Home Blog Page 230

Autopromoção e marca pessoal: Sem limites éticos na tragédia do RS

0
Reuters / Diego Varas.

Texto de Patrícia Carneiro

Desde o dia 03.05.2024, estamos vivendo, como gaúchos e gaúchas, o maior desastre ambiental da história no Rio Grande do Sul. No dia seguinte, 04.05.2024, o nível do Lago Guaíba atingiu 5,31 cm, inundando a capital e a região metropolitana e causando um impacto sem precedentes. Até o momento, os danos incluem: 88% dos municípios do estado atingidos, 339.928 desalojados e um total de 1.951.402 pessoas afetadas diretamente, enfrentando falta de luz, água potável e bloqueios totais e parciais de rodovias, segundo dados da Defesa Civil no dia 11.05.2024. Com o principal aeroporto inundado, estamos literalmente ilhados. Em Porto Alegre, onde moro, um evento semelhante ocorreu em 1941, 83 anos atrás, quando o Rio Guaíba (aqui chamado de Lago) atingiu 4,76 cm, levando 32 dias para baixar abaixo da cota de inundação. Sem nenhum plano de contenção ou gestão de crise ambiental, a partir deste dia, assistimos à espetacularização da tragédia, embalada sob o rótulo da comunicação em tempo real para a população gaúcha e para o mundo.

Como um desastre, agora, após uma semana, é possível olhar para trás e entender os incômodos que foram sendo gerados desde a “cobertura” pelo Governador, que a cada dia se supera, incluindo um agradecimento no Twitter às antenas de internet de Elon Musk, até os vídeos editados com fundo musical para ornar as distribuições de alimentos e os pedidos de PIX dos influenciadores. Nesta análise, eu deveria categorizar: políticos, influenciadores digitais nativos e aspirantes a celebridades que perceberam que a tragédia gera audiência pela comoção, que por sua vez gera engajamento, seguidores, números e repercussão. E, de repente, a internet foi inundada em um desastre online com a temática de desastre, tragédia, RS, enchente, como doar, onde doar e, neste caos informativo online, o ambiente tornou-se perfeito para as fake news, conteúdos de ódio, polarização política, intolerância religiosa e medição de bondade, ação e colaboração virtual.

Quem sou eu para fazer uma análise desta? Sou uma profissional de comunicação social com mais de 25 anos de atuação como estrategista de marca e conteúdo, com sólida formação em Branding, Relações Públicas e Publicidade. Portanto, conhecimento não me falta para escrever o que tenho ouvido em voz baixa: quanta autopromoção. Basta abrir as redes sociais, especialmente o Instagram, para ver a descida de ex-BBBs para voluntariar, de personalidades locais e influenciadores de todos os portes pelas timelines. Mas para fazer o julgamento, é preciso analisar as postagens, o tratamento dado à informação. Se você analisar, vai sobrar poucos fazendo o certo: foco informativo na situação, com fontes citadas e confiáveis e que se colocam em segundo plano, pois o foco sob o holofote deveria ser a mensagem, seguindo regras éticas de não gravar e veicular crianças, idosos, corpos mortos e assim por diante. Ou controlar seu nível de opinião, sabendo o poder que tem para impactar milhares de pessoas que agem em efeito manada. Influência responsável está escassa neste momento.

Mas mesmo que fosse uma constatação técnica empírica, só tive coragem de escrever este artigo após duas provas cabais do fenômeno: o primeiro é um monitoramento de listening mostrando o salto de audiência em perfis claramente com prática de autopromoção, e o segundo foi ver um briefing de influência que pedia a citação do Instituto com a citação da liderança junto. Se me faltavam provas, elas chegaram nas minhas mãos, confirmando o que minha amiga e jornalista Silvia Nascimento sempre diz. Na investigação da fonte, eu tinha o histórico comprovado de autopromoção e aí junta Lé com Cré… e está montado o nosso quadro do CSI.

