falou-se por alto da podridão de agências/mercado, jovens se foram e está por isso mesmo; Manu lançou um assunto(s) importantes p/ debater o feminino na arte; e a B resolveu fazer a Irmã Dulce em pleno…
“B [Beyoncé] resolveu fazer a Irmã Dulce em pleno natal (não me cancelem, eu amo, mas esse timming tá foda)”, escreveu a artista, que elogiou o recém trabalho de Manu Gavassi. “Falou-se por alto da podridão de agências/mercado, jovens se foram e está por isso mesmo; Manu [Gavassi] lançou um assunto(s) importantes p/ debater o feminino na arte (…) 20 anos com volta e meia realizando esse sentimento de que ninguém se importa com nada além de si mesmo. tomara que eu esteja muito errada“, concluiu.
Nas redes sociais, usuários criticaram a publicação de Pitty. “A BeyGOOD existe há 10 anos, Pitty. E o Brasil sempre esteve na rota deles”, publicou o fã clube Beyoncé Access. “Eles apoiam a CUFA (Central Única das Favelas) no Brasil e continuarão apoiando. Beyoncé já doou bolsas de ajuda financeira para empreendedores negros e indígenas brasileiros, anunciou bolsas de estudos pagas por ELA (as inscrições irão abrir em breve), doou milhares de cestas básicas nas favelas, durante a pandemia apoiou o projeto “Tem Gente Com Fome” da Coalizão Negra, e por aí vai… uma pesquisa no Google e você saberia que ela não ‘faz a irmã Dulce’. E consequentemente não estaria dando uma opinião rasa, usando ironia para banalizar ações reais que ajudam o próximo“.
A BeyGOOD existe há 10 anos @Pitty! E o Brasil sempre esteve na rota deles. Eles apoiam a CUFA (Central Única das Favelas) no Brasil e continuarão apoiando. Beyoncé já doou bolsas de ajuda financeira para empreendedores negros e indígenas brasileiros, anunciou bolsas de estudos… https://t.co/znMfXir1fc
Essa semana viralizou um vídeo do ensaio da escola de samba Acadêmicos da Grande Rio em que a rainha de bateria, a atriz Paolla Oliveira aparece em uma de suas presenças usuais no período que antecede o carnaval. Sempre aclamada por sua beleza e carisma, desta vez Paolla foi alvo de críticas por parte do público, teve seu corpo questionado e recebeu várias sugestões de que deveria emagrecer além de ter sua idade enfatizada. Após a polêmica, a atriz usou as redes sociais através de vídeos para discutir o quão doloroso é para muitas mulheres enfrentar a ditadura da beleza e o padrão perfeito numa sociedade machista.
Num vídeo repostado pela Universa UOL, gravado em fevereiro deste ano numa série chamada Sem Filtro, Paolla coincidentemente fala sobre as críticas que já recebeu sobre seu corpo, de como as mulheres sustentam a estrutura patriarcal e opressora ao criticar outras mulheres e sobre a identificação que o tema gera quando é colocado em pauta. Daí, eu, negra, mulher e brasileira, após sentir muito desconforto ao assistir o vídeo com frases prontas e com a costumaz superficialidade branca, deixei o seguinte comentário: “Pois é, imagine para nós mulheres negras que fomos colocadas em lugares muito piores com o aval de todas vocês, né?! Sorte sua não ser animalizada”.
Ahhh meus amigues, choveu de comentários de mulheres, a maioria brancas, questionando meu posicionamento. Como psicóloga que sou, a linguagem é um campo que muito me interessa, visto que as respostas revelam como é inviável excluir raça de qualquer discussão. Mas por que mulheres brancas insistem em negar o fator raça quando o tema é a opressão feminina? Qual o real interesse dessas mulheres criticarem o patriarcado, fonte ao qual beberam por décadas por pura conveniência?
