Sabe aquela memória nostálgica de vó, em que as nossas mais velhas mantinham reunidas as famílias em volta da mesa numa tarde de domingo com conversas atravessadas e música brasileira tocando de fundo? Esse é o cenário perfeito para o chef Lucas Abreu, cria de Guadalupe, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Atualmente ele está na Casa Crespa, conhecida como quilombo urbano em São Paulo, para participar da Residência Gastronômica, levando a gastronomia Afrodiaspórica e Caipira para mesa. No próximo domingo, 26 de novembro, a partir das 13h, o chef Lucas servirá a sua tradicional feijoada completa e vegana. (Clique aqui para comprar os ingressos)
Para o cozinheiro observar de perto os seus avós cozinhar foi decisivo para sua escolha profissional. “Enquanto homem negro, periférico, Chef de cozinha e pesquisador de culturas alimentares, tenho sido influenciado pela cultura caipira e afrodiaspórica, honrando principalmente a alimentação do nosso povo”.
Foto: Divulgação
Lucas carrega o legado de ser o primeiro chef negro a chefiar um restaurante na cidade São João Del Rei, no Restaurante e Bar Cura, onde instalou uma cozinha orientada a alimentação afrodiaspórica priorizando a contratação de cozinheiras pretas. “Enquanto pesquisador da comida caipira e afrodiaspórica, tenho como principal objetivo colocar na mesa as influências alimentares que estão vivas na minha trajetória”.
O chef acredita em uma gastronomia afetiva, nutritiva e sem desperdícios. Para ele, a alimentação afrodiaspórica remete à experiências sensoriais, às memórias e às histórias narradas pelas pessoas mais velhas que abriram caminhos para que o Chef acesse diferentes territórios, cheiros, aromas, paladares, texturas e sabores e técnicas criados por pessoas negras, as quais absorveu em sua prática gastronômica.
O jovem cozinheiro reforça: “Minha cozinha é afetiva, ancestral e contemporânea. Afetiva porque remete às memórias da minha criação. Ancestral porque honra os meus mais velhos, além dos agricultores que fui encontrando pelo caminho. Contemporânea porque dialoga com técnicas e preparos modernos, respeitando as bases da cozinha caipira do prato”.
Foto: Divulgação
Serviço:
Residência Gastronômica com Chef Lucas Abreu
Endereço: R Catulo da Paixão Cearense, 216 – próximo do Metrô Saúde (Linha Azul)
A realização do Cortejo Durbar marcou a inauguração da Casa de Gana, no dia 20 de novembro, em Salvador. O local foi criado por uma iniciativa da Embaixada de Gana no Brasil, em parceria com a prefeitura, através da Secretaria de Cultura da cidade. O local busca fortalecer e criar novos laços de intercâmbio cultural entre África-Bahia, desmistificando estereótipos e apresentando histórias e tradições desconhecidas Gana.
Durante o evento foi realizada a apresentação da Fontomfrom de Shebre, uma dança africana que dá as boas-vindas a chefes e autoridades. Além disso, cerca de 30 artistas de Gana e 20 lideranças acompanharam o cortejo que passou pelas ruas do Pelourinho, onde a casa está instalada, e contou com a presença da embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia.
Com uma programação que vai até sexta-feira, 24, das 10h às 22h, os eventos realizados na casa são gratuitos e incluem música, dança, literatura, culinária, artesanato e debates, como o show da cantora Wiyaala, conhecida como A Jovem Leoa Africana, que acontece na noite desta quinta e a apresentação do DJ Sankofa, programado para sexta-feira, 24.
O projeto, instalado em Salvador no contexto da Salvador Capital Afro, tem curadoria do estilista Luiz Delaja, nascido no Brasil e educado na África Central e Ocidental. “Como criativo, procuro dar novos significados e usos ao que é considerado artesanal, de África, e elevá-lo a uma interpretação contemporânea, da decoração à comida. Todos os sentidos devem ser estimulados; portanto, cada pessoa leva consigo alguma experiência e percepção única e/ou diferente do evento.”, contou ele.