Outro fato e prova cabal foi fazer uma análise de comentários onde as pessoas identificam a prática de autopromoção e ainda resumem: Mas ao menos está fazendo. Como é que é? Vamos continuar seguindo a lógica do “Rouba, mas faz”? Este tipo de lógica é danosa e leva a fenômenos onde personalidades atingiram status messiânicos como o guru que orquestrou o suicídio coletivo ou o líder nazista, e assim a história está cheia de exemplos de más influências.

Sempre digo que o limite da autopromoção é onde está o holofote e o tamanho da vaidade ferida em não se ver incluída em rankings de destaque e reconhecimentos. Tenho o hábito de fazer perguntas: quantas pessoas atendidas, onde, quando? Mostre-me… Porque, junto com a influência, vem a confiança. E estamos em plena crise de confiança quando todo mundo começa a pedir PIX, mas a água segue faltando. Se você é influenciador, liderança ou ativista, pense duas vezes antes de integrar o time dos sem noção e sem ética em uma tragédia como esta e como as que virão. E pare simplesmente de jogar o holofote em si… o holofote ilumina inclusive este desvio.

Academia Brasileira de Cinema lança vídeo com narração de Lázaro Ramos para arrecadar doações para o RS

0
Foto: Divulgação.


Devido à tragédia ambiental no Rio Grande do Sul, a Academia Brasileira de Cinema criou um vídeo para ajudar os afetados. O vídeo, narrado pelo ator Lázaro Ramos e compartilhado nas redes sociais da Academia, incentiva doações e destaca organizações como CUFA, Correios e MTST que estão coletando donativos. Além disso, o vídeo mostra cenas de mais de 50 filmes gravados no estado, incluindo obras de diretores como Sérgio Silva e Jorge Furtado.

Nesse momento tão difícil para o Rio Grande do Sul, todos nós, da Academia Brasileira de Cinema, mandamos nosso apoio e nossa solidariedade. Que nossos irmãos, artistas, realizadores, produtores, exibidores e técnicos que fazem o cinema Brasileiro do Rio Grande do Sul, possam ter esperança mesmo em um momento tão trágico e em breve voltar a sonhar e a fazer o Brasil inteiro sonhar, sorrir e se emocionar com suas histórias“, destaca Lázaro.

Em nota, a Academia também se solidariza com os trabalhadores do audiovisual gaúcho e espera que o setor e o estado se recuperem e voltem a emocionar o país com suas histórias nos cinemas. 

Gabi de Pretas diz que está realizada com a maternidade solo: “Meus filhos são o projeto da minha vida”

0
Foto: Catarina Ribeiro.

A apresentadora e youtuber Gabi de Pretas está na capa da revista Ela. Para o veículo, ela declarou que está realizada com a maternidade solo e compartilhou imagens de seus filhos Clara Lua, de 6 anos, e Mário, de 11. “[Ter filhos] foi uma escolha minha. Tenho vontade de ter um relacionamento sério, sim, mas a criação deles sempre será uma responsabilidade minha. Se eu queria tanto ser mãe, por que não adotar? Meus filhos são o projeto da minha vida e não tem nada mais importante do que eles”, destacou Gabi.

A influenciadora, que possui mais de 630 mil seguidores no Instagram, contou detalhes sobre o processo de adoção de seus filhos. “Sinto que realmente dei à luz quando os conheci. Fiquei muito feliz, mas também bateu um medo, insegurança se eu daria conta”, disse Gabi para a revista Ela.

“Soube ali que eram eles, na hora disse para uma amiga: ‘Acho que achei meus filhos’”, relembrou de Pretas. “Meu filho tem deficiência intelectual, e no meu cadastro original não havia essa especificação. Aceitei a condição, mas entendo que teria sido difícil se não fosse minha situação financeira, que me permite buscar suporte adequado, e minha família, que me apoiou muito”.

Gabi também contou que não planeja ter mais filhos. “É incrível acompanhar o desenvolvimento das crianças, vê-las crescendo. Mas não sou dessas mães que pede: ‘Tempo, passa devagar’, sou do tipo que suplica: ‘Tempo, passa no seu tempo’”, finalizou.

