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Governo vai lançar o Plano Juventude Negra Viva, maior pacote de políticas públicas para jovens negros da história do país

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Foto: Andressa A. / ASCOM.

O governo lança nas próximas horas o Plano Juventude Negra Viva (PJNV), com 200 ações e 43 metas específicas voltadas para a população. De acordo com a gestão, este é o maior pacote de políticas públicas para jovens negros da história do país. “Falar de juventude sem ouvir os jovens é impossível”, disse a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em conversa com jornalistas, nesta quarta-feira (20).

Com detalhes e ações, o Plano Juventude Negra Viva vai ser lançado nesta quinta-feira, 21 de março, descrito também como o Dia Internacional contra a discriminação racial. A partir de um processo democrático, o PJNV foi construído com a escuta de aproximadamente 6.000 jovens negros/as durante a realização das caravanas, que percorreram os 26 estados e o Distrito Federal.  

A Ministra Anielle relatou que o principal tema apontado pelos jovens durante a construção do PJNV foi a letalidade. “Esse era um ponto primordial, juntamente com a empregabilidade. Empregabilidade sempre vem com saúde mental. Então, pra mim, a educação, saúde mental, empregabilidade, segurança pública, eram os quatro pontos que eu mais ouvia”, relatou a ministra. As ações e metas do plano estão divididas nos seguintes eixos: saúde; educação; cultura; segurança pública; trabalho e renda; geração de trabalho e renda; ciência e tecnologia; esportes; segurança alimentar; fortalecimento da democracia; meio ambiente, garantia do direito à cidade e a valorização dos territórios. 

As 10 ações prioritárias do Plano Juventude Negra Viva (PJNV) incluem:

1 – Projeto Nacional de Câmeras Corporais (Diretrizes, treinamento, capacitação);
2 – Criação do Pronasci Juventude Bolsas de R$ 500 para jovens negros enquanto passam por cursos de
capacitação profissional por 1 ano nos Institutos Federais (IFs);
3 – Política Nacional de Atenção Integral a Saúde de Adolescentes e Jovens: Todos os programas do Ministério da Saúde terão recorte de juventude negra;
4 – Bolsa para preparação para concursos da Adm. Pública;
5 – Criação de Equipamentos de Referência em Políticas para as Juventudes;
6 – Promoção de intercâmbios entre países sul-sul: 6 milhões de investimento em intercâmbios de professores e estudantes de
licenciatura. para África e América Latina;
7 – Implementar Pontão de Cultura com recorte específico para a juventude;
8 – Internet em territórios periféricos, comunidades tradicionais e espaços públicos;
9 – Núcleos do programa Segundo Tempo: Formação de jovens esportistas nas periferias;
10 – Crédito rural: Com foco na produção de alimentos, agroecologia e sociobiodiversidade, com ênfase na ampliação da linha de crédito rural PRONAF Jovem.

Eliminada do BBB, Raquele diz que não descarta a ideia de carreira como cantora: “Por que não tentar algo diferente?”

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Foto: TV Globo / João Cotta.

Após 70 dias na competição, Raquele foi eliminada do Big Brother Brasil 24. A capixaba saiu do reality com 87,14% dos votos, num paredão que disputou com a dupla de adversárias Alane e Beatriz, e garante que não se arrepende da trajetória. “Fui para ser como realmente sou. Se mexessem comigo, como mexeram, com certeza eu iria me defender, falar, ser reativa até certo ponto. Mas ser briguenta e apontar muito o dedo nunca foi de mim. Então, não teria como eu fazer diferente lá dentro. Eu fui a Raquele do início ao fim”, diz ela.

Sobre a possível carreira de cantora, a ex-sister diz que não descarta oportunidades. “O pessoal falou muito dos meus ‘takezinhos’ cantando na festa, e isso me surpreendeu, porque eu estava ali curtindo, dançando e cantando como se ninguém tivesse me observando. E, de repente, eu saio e vejo um vídeo meu cantando e as pessoas gostando, comentando. Então, se aparecer uma oportunidade, por que não tentar algo diferente?“, diz Raquele, que também não descarta os planos de seguir com sua doceria. “Sobre a doceria eu tenho que conversar com meu sócio, que é o meu noivo, para ver como vai ficar (risos). Mas é algo de que eu não queria abrir mão porque o doce mudou a minha vida, desde 2019 vem mudando. Não penso em largar de mão, mas vamos ver como vai ser, se eu vou dar conta disso tudo. Estou aberta a tentar novas oportunidades, novas coisas“.