Este artigo é sobre um pseudo feminismo fomentado por mulheres brancas que têm se beneficiado dos privilégios materiais e simbólicos que o patriarcado as entregou e que enriqueceram às custas da opressão de outras mulheres. Essas “guerreiras” não só enquadraram-se por muito tempo no modelo de estética perfeita como enriqueceram afirmando toda essa lógica. Os comentários são muito interessantes, eles revelam como mulheres brancas têm uma extrema dificuldade em se rever e se reconhecer como parte do problema, isentando-se de responsabilidades. As falas partem de um inconsciente coletivo branco em que é perceptível a inabilidade de se implementar discussões sérias e profundas. Vamos analisar alguns?
Foto: Paulo Tauil/AgNews
O primeiro comentário me chamou a atenção pois se propõe a ser politicamente correto e professoral, só que não:
“Toda luta é válida. Porém uma coisa não diminui a outra. Sua dor é legítima e precisa sim ter espaço, mas aí então a dela não existe? Ela é uma peça de porcelana indolor? Não acho que seja a melhor forma de lutar”.
Então vamos lá, em que momento se tornou uma luta uma mulher branca sambar seminua em frente de uma bateria de escola de samba? Se fosse uma mulher negra teria um significado importante, visto que foram mulheres negras que realmente lutaram para a preservação do samba neste país, mas esse não é o caso.
Classificar de luta um vídeo de uma mulher branca que dedicou boa parte de sua carreira em se estabelecer enquanto modelo de beleza perfeita e ganhou muito dinheiro com isso é no mínimo uma ofensa para as mulheres que lutam por políticas públicas neste país. Aliás, falando em dor, quão doloroso é ser Paolla Oliveira no Brasil? Em termos sócio-político-histórico só pode ser uma piada.
Robin Diangelo em sua obra White Fragilitydiscorre o porque mulheres brancas tornam-se tão defensivas quando a raça é colocada na mesa de discussão, a autora enfatiza alguns pontos tais como o protagonismo imposto através do choro e/ou lamentação, culpa por saber exatamente do que se trata e apenas não admitir e, seu profundo investimento no sistema que lhe traz benefícios (tradução livre).
Outro comentário bem típico de mulheres brancas ou negras descoladas de sua realidade:
“O que uma coisa tem a ver com a outra? Aqui está sendo comentado sobre padrão de beleza e não cor”.
Tudo a ver. Qualquer discussão séria sobre padrão de beleza só é válida se levarmos em consideração que no Brasil somente um grupo social feminino tornou-se representante deste tal padrão de beleza. No livro Casa Grande e Senzala, Gilberto Freyre discorre sobre como o feminino e a feminilidade foram construídos através de narrativas que objetificam e animalizam mulheres indígenas e negras em detrimento da construção do modelo de mulher perfeita na figura da mulher branca e que se mantém até hoje. Aliás, por este mesmo motivo mulheres negras foram arrancadas da frente das baterias de escolas de samba dando lugar a mulheres brancas, e estas últimas nunca pensaram sobre isso de forma responsável. Ainda cobram sororidade como se pudessem cobrar alguma coisa.
Nesta última semana, tivemos a ex-apresentadora Xuxa em companhia de outras ex-apresentadoras discutindo padrão de beleza e etarismo no programa do Fantástico, na TV Globo. Durante o programa, a eterna rainha dos baixinhos fez questão de enfatizar o quão sente-se orgulhosa de suas rugas e mostrou-se contra a ditadura dos procedimentos estéticos. Este é mais um exemplo de mulheres brancas que construíram verdadeiros impérios com o mercado da beleza padrão sem a menor preocupação sobre o efeito que causavam em outras mulheres. Entretanto, quando este mesmo mercado as exclui ou as critica, tornam-se convenientemente lutadoras da causa feminina e contra a opressão que elas mesmas sustentaram.
Quem são os donos das clínicas de estética? Quem dominou o mercado da beleza por décadas? E o mercado da moda? Quem é o público que consome e transita nesses espaços? Para nós negres,tudo isso é novo.