A casa tem programação temporária, mas o objetivo é que o projeto seja um centro cultural fixo no Pelourinho. “Além de eventos, os planos incluem um restaurante, bem como diversos cursos sobre temas e fazeres ganenses. A expectativa é de que também sirva como ponto de referência para os ganeses que viajam pelo Brasil, não apenas como um sentimento de orgulho, mas como um sentimento de conexão com nossos antepassados que caminharam, trabalharam e viveram seus dias em Salvador”, afirmou Delaja.
Hoje, 23 de novembro, é o dia da grande estreia de ‘Ó, Paí Ó 2’, nos cinemas brasileiros, estrelado por Lázaro Ramos. Mais de 15 anos após o lançamento do primeiro filme, o público agora poderá reviver os personagens super queridos do Brasil. Nesta sequência, com muita nostalgia e evolução com os personagens, o empoderamento negro feminino se faz muito presente, além do orgulho LGBTQIAPN+ e a sensiblidade ao se referenciar às religiões de matriz africana, refletem os atores do Bando de Teatro Olodum, em entrevista com o Mundo Negro.
“Um filme que é dirigido por uma mulher e com uma equipe feminina, mulheres pretas, em sua grande maioria, então, já começa por aí essa dinâmica do empoderamento, do fortalecimento feminino preto”, diz Valdinéia Soriano (Maria). “Acho que Maria dá uma repaginada. Diante desses 15 anos, agora ela não está grávida, agora tem dois filhos adolescentes. Ela é um fortalecimento diante de tudo, até porque o Reginaldo (Érico Brás) que a gente conhece mudou pouco e sempre recorre à Maria para tomar decisão final, então ela volta mais fortalecida. Foi uma coisa que a gente discutiu muito, como rever essas mulheres todas, hoje dentro do Pelourinho?”, completa.
Para Jorge Washington (Matias), as personagens do filme refletem em como são as próprias mulheres do Bando de Teatro Olodum. “As mulheres conquistaram esse empoderamento, esse lugar de destaque. O Bando sempre foi uma companhia de teatro que o poder feminino ele se sobrepõe a todos os poderes. As mulheres do Bando sempre foram muito fortes e ele aparece nesse filme com muita força por essa junção de tudo que está sendo posto pela sociedade hoje em dia”.
Bastidores de ‘Ó, Paí Ó 2’ (Foto: Joshu Santos)
Já Cássia Valle (Mãe Raimunda), fala sobre a evolução espiritual da personagem no filme. “Nós somos representantes de uma classe, não é só de uma vidente ou uma baiana do acarajé. Aquela Raimunda de 15 anos atrás meio que negava esses poderes especiais que ela poderia ter. E agora ela passa a entender e não negar mais, [mas também] estamos falando ali de sustentabilidade. E em Salvador, a gente tem muitas famílias que criam seus filhos pelas suas vidências, são cartomantes, tem a sua religião. E a gente quer mostrar que agora, 15 anos depois, tem um outro olhar, um olhar muito mais respeitoso com as questões religiosas”, conta empolgada.
Com o fim trágico do primeiro filme, Luciana Souza mergulha em cenas comoventes com a personagem Joana que luta para superar a morte de seus filhos. “Eu acho que a Joana agora fez uma curva diferente, até para poder tirar um pouco dessa carga dramática que fica impregnada. Eu ouço muitas pessoas dizer ‘aquela cena final do Ó, Paí Ó, como dói o coração’, e dói a mim também. Quando eu tenho a oportunidade de assistir novamente, eu até saio naquele momento. Ela entra numa depressão, que é pesado, mas eu acho que essa continuidade deu uma certa aliviada para ela. Acho que para frente a gente possibilita também ter outros desdobramentos, porque a gente sabe que a vida finda para alguns, mas a vida tem continuidade em outro lugar e com outras pessoas, então eu acho que ela aponta também para esse caminho”, diz a atriz.