Após quatro tentativas, Raquele conseguiu entrar no BBB. Em entrevista para a TV Globo, ela conta que talvez devesse ter agido de outra maneira dentro do programa, mas reforça que não poderia inventar um personagem de si mesma. “Pelo que eu andei observando, faltou eu soltar a minha oncinha, ser mais briguenta, falar mesmo (risos)… Mas eu não podia inventar um personagem porque essa não sou eu“, destaca. “Eu não conseguiria sustentar por muito tempo. Eu fui para ser como realmente sou. Se mexessem comigo, como mexeram, com certeza eu iria me defender, falar, ser reativa até certo ponto. Mas ser briguenta e apontar muito o dedo nunca foi de mim. Então, não teria como eu fazer diferente lá dentro. Eu fui a Raquele do início ao fim“.

Ao ser chamada de ‘planta’ por outras pessoas, Raquele rebate e diz que, para ela, não fazia sentido comprar brigas que não te pertenciam. “Isso foi porque eu não gosto muito de me intrometer em assuntos dos outros. Sou a pessoa que observa mais de fora e, se eu sentir que posso colocar minha opinião, vou colocar”, diz ela. “Mas, quando não é sobre mim, não me meto. Esse é o meu pensamento, contrário ao de outras pessoas que me achavam uma planta. Muita gente achava que eu não fazia movimentos dentro da casa, não conversava sobre jogo. Só que eu conversava, sim, mas com os meus, com quem eu me sentia à vontade. Não tem por quê eu conversar de jogo com pessoas que não são minhas aliadas. Como eles não viam isso, automaticamente eu era a planta da edição para eles“.

Dia Mundial Sem Carne: locais comandados por chefs negros com pratos vegetarianos e veganos 

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Chef Julio Cardoso (Foto: Reprodução/Instagram)

Nesta quarta-feira, 20 de março, é celebrado o Dia Mundial Sem Carne. A data tem o intuito de alertar sobre os cuidados com a saúde em relação ao consumo excessivo da carne, além do equilíbrio ambiental e bem-estar dos animais. 

Seja pensando em uma ou todas essas pautas, um levantamento realizado pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) de 2018, apontou que 14% (cerca de 30 milhões de brasileiros à época) se consideravam vegetarianos. Já no caso dos veganos, estima-se que existam 10 milhões de pessoas que aderem a esse estilo alimentar. 

Para entrar no clima do Dia Mundial Sem Carne, o Mundo Negro e o Guia Black selecionou lugares comandados por pessoas negras para comer refeições vegetarianas e veganas hoje.

Confira a lista completa abaixo: 

AME Sabor, Ponta Grossa (PR) | Instagram: @ames2sabor

O restaurante vegetariano é da chef proprietária Eliane Barbosa Carneiro. Ela abriu o estabelecimento com a necessidade de ter locais que oferecessem esse tipo de alimentação, sem que precisasse ser pratos insossos. Os pratos mais pedidos da casa são: Ceviche de Manga e massas artesanais, além de terem um ketchup artesanal. Endereço: Rua Desembargador Joaquim Ferreira Guimarães, 26 – Jardim Carvalho. 

Foto: Reprodução/Instagram

Lujul Cozinha Consciente, São Paulo (SP) | Instagram: @lujul_

Comandado pelo chef Julio Cardoso, o restaurante é especializado em gastronomia italiana vegetariana e vegana. A tarta de banana em crocante de alga, o socarrat de vegetais e maionese de carvão ativado, estão entre os pedidos favoritos dos clientes. Endereço: Rua Original, 165 – Vila Madalena.

