Home Blog Page 266

‘The Big Cigar’: série sobre Huey P. Newton, co-fundador dos Panteras Negras, ganha primeiras imagens

0
Foto: Apple TV+

Estrelado por André Holland (‘Moonlight’), a série ‘The Big Cigar’, que irá mostrar a vida de Huey P. Newton, co-fundador do Partido dos Panteras Negras, teve suas primeiras imagens reveladas nesta quinta-feira (14). Uma delas se trata da clássica fotografia em que o revolucionário aparece sentado em uma cadeira que se assemelha a um trono.

Com os primeiros episódios dirigidos por Don Cheadle (‘Hotel Ruanda’), a produção estreia em maio, no Apple TV+. A série conta como o líder conseguiu escapar para Cuba enquanto era perseguido pelo FBI, com a ajuda do produtor de Hollywood, Bert Schneider, para evitar um processo por assassinato.

Em outras imagens divulgadas nas redes sociais do Apple TV, também revela Newton em interação com outros personagens, interpretados por Tiffany Boone (‘Hunters’), Glynn Turman (‘Rustin’) e Olli Haaskivi (‘Oppenheimer’).

Outros grandes nomes também integram o elenco: Moses Ingram (‘Star Wars’), Jordane Christie (‘Underground – Uma História de Resistência’), entre outros.

‘The Big Cigar’ estreia os dois primeiros episódios no dia 17 de maio no Apple TV+ e os demais serão liberados individualmente, toda sexta-feira, até 14 de junho.

Oprah revela por que saiu do ‘Vigilantes do Peso’: “Eu queria poder falar sobre tudo, sem conflitos”

0
Foto: Roy Rochlin/Getty Images.

Oprah Winfrey chamou atenção da mídia, ao anunciar, no início de março, sua saída do ‘Vigilantes do Peso’. Ela atuava no conselho da empresa desde 2015. Em nova entrevista para a ABC, a apresentadora explicou o motivo de sua saída. Ela relatou que desejava ‘poder falar sobre tudo o que quisesse’ sobre questões de perda de peso e que seu vínculo com a empresa acabava sendo um fator limitante.

“Decidi [deixar o conselho do Vigilantes do Peso] porque esse assunto era muito importante para mim e eu queria poder falar sobre tudo o que eu quisesse. O Vigilantes está agora no negócio de ser uma empresa de saúde do peso, que também administra medicamentos para peso. Eu não queria que gerasse nenhum tipo de conflito de interesses”, relatou Oprah.

Foto: GILBERT FLORES/VARIETY VIA GETTY IMAGES.

Além dos quase 10 anos como uma das principais defensoras do programa alimentar, que, de acordo com Oprah, a ajudou a perder 18 quilos, ela também detinha 10% das ações da Weight Watchers International, que foi a responsável por divulgar que a apresentadora não se candidatará à reeleição para o conselho administrativo e que doará suas ações para o Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana com o objetivo de “eliminar qualquer conflito de interesse percebido” sobre sua decisão de usar medicamento para perder peso.

Depois que a saída da principal representante da marca foi divulgada, a empresa sofreu uma queda de 25% em suas ações.

No final do ano passado, Oprah Winfrey voltou a abordar na mídia a sua luta contra o peso. Em uma conversa sobre “O Estado do Peso”, transmitida em dezembro no Oprah Daily, Winfrey mencionou suas experiências pessoais e como a imprensa falava sobre seu corpo, ela também falou sobre os novos medicamentos para perda de peso que estão despertando interesse do público. “Mesmo quando comecei a ouvir sobre os medicamentos para perda de peso, ao mesmo tempo eu estava passando por uma cirurgia no joelho e senti: ‘Tenho que fazer isso sozinho’. Porque se eu tomar a droga, essa é a saída mais fácil.”, relembrou ela que também ressaltou que era hora de falar sobre o uso de medicamentos que ajudam a combater a obesidade: “Espero que esta conversa comece de forma desavergonhada”.