“Tenho muito medo de expor esse bebê à exaustão”, diz IZA em seu primeiro Dia das Mães

0
Foto: Hick Duarte / Glamour Brasil.

Mamãe do ano, a cantora IZA estrela uma das capas de maio da revista Glamour Brasil. Grávida de 4 meses, a artista revelou ao veículo como pretende criar seu primogênito, fruto do relacionamento com o jogador Yuri Lima. “Estou em êxtase. Sempre tive o sonho de ser mãe. É uma coisa que faz parte da minha vida, não sei muito bem o porquê, mas me acho extremamente maternal com a minha equipe, minha família, meus amigos”, diz a dona do álbum ‘AFROFHIT’.

IZA revelou que, apesar de ser uma figura pública, não pretende expor seu bebê com frequência na internet. “Tenho muito medo de expor esse bebê à exaustão, porque as pessoas estão sem limites. Ainda não tenho definido se vou mostrar o rostinho, mas tenho a certeza de que não vou ficar postando ele o tempo inteiro”, relatou.

Nas redes sociais, celebrando o seu primeiro Dia das Mães, a cantora dedicou a música ‘Um amor puro’, de Djavan, para todas as mamães do Brasil. “Hoje é dia das mães e o meu primeiro curtindo essa data com meu mini talismã crescendo forte aqui dentro. Hoje eu dedico essa música pra todas as mães e filhos que tem a troca mais potente que existe no universo! Um amor puro“, escreveu IZA.

Maternidade e Carreira: Uma missão possível, mas desafiadora

0
Foto: Reprodução/Freepik

Vamos ser honestos e aceitar que a vida pessoal e a profissional sempre estiveram entrelaçadas. Antes, o que existia era uma divisão de tempo e espaço, mas, na realidade, tudo sempre esteve interligado. Nossos filhos já faziam parte do nosso dia a dia no trabalho, e as obrigações profissionais frequentemente invadiam nossos lares.

Com a chegada da pandemia, as barreiras físicas que mantinham essas áreas separadas desapareceram, e a discussão sobre como conciliar carreira e vida familiar tornou-se inadiável. As mulheres não deveriam ter que escolher entre ser MÃES e ter uma CARREIRA, mas a realidade mostra que a maioria luta para manter o equilíbrio entre esses dois mundos. 

Um estudo do ano de 2023 da Revista Crescer revela que:

  • 69% das mulheres com filhos na primeira infância acreditam que seu crescimento profissional é mais lento em comparação com aquelas que não optaram pela maternidade.
  • 39% das mães na primeira infância relatam ter perdido oportunidades de trabalho devido à gravidez.
  • 44% das mulheres com filhos consideram a escolha da maternidade uma decisão pessoal e familiar, enquanto apenas 9% se sentem mais confortáveis para ter filhos no início da carreira.

 A noção de que a maternidade limita a carreira feminina é uma realidade dura, sustentada pelo fato de que muitas mulheres são demitidas até dois anos após retornarem da licença-maternidade.

Quando focamos nas mulheres negras e das periferias, percebemos que a pandemia as impactou de maneira distinta, exigindo uma abordagem diferenciada. No Brasil, segundo a última Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, em 2018, indicou que 63% dos lares chefiados por mulheres negras no Brasil se encontravam abaixo da linha da pobreza, vivendo com renda mensal de aproximadamente R$420,00.

Mulheres negras, muitas vezes com menor escolaridade, não puderam se beneficiar do trabalho remoto. Elas predominam nos setores de atendimento ao público que não são essenciais, como limpeza, alimentação, beleza, hotelaria e entretenimento.

Os efeitos dessas circunstâncias na saúde mental são evidentes: a sobrecarga de trabalho, a falta de redes de apoio e a pressão para atender a todas as expectativas levam a sentimentos de frustração, exaustão, irritabilidade e estresse elevado.