Falar de opressão do topo de seu privilégio é típico da branquitude. Imagina uma mulher criticar padrão de beleza no auge do narcisismo branco, mulher esta que produziu cópias humanas de si mesma? É cada coisa viu. A autora Diangelo em sua obra ainda reitera como a indignação, a dor e a emoção são políticas e seletivas, sendo enquadradas por crenças e preconceitos. O efeito de certos posicionamentos em estruturas racistas tendem a hipervalorizar certos corpos ao passo que invisibilizam ou até ridicularizam outros corpos, e entre as mulheres a lógica segue a mesma. Vale ressaltar que não são as mulheres brancas as mais atacadas no mundo virtual e sim as mulheres negras, e sabemos o motivo.
Os comentários abaixo são ótimos exemplos disso:
“lá vem, aff”, “se poupe”, “a pauta é outra”, “é sobre racismo? E o porquê da comparação?”, “ih, começou, às mulheres negras”, “sempre tem uma militante que não descansa”, “e ela tem qual culpa disso?afe”, “vai procurar o que fazer”, “uma dor não invalida a outra, melhore, evolua”.
Outro aspecto sobre racializar qualquer discussão sobre questões do feminino é lidar com a fragilidade branca, o que é muito cansativo. A autora Robin Diangelo explica a inabilidade de pessoas brancas em sustentar discussões sem se individualizar direcionando a conversa sempre para o âmbito pessoal, forma esta de manipular a situação. A projeção é um mecanismo de defesa muito presente no comportamento das mulheres brancas e o comentário abaixo define bem isso:
“Bora atacar as brancas! Se você se sente melhor e superior, ataca mesmo, linda. É assim que você vai melhorar as coisas!”
É geralmente assim que mulheres negras são entendidas quando abordam questões raciais dentro do pseudo feminismo, pois feminismo responsável está distante do campo de entendimento da maioria. Diangelo ressalta regras que a branquitude nos impõe ao abordar assuntos sensíveis e a forma de falar é uma das regras. Pelos comentários dá para perceber o nível de crueldade e violência das mulheres brancas quando sentem-se questionadas em sua branquitude e não poupam palavras, contudo, esse protocolo da comunicação não violenta aplica-se para os corpos não brancos, apenas.
É de uma tamanha desfaçatez uma mulher branca acusar uma mulher negra de ter algum poder de ataque. Conhecimentos básicos sobre a sociedade em que vivem e a responsabilidade de obter tais conhecimentos, revelam que mulheres negras não são capazes de oprimir nenhuma mulher branca e em nenhum aspecto. Mulheres negras não possuem poder político, econômico e nem poder de narrativa que possa atacar a existência de uma mulher branca em qualquer nível que seja. É preciso fazer o dever de casa!
Este artigo e as falas reais incorporadas neste texto revelam mais do mesmo. Novidade? Nenhuma. Falta muito repertório para que possamos avançar sem hipocrisia. Audre Lorde assertiva como sempre nos alertou sobre o convite que o feminismo branco nos faz a todo momento e a sororidade cobrada mas nunca ofertada. De qualquer forma, essa luta, se é que pode ser chamada disso, não representa mulheres negras em nenhum aspecto. Nosso rolê é outro!
O ator Colman Domingo, reconhecido por suas atuações marcantes em produções como “Euphoria” e “The Color Purple”, compartilhou detalhes sobre os desafios que enfrentou por conta do racismo enquanto buscava oportunidades na indústria do entretenimento. Em entrevista recente, ele afirmou que, segundo seu agente, foi rejeitado para um papel na série “Boardwalk Empire: O Império do Contrabando”, da HBO, porque não tinha a pele clara.
A revelação foi feita em entrevista para o jornal The New York Times, onde Domingo falou sobre uma experiência marcante durante um teste para a aclamada série da HBO, “Boardwalk Empire: O Império do Contrabando”, que estreou em 2010. Após sua indicação ao Tony pelo musical “The Scottsboro Boys” em 2014, Domingo estava confiante de que um papel na série mudaria o curso de sua carreira. “Este é o que vai mudar tudo para mim”, pensou o ator na época. “Este é o [papel] que finalmente será minha grande chance.”
