A atriz Viola Davis e seu marido e também ator, Julius Tennon, estão entrando para o universo editorial com o lançamento da JVL Media, uma nova editora de livros destinada a amplificar as vozes muitas vezes esquecidas na indústria literária.
Liderando o projeto ao lado de Davis e Tennon está Lavaille Lavette, uma autora e editora de renome nos Estados Unidos. Juntos, eles planejam oferecer uma plataforma para autores cujas perspectivas muitas vezes não recebem o reconhecimento devido. “Este esforço incorpora a nossa aspiração coletiva – defender e elevar vozes que ressoam com autenticidade e são muitas vezes esquecidas. Nossa missão é entrelaçar um rico mosaico de ficção e não-ficção que não apenas desperte a imaginação, mas também venere a herança duradoura de contadores de histórias de diversas esferas da vida”, afirmou Viola Davis em comunicado enviado para o The Hollywood Reporter.
Os primeiros títulos a serem lançados pela JVL Media abrangem uma variedade de gêneros, desde não-ficção a ficção. Destaques incluem “Had to Lose to Win: The Tiki Davis Story”, escrito pelo popular palestrante motivacional Tiki Davis, e “The Inclusion Leader Genius”, do Dr. -, entre outros. Além disso, a JVL Media também está comprometida em ampliar sua oferta para incluir livros infantis e para jovens adultos a partir de 2025, visando impactar positivamente as gerações futuras.
Com títulos como “New Hope”, de Tanya Wright, e “Black States of America”, uma obra de ficção científica de DE Rogers que reimagina a história dos negros americanos, a JVL Media promete ser um farol para narrativas inclusivas e inspiradoras.
O casal é dono da JuVee Productions, produtora responsável por trabalhos expressivos no mundo do cinema e das séries, como o filme ‘A Mulher Rei’, e a série How to Get Away With Murder da ABC, ambas protagonizadas por Viola Davis.
O chef João Diamante recebeu o título de melhor projeto social do mundo pelo The 50 Best World Restaurants, por criar oportunidades culinárias e de empreendedorismo para jovens em situação de vulnerabilidade que vivem em favelas do Rio de Janeiro por meio da sua empresa social Diamantes na Cozinha.
The 50 Best World Restaurants anunciou hoje, 25 de abril, os seus Campeões da Mudança, vencedores de 2024, considerados os heróis da hospitalidade na vanguarda da ação positiva e do progresso a longo prazo dentro da indústria e de suas comunidades locais.
“Ser nomeado Campeão da Mudança é um grande elogio e estou grato pela valorização do nosso trabalho. Este projeto foi iniciado para ajudar uma pessoa em situação de dificuldade social vulnerabilidade no Rio no caminho para um futuro melhor e estou orgulhoso de poder compartilhar isso com uma audiência global. Quando eu agradeço e digo que estou feliz, inclui, sobretudo receber esse reconhecimento na mesma edição que a melhor chef brasileira mulher do mundo, Janaina Torres, pessoa que admiro muito e tenho como grande referência”, celebra o chef João Diamante.
Depois de crescer em uma favela, Diamante se beneficiou de programas sociais quando adolescente antes de ingressar na Marinha do Brasil, onde começou a trabalhar como auxiliar de cozinha. Depois de cinco anos subindo na cozinha, frequentou a faculdade de gastronomia antes de trabalhar em Paris com Alain Ducasse.
No entanto, ele decidiu voltar ao Rio para ajudar outras pessoas e fundou o Diamantes na Cozinha em 2016, beneficiando mais de 3.000 pessoas desde então. O chef acredita apaixonadamente que os adolescentes das favelas precisam de oportunidades e ao matricular-se em seus cursos, ele não está apenas ajudando pessoas que estão em situações de pobreza, mas ajuda a melhorar a economia brasileira.
Diamantes na Cozinha está criando uma nova geração de talentos através de cursos que abrangem hotelaria, culinária, antropologia alimentar e preparação de coquetéis. Desde o seu pequeno início num espaço minúsculo que tinha com turmas em rodízio, hoje atende até 100 alunos em cursos semestrais.