Foto: Reprodução/Instagram

Restaurante Manden Baoba, São Paulo (SP) | Instagram: @restaurantemandenbaoba

Comandado pela fundadora Laila Santos e a chef Silly, o estabelecimento é especializado em gastronomia africana, veganos e não veganos. Entre as especialidades está o prato Tigadiguena, um strogonoff Africano de amendoim, fufu de arroz, batata da terra chips e champignon (para veganos).  Endereço: Rua Capitão Cavalcanti, 33 – Vila Mariana.

O Tabuleiro da Rasta, Salvador (BA)| Instagram: otabuleiro.darasta

Empreendimento da chef Milena Albergaria, especializado em abará feitos sob encomendas, diz que ao criar o abará vegano, além de atrair veganos, surgiram clientes alérgicos a camarão, recém-mães que evitavam esse alimento pós-parto e para a introdução alimentar dos pequenos.

Foto: Fábrica Cultural

Ministro da Justiça diz que delação do caso Marielle foi homologada pelo STF: “Em breve teremos o resultado”

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Foto: Mídia Ninja / Reprodução

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta noite de terça-feira (19) que o ex-PM Ronnie Lessa, responsável por atirar em Marielle Franco e Anderson Gomes, resolveu colaborar com a investigação e concordou com os termos da delação premiada, que agora foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal. O ministro apontou que muito em breve teremos a conclusão do caso e o nome dos verdadeiros responsáveis pelo crime.

“Nós sabemos que esta colaboração é um meio de obtenção de prova e traz elementos importantíssimos que nos leva a crer que brevemente teremos a solução do assassinato da vereadora Mariele Franco”, disse Lewandowski. “[O caso] está agora nas competentes mãos de Alexandre de Moraes e dentro em breve teremos o resultado daquilo que foi apurado pela competentíssima atuação da Polícia Federal, que em um ano chegou a resultados concretos nessa investigação“.

Ronnie Lessa foi preso em março de 2019 pela participação nas mortes de Marielle e Andersos. O anúncio confirma a veracidade das provas e da versão apresentada pelo ex-PM à Polícia Federal. Agora, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o relator das investigações na Corte. O STF é responsável pelo julgamento de autoridades como presidente, ministros, senadores, deputados federais e integrantes dos tribunais superiores.

A Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se manifestou após o anúncio de Lewandowski. “As notícias que acabam de sair com os avanços da investigação sobre o caso da minha irmã e do Anderson, nos dão fé e esperança de que finalmente teremos respostas para esse assassinato político, covarde e brutal“, informou ela. “O anúncio do Ministro Lewandowski a partir do diálogo com o Ministro Alexandre de Moraes é uma demonstração ao Brasil de que as instituições de justiça seguem comprometidas com a resolução do caso”.

Ex-namorada de Jonathan Majors abre novo processo contra o ator com acusações de agressão e difamação

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Fotos: Frederic J. Brown/ AFP e © Andrew James

A ex-namorada de Jonathan Majors, 34, entrou hoje, 19 de março, com uma nova ação contra o ator por difamação, agressão, imposição intencional de sofrimento emocional e processo malicioso. Ele já havia sido condenado por violência doméstica contra ela, em dezembro do ano passado, e está a menos de um mês para receber uma sentença de até um ano de prisão.

No processo civil aberto no tribunal federal de Nova Iorque por danos múltiplos, Grace Jabbari alega “abuso verbal e físico” por parte de Majors, desde o início do relacionamento do casal, durante a gravação do filme ‘Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania’, onde se conheceram. Ela afirma que foi sujeitada a “um padrão de violência doméstica generalizada que começou em 2021 e se estendeu até 2023”, quando eles se separaram.

A atriz também afirma que Majors “recorreu a abusar publicamente de sua reputação” e a chamou de “uma mentirosa a todo momento… com o objetivo de convencer o mundo de que Grace não é uma vítima de violência doméstica, mas sim uma mentirosa maluca”. Agora ela busca indenizações compensatórias e punitivas.

Em documentos legais obtidos pela Rolling Stone, Jabbari também relata que Majors tinha “consistentemente envolvido num padrão crescente de comportamento abusivo contra as mulheres desde 2013”. A equipe jurídica do ator ainda não se pronunciou a respeito.