Em uma das cenas marcantes de ‘Ó, Paí Ó’, o filme também garantiu uma homenagem à atriz Auristela Sá, que faleceu em 2013, em decorrência de um câncer. Ela interpretou a Carmem, irmã de Psilene, interpretada por Dira Paes.
Auristela Sá, Dira Paes e Tânia Toko no primeiro filme (Foto: Divulgação)
“Para mim, foi uma homenagem cinematográfica, à altura da Auristela. Foi linda e verdadeira. A gente teve a oportunidade de fazer duas vezes uma homenagem para ela e eu acho que isso engrandece a memória de uma atriz, de uma pessoa que vai ficar gravada para sempre. Auristela ficou para sempre. E eu acho que isso é um mérito do Bando [de Teatro Olodum] de ter a força de continuar unido, apesar das perdas ao longo do caminho. E eu acho que a Auristela também proporcionou para a gente esse momento de reflexão dentro da ficção misturada com a realidade desse documento”, diz Dira Paes.
Ex-atriz do Bando, Tânia Tôko (Neuzão), lamentou o falecimento de Auristela. “Eu acho que é um momento muito importante para o grupo ao se deparar pela primeira vez que alguém do grupo nos deixou. Ela era uma fortaleza muito grande, porque, além de ser atriz, ela também conduzia com Valdinéia, com Jorge, com Cássia, com o grupo, enquanto produtora. Então, acredito que essa relação que ela conseguiu estabelecer com o grupo, em relação à amizade de trabalho, foi uma relação que, certamente, é uma grande falta”. E completa: “essa virada de ciclo não deixa de ser positiva também, enquanto a autonomia que o Bando cria, ao se perceber que a gente tem que continuar”.
‘Ó, Paí Ó 2’ estreou oficialmente hoje, mas já é um sucesso. Com pré-estreias pagas no último final de semana em Salvador, o filme ficou em primeiro lugar nos cinemas da capital baiana. Apenas no sábado e domingo, levou teve mais de 10 mil espectadores e arrecadou R$222 mil.
Prevista para estrear em janeiro deste ano, o remake da novela ‘Renascer’ terá entre os personagens principais a atriz Duda Santos, 22, que vai interpretar a personagem Maria Santa, também conhecida como Santinha na primeira fase do folhetim e que foi interpretada por Patrícia França na primeira versão que foi transmitida em 1993. Duda deu vida à Isa, na novela Travessia, que teve seu último capítulo transmitido em maio deste ano.
“É de muito alegria contar a história de Maria Santa. Tenho sido feliz nesse trabalho como nunca fui antes. Aprendizados e relações pra toda vida. Eu estava esperando por Maria Santa”, contou a atriz, que chegou a fazer cinco testes, sozinha e com outros atores, para então ser escalada para o papel. “Fiz com a gigantesca Belize Pombal que dará vida à Quitéria, minha mãe, e fiz também com o Humberto Carrão, meu grande amigo e grande ator”, revelou.
José Inocêncio e Maria Santa ‘Santinha’, vividos por Humberto Carrão e Duda Santos – Foto: Globo/Fábio Rocha
Duda Santos fará par romântico com o personagem do ator Humberto Carrão, que interpretará José Inocêncio também na primeira fase da novela. “Estamos fazendo um trabalho com muito amor e dedicação. Muita gente legal e dedicada pra reescrever essa história”, contou ela em entrevista para o Gshow.
A atriz de 22 anos teve que assistir ao remake de Renascer no streaming, já que não era nascida quando a primeira versão foi ao ar: “Assisti a primeira versão. Uma novela linda e cheia de amor. Confesso que não conseguia parar de assistir”, disse.
Em maio deste ano, Duda se despediu de sua personagem Isa, da novela Travessia, que também foi ao ar no horário das 21h. Sua personagem era filha da advogada Laís (Indira Nascimento) e do professor Monteiro (Ailton Graça).