“Gostaria de dedicar também este prêmio a todos projetos sociais que utilizam a gastronomia para impactar o mundo, em especial os brasileiros: Gastromotiva, Escola Ivens Dias Branco, Gastronomia Periférica,Chef Aprendiz, Favela Orgânica e ao Maré de Sabores, juntos formamos um impacto gigantesco com a educação, gerando renda e empregabilidade, sobretudo dignidade através do conhecimento”, cita João Diamante.
O Diamantes na Cozinha já tem previsão de novas turmas para Hospitalidade. O link de inscrição sairá dia 01 de maio nas redes sociais: @diamantesnacozinha@joaodiamante, junto com todas as informações. Serão 30 vagas disponíveis.
Na quarta-feira, 24, o ministro Luís Roberto barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que acompanhará, por meio do Núcleo de Processos Estruturais Complexos da Corte (NUPEC/STF), de perto a implementação do uso de câmeras corporais em operações policiais no estado de São Paulo. Além disso, o tribunal ficará responsável por avaliar pedidos de descumprimento dessa decisão.
A medida foi tomada após um pedido da Defensoria Pública de São Paulo, que buscava garantir o uso obrigatório das câmeras por agentes de segurança em operações como Escudo, realizada no final de 2023, e Verão, que aconteceu no início deste ano, ambas realizadas recentemente na Baixada Santista. Dados mostram que a operação Verão, que durou de 18 de dezembro de 2023 a 1º de abril deste ano, foi 60,7% mais letal que a Escudo.
O Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria, juntamente com a Conectas Direitos Humanos, ingressou com uma ação civil pública solicitando o uso obrigatório de câmeras corporais por agentes de segurança nessas operações. A liminar favorável concedida em primeira instância foi suspensa pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) após um pedido da Fazenda Pública Estadual. Diante disso, a Defensoria Pública levou o caso à presidência do STF em dezembro de 2023, buscando reverter a decisão do TJSP. No entanto, o pedido foi inicialmente negado sob o argumento de que a questão ainda estava em discussão nas instâncias ordinárias.
Com a retomada das operações na Baixada Santista e o aumento da letalidade policial, as coordenadoras do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos, Fernanda Balera, Cecília Ferreira e Surrailly Youssef, apresentaram um pedido de reconsideração à presidência do STF em março de 2024. Este pedido foi apoiado por notas técnicas elaboradas por instituições acadêmicas e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Operações Escudo e Verão
Segundo informações publicadas no dia 19 de abril pelo jornal O Globo, o governo de São Paulo omitiu das estatísticas gerais, 21 mortes causadas pela Polícia Militar durante a Operação Verão na Baixada Santista, afirmando que a operação causou 56 mortes segundo a Secretaria da Segurança Pública, já os registros do Ministério Público contabilizam 77 óbitos de civis. A operação, que tradicionalmente visa reforçar a segurança durante a temporada de calor, este ano assumiu uma nova dimensão após a Operação Escudo, intensificando a violência policial na região.
Iniciada em julho de 2023 para combater o crime organizado, a Escudo resultou em 28 mortes em 40 dias, alimentando a percepção nas periferias de que ambas as operações, Escudo e Verão, são tratadas como “Operação Vingança”. Um investigador das mortes sugere que o governo se aproveitou da Operação Verão como fachada para uma “verdadeira operação de guerra”, visando obscurecer os números e criar uma confusão estatística entre mortes consideradas ‘ordinárias’ e aquelas ocorridas durante incursões em comunidades periféricas.
Após uma análise da equipe técnica da Secretaria de Educação (SED) do Mato Grosso do Sul, os exemplares do livro ‘O Avesso da Pele’, escrito por Jeferson Tenório, estão sendo devolvidos às bibliotecas das escolas públicas do estado. Os livros haviam sido retirados das bibliotecas públicas após uma determinação do governador Eduardo Riedel (PSDB) sob a justificativa de que continham trechos considerados “impróprios” para a faixa etária dos estudantes.
Na quarta-feira, 24, Jeferson Tenório fez uma publicação informando que a editora Companhia das Letras, editora responsável pela publicação de ‘O Avesso da Pele’, havia entrado com mandados de segurança contra a ordem de recolhimento do livro também no MS. “No início de março, fomos à Justiça contra as ordens de recolhimento do livro “O avesso da pele”, de Jeferson Tenório, proferidas por autoridades dos estados do Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. As ações tinham como finalidade a imediata suspensão do recolhimento das obras e a devolução das que já tivessem sido recolhidas das escolas públicas dos respectivos estados. A decisão, felizmente, foi revista nos estados de Goiás e Paraná, e o livro pôde voltar às escolas para os alunos de Ensino Médio”, dizia a nota.