Entenda o caso

As acusações contra Majors surgiram em março de 2023, quando ele foi apontado por agredir sua ex-namorada, Grace Jabbari. Na ocasião, o ator alegou ter chamado a polícia ao encontrá-la inconsciente em seu apartamento. Os agentes que responderam à ocorrência prenderam Majors ao identificar lesões em Jabbari, incluindo uma lesão atrás da orelha e um dedo quebrado. Apesar da alegação de inocência por parte do ator, durante o julgamento, Jabbari afirmou que os ferimentos foram causados por Majors durante uma briga no carro no mesmo dia.

No final do ano passado, Majors foi condenado por agressão por contravenção em terceiro grau, causando danos físicos de forma imprudente, bem como assédio em segundo grau no caso de violência doméstica, contra a ex-namorada, em março de 2023. Mas foi inocentado das acusações mais graves de agressão intencional de terceiro grau e assédio agravado. Com audiência marcada para 8 de abril, o ator de ‘Creed III’ pode pegar até um ano de prisão pela condenação de violência doméstica.

Nada é permanente: para pesquisadoras do CEERT, enxugamento das pautas raciais faz parte de uma dinâmica social “não linear”

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Foto: Fábio Ura

Em menos de 3 meses fará 4 anos que o assassinato de George Floyd parou o mundo. Em 25 de maio de 2020, o afro-americano foi morto por um policial de Minneapolis, nos Estados Unidos, que pressionou o joelho contra seu pescoço por quase nove minutos. O crime desencadeou protestos globais e destacou questões da brutalidade policial e do racismo sistêmico em todo mundo.

Até hoje esse fato é apontado como um grande momento na história da humanidade onde o racismo contra pessoas negras foi reconhecido como um fator de atraso social, político e econômico na vida deste grupo e diversas iniciativas surgiram ao redor do mundo no sentido de tentar oferecer algum tipo de reparação. Obviamente, nada do que foi feito chegou perto de qualquer tipo de reparação histórica que minizmie os danos do holocausto negro, que no Brasil durou quase 400 anos e antes que alguns avanços pudessem ser celebrados, as iniciativas de igualdade racial, sofreram cortes severos. Vale lembrar que em 2023, a Suprema Corte Americana derrubou as cotas raciais nas universidades

Floyd foi mencionado algumas vezes durante o encontro de mulheres brasileiras no evento do Pacto Global – Rede Brasil da ONU , realizado em Nova York nos dias 13 e 14 de março. O “evento paralelo” foi parte da programação da 68ª edição da Comissão de Situação da Mulher (CSW), o maior evento de equidade de gênero do mundo.

Durante a mesa Giselle dos Anjos Santos, Historiadora e Pesquisadora Especialista em Interseccionalidades do CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), reconheceu a importância das manifestações de 2020, mas lembrou que antes disso o ativismo do movimento negro já havia causado impactos no sentido de trazer uma reflexão de como as estruturas sociais compactuam com o racismo, e alguns frutos também foram colhidos.

Giselle dos Anjos Santos – Foto: Fábio Ura

“Não podemos esquecer o quão significativo tem sido essas tentativas de mudanças. Em alguns momentos eu fico até me perguntando se faz sentido a gente dizer que realmente essas políticas afirmativas dentro das instituições, especialmente considerando a pauta racial, começaram a partir do caso do George Floyd. De fato, a gente entende que mudou muito, mas antes disso, já tinham muitas instituições, ainda de forma tímida, trabalhando com o tema”.

NADA É PERMANENTE, NEM O RETROCESSO

Após a mesa na ONU, conversamos com Giselle Santos e Edilza Sotero, Cientista Social, pesquisadora do CEERT e professora da Universidade Federal da Bahia.

Giselle dos Anjos Santos e Edilza Sotero – Foto: Fábio Ura

Demissões em departamentos de Diversidade e Inclusão, cortes em projetos com foco na comunidade negra e questionamentos sobre a continuidade de ações afirmativas têm trazido tensões nas rodas negras do meio corporativo e acadêmico.

