Em entrevista para o Wall Street Journal, Usher revelou que não realiza refeições às quartas-feiras. O astro explicou que jejua por motivos próprios e que não possui motivações religiosas. “É algo que minha avó praticava”, destacou ele. “Eu jejuo às quartas-feiras. Normalmente tento começar por volta das 23h do dia anterior e depois passo o dia inteiro na quarta-feira só bebendo água.”
Ao longo da semana, o artista vencedor do Grammy defende que gosta de acordar cedo. “Tudo depende de como terminei minha noite anterior. Às vezes, um café é apropriado, mas normalmente acordo e tomo um suco de salsão. Tenho feito esta mistura de limão, gengibre, água e pimenta caiena. Eu bebo quente“, revelou, dizendo ainda que não gosta de comer antes de malhar ou fazer alguma atividade física.“Primeiro eu caminho, alongo ou faço ioga, sento ao sol e aumento os níveis naturais de calor do corpo. Aí eu como”.
Foto: ABC / Reprodução.
Usher também revelou que adora correr mas que não é adepto da musculação. “Normalmente, meu regime de exercícios começa com caminhada ou com certas ativações de joelho e caminhada reversa que faço para realmente envolver meus quadríceps, joelhos e glúteos. Fora isso, nadar é uma coisa muito boa para me animar, e andar de bicicleta. Levantamento de peso, não faço muito”, disse.
Avisa que o Julius conseguiu mais um emprego! A série ‘Todo Mundo Odeia o Chris’, uma das favoritas dos brasileiros, vai ganhar uma versão animada do Comedy Central. A novidade foi anunciada pela Variety e confirmada pelo Terry Crewse Tichina Arnold, nesta terça-feira, 18 de junho. Os astros interpretam Julius e Rochelle, os pais do Chris, na versão original e retornarão para dublar os mesmos personagens.
Terry e Tichina celebraram o novo projeto intitulado ‘Todo Mundo Ainda Odeia o Chris’. “Estamos muito entusiasmados com este novo empreendimento. Para todos vocês, pessoas adoráveis que arrasaram conosco, agora vocês têm a chance de rir de nossos personagens animados. Agradecemos seu apoio. Vamos!!!”, disseram no vídeo publicado nas redes sociais.
Além de ser o produtor executivo, Chris Rock também retornará ao elenco para narrar a série animada, assim como na versão original. Outros nomes já foram confirmados para compor a equipe e incluem Tim Johnson Jr., Ozioma Akagha, Terrence Little Gardenhigh e Gunnar Sizemore.
Produzida pelo Chris Rock Enterprises, CBS Studios e 3 Arts Entertainment, a série estreia no canal norte-americano Comedy Central ainda este ano e posteriormente no Paramount+. Ainda não há previsão para lançamento no Brasil.
O cantor Ed Motta utilizou seu perfil no Instagram para pedir desculpas por chamar ouvintes de Hip-Hop de burros. “Salve, pessoal do hip-hop. Vim aqui pra pedir desculpas, perdão a vocês, pelo meu comportamento grosseiro e desrespeitoso sobre o movimento. Eu estava num live, e meu live vocês sabem que é caótico, falo mal de um monte de coisa. Mas não justifica”, disse ele.
O artista, que foi amplamente criticado pelos seus comentários, disse que errou feio. “Foi ruim, deixei meus amigos tristes, amigos que fazem parte do movimento. E um monte de gente chateada comigo. Então, peço perdão a vocês. Eu errei feio”, finalizou.
O comentário polêmico de Ed Motta aconteceu no último dia 12 de junho. “Qualquer um que ouve Hip-Hop é burro, qualquer um, sem exceção”, declarou. “O que alguém inteligente ouve? jazz, música clássica“, disparou através de uma live. Em outro trecho do vídeo, Motta declarou que representa a sofisticação. “Eu sou preto. Represento o que a raça tem de mais sofisticada”, diz ele. Nas redes, o músico foi amplamente criticado.
O Happy Black Hour acaba de anunciar o “Arraiá Preto do Entre Nós“, o primeiro evento junino dedicado exclusivamente à celebração da cultura preta. A festa ocorrerá no dia 30 de junho no Espaço Vem Sambar, em São Paulo, a partir das 14h e promete ser um marco na valorização da identidade racial e na promoção da ancestralidade.
O “Arraiá Preto”, organizado por um coletivo que reúne mais de 80 mil pretos, contará com uma série de atrações tradicionais e inovadoras, todas com um toque afro-brasileiro.