Na novela Renascer, Maria Santa, também conhecida como Santinha é filha de Quitéria (Belize Pombal) e de Venâncio (Fabio Lago), um homem conservador que mantêm um cuidado excessivo sobre a filha. Um dia, quando a jovem sai de casa, sem autorização, para acompanhar a tradicional festa do Bumba Meu Boi, conhece José Inocêncio, por quem se apaixona.
A jovem é abandonada pelos pais por acreditar estar grávida do Coronel e a acusam de estar vivendo em pecado. Ela acaba sendo acolhida por Jacutinga (Juliana Paes), que fará o parto dos quatro filhos que a moça terá, vividos por: José Augusto (Renan Monteiro), José Bento (Marcello Melo Jr), José Venâncio (Rodrigo Simas) e de João Pedro (Juan Paiva).
Santinha morre depois de dar a luz ao filho caçula.
O ator Jamie Foxx, 55, está sendo processado por importunação sexual contra uma mulher, segundo informações divulgadas pelo site TMZ na noite da última quarta-feira (22). Segundo o site, o crime teria ocorrido em 2015.
De acordo com o processo movido pela vítima, ela e uma amiga estavam sentadas em uma mesa no Cath NYC & Roof, em Nova York, próximas de Jamie Foxx e do dono do bar, Mark Birnbaum. A amiga dela pediu para tirar uma foto com o ator, que concordou e tirou inúmeras fotos.
A vítima conta que Foxx começou a fazer elogios dizendo “Uau, você tem aquele corpo de supermodelo” e “Você cheira tão bem”. Ele ainda teria dito que a mulher se parecia com a atriz Gabrielle Union. O ator teria levado a mulher à força para um local isolado e, sem o consentimento dela, apalpou sua cintura e seios, e tocou em sua região genital. Ela conta que após o episódio ficou com ferimentos e teve que buscar tratamento médico.
O processo também relata que um segurança testemunhou do local testemunhou o momento em que Foxx apalpou a mulher, mas não interferiu na ação violenta. Até que a amiga dela se aproximou e o ator foi embora do local.
A ação contra Jamie Foxx descreve que a mulher busca indenização pela dor e sofrimento emocional, além da ansiedade e humilhação que passou no dia da agressão. Além de Foxx, o dono do bar também é citado como réu, por ter permitido o ataque e por não supervisionar adequadamente seus funcionários.
O processo contra o ator está entre as ações movidas sob a Lei de Sobreviventes Adultos de Nova York, que abriu uma janela de tempo de um ano para que as vítimas de agressão sexual possam registrar acusações que já teriam prescrevido na justiça.
O meio digital e as suas diversas possibilidades de empreender, foi tema principal de um encontro que aconteceu na terça-feira, 21, durante o último dia do Festival Afrofuturismo, em Salvador. O painel, voltado para área de tecnologia e inovação teve como tema: “Criadores de conteúdo e Afroempreendedorismo” e foi apresentado por Flávia Paixão, Rafa Xavier e Samyra Priscila, três empreendedoras pretas que movem os seus negócios dentro e fora de plataformas digitais. Mediado pela gerente de parcerias do YouTube Brasil, Luana Nazaré, o encontro, que aconteceu no Museu da Energia no Pelourinho.
O diálogo foi iniciado com uma breve apresentação das palestrantes que falaram dos seus currículos, negócios, e vivências no meio digital. Flávia Paixão é administradora, especialista em gestão de negócios em marketing digital e criadora do canal “Empreender com Paixão” no YouTube, onde ensina para mais de 100 mil inscritos, sobre gestão de negócios de forma leve e objetiva. “Transformo paixões em negócios de sucesso”, diz Flávia com entusiasmo.
Historiadora por formação, Rafa Xavier é trancista, dona de empreendimentos em Belo Horizonte, de onde é natural, e tem um canal onde trata sobre empreendedorismo negro para profissionais que são da área da estética afro capilar. A Rafa é responsável por um salão de beleza especializado em tranças e cursos de tranças, e um SPA, especializado em noivas negras. “Estamos fazendo um movimento de potencializar outras mulheres, que também estão trabalhando com o empreendedorismo negro”, ressalta ela ao falar sobre as suas contribuições para o afroempreendedorismo.