Giselle reforça que apesar da relevância das ações sociais antirracistas de 2020, é preciso reconhecer quem veio antes. “A luta do Movimento Negro é histórica e precisa ser reconhecida e valorizada, porque se a gente avançou de alguma forma em termos de promoção da equidade na sociedade brasileira foi também por conta da intervenção, da construção e da contribuição dessas organizações. E aí eu gosto, inclusive, de enfatizar que o Movimento Negro, como diz a própria Nilma Lino Gomes, do Movimento Negro Educador, que ele não constrói uma luta para favorecer unicamente o grupo da população negra, pelo contrário. Essa luta atinge toda a sociedade”.

A intelectual reconhece os esvaziamentos das pautas raciais nos espaços de poder, mas ela volta à história para trazer uma reflexão de que não é a primeira vez que a sociedade anda para trás sobre questões étnicos raciais.

“O CEERT, por exemplo, é uma dessas instituições que há mais de três décadas promovem a equidade racial e de gênero, especialmente dentro das instituições, promovendo uma política de promoção da equidade racial, interseccionada com o gênero, construindo censos, construindo uma metodologia, a partir da nossa metodologia de trabalho que visa construir uma outra cultura, uma dinâmica onde as pessoas negras não só possam estar, mas estar de forma que não seja pautada por uma lógica de violência. A gente reconhece que está havendo um enxugamento das pautas de diversidade, mas eu acredito que existe um movimento que ele é contínuo, mas que ele não é linear. Quando a gente pensa as ações de modo geral, a política e a dinâmica social, na verdade, a dinâmica social não é linear. Vai existir um movimento de avanço, assim como vai existir um movimento de retrocesso, porque faz parte de uma lógica, inclusive dialética, da sociedade. Assim como o avanço é um movimento que aconteceu dentro das empresas e agora está retrocedendo, essa também é a impressão da própria dinâmica da sociedade brasileira, que avançou nos últimos anos em relação à pauta racial e de gênero”, reflete a historiadora.

Entender que o interesse social por questões raciais vai e volta ao longo da história é algo importante que reforça a necessidade de se estar sempre preparado para para mudanças, mas principalmente ter a consciência que a luta não pode ser cíclica.

“É fundamental para que a gente não esmoreça no processo, para que a gente efetivamente entenda que a pressão tem que ser contínua. Porque inclusive quando a gente dá passos e avança, a gente acha que pode recuar ou relaxar. A sociedade precisa caminhar para frente sem retroceder sobre nossos direitos”, completa Giselly.

AS MULHERES NEGRAS MANTÉM A ESQUERDA À ESQUERDA

“Acredito que há, de fato, um crescimento no conservadorismo, mas ao mesmo tempo observamos um aumento na representação negra por diversos motivos. Falamos muito sobre George Floyd, mas muitas vezes esquecemos de Marielle Franco. Infelizmente, hoje estamos lembrando os seis anos de seu assassinato. Após este momento em que Marielle se tornou uma semente, uma ancestral, ela impulsionou muito o movimento de mulheres negras na política, que estava conectado a ela, bem como aquelas que não estavam. Além disso, houve um esforço contínuo por parte das mulheres negras para convencer os partidos políticos de que elas são sim candidatas viáveis”, reflete a cientista social, Edilza Sotero.

Edilza Sotero – Foto: Fábio Ura

O conservadorismo também é um movimento social cíclico, mas para a pesquisadora os movimentos sociais estão bem firmes.

“O conservadorismo é um movimento que vai e volta, mas nos Estados Unidos, por exemplo, a gente tem uma bancada, que é uma bancada do Partido Democrata, com pessoas que são negras, de origem latina, de origem árabe, que estão também colocando na política um discurso onde não admitem ser deixados de fora. No Brasil, lembro de Vilma Reis, deputada baiana, que diz uma frase que é maravilhosa: ‘é preciso mudar a fotografia do poder’. Não dá mais para tirar aquelas fotos da chapa, que está todo mundo branco, todo mundo do partido branco, e aí mudar a fotografia também a gente conta uma história que está atrás dela, não é só o momento da foto, mas como é que a gente muda a história que está constituída para que aquela foto exista. Nós mulheres negras somos a esquerda. É a gente que puxa a esquerda para a esquerda. É a gente que puxa os debates que precisam ser feitos para que eles estejam na pauta. Então eu acho que é um momento de apreensão, mas é um momento de reafirmar que nós temos respostas. A gente não é só voto. A gente tem resposta para a política e para a sociedade, para a mudança que a gente quer”, finaliza Edilza.