Produtores brasileiros rejeitaram shows de Kanye West em SP, RJ, BA e BH, diz site

0
Foto: Matt Sayles / Invision / Associated Press.

Parece que não teremos shows de Kanye West no Brasil por tão cedo. Uma nova reportagem do site The US Sun, relatou que o rapper foi rejeitado por produtores brasileiros. Em fevereiro, Ye publicou um stories no Instagram relatando seu desejo de se apresentar no Corcovado, Rio de Janeiro.

De acordo com o site, após as diversas declarações polêmicas de Kanye, nenhuma marca deseja se vincular ao artista e que, nesse momento, não há nenhuma chance dele se apresentar no Brasil. De acordo com a matéria, Kanye tinha a intenção de recriar o lendário show dos Rolling Stones, ocorrido em 2006 na praia de Copacabana no Rio de Janeiro. Contudo, seu pedido aparentemente foi negado, devido à sua controversa reputação.

Foto: /Patrick McMullan/Getty Images

A publicação declarou ainda que a equipe de Kanye também tentou possibilidades de shows em Belo Horizonte e São Paulo, mas as possibilidades também foram rejeitadas.

Em outubro de 2022, a adidas anunciou o fim de sua colaboração comercial com West. A decisão foi tomada em decorrência de comentários antissemitas promovidos por Ye nas redes sociais. “Após um estudo aprofundado, a empresa tomou a decisão de encerrar imediatamente a colaboração com Ye”, disse a empresa alemã. “A Adidas não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio. Os comentários e ações recentes de Ye foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça”.

IZA cancela show no BBB 24 por problema de saúde: “Repouso absoluto pelos próximos sete dias”

0
Foto: Reprodução / Redes Sociais.

A cantora IZA cancelou sua participação no Big Brother Brasil 24. Ela era uma das artistas mais esperadas pelo público no programa. Por problemas de saúde, o show que a artista realizaria no reality show da TV Globo nesta sexta-feira (15) foi substituído por Lexa e Duda Beat.

A equipe de IZA não revelou o motivo do cancelamento, mas informou que a artista precisará de ‘repouso absoluto pelos próximos sete dias’. “Além do show no BBB, ela também cancelou a apresentação que faria no domingo (17), em Aracaju, por orientação médica”, informou a equipe da cantora. Ludmilla vai substituir IZA no espetáculo da capital de Sergipe.

Sem maiores informações sobre o atual estado de saúde de IZA, em outubro de 2023, ela foi diagnosticada com pneumonia. A cantora se recuperou e realizou uma série de atividades, shows e trabalhos artísticos desde então.

CSW 68: Natalia Paiva, Diretora Executiva do Mover, alerta sobre riscos anti-ESG e destaca importância do coletivo na promoção da diversidade nas empresas

0
Foto: Divulgação / Pacto Global da ONU - Rede Brasil

Enquanto o mundo acompanha uma reação anti-ESG em diferentes setores que pode impactar negativamente os avanços na área de Diversidade e Inclusão, a 68ª Sessão da Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (CSW), promovida pelo Pacto Global da ONU – Rede Brasil, que está acontecendo em Nova York, nos Estados Unidos, reúne lideranças femininas que estão pensando sobre estratégias para que o mundo cresça em acesso e oportunidades, em especial, para as minorias sociais. Diretora Executiva do Movimento pela Equidade Racial (Mover), Natália Paiva, falou sobre a importância do coletivo nesse processo para que essa agenda continue gerando impactos positivos dentro das empresas.

Na tarde da última quinta-feira, Natália Paiva integrou a mesa temática “Lideranças Femininas: Desafio e Boas práticas no setor privado brasileiro”, onde alertou para o risco do movimento anti-ESG: “Tem esse fato de diminuição da pauta ESG como um todo e dentro dela está a diversidade e com seus diversos recortes. Então é um alerta para gente repensar as estratégias e pensar principalmente como que no coletivo a gente vai ganhar mais força, que é uma das propostas do Mover. A gente precisa muito pensar em estratégias para seguir impactando”.