Ao abordar a decisão de devolver os livros às bibliotecas, a secretaria de educação do MS justificou em nota publicada pelo G1: “após análise realizada pela equipe técnica da pasta, a obra está em processo de devolução para as bibliotecas das unidades escolares da Rede Estadual de Ensino, com as orientações pedagógicas quanto à indicação de uso”. Os livros haviam sido retirados das bibliotecas do MS no dia 6 de março.
A controvérsia em torno da obra, publicada em 2020 e vencedora do Prêmio Jabuti em 2021, surgiu devido à sua abordagem de temas sensíveis, como o racismo. “O Avesso da Pele” integra o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do Ministério da Educação, o que lhe confere uma relevância especial no cenário educacional brasileiro.
No início de abril, o livro retornou às bibliotecas do Paraná e de Goiás. “Estou muito feliz e grato por toda mobilização contra a censura. Acho que esse episódio serve para nos deixar mais atentos a qualquer tentativa autoritária em relação aos livros e a arte. Os livros voltaram para onde deveriam estar: nas mãos dos estudantes.”, escreveu o autor nas redes sociais ao celebrar o retorno dos exemplares.
Acreditamos que a plena participação da população negra na política é essencial para a democracia no Brasil, para a construção de uma sociedade mais justa, desenvolvida, ética e representativa.
Todos nós podemos e devemos pressionar os partidos políticos para que sejam éticos, democráticos, transparentes, diversos e inclusivos. Dessa forma, os parlamentares poderão aprovar legislações que tornem as políticas públicas antirracistas e inclusivas. As políticas de igualdade racial devem ser uma prática frequente em setores do governo, em empresas públicas e privadas. Além disso, é importante ampliar o fomento e incentivo aos setores de inovação e desenvolvimento.
Precisamos e devemos compartilhar nossa vivência na política, sistematizá-la, interpretá-la e tirar desse ato todas as lições teóricas e práticas em consonância com a perspectiva exclusiva dos interesses da população negra e de sua respectiva visão de futuro.
Cuidar em organizar a nossa luta por nós mesmos é um imperativo da nossa sobrevivência como um povo. Devemos, por isso, ter muita cautela ao fazer alianças com forças políticas, sejam as ditas revolucionárias, reformistas, radicais, progressistas ou liberais. Toda e qualquer aliança deve obedecer a um interesse tático ou estratégico, e as pessoas negras precisam obrigatoriamente ter poder de decisão, a fim de não permitir que sejam manipuladas por interesses de causas alheias à sua própria.
“O Movimento Negro se fortalece a cada dia e hoje qualquer formulação, iniciativa ou atuação política que se queira honestamente comprometida com o povo brasileiro, deve por obrigação observar, respeitar e considerar a elaboração e o acúmulo histórico da resistência negra organizada”. A afirmação é do historiador negro Douglas Belchior.
Ao longo de nossa recente história do século XX e XXI soubemos elaborar um discurso, uma prática de enfrentamento e conquistas no Brasil, denunciando o mito da democracia racial, o racismo e as desigualdades raciais em nosso país. Elaboramos legislações, formulamos políticas públicas de direitos humanos, de saúde da população negra, educação e de acesso ao trabalho. Nesse percurso, as famílias elegeram a educação como uma das suas principais estratégias de superação e emancipação.
Hoje, temos uma história de lutas da qual nos orgulhamos e sabemos que a defesa pela educação pública de qualidade é imprescindível ao tempo presente e ao futuro. Para isso fomos até a mais alta corte brasileira, em defesa das ações afirmativas no ensino superior no Supremo Tribunal Federal, e vencemos um debate público que reflete uma história de luta histórica da nossa gente. Precisamos de mobilização e de organização de pessoas negras, e de uma luta enérgica, sem pausa e sem descanso, contra as instituições que nos oprimem. Em especial, precisamos defender e promover os direitos das crianças negras, da juventude, das mulheres negras, dos religiosos de matriz africana, dos quilombolas, da população LGBTQIA+ e dos idosos deste país.
Com base na literatura e na prática em participar de campanhas políticas, registra-se algumas lições que poderão ser úteis para se entender a complexidade de se fazer política.