“Estamos criando um espaço de celebração que honra nossas raízes e promove o orgulho da nossa ancestralidade. Cada detalhe do ‘Arraiá Preto Entre Nós’ foi pensado para resgatar e valorizar a nossa identidade, conectando pessoas negras em um ambiente de alegria e resistência”, afirma Felipe Daniel, fundador do Happy Black Hour.
A programação do evento incluirá:
● Samba do Entre Nós, liderado por Tiago Campos, que fundou em 2019 o Samba do Aguidá que visa resgatar a história do samba e promover o orgulho da ancestralidade africana.
● Quadrilha Preta e Casamento Caipira dos Pretes, trazendo a tradição junina com uma perspectiva afrocentrada.
● Dança das Fitas do Axé, integrando elementos da cultura afro-brasileira.
● Correio Dendê Elegante, uma divertida maneira de enviar mensagens entre os participantes.
● Concurso de Trajes Afro-Juninos, celebrando a criatividade e a identidade racial.
● Bingo da Liberdade e Sorteios dos Quilombolas, promovendo a interação e a alegria.
“Se juntes já causamos impacto, imagine na nossa primeira Festa Junina Preta. Este é um momento histórico de união e celebração que vai além do entretenimento; é uma reafirmação de nossa força e de nossa presença cultural”, celebra Felipe.
O evento conta também com a participação do Groove 011, projeto fundado por Sammy Ricardo, que transforma a paixão pelo samba rock em uma ferramenta de superação e fortalecimento cultural. Sammy Ricardo cresceu aprendendo sobre a cultura dentro de casa e transformou sua paixão pelo samba rock em uma forma de superar desafios pessoais e fortalecer a comunidade ao seu redor.
O Rolê PretoSampa também faz parte da iniciativa, enquanto uma plataforma de fomento à cultura preta através de conteúdos e divulgação de espaços e aquilombamentos idealizada pelo Jailton Neves.
Para comprar os ingressos, acesse o site Sympla. O primeiro lote estará à venda até o dia 24 de junho e custa R$ 25.
No dia 28 de junho, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) será palco de um evento imperdível para quem se interessa por comunicação racializada. A Rede de Jornalistas Pretos e a URL Media dos Estados Unidos se unirão para trazer a renomada professora norte-americana Sara Lomax Reese, cofundadora e presidente da URL Media, para ministrar uma aula presencial sobre disseminação e sustentabilidade de conteúdo diversificado no meio comunicativo.
O evento será parte do curso “Diversidade, Inclusão e Novos Formatos no Jornalismo Pós Digital”, realizado pela Rede JP em parceria com a escola de comunicação da UFRJ desde março. A iniciativa, extremamente bem recebida por alunos da instituição e que acumula mais de 10 mil visualizações nas transmissões nas redes, certamente deu um passo maior. O encontro representa uma colaboração inédita entre as duas importantes redes de jornalistas, que têm como missão promover a diversidade e a inclusão no setor comunicativo mundial.
A aula será uma oportunidade única de explorar práticas e estratégias utilizadas por organizações e criadores de conteúdo nos Estados Unidos para promover a diversidade e garantir a sustentabilidade de suas iniciativas. Além disso, contará com uma série de objetivos particulares:
● Explorar as práticas e estratégias utilizadas por organizações e criadores de conteúdo para promover a diversidade e garantir a sustentabilidade de suas iniciativas;
● Analisar casos de sucesso e lições aprendidas de projetos nos EUA como o URL Media e WURD Radio, enfatizando a importância de dar voz a comunidades marginalizadas;
● Compreender os fatores conjunturais e estruturais necessários para transformar uma ideia jornalística em um negócio autossustentável.
● Capacitar profissionais para entender o funcionamento do organograma da mídia internacional e suas distinções à brasileira.
A parceria entre a Rede de JP e a URL Media visa criar um intercâmbio de conhecimento e experiências que fortalecerá o jornalismo diversificado e sustentável tanto nos EUA quanto no Brasil. Juntos, esses profissionais buscarão novas maneiras de amplificar vozes diversas e desenvolver iniciativas midiáticas mais inclusivas e duradouras.
Mais sobre Sara M. Lomax
Sara M. Lomax Reese é co-fundadora e presidente da URL Media, uma rede de organizações de mídia pertencentes e lideradas por pessoas negras e pardas que compartilham conteúdo, distribuição e receitas para aumentar sua sustentabilidade a longo prazo. Além de seu trabalho com a URL, é CEO, presidente e proprietária da WURD Radio, LLC, a única estação de rádio de conversação de propriedade afro-americana na Pensilvânia, Estados Unidos.