O papel em questão era o de um maître de uma boate de propriedade de negros, para o qual Domingo se preparou meticulosamente, impressionando os produtores com suas habilidades de canto e dança ao comparecer ao teste vestindo um smoking. No entanto, o ator foi informado por seu agente sobre um obstáculo inesperado após o retorno do teste. Um pesquisador histórico do programa lembrou aos produtores que, historicamente, os maîtres dessas casas noturnas eram tipicamente de pele clara, ao passo que Domingo não se enquadrava nesse perfil. Consequentemente, a oportunidade foi negada ao ator.
“Foi quando perdi a cabeça”, disse. “Não aguento mais, acho que isso vai me matar.” Apesar disso, Colman Domingo, uma década depois, está em um estágio diferente de sua carreira. Com rumores de possível indicação ao Oscar por seu trabalho em “Rustin” da Netflix e seu papel proeminente no filme musical “The Color Purple”, ele adotou uma nova perspectiva em relação à indústria.
Hoje, ele se autodenomina um ator “apenas para oferta”. “Eu me tornei um ator ‘somente oferecido’, provavelmente antes do que a indústria pensava que eu deveria”, disse ele. “Mas decidi que tenho um corpo de trabalho. Você pode dar uma olhada, pode perguntar a outros diretores sobre mim e pode me fazer a oferta ou não.”
O laudo médico apontou que Ana Clara Benevides, fã de Taylor Swift que faleceu no dia 17 de novembro durante o primeiro dia de show da cantora no Brasil, teve exaustão térmica causada pelo calor. A jovem de 23 anos passou mal logo no início do show, que aconteceu no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, quando a sensação térmica na cidade chegou aos 59,3 graus. Ana clara chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
De acordo com informações divulgadas pelo jornal Bom Dia Rio, da TV Globo, a perícia concluiu que Ana Clara Benevides estava exposta a um calor extremo. A evolução clínica apontou: “exaustão térmica com choque cardiovascular, comprometimento grave dos pulmões e morte súbita”. A jovem teve uma hemorragia alveolar, que acontece quando há o rompimento dos vasos sanguíneos que irrigam os pulmões. Além disso, ela teve congestão polivisceral, quando vários órgãos ficam paralisados, pela exposição ao calor.
O caso foi registrado na 24ª DP (Piedade). A polícia vai intimar os responsáveis pela Time for Fun (T4F), empresa que organizou o evento, para depor no inquérito que investiga a morte de Ana Clara. A empresa terá que esclarecer quais cuidados foram tomados para amenizar o calor durante o show de Taylor Swift.
Para o jornal O Globo, a delegada Juliana Almeida, titular da 24ª DP, disse que o pai de Ana Clara, José Weiny Machado, relatou que a filha não tinha doenças preexistentes, ele também afirmou não ter conhecimento se a jovem tomava medicamentos.
Ana Clara Benevides morava em Rondonópolis, no Mato Grosso do Sul, onde era estudante de Psicologia da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), e tinha viajado para o Rio de Janeiro com uma amiga para assistir ao show da cantora norte-americana, de quem era fã. Ela desmaiou na segunda música, de acordo com o relato da amiga Daniele Melin: “Na segunda música ela simplesmente desmaiou. Aí tiramos ela com ajuda dos seguranças e corremos pro postinho de apoio no estádio, e lá eles atenderam ela, e encaminharam pra ambulância”, disse.
Ana Clara foi encaminhada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu. Mais de mil pessoas que foram ao show da artista passaram mal por causa do calor. Segundo matéria do jornal Valor Econômico, pessoas que foram ao show reclamaram que além de proibir a entrada com garrafas de água, havia escassez do recurso no evento.
Um dia após a morte da jovem, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou novas medidas para que o público pudesse levar água a shows e espetáculos. O ministro também afirmou que, por meio de portaria editada pela Secretaria do Consumidor: “empresas produtoras de espetáculos com alta exposição ao calor deverão disponibilizar água potável gratuita em ‘ilhas de hidratação’ de fácil acesso:. A medida passou a valer no ato do anúncio feito por Dino.