1- A trajetória política deve começar antes de seu ingresso na política formal. A história de sua militância nos movimentos sociais será muito importante. A entrada na política será mais uma etapa de sua vida para a difusão de suas ideias ou o momento oportuno para promover mudanças relevantes.
O educador Wesley Teixeira, candidato a vereador em 2020, no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, dá um importante depoimento sobre como é ser um negro candidato: “Eu acho que o conjunto dos partidos são racistas. Hoje, não temos um partido negro no Brasil. Pelo contrário, os negros e negras se organizam através de seus movimentos, que é para justamente pressionar para que esses partidos melhorem. Quem dera, tivesse no Brasil um partido antirracista. Enquanto não existe esse partido antirracista, que eu adoraria construir, temos que tomar nossas decisões pautadas na conjuntura. Então, nós fomos procurar os melhores partidos para fazer essa disputa.”
2- O partido ao qual você decidir se filiar precisa não só ser alinhado com sua visão de mundo, mas também tem que estar disposto a ser mais conectado com a sociedade e a tratar a sua candidatura com seriedade. A maioria dos partidos não tem um programa claro e seus posicionamentos acabam variando muito não só no tempo, mas também de Estado a Estado, e muitas vezes de município a município. Os multicanais de redes sociais têm sido um incremento a essa volatilidade de ideias. Lembrem-se que o tempo da internet e do que viraliza nas redes é diferente da nossa construção política e de visão de mundo.
É importante também observar suas práticas. Fique atento e avalie com muita clareza e determinação o quanto o partido leva sua candidatura a sério. Nas primeiras conversas você deve buscar saber o quanto o partido pretende apoiar sua candidatura, seja com recurso, seja com espaço, seja com visibilidade. Temos exemplos de candidaturas recentes que denunciaram muitos partidos em que o racismo e a violência política são práticas recorrentes. Um importante depoimento do historiador negro Douglas Belchior, quando se defrontou com a direção partidária, dá uma exata dimensão do que encontramos nos partidos políticos: ”(…) a violência política, a prática do boicote, do apagamento, do silenciamento, da desqualificação e do racismo institucional que sofri nesses anos de embate, sobretudo quando passei a questionar”.
3- Acompanhar todas as etapas de organização de uma eleição, desde a direção partidária de seu diretório, assim como a convenção do seu partido, é fundamental. É o momento de garantir seu nome na lista de candidatos, saber seu número com o qual você concorrerá. Na história, temos a figura de Abdias Nascimento que concorreu à eleição como vereador na cidade do Rio de Janeiro, na década de 1950, e deram a ele um número que não correspondia ao número com o qual o partido o havia registrado. Criaram diversos obstáculos para impedir a sua candidatura. Conclusão, elaborou todo o material gráfico com o número errado e, por fim, teve a campanha sabotada.
Abdias Nascimento. Foto: Reprodução.
4- Durante a campanha você deve se comunicar com clareza, simplicidade e objetividade, citando não só as razões pelas quais decidiu se candidatar, como também as bandeiras que vai defender, caso seja eleito ou eleita. A eleição é a oportunidade de você amplificar sua luta anterior.
5- É importante você buscar dados que reforcem seus argumentos na construção de narrativas políticas que embasarão sua campanha. Comunicar-se com a base e fazer com que as redes interajam com as suas ideias é um ponto forte nesses movimentos.
6- Faça um orçamento de sua campanha de forma que você não se endivide, ou que deixe despesas para pagar sem uma fonte de arrecadação. Lembre-se que uma campanha necessita de recursos para diferentes tipos de despesas: transporte, alimentação, confecção de material gráfico e digital, acesso à internet, programadores, designers, roupas e sapatos, e seja o mais detalhista possível. O partido deve disponibilizar uma parte dos recursos oriundos dos fundos partidários. Tenha em mão as projeções de custos de campanha e exija transparência. Este é o ponto onde a direção dos partidos políticos mostra a dimensão do racismo.
7- Há um ponto central na corrida eleitoral: o acesso aos Fundo Eleitoral e ao Fundo Partidário. As candidatas e os candidatos a cargos eletivos são financiados por doações de pessoas físicas, recursos próprios dos candidatos e por verbas públicas. As campanhas são majoritariamente financiadas com recursos do Fundo Eleitoral e do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, o chamado Fundo Partidário.