Toda a carreira de Sara tem sido voltada à fomentação e organização de mídia negra para dar voz e agência a comunidades historicamente marginalizadas, negligenciadas e mal-atendidas. Ela é creditada por transformar a WURD Radio de uma estação de rádio de conversação tradicional em uma empresa de comunicação multimídia lucrativa, oferecendo programação original e inovadora no ar, online e através de eventos comunitários.
Evento:
Início: 13:30 da tarde, horário de Brasília
Ocorrência e Local: Presencial (Campus UFRJ – Praia Vermelha, Rio de Janeiro), com transmissão online.
Acessibilidade: Gratuita. Presencialmente, vagas limitadas. Para contato, e-mail: jornalistaspretos@gmail.com
Duração aproximada: 3 horas, com possibilidade de extensão em até 30 minutos.
Veículos de transmissão: Canal YouTube – Extensão UFRJ
Acessibilidade linguística: Auditiva verbal (com equipamento de tradução simultânea), presencialmente; e em tradução de libras, remota e presencialmente.
Morgan Freeman, 87, voltou a causar polêmica ao criticar o Mês da História Negra nos Estados Unidos, celebrado anualmente em fevereiro, durante uma entrevista ao Variety no último sábado, 15 de junho.
“Eu detesto isso. A mera ideia disso. Você vai me dar o mês mais curto do ano? E vai comemorar a ‘minha’ história?! Essa ideia toda faz meus dentes coçarem. Não está certo”, disse o astro, que estava divulgando “The Gray House”, sua nova série dramática como produtor executivo, uma história sobre o trabalho de três espiãs da União durante a Guerra Civil.
E acrescentou: “Minha história é a história americana. É a única coisa em que estou interessado neste mundo, além de ganhar dinheiro, me divertir e dormir o suficiente”.
No ano passado, Freeman já havia afirmado que era um “insulto” um mês em celebração a história negra e o termo “afro-americano”. Instituído em 1976, o Mês da História Negra é celebrado em fevereiro para coincidir com os aniversários de Abraham Lincoln e Frederick Douglass.
O vencedor do Oscar ainda destacou que é importante conhecer a sua própria história. “Se você não conhece o seu passado, se não se lembra dele, você está fadado a repeti-lo”.
Wesley Snipes, o inesquecível intérprete de Blade na trilogia lançada entre 1998 e 2004, reagiu à polêmica de que recentemente o reboot perdeu o seu diretor pela segunda vez.
“Blade, aiaiaiaiaiaiai. O pessoal ainda está procurando por aquele molho secreto, ao que parece. É como dirigir um carro de neve no tráfego, meio difícil. Os Daywalker fazem parecer fácil, não é mesmo?”, brincou o ator, fazendo referência com o apelido do personagem entre os vampiros.
Na última quinta-feira, 13 de junho, fontes afirmaram ao Comicbook, que o diretor Yann Demange (Lovecraft Country) abandonou Blade após conflitos com o Mahershala Ali, astro do filme. Em setembro de 2022, o cineasta Bassam Tariq também havia deixado o projeto por conta de diferenças criativas com o vencedor do Oscar.
Desde que o reboot foi anunciado em 2019, a produção já perdeu dois diretores e teve pelo menos cinco roteiristas envolvidos em diferentes etapas. A última data divulgada para estreia do filme, após diversos adiamentos, está marcada para 7 de novembro de 2025.
Movimentando mais de US$ 2,5 trilhões em vendas anuais no mundo inteiro, incluindo vestuário, acessórios, design e mídia, de acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento de 2022, até que o produto chegue nas mãos do consumidor, a produção do mercado de moda, em especial de vestuário, precisa passar, essencialmente pelas mãos de profissionais que dão forma e acabamento ao produto. Nesse grupo estão as costureiras, que têm em sua história a luta por direitos trabalhistas e a condução da cultura ancestral do vestir.
Apesar do histórico valorizado, o reconhecimento financeiro não chegou para a maioria delas, de acordo com a pesquisa nacional recente “Costureiras Autônomas de Reparos de Roupas”, realizada pela Aliança Empreendedora e apoiada pela coalizão de parceiros de Moda Justa Sustentável. Segundo os dados, 78% das costureiras autônomas especializadas em reparos de roupas no Brasil se identificam como negras (pardas e pretas). Essa representatividade racial reflete a importância histórica e atual dessas mulheres na cadeia de moda, enquanto destaca os desafios enfrentados por elas em um setor ainda marcado pela informalidade e precariedade.