“Porque o que um CEO pensa ao investir em diversidade? O risco e o retorno. É um risco não investir e tem um potencial retorno ao ter esse investimento. E está diminuindo o risco. O risco está, inclusive, indo para o outro lado, principalmente de empresas que tem sua sede aqui nos Estados unidos, que é o epicentro desse novo backlash (Anti-ESG)”, detalhou.

A Diretora Executiva também reforçou a importância de acompanhar os movimentos anti-ESG para desenvolver estratégias mais assertivas para comunicar os benefícios da diversidade dentro das organizações: “Então é importante a gente ter ciência disso e é importante pensar em estratégias que passem inclusive por novas narrativas. Então como a gente consegue reposicionar ou comunicar de maneira diferente a pauta de diversidade para a gente seguir dentro de um quadro que é necessário que a gente tenha? Do ponto de vista do Mover, qualquer pessoa negra é elegível a alguns programas do Mover, que vai desde bolsa de inglês. Esse ano a gente vai disponibilizar 50 mil bolsas de inglês, programas de formação de liderança, além de programas presenciais, que são programas de longo impacto, qualquer pessoa pode se inscrever”.

“Esperança de que cheguemos aos mandantes”, diz Anielle Franco após investigação sobre morte de Marielle e Anderson ser enviada ao STF

0
Foto: Renan Olaz/CMRJ

Na noite da última quinta-feira, 14, a imprensa divulgou que o caso sobre o assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes, motorista da vereadora do Rio de Janeiro, que completou seis anos ontem, será enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF), para que o depoimento de Ronie Lessa, acusado de atirar nas vítimas, seja analisado e validado. De acordo com o UOL, o ministro Alexandre de Moraes foi sorteado como relator.

Anielle Franco, Ministra da Igualdade Racial, irmã de Marielle Franco, afirmou que a nova etapa da investigação “deixa a todos nós da família com esperança de que cheguemos aos mandantes”: “A nova etapa da investigação sobre o assassinato de Marielle e Anderson deixa a todos nós da família com esperança de que cheguemos aos mandantes, pela memória de Mari e Anderson e pela democracia. No entanto, suposições e desinformações sobre os envolvidos não ajudam. Seguimos confiando no devido processo legal e com fé de que chegaremos às respostas que esperamos há seis anos”.

Segundo informações divulgadas pelo portal, o ministro do STJ, Raul Araújo, enviou o inquérito ao STF depois que o nome de um parlamentar federal com foro privilegiado foi mencionado em novas provas. De acordo com a legislação brasileira, os processos em que autoridades com foro privilegiado, como deputados, senadores e presidentes são citados devem tramitar no Supremo Tribunal Federal.

A jornalista Andréia Sadi, confirmou em seu blog de política no g1, que fontes do STF afirmaram que a delação do ex-policial Ronie Lessa, preso desde 2019 acusado de atirar em Marielle e Anderson, estava no Superior Tribunal de Justiça e foi encaminhada para a corte e até a quinta estava aguardando homologação.

Se isso se confirmar, esta será a segunda delação relacionada ao caso. A primeira foi feita pelo ex-PM Élcio Queiroz, que confessou participação no assassinato da vereadora e do motorista. Élcio contou na delação que Edilson Barbosa do Santos, conhecido como Orelha, era o dono do ferro-velho acusado de fazer o desmanche do carro usado no dia do crime, a prisão de Orelha aconteceu no final de fevereiro deste ano.

‘Shirley Para Presidente’: ainda há um sonho possível para as mulheres negras na política?