Os critérios de acesso ao Fundo Eleitoral devem prever a obrigação de aplicação do total recebido do Fundo de acordo com os seguintes percentuais:
Para as candidaturas femininas, o percentual corresponderá à proporção dessas candidaturas em relação à soma das candidaturas masculinas e femininas do partido, não podendo ser inferior a 30%;
Para as candidaturas de pessoas negras, o percentual corresponderá à proporção de: a) mulheres negras e não negras da sigla; b) homens negros e não negros da legenda.
Os percentuais de candidaturas femininas e de pessoas negras serão obtidos pela razão dessas candidaturas em relação ao total de candidaturas do partido em âmbito nacional.
Observem atentamente que os recursos são de verba pública para a participação dos candidatos no processo eleitoral. A ideia geral é a de que o financiamento de candidaturas negras seja equivalente ao número de candidatos negros no partido. E isto tem sido motivo de muitas denúncias de desvio de recursos no interior dos partidos. Quando não há transparência, temos uma grande possibilidade de fraudes no cadastramento dos candidatos negros.
8- É muito importante que você passe todo o tempo que puder com pessoas, gaste a sola de sapato, converse sobre suas propostas, pedindo doações, recrutando, formando e mobilizando voluntários, ou pedindo votos dos eleitores.
E, não se esqueça do lema do líder angolano Agostinho Neto: “A luta continua e a vitória é certa”.
A atriz Jeniffer Dias anunciou nesta quarta-feira (24) o fim do relacionamento com Yuri Marçal. Eles estavam juntos há mais de 4 anos. Motivos que levaram ao término não foram relevados.
“Vocês têm mandando muitas mensagens perguntando, e não vou falar sobre os motivos e porquês. Mas em respeito ao que vivemos juntos, de maneira pública durante 4 anos, acho importante vocês saberem que eu e Yuri não somos mais um casal”, publicou ela através de seu perfil no Instagram.
Até o momento dessa publicação, Yuri não se manifestou de forma pública sobre o fim do relacionamento.
Imagina se essa moda pega… O rapper Drake chamou atenção da internet ao lançar na última semana a música ‘Taylor Made’. A faixa ganhou as manchetes por utilizar tecnologia de inteligência artificial para criar versos falsos de Tupac Shakur e Snoop Dogg.
Nesta última terça-feira, o Espólio responsável pela obra e imagem de Tupac ameaçou processar Drake pelo uso indevido da imagem do rapper, que morreu em setembro de 1996. “O Espólio está profundamente consternado e desapontado com o uso não autorizado da voz e da personalidade de Tupac”, destacou a nota oficial. “O registro não é apenas uma violação flagrante da publicidade de Tupac e dos direitos legais do espólio, mas também é um abuso flagrante do legado de um dos maiores artistas de hip-hop de todos os tempos. O Espólio nunca teria dado a sua aprovação para este uso.”
Tupac em 1993. Foto: dapd.
Um representante de Drake se recusou a comentar as demandas do espólio de Shakur. Até o momento, não foi revelado se Snoop Dogg , cuja voz também aparece em ‘Taylor Made’, está planejando levantar objeções legais.
A Liga Nacional de Basquete (LNB) marcou um avanço significativo na luta contra o racismo no cenário esportivo brasileiro. A entidade responsável pela promoção do Novo Basquete Brasil (NBB) apresentou o Tratado Antirracista e Pela Diversidade, um compromisso firmado entre os 19 clubes participantes do campeonato nacional.
O Tratado apresenta diretrizes para lidar com situações de discriminação racial, violência contra mulheres, LGBTfobia, xenofobia e capacitismo durante os jogos da liga. O documento também funciona como uma espécie de manual a ser seguido pelas equipes em casos de preconceito ou discriminação durante as competições.
O apresentador e criador de conteúdo digital Fê Medeiros comentou sobre o avanço da LNB. “Falar sobre o preconceito no esporte é fundamental. Todos devem sentir-se seguros e respeitados em quadra. É hora de reconhecer a escassez de espaço para pessoas pretas no basquete, considerando que mais de 50% da população brasileira é negra. Precisamos de mais diversidade e inclusão em todos os níveis do esporte”, diz Fê Medeitos, que ainda reforça a maneira como o Tratado Antirracista representa um marco importante na história do basquete brasileiro. “Isso demonstra o compromisso do NBB em promover um ambiente esportivo mais justo, inclusivo e igualitário para todos os seus participantes”.