Equipe de Wanessa Camargo teria reclamado com produção do Fantástico sobre edição final da entrevista

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Foto: TV Globo

Desde a exibição da entrevista de Wanessa Camargo no programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (17), o assunto tem dado o que falar nas redes sociais, já que a cantora continuou a abordar o tema do racismo estrutural de forma esvaziada, para explicar o que fez contra Davi Brito no BBB 24.

Segundo a reportagem da coluna F5, da Folha de S. Paulo, a equipe de Wanessa teria reclamado com a produção do programa sobre a edição final do bate-papo, nesta segunda-feira (18), porque segundo eles, teria desfavorecido a artista e acusou a reportagem de ter sido “maliciosa”.

Durante a entrevista, a edição do Fantástico exibiu o chamado “VAR” durante falas de Wanessa, para apontar contradições. Por exemplo, quando ela nega que tentou convencer os participantes a isolar o motorista de aplicativo. “Outras pessoas incomodadas com ele, muito primeiro que eu, vinham me trazer essas questões”, disse. Porém, o programa mostrou as diversas vezes em que ela abordou os brothers para falar mal de Davi e chegou a dizer: “eu acho que ele é bem perigoso […] tenho medo de violência”.

O objetivo da entrevista era ajudar a limpar a imagem da cantora com o público, no entanto, a equipe entendeu que a edição final mostra que a cantora não fez uma autocrítica após expulsão do reality show. Em resposta, a produção havia alegado que não “passa pano” em situações polêmicas, não importa com quem seja.

Em nota para a coluna F5, a assessoria de imprensa de Wanessa Camargo negou que a equipe tenha feito reclamações com a produção do Fantástico. Enquanto a Globo não comentou publicamente sobre o assunto.

Rosas brancas e shots de gengibre: Confira a lista de exigências de SZA para o show no Lollapalooza

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Foto: Billboard

A cantora norte-americana SZA se apresenta no próximo domingo, 24 de março, no palco do Lollapalooza Brasil. Com a turnê ‘SOS’, a vencedora do Grammy promete agitar o público, entregando sucessos como ‘Kill Bill’, ‘Good Days’, ‘Snooze’ e ‘All The Stars’. Para a realização do espetáculo na capital de São Paulo, SZA fez algumas exigências.

Foto: AB + DM / Billboard

De acordo com o G1, que teve acesso aos pedidos da artista, SZA solicitou flores (rosas brancas, copo-de-leite e flores brancas), cabides, além de shots de gengibre para toda sua banda, equipe e dançarinos. Além disso, para o camarim, ela também pediu um purificador de ar, humidificador e vitamin water. No ano passado, Lil Nas X, que também se apresentou no festival, pediu a ajuda de quatro assistentes, para auxiliar com seus figurinos e trocas de roupa.

Além das diversas influências do R&B e Blues, SZA é uma grande fã da música brasileira, em especial da Bossa Nova. A artista já declarou sua paixão pelo clássico ‘Garota de Ipanema’ e já revelou o desejo de utilizar a faixa como sample em uma de suas canções. Nesta semana, através Instagram, a cantora publicou uma série de fotos ao som da música ‘Samba de Benção’, clássico de Bebel Gilberto.

Aaron Pierre abandona o elenco do filme ‘Blade’: “Rolaram conversas, mas não faço mais parte”

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Foto: Divulgação.

O futuro do filme ‘Blade’ continua incerto e repleto de polêmicas. O ator Aaron Pierre, que tinha sido confirmado no elenco do novo longa, revelou que abandonou o projeto. Sem maiores detalhes, o ator contou que conversas foram feitas, mas não seguiram adiante da melhor maneira. “No início rolaram conversas mas à medida que o projeto evoluiu, não fiz mais parte dele”, relatou o astro.