0
Foto: Glen Wilson/Netflix © 2023

Quando a Netflix lançou o trailer do filme ‘Shirley Para Presidente’, logo me empolguei com o que estaria por vir. Um longa-metragem que acompanha a história real de Shirley Chisholm (1924 – 2005), a primeira congressista negra eleita, que também ousou se tornar a primeira mulher negra a se candidatar para a presidência dos Estados Unidos pelo partido dos Democratas, na década de 70.

A vencedora do Oscar, Regina King, é quem dá vida à personagem e também é uma das produtoras. Sempre com uma atuação impecável, trouxe desde o início do filme, a seriedade da Shirley para garantir que fosse levada a sério com o seu trabalho e lutava por uma sociedade justa, defendendo as pautas raciais e feministas. A fé e a confiança da candidata é muito encorajadora para nós, mulheres negras.

Assim como no Brasil, os Estados Unidos, até hoje, também nunca elegeu uma mulher negra para a presidência. Com o longa, nós podemos acompanhar apenas o que já sabíamos ou imaginávamos, com um enredo ainda tão atual: os democratas, pessoas brancas e a própria comunidade negra, ainda não confiam na competência de uma mulher negra para este cargo ou temem dar tanto poder para tal. 

Regina King como Shirley Chisholm (Foto: Glen Wilson/Netflix © 2023)

Apesar da árdua luta, mulheres negras continuam resistindo para ocupar a política. Prova disso, é a própria Barbara Lee (Christina Jackson), que está em seu 12º mandato como congressista nos EUA. Jackson nos mostra no longa, uma Barbara que muitas de nós já nos identificamos um dia, desacreditada da política, mas que ao trabalhar com Shirley, mudou a sua vida completamente e também deseja fazer a diferença.

Dirigido por John Ridley, o longa também traz outras pessoas que foram importantes para sua campanha, como Robert Gottlieb. Interpretado por outro vencedor do Oscar, Lucas Hedges, Gottlieb, um homem branco, foi o braço direito de Shirley desde o início e também vivencia situações conflituosas por conta do racismo e da violência política contra ela. Uma escolha até questionável para época, mas a democrata sempre mostrou a sua vontade de ver pessoas negras e brancas lutando juntos por um mesmo propósito.

Dentre os diferentes obstáculos que a candidata terá de enfrentar pelo caminho, uma das mais tocantes ainda é sua relação com a família, que tem muita dificuldade para aceitar que ela é uma mulher congressista e posteriormente candidata à presidência. 

Christina Jackson como Barbara Lee and Regina King como Shirley (Foto: Glen Wilson/Netflix © 2023)

Muriel (Reina King), irmã de Shirley, chama atenção para o nosso interior, de quando, em algum momento, tivemos medo ou receio de estar em um lugar onde seríamos apenas julgadas e desvalorizadas. Na década de 70, uma mulher negra que tentava ser eleita em um cargo dominado apenas por homens brancos, ela facilmente seria tratada como louca. Mas apesar disso, conseguiu abrir caminho para inspirar as pessoas ao seu redor e em como fazer política. 

Hoje, mais de 50 anos depois desse ocorrido, o filme nos deixa uma reflexão: países como os Estados Unidos e o Brasil estão prontos para eleger uma mulher negra para presidência? Para mim, todos os personagens e situações apresentadas, poderiam facilmente ser comparadas com outras pessoas e situações de hoje, em 2024. O racismo e a misoginia também continuam fortes, então esse sonho precisa ser sonhado por mais mulheres negras para que se torna realidade.

‘Shirley Para Presidente’ estreia na Netflix dia 22 de março. Veja o trailer abaixo!