Segundo um estudo realizado em 2022, pelo Centro de Estudos da Cor da Pele (CECOP) e Instituto Avon, a maternidade intensifica as desigualdades já existentes no mercado de trabalho para mulheres negras, expondo-as a diversas formas de discriminação e racismo.

As mulheres negras mães enfrentam dificuldades para conciliar as demandas da maternidade com as exigências do trabalho, o que pode levar à sobrecarga de trabalho, esgotamento físico e emocional, e até mesmo ao abandono da carreira. A falta de apoio familiar e social, a ausência de políticas públicas adequadas e a discriminação no ambiente de trabalho contribuem para os desafios enfrentados pelas mulheres negras mães. O estudo destaca a importância de políticas públicas que promovam a igualdade racial e de gênero no mercado de trabalho, como a criação de creches públicas, a ampliação do período de licença-maternidade e a flexibilização da jornada de trabalho.

“Nós temos uma ligação forte”: Sandra Sá e o filho Jorge de Sá revelam cumplicidade na parceria dos negócios e na vida familiar 

0
Foto: Reprodução/Instagram

Sandra Sá, 68, considerada a rainha do soul brasileiro, com grandes sucessos como “Olhos Coloridos” e “Retratos e Canções”, continuou fazendo shows enquanto estava grávida de Jorge de Sá. Após a gestação, o filho continuou a acompanhar muito o trabalho da mãe de perto, e hoje, aos 39 anos, o ator e empresário, que tem cuidado da carreira da mãe.  

Apesar das personalidades diferentes de cada um, eles afirmam que fazem um ótimo trabalho juntos. “A gente separa o lado familiar do trabalho de uma forma muito boa. A minha mãe sabe separar melhor. Não brigamos, não discutimos nem ficamos sem nos falar. Mas, quando tem qualquer entrave, minha mãe tem a habilidade de realmente ligar um botão profissional e debater tudo o que precisa”, disse Jorge de Sá em entrevista especial de Dia das Mães, ao Mundo Negro. 

Criado no meio artístico, conversas sobre questões raciais e de diversidade sempre fluíram naturalmente entre mãe e filho. E sendo uma mulher bissexual, Sandra Sá conta na entrevista que nunca precisou se assumir para o filho: “Sempre agi naturalmente sem aquele temor do pecado ou de qualquer outra coisa. Na verdade, acredito que ele foi percebendo e quando chegamos a falar sobre isso, é como se sempre soubéssemos. Nós temos uma ligação forte, a gente se sente e sabe muito um do outro”. 

Foto: Reprodução/Instagram

Leia a entrevista completa abaixo:

Em 2015, você assumiu publicamente que é bissexual. Como foi a experiência de contar isso ao seu filho?

Sandra Sá: Na minha ideia, não aconteceu essa separação de que assumi publicamente ou não, porque sempre fui uma pessoa que agi naturalmente, do meu jeito. Eu sempre vivi sem a preocupação de não posso ou não vou assumir. Acho que não teve essa conversa de ‘vem cá, meu filho. Eu quero conversar com você’. Sempre agi naturalmente sem aquele temor do pecado ou de qualquer outra coisa. Na verdade, acredito que ele foi percebendo e quando chegamos a falar sobre isso, é como se sempre soubéssemos. Nós temos uma ligação forte, a gente se sente e sabe muito um do outro. 

Quando Jorge era pequeno, você se preocupava em como abordaria a questão racial e da diversidade? Como isso atravessa a relação de vocês enquanto família?

Sandra Sá: Sempre foi tudo muito natural, sem precisar sentar para falar sobre isso ou aquilo ou apontar coisas. Eu sempre fui muito do exemplo, de agir naturalmente, de ser uma pessoa verdadeira e estar sempre antenada no que estão fazendo no mundo e na vida e como estão agindo com você.

Jorge, quando você era pequeno e via a sua mãe trabalhando tanto, já imaginava que gostaria de trabalhar com ela ou como ela? Como Sandra te inspirou na vida pessoal e profissional?