O papel de Aaron no projeto não chegou a ser revelado, mas especulava-se que seria de destaque. Estrelado pelo premiado ator Mahershala Ali, a produção do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) deveria ter começado as gravações ainda em 2023. Desde o anúncio, a produção do filme enfrentou diversos problemas. No ano passado, foi divulgado que o filme estava sendo reescrito e foi adiado para a data de lançamento de 2025.

Mahershala Ali. Foto: Gage Skidmore

Em março do ano passado, o jornalista Jeff Sneider especulou em seu podcast ‘The Hot Mic‘, que o filme estava com problemas na pré-produção e poderia ser adiado novamente, culpabilizando o ator principal. “Blade conseguiu um novo diretor em novembro. Aqui estamos nós, cinco meses depois, ainda sem atualização sobre o elenco… Vê onde quero chegar com isso? Mahershala Ali, duas vezes vencedor do Oscar, essas pessoas querem que as coisas sejam feitas de uma certa maneira, certo? E eles carregam o peso para conseguir o que querem, e isso às vezes causa atrasos”, disse Jeff.

‘Blade’ é um personagem fictício dos quadrinhos da Marvel Comics, criado por Marv Wolfman e Gene Colan. Ele é conhecido como Eric Brooks, um humano que foi contaminado durante o parto por um vampiro, adquirindo suas habilidades sobrenaturais sem se tornar completamente uma criatura das trevas. Eric Brooks, também chamado de Blade, caça e elimina vampiros, utilizando suas habilidades aprimoradas e um vasto arsenal de armas tecnológicas e tradicionais. Ele se tornou popular principalmente através dos filmes de ação e terror que estrelou, ajudando a popularizar o gênero de super-heróis nos cinemas.

“Não é um álbum Country. Este é um álbum “Beyoncé”, diz cantora ao revelar imagem de capa de ‘COWBOY CARTER’

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Foto: Reprodução

No início da tarde desta terça-feira, 19, Beyoncé fez uma publicação onde inicia uma contagem regressiva para o lançamento de ‘OWBOY CARTER’, que acontece oficialmente no dia 29 de março. Na publicação, além de falar sobre as críticas que recebeu sobre ser uma mulher negra fazendo música para este gênero musical e ainda revela a capa do sucessor de ‘RENAISSANCE’.

“Hoje marca a contagem regressiva de 10 dias até o lançamento do ato II. Agradeço do fundo do meu coração a todos os apoiadores de TEXAS HOLD ‘EM e 16 CARRIAGES. Sinto-me honrada por ser a primeira mulher negra com o single número um na parada de Hot Country Songs. Isso não teria acontecido sem o apoio de cada um de vocês. Minha esperança é que daqui a anos, a menção da raça de um artista, no que se refere ao lançamento de gêneros musicais, seja irrelevante”, escreveu a artista.

Beyoncé contou de onde partiu a ideia de criar o álbum e revelou que passou cinco anos trabalhando em pesquisas para a produção de ‘COWBOY CARTER’: “Este álbum foi mais de cinco anos em construção. Nasceu de uma experiência que tive anos atrás, onde não me senti bem-vinda… e ficou muito claro que não fui. Mas, por causa dessa experiência, mergulhei mais fundo na história da música Country e estudei nosso rico arquivo musical. É bom ver como a música pode unir tantas pessoas ao redor do mundo, ao mesmo tempo em que amplifica as vozes de algumas das pessoas que dedicaram tanto de suas vidas educando sobre nossa história musical”.

A maior ganhadora do Grammy também lembrou as críticas recebidas por pessoas que se dizem apreciadores do gênero, que é acompanhado por um público em sua maioria branco e conservador nos EUA: “As críticas que enfrentei quando entrei neste gênero pela primeira vez me obrigaram a superar as limitações que me foram impostas. O ato II é o resultado de me desafiar e de levar meu tempo para misturar e mesclar gêneros para criar este corpo de trabalho”.

Ao final da mensagem, a diva ainda pontua: “Este não é um álbum Country. Este é um álbum “Beyoncé”. Este é o ato II COWBOY CARTER, e estou orgulhosa de compartilhá-lo com vocês!”

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