“Não é um álibi para racistas”, explica Silvio Almeida sobre uso do termo ‘racismo estrutural’

0
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, publicou em suas redes sociais um texto onde comenta o uso do conceito ‘racismo estrutural’, que tem sido adotado por muitas personalidades para justificar comportamentos racistas. Ao compartilhar um trecho do livro que explica o conceito, Almeida disse: “o que mais me deixa impressionado nas polêmicas não é ver pessoas que nunca estudaram o tema ou que não são da academia distorcerem o conceito, mas o fato de pessoas supostamente estudiosas ou que vem da academia falarem de algo que evidentemente não conhecem ou de um livro que nunca leram”.

Um caso recente de uso do termo foi o vídeo publicado pela cantora Wanessa Camargo nas redes socias, expulsa do Big Brother Brasil 2024 depois de ser acusada de agredir o motorista de aplicativo, Davi. No vídeo, ela se desculpa pelo modo como tratou o participante e justifica: “hoje eu entendo que algumas das minhas falas e comportamentos dentro da casa do BBB, em relação ao Davi, se enquadram no racismo estrutural, que está enraizado na nossa sociedade e dentro de nós, pessoas privilegiadas”.

Após a publicação do vídeo, a cantora foi bastante criticada, além disso, algumas pessoas criticaram o próprio conceito difundido por Silvio Almeida no livro ‘Racismo Estrutural’, publicado pelo advogado em 2018 através da coleção ‘Feminismos Plurais’. Além de criticar o uso distorcido do conceito, Almeida também afirmou ficar impressionado com “pessoas supostamente estudiosas” que não leram o livro, afirmando que: “A ignorância, nessa último situação, vem acompanhada de tanta autoridade e arrogância que a gente passa a duvidar se escreveu certas coisas”.

O ministro então compartilhou um trecho do livro que explica o conceito e destaca que “Não é um álibi para racistas”: “Como ensina Anthony Giddens, a estrutura “é viabilizadora, não apenas restritora”, o que torna possível que as ações repetidas de muitos indivíduos transformem as estruturas sociais. Ou seja, pensar o racismo como parte da estrutura não retira a responsabilidade individual sobre a prática de condutas racistas e não é um álibi para racistas”.

CSW: “Muitas situações de transferência de renda aumentam a violência doméstica”, aponta coordenadora do Instituto Avon

0
Foto: Freepik

Metade das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica ao longo de suas vidas, mas parte delas ainda não se reconhece exatamente como vítima. O dado faz parte da primeira atualização do Mapa Nacional da Violência de Gênero, projeto de parceria entre o Observatório da Mulher Contra a Violência (OMV) e o DataSenado, ambos do Senado Federal, o Instituto Avon e a Gênero e Número.

Durante o lançamento internacional, promovido pela Pacto Global da ONU, nesta quinta-feira (14), a Beatriz Accioly, Coordenadora de Parcerias, Políticas Públicas e Relações Institucionais, Instituto Avon, abordou a importância de combater a violência doméstica, mas pontuou uma preocupação em relação às políticas de transferência de renda para as vítimas, com base em outros dados levantados.

“Muitas situações de transferência de renda, como o caso do Bolsa Família no início, aumentam a violência doméstica. Você dá um dinheiro na mão da mulher e ela vive uma situação violenta porque ele retira o dinheiro dela a partir da violência. Aconteceu a mesma coisa com o Auxílio Emergencial durante a pandemia”, explicou, durante a 68ª Sessão da Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (CSW), em Nova York.

“A gente precisa reconhecer que a violência contra a mulher acontece por uma série de questões relacionadas à desigualdade. E aí a gente fala para as mulheres: ‘está sofrendo violência? Vai trabalhar’. Aí ela vai trabalhar e ela vai para uma situação onde ela reconhece que sofreu algum tipo de assédio moral ou sexual. Então ela sai de uma violência para outra. A gente já escutou de várias mulheres com quem a gente trabalha: ‘eu prefiro sofrer violência em casa de uma pessoa que eu gosto, do que uma violência na rua de uma pessoa que eu não conheço’”, lamentou a coordenadora.