Samyra Priscila também é criadora de conteúdo e atualmente é dona de uma loja online onde comercializa cabelos orgânicos. “Eu sou da época que não existiam produtos nacionais para mulheres negras, então eu tinha que fazer gambiarras. Sempre que eu achava algum produto que dava certo nosso tom de pele, eu ia e fazia vídeo no canal, gravava resenha. Então o meu conteúdo é voltado para esse universo da beleza”, esclarece Samyra, que ainda cita sobre o curso que ministra sobre maquiagem, onde repassa técnicas e conteúdos que vão do básico ao avançado.
Um ponto alto do diálogo foi quando as palestrantes citaram as motivações de cada uma em seguir no meio digital. Em todas as falas foi possível perceber a importância do repasse do conhecimento para outras pessoas, e as plataformas digitais como facilitadoras de todo o processo. Elas trouxeram falas sobre habilidades transferíveis e sobre como funciona a procura pelo tipo de conteúdo veiculado por elas, que quase sempre ocorre pela necessidade real das pessoas. “Compartilhar a nossa história sempre é muito importante, principalmente quando a gente vê, no caso desta plateia, o brilho em cada olhar. É sobre inspirar e orientar, não é só olhar o que fizemos, mas também, olhar o que a gente consegue fazer quando a gente se movimenta, quando a gente está junto.”, reforça Flávia Paixão.
A roda de conversa foi se encaminhando para o final, após algumas reflexões sobre como o meio digital está intrinsecamente ligado ao empreendedorismo. Em outro momento, foram feitas algumas perguntas à plateia que respondeu sobre quem estava empreendendo e quem seguia também utilizando o meio digital. A fala foi aberta para alguns participantes da plateia que tiraram dúvidas e agradeceram pela troca de experiências.
“E essa troca, esse movimento, o evento em si, é para dar essa energizada, né? O que eu estou fazendo aqui no Museu da Energia é para a gente. Para que a gente entre e continue nesse movimento, para realizar os nossos sonhos, para se conectar com a nossa comunidade e mostrar que a gente precisa, sim, chegar mais longe”, comenta Flávia Paixão sobre a sua participação no painel.
Segundo Rafa Xavier, poder falar com pessoas negras que também estão procurando por estratégias de negócios é super importante. “Tudo isso se torna uma base de fortalecimento para as potências que a gente já tem”, reforça ela.
“Querer ter algo diferente, diferente do que a minha família pôde, sabe? Eu pude criar oportunidades para mim, para minha família, acho que essa foi uma das minhas maiores motivações”, diz Samyra Priscila, sobre as suas motivações no meio digital como afroempreendedora. Segundo ela, eventos como esse são importantes, pois há uma identificação nas histórias relatadas. “Às vezes a gente está passando por processos que a gente não sabe como superar, mas tem outras pessoas que já passaram também. Então, acho que esse evento é muito importante por isso, devido à troca de conhecimento e da identificação”, conclui.
O Festival é realizado pelo Vale do Dendê como parte da programação do Salvador Capital Afro.
A cantora britânica Leigh-Anne está apaixonada pelo Brasil. Após realizar uma super apresentação surpresa ao lado de IZA no AFROPUNK Bahia, a estrela está curtindo e celebrando o carinho dos brasileiros. “Que viagem incrível. Há três anos vim para o Brasil e isso mudou minha vida. Três anos depois, estou me apresentando no palco com o ícone que é IZA, na frente de milhares de pessoas. Num palco que celebra artistas negros! Estou impressionada“, destacou Anne ao compartilhar imagens em Salvador.