O Governo Estadual de São Paulo foi condenado pela justiça a pagar R$ 750 mil “por dano moral coletivo e atuação discriminatória” pelo caso em que a Polícia Militar perseguiu a Caminhada São Paulo Negra, realizada pelo jornalista Guilherme Soares Dias, fundador do Guia Negro, no dia 24 de outubro de 2020.
A decisão foi emitida pela justiça após uma ação movida pela Defensoria Pública que pedia o reconhecimento do caso como racismo. Segundo o Ministério Público, “o nexo causal entre os atos ilícitos praticados e os danos causados foi comprovado. A atuação da polícia militar, gerou situação humilhante, e como consequência, ainda, tolheu os profissionais da empresa e as demais pessoas do grupo da liberdade de ir/ficar/permanecer, sem embaraço, em espaço público e exercer o seu direito à cultura, no seu caráter difuso, como já exposto. O dano para toda a coletividade, portanto, é inegável.”
A indenização considera a dimensão da receita da Fazenda Estadual e a necessidade de inibir a ocorrência de novas práticas discriminatórias ofensivas. “A condenação deve ser revertida em favor da população negra e recolhida a um fundo próprio, conforme prevê artigo 13 da lei da Ação Civil Pública, com a específica obrigatoriedade de vinculação do recurso para projetos culturais e turísticos apresentados em favor da população negra, a ser definido após o trânsito em julgado”, informa a decisão do juiz Fausto Dalmaschio Ferreira, proferida em 15 de abril deste ano.
O caso aconteceu no dia 24 de outubro de 2020, quando um grupo de 14 pessoas participavam da ‘Caminhada Negra’, organizada pelo Guia Negro, que realiza uma visitação guiada pelo centro da capital paulista, percorrendo locais e monumentos representativos para a população negra, tendo como propósito, a realização de um resgate da história do povo negro na cidade de São Paulo. O itinerário completo percorrido é de aproximadamente 3,5 km, começando na Praça da Liberdade e terminando no Largo Paissandu. Na ocasião, a Polícia Militar passou a seguir o grupo e alegou proibição de aglomeração por conta da pandemia da COVID, além de possível tumulto à ordem. Integrantes de grupo afirmam que a ação discriminatória da PM foi evidente, considerando que o grupo passou por aglomerações com números maiores de pessoas que não tiveram intervenção dos agentes do Estado.
Os policiais alegaram que receberam ofício do Comando da PM para acompanhar a atividade em razão de monitoramento feito pelo Facebook de manifestação do movimento negro, mesmo com a explicação de que não se tratava de uma manifestação, dois policiais da ROCAM (Rondas Ostensivas com Aplicação de Motocicletas), passaram a seguir o grupo com as motocicletas pelos pontos que iam sendo percorridos. Eles também foram seguidos pela cavalaria da PM.
Foto: Museu da Presidência da República / Portugal.
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou nesta última terça-feira (23) que Portugal foi responsável por uma série de crimes contra escravos e indígenas no Brasil na era colonial. Essa é a primeira vez que o país europeu, através de seu chefe de Estado, reconhece a autoria dos crimes.
“Temos que pagar os custos (pela escravidão). Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso”, declarou Marcelo Rebelo. “Pedir desculpas é a parte mais fácil”.
A escravidão de Portugal com o Brasil aconteceu partir do início da colonização, em 1500, e se estendeu até a abolição da escravatura em 1888. Durante esse período, o país europeu estabeleceu um intenso comércio de escravos africanos para trabalhar nas plantações de açúcar, nas minas de ouro e em outras atividades econômicas. Milhões de africanos foram capturados, transportados à força para o Brasil em condições desumanas e submetidos a uma vida de trabalho forçado, violência e opressão.
Dá trabalho, mas dá resultado! É o Brasil liderando a agenda por reparação e igualdade racial! ✊🏾 pic.twitter.com/WanVfmVE4Z
Marcelo Rebelo não especificou a forma como a reparação vai ocorrer. A Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, declarou que já entrou em contato com o governo português para buscar ações concretas de reparação. “Pela primeira vez estamos fazendo um debate desta dimensão em nível internacional”, disse a ministra.