Jorge de Sá: Não imaginava que a gente trabalharia junto, mas ela sempre foi uma grande inspiração de força e de devoção ao relacionamento mãe e filho. Agradeço por tudo que fez por mim. Eu falava: ‘Quero ser assim. Quero ser um pai assim. Quero fazer isso’. Sempre observava a minha mãe trabalhar e ela sempre fazia acontecer. Para mim, sempre ficou muito claro que, se eu buscasse, aconteceria.

Foto: Reprodução/Instagram

Você já disse em outras entrevistas sobre a dificuldade financeira para realizar o sonho de jogar basquete no exterior aos 12 anos, e como isso também lhe inspirou a fundar o DCEI depois de alguns anos. Como foi contar com o apoio da sua mãe nesses dois momentos da sua vida? 

Jorge de Sá: Eu percebi que uma das coisas que foi fundamental para mim, mesmo na época sem o dinheiro em si, foi o apoio, a parceria e o amor da minha mãe. Ela me deu suporte, prestou atenção e foi muito cuidadosa comigo em todos os momentos. Ela ficou sabendo no final do projeto, mas acreditou demais depois que soube. Na época, eu fiz um e-mail por ela, já que ela não sabia inglês. Ela falou: ‘Vai, filho, eu confio em você e sei da sua índole. Então, vai em frente’. Foi fantástico. Hoje, já conseguimos mais de mil propostas de bolsas de estudos para jovens estudantes atletas e fechamos grandes contratos e parcerias com famílias com e sem condição financeira. Ou seja, depois de já ter ajudado famílias diversas, de níveis variados, mostrando que é possível jogar e estudar no exterior sem pagar uma agência de intercâmbio. 

Com Jorge sendo o responsável por cuidar da carreira de Sandra, como vocês diriam que é a rotina de trabalharem juntos? Vocês separam o lado familiar do trabalho? 

Jorge de Sá: A gente separa o lado familiar do trabalho de uma forma muito boa. A minha mãe sabe separar melhor. Não brigamos, não discutimos nem ficamos sem nos falar. Mas, quando tem qualquer entrave, minha mãe tem a habilidade de realmente ligar um botão profissional e debater tudo o que precisa. Depois, ela desliga esse botão e liga o botão pessoal, onde é só carinho, amor e não importa se discutimos para chegar em algum consenso profissional. Ela está sempre muito aberta. Minha mãe faz isso com excelência. Eu já misturo um pouco. Se tenho dificuldade em fechar alguma coisa com a minha mãe, e ela fala: ‘Vamos jantar’, eu já fico: ‘Ah, mãe, vou ver’. Mas ela é tão boa nisso, tão generosa, que sempre me convence.

Quais são os projetos que vocês estão trabalhando juntos atualmente? Tem algo que algo já poderiam adiantar para o Mundo Negro?

Sandra Sá: Estamos trabalhando um projeto muito expressivo e podemos falar alguns pontos por enquanto. O primeiro deles é que todo preto que nos conhece já pediu um projeto assim. É algo de muita representatividade, de uma origem muito forte.

“Sua vida recomeça quando você se torna mãe, tudo muda”, diz Rihanna sobre a maternidade

0
Foto: Diggzy

A maternidade mudou completamente a percepção de Rihanna sobre o mundo. A artista relata que passou a admirar outros aspectos da vida e que se tornou uma ‘eterna aprendiz’ dos filhos. “Ter um filho abre honestamente um outro lado da vida onde você está agora na matriz com as pessoas que já tiveram filhos”, disse ela para a Vogue Britânica. “Você passa a ter um respeito diferente pelas mães e pelos pais. Sua vida recomeça quando você se torna mãe”.

Foto: Reprodução.