MEU AMOR, MEU AMOR… what a trip! 😍😍😍 Three years ago I came to Brazil and it changed my life. Fast forward three years and I'm performing on stage with the icon that is @IzaReal in front of thousands of people. On a stage @afropunkbahia that celebrates black artists! I'm… pic.twitter.com/16mZBQsW2M
A publicação de Leigh-Anne foi compartilhada por IZA, que também celebrou. “Foi um prazer ter você no palco comigo! Volte logo”, declarou a brasileira. No palco do AFROPUNK Bahia, elas cantaram ‘My Love’ e ‘Meu Talismã’.
Em 2021, durante sua primeira passagem pelo Brasil, Leigh-Anne ficou impressionada com o público negro. “Tinha tantas pessoas negras na plateia. Eu nunca havia sentido tanto amor. Me senti aceita”, destacou ela, que ganhou destaque como membro do grupo feminino Little Mix, formado durante a oitava temporada do programa de talentos britânico “The X Factor” em 2011.
Além de suas realizações na música, Anne também se destacou como uma defensora ativa da igualdade racial e social. Em 2020, ela usou sua plataforma para falar abertamente sobre sua experiência como mulher negra no cenário musical e para destacar questões de discriminação racial.
Lauryn Hill precisou adiar a turnê de 25 anos do seu álbum‘The Miseducation of Lauryn Hill‘, mais uma vez. A artista revelou que foi diagnosticada com uma forte tensão vocal. “Gostaria de começar dizendo o quanto gostei de estar na estrada e o quanto aprecio todos os fãs que vieram para comemorar este incrível aniversário marcante e o reencontro que fez história conosco. Ser capaz de fazer uma turnê com este álbum para multidões esgotadas depois de 25 anos foi uma experiência emocionante!“, publicou Hill em uma postagem no Instagram acompanhada de imagens dela se esforçando para uma performance do sucesso “Ex-Factor”, com sua voz audivelmente rouca e áspera.
De acordo com um comunicado de seu porta-voz, Hill está sofrendo os efeitos colaterais do uso noturno do esteróide prednisona, indicado para tratar seu problema vocal. De acordo com a nota, os efeitos colaterais comuns do uso de prednisona incluem tontura, batimento cardíaco irregular, dores de cabeça, irritabilidade, respiração ofegante, falta de ar e dificuldade para respirar.
Hill abordou essas consequências não intencionais na postagem. “Como muitos de vocês devem saber, tenho lutado contra uma séria tensão vocal no último mês. Passei por cada programa tomando prednisona prescrita, mas isso pode ser prejudicial ao corpo quando tomado em grandes quantidades por longos períodos de tempo”, escreveu ela. “Para evitar qualquer efeito negativo a longo prazo na minha voz e no meu corpo, preciso de uma folga para permitir uma recuperação vocal real e poder interromper completamente a medicação.”
As datas da turnê ‘The Miseducation of Lauryn Hill‘, que estavam agendadas para 2023 foram adiadas para 2024.
A potência da presença afro-brasileira na criação artística do país é celebrada no documentário “Tenho Fé”, que estreia nesta quinta-feira, 23 de novembro, no Mês da Consciência Negra. O documentário acompanha a jornada de artistas que celebram os orixás e a ancestralidade em suas obras, a fim de propor uma reflexão sobre o universo de culturas afro-diaspóricas. Os temas transitam entre o sagrado e o ancestral, pondo em emergência cotidiana no combate ao racismo e à intolerância religiosa. Com uma linguagem direta e simples, a produção é indicada para todos os públicos, independentemente de suas crenças.
De antropólogos do carnaval até sacerdotes, as encruzilhadas artísticas apresentam um amplo panorama da chamada “arte afro-brasileira”. Entre um vasto acervo de criadores e estudiosos, participam no documentário: o dramaturgo Rodrigo França; o antropólogo e Babalorixá Rodney William; os professores Babalawò Ivanir dos Santos e Helena Theodoro; o pastor Henrique Vieira; a coreógrafa Valéria Monã; a chef de cozinha Dadá; entre outros. O documentário foi apresentado na 47º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
As câmeras passeiam por palcos de teatros, shows, desfiles de moda, convenções de quadrinhos e até festas populares, como as festas de São Jorge e Iemanjá. O objetivo é entender de forma descomplicada a mitologia dos Orixás e, sobretudo, compreender questões que nos motivam, nos angustiam e nos movem.