A pesquisa destacou que 69% das costureiras negras autônomas sentem-se sobrecarregadas. Muitas trabalham sozinhas e em condições de informalidade, com 62% atuando sem qualquer formalização de seus negócios, apesar de 66% delas se considerarem empreendedoras. Além disso, 90% das participantes moram e trabalham no mesmo local, refletindo a dificuldade em separar a vida profissional da pessoal. Das formalizadas, 36,4% são registradas como MEI (Microempreendedor Individual) e apenas 1,4% como ME (Microempresa), índices de formalização ainda abaixo da média nacional de 45%, de acordo com o Monitoramento de Empreendedorismo Global, realizado em 2022.
As questões de saúde são frequentes: metade das entrevistadas relatou enfrentar problemas de saúde relacionados ao trabalho. A sobrecarga de responsabilidades, com 43% trabalhando diariamente e 36% folgando apenas um dia por semana, acentua a precariedade do trabalho, além de destacar que muitas delas atuam em ambientes inadequados para a realização do trabalho.
O estudo, que envolveu 140 respostas válidas de costureiras de 21 estados do Brasil, foi realizado em duas fases: uma quantitativa com questionários online e uma qualitativa com entrevistas semiestruturadas. A fase qualitativa revelou que todas as participantes se identificaram como negras, evidenciando uma realidade marcada pela dupla jornada de enfrentamento da desigualdade racial e de gênero.
Costureiras negras: pilares invisíveis da moda
A representatividade de costureiras negras autônomas na moda não é apenas uma estatística; ela reflete uma longa tradição de mulheres que têm sustentado o setor desde os tempos coloniais. Historicamente, as costureiras negras têm sido a espinha dorsal da moda popular e da alta-costura, contribuindo com habilidades artesanais transmitidas por gerações. No entanto, o estudo revela que a visibilidade e a valorização desse trabalho continuam a ser desafios significativos.
Cristina Filizzola, líder de projetos e presidente da Aliança Empreendedora, enfatiza a importância de reconhecer essa contribuição: “As costureiras negras têm desempenhado um papel crucial na cadeia de moda, mas muitas vezes são invisíveis e pouco valorizadas. Nosso estudo visa trazer luz a essa realidade e promover políticas públicas que reconheçam e apoiem essas profissionais.”
Luta por reconhecimento e capacitação
Apesar das adversidades, a paixão pela costura é um traço marcante. A maioria das costureiras, 90%, declarou trabalhar com costura por amor, sendo que 71,2% afirmaram amar a profissão e depender da renda gerada. No entanto, 62% das costureiras negras autônomas ganham menos de um salário mínimo, e 85% estão abaixo da faixa salarial de costureiras formalmente contratadas. Essa precariedade financeira é agravada pelo fato de que 46% das entrevistadas têm a costura como principal fonte de renda familiar, e quase 22% sustentam suas famílias exclusivamente com essa atividade.
O estudo também revelou que 97,5% das costureiras têm sonhos relacionados à costura, como ter seu próprio ateliê ou espaço de trabalho. Para alcançar esses objetivos, 83% buscam capacitação em gestão de negócios e 91% em técnicas de costura, principalmente por meio de recursos online. No entanto, a participação em redes de apoio ainda é baixa, com apenas 18% acessando cursos gratuitos e tendo contato com outras profissionais para troca de experiências, o que indica um ambiente de trabalho solitário e isolado.
Necessidade de políticas públicas inclusivas
O trabalho das costureiras autônomas ainda necessita de políticas públicas específicas, que contemplem o apoio para o investimento em especialização e estrutura para que essas mulheres, em sua maioria, negras, possam trabalhar com mais dignidade, qualidade e saúde. Garantindo, assim, o apoio necessário para jornadas de trabalho mais saudáveis, que possibilitem que elas possam organizar sua rotina, que muitas vezes é dividida entre os cuidados da casa e dos filhos e a atividade profissional.
A coalizão de Moda Justa Sustentável, composta pelo Instituto C&A, Instituto Lojas Renner, Instituto SYN, Abit e ABVTEX, apoia a Aliança Empreendedora desde 2021. O objetivo é promover trabalho digno na cadeia de confecção-têxtil e fortalecer a presença e o reconhecimento das mulheres negras na moda.
Na tarde desta segunda-feira, 17, o diretor Jordan Peele anunciou o adiamento de seu próximo filme. A data de lançamento do longa, que seria lançado em dezembro de 2024, foi modificada pela Universal para 23 de outubro de 2026, conforme publicou Peele em uma imagem nas redes sociais.
O anúncio sobre a primeira data de lançamento ocorreu antes da greve de roteiristas e atores de Hollywood no segundo semestre de 2023, que durou cerca de quatro meses e adiou o lançamento de inúmeras produções.