De acordo com o levantamento inédito, 48% das brasileiras ouvidas já passaram por alguma situação de violência doméstica e familiar. Do total das mais de 20 mil mulheres brasileiras entrevistadas, 30% reconheceram a violência vivida e a nomearam como tal. No entanto, 18% ainda não se identificam espontaneamente como vítimas, porém, quando foram apresentadas a situações específicas de violência doméstica, admitiram ter passado por elas – dado que indica que o número de brasileiras que sofrem violações é muito maior do que os registros oficiais.

Apesar da incidência de violência doméstica ocorrer de maneira relativamente uniforme em todo o território nacional, a pesquisa também identificou que estados da região Norte do Brasil, como Amazonas (57%), Amapá (56%), Rondônia (55%) e Acre (54%), atingem patamares ainda maiores do que os índices nacionais. A região Sudeste também chama atenção com Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com 53%,

Na ocasião, Beatriz Accioly ainda aproveitou para defender a importância de levantamento de dados como esse. “O mapa hoje é um exemplo do que a gente consegue fazer enquanto empresa e enquanto setor público para contribuir com a Agenda de Acesso aos Direitos do Brasil, que inclusive é a missão do Pacto Global. A gente acredita que o mapa é uma ferramenta nessa direção, é um meio para a gente alcançar a cidadania, uma gestão pública de qualidade, transparência, de uma alocação de recursos eficiente. E ele é um meio para democracia”.

Lançado em novembro de 2023, o Mapa Nacional da Violência de Gênero é uma plataforma interativa que reúne os principais dados nacionais públicos e indicadores de violência contra as mulheres do Brasil, incluindo a Pesquisa Nacional de Violência contra as Mulheres – a mais longa série de estudos sobre o tema no país. Dos dias 21 de agosto a 25 de setembro de 2023, 21.787 mulheres de 16 anos ou mais foram entrevistadas por telefone, em amostra representativa da opinião da população feminina brasileira.

Esta é a primeira vez, desde 2005, que a Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher apresenta recortes estaduais, possibilitando uma análise mais aprofundada do cenário de diferentes territórios do país.

Após ganhar Emmy de atuação, Ayo Edebiri também vai dirigir novo episódio da série ‘O Urso’

0
Foto: Frazer Harrison / Getty Images.

Além de atriz, Ayo Edebiri também vai estrear como diretora. A estrela revelou que vai dirigir um novo episódio da 3ª temporada da série ‘O Urso’. Em janeiro, ela venceu o prêmio Emmy de ‘Melhor Atriz em Série de Comédia’ pelo trabalho na obra.

O criador de ‘O Urso’, Christopher Storer, convenceu Ayo a assumir a direção da nova temporada da série. “Eu tinha 21 anos e ele disse ‘você é diretora’. E eu fiquei tipo ‘não se mete’. Mas então, na temporada passada, ele disse: ‘venha para o set e veja o que acontece’”, contou Edebiri. “E eu pensei, ‘oh, ok. Sim. Eu acho que quero fazer isso’”, completou.

Dentro de ‘O Urso’, Ayo interpreta Sydney, uma jovem é contratada para liderar o restaurante The Beef. Rapidamente, ela demonstra seus talentos culinários e administrativos, ao implementar mudanças significativas dentro do negócio. A personagem conquista o respeito relutante dos outros chefs por estar certa na maior parte do tempo e acaba ensinando uma série de truques para os outros chefes.

Ayo Edebiri também venceu o Globo de Ouro pela atuação em ‘O Urso’. Foto: Getty Images ; FX

A terceira temporada de ‘O Urso’ ainda não tem data de estreia definida. Os episódios das temporadas anteriores estão disponíveis no Star+. De acordo com a sinopse, dentro da série, somos apresentados à história de Carmy Berzatto (Jeremy Allen White), um chef de cozinha premiado que sai de Nova York para administrar um restaurante desorganizado e repleto de problemas em Chicago.

error: Content is protected !!