‘A Cor Púrpura‘ dominou as bilheterias nesta segunda-feira (25) e se tornou a maior estreia de um filme no dia de Natal desde 2009, superando ‘Sherlock Holmes‘, além de se tornar a segunda maior estreia no dia de Natal de todos os tempos.
O remake musical do clássico de 1985, superou as expectativas e arrecadou US$ 18 milhões em 3.152 cinemas norte-americanos, no primeiro dia em cartaz.
O longa também se manteve à frente de outros dois estreantes nesta segunda-feira: as cinebiografias ‘Ferrari‘ e ‘The Boys in the Boat‘. Com críticas positivas, ‘A Cor Púrpura’ também chama a atenção por ser o primeiro musical que faz sucesso nas bilheterias em pelo menos seis anos.
Dirigido por Blitz Bazawule e com produção de Oprah Winfrey e Steven Spielberg, a nova adaptação da obra de Alice Walker conta com diversas estrelas no elenco, como: Taraji P. Henson, Danielle Brooks, Colman Domingo, Halle Bailey, Fantasia, H.E.R., Ciara, Corey Hawkins e muito mais.
No Brasil, A Cor Púrpura estreia em 4 de janeiro. Veja o trailer:
Em meio às celebrações de Natal, um bordão pegou entre os brasileiros nas redes sociais: “Valeu, Natalina!“. Essa frase foi dita por uma criança, durante uma entrevista ao canal do YouTube do Diogo Defante, que viraliza na web desde 2019. Entretanto, em junho deste ano, a família do menino abriu um processo contra o humorista. Segundo o blog do Ancelmo Gois, no jornal O Globo, a família diz que Defante se apropriou da imagem do menino para “fins comerciais” e solicita o fim da veiculação do vídeo.
Na ação que corre na Justiça do estado do Rio de Janeiro, a mãe do menino, moradora de Duque de Caxias, pede que Defante seja condenado por danos morais e repasse o valor supostamente arrecadado com o vídeo para o filho.
“O bordão ‘Valeu, Natalina’ foi criado pelo jovem, que sem qualquer sombra de dúvida levou o réu a alcançar altos patamares, ficando o bordão muito conhecido nas redes sociais, entre os artistas e personalidades. Sendo assim, está evidente que o réu aproveitando-se da vulnerabilidade do jovem passou a auferir grandes lucros”, diz trecho da petição inicial.
Procurado pelo UOL, o Defante não se pronunciou sobre o caso, mas a assessoria informou que “os advogados de ambas as partes estão cientes e o caso está sendo decidido judicialmente”.
Lembre o meme
Em 2019, o humorista Defante entrevistou dois meninos que vendiam balas nas ruas do Rio de Janeiro, vestido com um gorro de Papai Noel, quando pediu para que um deles deixasse uma mensagem natalina aos telespectadores. Mas o jovem achou que “natalina” era uma pessoa, por isso respondeu com a frase que hoje faz sucesso na web: “Valeu, Natalina!”. O vídeo já foi reproduzido mais de 3 milhões de vezes no canal do YouTube.
A segunda instância da Justiça do Rio de Janeiro decidiu que a atriz Cacau Protásio será compensada com uma indenização de R$ 80 mil devido aos ataques e insultos racistas e gordofóbicos que recebeu durante as filmagens de um longa-metragem em um quartel do Corpo de Bombeiros, em 2019, localizado no Centro do Rio de Janeiro. A informação é do blog Ancelmo Gois, do O Globo.
Na decisão, a desembargadora Ana Cristina Nacif Dib Miguel afirmou que o Estado é responsável pelas ações de seus funcionários. A magistrada ainda ressaltou a gravidade das ofensas e a ampla repercussão do caso. Áudios e vídeos circularam a internet com ofensas direcionadas à Cacau. Dois agentes responsáveis pelas ofensas foram punidos.
À época, Cacau lamentou o ocorrido. “Existem pessoas que estão me agredindo, me xingando. Eu sou negra, gorda, sou atriz e tenho orgulho de tudo isso. Agradeço a Deus todos os dias, quem me conhece sabe, mas eu acho isso uma falta de respeito“, disse ela. “Eu conto história, conto ficção. Eu não mereço ser agredida. Assim como ninguém merece”. O Corpo de Bombeiros também afirmou que não compactua com qualquer ato discriminatório.