Ainda sem detalhes disponíveis sobre a história que será contada no quarto filme do diretor norte-americano, a nova data de lançamento aumenta os rumores sobre este ser um filme de terror, com base nas produções anteriores lideradas por Peele no cinema.
No começo de janeiro deste ano, Peele deu uma entrevista ao podcast “Conan O’Brien Needs a Friend”, onde falou: “Eu realmente sinto que meu próximo projeto está claro para mim, e estou empolgado por ter outro filme que, você sabe, poderia ser meu filme favorito se eu fizer tudo certo”, afirmou.
Patricia Hill Collins, uma das mais influentes pesquisadoras do feminismo negro nos Estados Unidos e no mundo, retorna a São Paulo para participar de um ciclo formativo da ONG Ação Educativa, contando com o apoio do Projeto Seta. Com o tema “Interseccionalidade em Ação“, o curso é destinado a promover uma compreensão aprofundada sobre a interseccionalidade e suas aplicações no campo da educação. A formação é gratuita e acontecerá nos dias 04/07 e 11/07 no formato online, com um terceiro encontro, no modo presencial, em 12/07, nessa ocasião, com a presença da pensadora.
Aberto ao público em geral, o ciclo formativo é voltado especialmente para mulheres negras ou indígenas, cis, trans ou travestis, que atuam na educação básica pública ou em espaços não escolares. Como o número de vagas é limitado a 20 participantes, as interessadas na formação precisarão submeter o interesse preenchendo um formulário de inscrição online. Tanto o formulário quanto o edital com os critérios para a seleção das contempladas já estão disponíveis no site da Ação Educativa.
Referência no ramo da sociologia e educação, Patricia atua como professora na Universidade de Maryland, College Park, chefiou o Departamento de Estudos Afro-Americanos na Universidade de Cincinnati por mais de duas décadas, além de ser autora de obras como “Pensamento Feminista Negro” e “Interseccionalidade”. Durante o ciclo formativo, Hill Collins passará por diversas experiências que vão desde conhecer a Ocupação 09 de Julho em São Paulo até ter um momento de troca e diálogo com educadores.
Sobre o ciclo formativo
Mas afinal, o que é interseccionalidade? O termo refere-se à maneira como diferentes formas de opressão – como racismo, sexismo, classismo, etarismo entre outras – se interligam e se sobrepõem. Em vez de analisar essas desigualdades isoladamente, a interseccionalidade avalia como essas múltiplas formas de discriminação se cruzam e impactam a vida das pessoas em várias dimensões. Na visão de Patricia Hill Collins, a interseccionalidade é tanto uma ferramenta de análise quanto de intervenção política na luta por justiça social.
“A forma como Patricia constrói o conceito de interseccionalidade dentro da teoria crítica feminista é muito contemporânea, nova e relevante. Ela traz a interseccionalidade de raça, classe e gênero para dizer que existe uma construção da ‘mulheridade’ em se tratando das mulheres negras, que se constrói a partir de diferentes matrizes de opressão”, destaca Ednéia Gonçalves, coordenadora-executiva adjunta da Ação Educativa.
“Nossa proposta é que, nos encontros online, seja discutido o conceito de interseccionalidade no pensamento da autora. Em um segundo momento, será realizada uma seleção de trabalhos de professoras e professores que discutem raça e gênero, na abordagem interseccional, dentro do ambiente da educação escolar, a fim de selecionar 20 propostas cujos responsáveis irão, além de fazer o curso, conhecer Patricia pessoalmente”, explica Ednéia.
Por meio do projeto Gênero & Educação, a Ação Educativa vem trabalhando temas como a interseccionalidade há um tempo, por meio da difusão de metodologias pedagógicas e formações gratuitas. “Temos desenvolvido há muitos anos um trabalho para fortalecer o enfrentamento de desigualdades e violências de gênero por meio da educação, um tema que vem sendo alvo de desinformação e censura. E, para isso, é fundamental aprofundar a abordagem interseccional, considerando como gênero se cruza com as dimensões de raça e classe”, explica Bárbara Lopes da Ação Educativa.
Como a proposta é a de fortalecer a abordagem interseccional nos processos educativos, as participantes da formação terão a oportunidade de reconhecer a complexidade das diferentes formas de opressão no dia a dia de educadoras e educandos. Temas como o feminismo negro brasileiro contemporâneo e o pensamento da socióloga também estarão presentes na programação.
Para informações sobre o edital, inscrições e seleção das vagas, acesse o site: acaoeducativa.org.br ou escreva para generoeeducacao@acaoeducativa.org.br.