“O filme é uma grande interseção de talentos artísticos. Nossas câmeras acompanharam a jornada de artistas movidos pela fé nos orixás e pela ancestralidade. Visitamos do desfile icônico de Exu da GRES Grande Rio até a presença de Orixás como heróis em convenções de HQs, para entender a importância da contribuição afro-brasileira na formação da identidade nacional. O filme é sobretudo, um manifesto contra o racismo religioso”, afirma o diretor Rian Córdova.
“Como mulher de terreiro, preta e periférica digo:´Sinto, logo sou!. O filme, Tenho Fé, proporcionou a representatividade explícita de minha vida sagrada como sempre sonhei. Nós falando de, e, sobre nós. Motumbá”, diz Conceição Gomes, da Curadoria de Conteúdo.
Uma jovem de 18 anos, moradora de Nilópolis, no Rio de Janeiro, teve uma surpresa durante um exame de ultrassom. Sara Campos da Silva precisou fazer o exame para acompanhar a gravidez e passou mal ao descobrir que está esperando cinco filhos.
O video que mostra a reação de Sara quando o médico identifica as cinco crianças foi compartilhado em uma reportagem da TV Globo. No áudio, é possível ouvir o diálogo entre o médico, a paciente e a mãe da garota:
Médico: Está vendo aqui? É outro coração.
Mãe de Sara: É mesmo? Meu Deus, dois….
Médico: Sério. Isso se não forem três, estou achando que são três.
Sara: Não moço, não.
Médico: Três, quatro
Sara: Está me dando falta de ar, mãe.
🚨VEJA! Jovem descobre que está grávida de quíntuplos e passa mal durante a ultrassom. pic.twitter.com/45byNQNQIt
Surpresa, a jovem afirma que passou mal durante o exame: “Quando o médico falou que era um, depois dois, no terceiro eu já estava passando mal. No quinto, não o ouvi falar”, contou em entrevista. Ela contou estar preocupada com o parto dos bebês: “Minha maior preocupação é o parto. Não sei como vai ser. Geralmente é uma gestação menor, mas eu estou preocupada”, disse.
O soldado da aeronáutica, Renan Alves de Oliveira, pai dos bebês, contou que também passou mal ao se surpreender com a novidade: “Quando o médico falou que eram dois corações batendo, eu saí da sala. Quando voltei, o médico disse que tinha cinco. Aí que saí da sala mesmo e comecei a chorar, passar mal, minha pressão foi lá em cima”.
O obstetra Rogério Gama afirmou que uma gestação como esta é extremamente rara, considerando que “em média um parto a cada 60 milhões são de quíntuplos em um saco gestacional só”. A jovem precisará de acompanhamento especializado durante o processo.
De acordo com a reportagem da TV Globo, a genética familiar de Renan pode explicar a gravidez de quíntuplos acontecer de forma natural. Duas de suas irmãs são mães de gêmeos, uma prima e um tio dele também.
“Na hora que eu estava gravando, eu estava feliz sim, mas meu sorriso foi de nervoso. Vocês não têm noção do quanto eu estava nervosa naquela hora”, disse Claudia Maria Campos da Silva, mãe de Sara, em entrevista. Ela acompanhava a filha durante o exame.
Para compartilhar a rotina da gravidez, a família criou um perfil nas redes sociais. Sara também afirmou ser sortuda: “Sou sortuda por ter cinco crianças dentro de mim”, disse.
Como Sara, que é estudante do ensino médio, ainda mora com a família, eles estão pensando em se mudar para um espaço maior para caber todos e fizeram uma vaquinha para receber ajuda financeira: https://www.vakinha.com.br/4240913.