Na CNN Brasil desde meados de 2019, a jornalista Luciana Barreto anunciou nesta terça-feira, 26, sua saída da emissora. Em uma publicação nas redes sociais, ela compartilhou um vídeo com imagens suas ao lado de pessoas com quem trabalhou e entrevistou ao longo de pouco mais de quatro anos e escreveu uma mensagem de despedida na legenda: “Um pouquinho de vivências nesta casa que me abrigou nos últimos anos. Vivências nunca se vão! Adeus, @cnnbrasil“.
Para o Mundo Negro, Barreto afirmou à jornalista Silvia Nascimento: “estou voltando para minha cidade, para minha filha, que precisa muito de mim, e para minha família e amigos”, contou a jornalista, que também fará uma viagem para os Estados Unidos com objetivo de estudar: “E na volta, novo ciclo!”, destacou.
Na CNN Brasil, Luciana Barreto assumiu como âncora do Jornal da CNN, transmitido diariamente pela emissora. A jornalista chamou a atenção da audiência ao noticiar, com lágrimas nos olhos, a morte de George Floyd, morto por um policial nos Estados Unidos, que aconteceu em 2020 durante a pandemia do Coronavírus e desencadeou uma série de protestos no mundo inteiro contra o racismo. A jornalista destacou que este foi o momento que marcou seu trabalho na emissora: “George Floyd, com certeza! Existe um olhar sobre problemas raciais antes e depois de George Floyd”, disse.
Antes de ser contratada pela CNN Brasil, Luciana Barreto havia trabalho por 14 anos na TV Brasil e acumulava prêmios pelas reportagens com foco na comunidade negra. Na CNN, ela também apresentava o podcast ‘Entre Vozes’, programa especializado em temas como questões de classe, gênero, raça e tantas outras.
A jornalista também foi vítimas de ataques racistas na internet: “Sofri muitos ataques de ódio ao longo dos anos. Sofri muito com discursos racistas desde o dia em que fui anunciada na CNN, em 25 de julho de 2019, dia da Mulher Negra. Entendi, no entanto, o quanto o espaço podia ser uma vitrine para dar visibilidade a esta parte triste do Brasil que muita gente fingia não ver”, contou a jornalista que lançou o livro “Discursos de Ódio Contra Negros nas Redes Sociais”, no início de dezembro.
O rapper Kanye West reativou sua conta no Instagram nesta terça-feira (26) para pedir desculpas pelos seus comentários antissemitas. Após uma série de polêmicas envolvendo o povo judeu, Kanye se manifestou pela primeira vez, através de um texto em hebraico.
“Peço sinceras desculpas à comunidade judaica por qualquer explosão não intencional causada por minhas palavras ou ações. Não era minha intenção magoar ou rebaixar, e lamento profundamente qualquer dor que possa ter causado”, disse o rapper. “Estou empenhado em começar por mim mesmo e aprender com esta experiência para garantir maior sensibilidade e compreensão no futuro. Seu perdão é importante para mim e estou empenhado em fazer as pazes e promover a unidade”, finalizou.
Em outubro do ano passado, a Adidas encerrou a colaboração bilionária com West após os comentários antissemitas do rapper. “Após um estudo aprofundado, a empresa tomou a decisão de encerrar imediatamente a colaboração com Ye”, disse a empresa alemã. “A Adidas não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio. Os comentários e ações recentes de Ye foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça”, disse o comunicado à época.
Comentários antissemitas
Em outubro de 2022, Kanye teve suas contas nas redes sociais suspenas após publicações consideradas antissemitas. A publicação original de Kanye West no Twitter dizia: “Estou um pouco sonolento esta noite, mas quando eu acordar vou morrer com 3 On JEWISH PEOPLE”. O termo “3 On” seria uma referência a DEFCON, um estado de alerta usado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos que indica prontidão para a guerra.