A cantora e CEO da Fenty Beauty acrescentou que ‘tudo muda quando você tem um bebê’. “Oh meu Deus, é lendário”, ela continuou. “É tudo. Você realmente não se lembra da vida antes, isso é a coisa mais louca de todas. Você literalmente tenta se lembrar disso – e há fotos da minha vida antes – mas o sentimento, os desejos, as coisas que você gosta, tudo, você simplesmente não se identifica com isso porque nem se permite mentalmente chegar tão longe porque… Porque não importa.”

https://www.youtube.com/watch?v=ooi0yHspNdQ

Quando seu filho nasceu, em maio de 2022, Rihanna disse que foi uma experiência linda e única. A cantora também já admitiu que deseja ter outro filho, mas sem pressão. “Não posso acreditar”, disse ela. “Essencialmente, de uma pessoa eu me tornei duas. Você entra no hospital como um casal e sai como uma família de três. É uma loucura. E, oh, meu Deus, aqueles primeiros dias são uma loucura. Você não dorme. De jeito nenhum. Nem mesmo se você quisesse.”

O etarismo contra a mulher negra e o estigma da Tia Nastácia

0
Foto: Pablo Grotto

Texto: Claudia Di Moura

A rejeição da sociedade aos traços do envelhecimento tem sido uma pauta discutida ferozmente nos dias de hoje, em que a população está envelhecendo ao mesmo tempo em que os padrões de beleza associados a uma eterna juventude estão sendo cada vez mais fortemente disseminados nas redes sociais.

E as principais promotoras dessa discussão têm sido as mulheres, nós que somos as grandes vítimas desse preconceito de idade, que alguns chamam de etarismo, outros de idadismo, outros de ageísmo. Independentemente do nome, é um mal que assola as mulheres sim, mas de maneira especial as mulheres negras. Porque, como em toda interseccionalidade, a cor sempre vem primeiro.

Porque desde cedo a mulher negra tem sua juventude roubada quando é preterida no colégio, quando fica responsável pelo cuidado dos irmãos, quando precisa se lançar ao mercado informal de trabalho para colaborar no sustento da família, quando vive o luto pelo genocídio dos seus irmãos, primos e amigos, quando é estuprada e prostituída ou simplesmente quando não vê opção se não adultecer, alisar os cabelos, usar maquiagens que clareiem a própria pele para tentar receber migalhas de afeto.

E então, quando a mulher negra sobrevive à infância e juventude, quando perpassa a vida adulta e supera os cinquenta anos, recai sobre ela o estigma da Tia Nastácia, aquela mulher sem vaidade, sem amor, cuja vida é inteiramente dedicada ao cuidado dos filhos, seus ou dos outros. Eis o arquétipo da servidora do lar abnegada, que esconde seus sentimentos em prol do bem-estar da família, especialmente da família branca. É a cozinheira, a babá, a empregada doméstica que é como se fosse da família.

Foto: Pablo Grotto

Óbvio que essas profissões são tão dignas quanto qualquer outra, mas mesmo essas mulheres trabalhadoras do lar têm suas vaidades, seus afetos e suas sabedorias, e isso é apagado em favor de estereótipos de submissão que são muito mais confortáveis para a branquitude racista.

Daí que, quando surge essa mulher negra com mais de cinquenta anos que se cuida, se ama, luta por sua independência, se abre para o amor e fala de sua subjetividade, ela é invisibilizada, questionada em sua identidade, posta constantemente à prova, provocada a permanentemente recitar suas dores e sofrimentos, e não seus prazeres, alegrias e conquistas. Nós mulheres negras que passamos dos cinquenta temos uma vida inteira a ser celebrada.

Eu me lembro do choque que causei na minha estreia na TV.  Enquanto interpretava a Zefa, em Segundo Sol, uma personagem pela qual tenho um amor gigantesco, eu fiz minha primeira participação no antigo Vídeo Show, como Cláudia di Moura, com minhas roupas escolhidas criteriosamente, meus cabelos hidratados, meus óculos estilosos. Isso gerou uma comoção nacional, as pessoas escandalizadas por não conseguirem separar a atriz da personagem. Mas também por existir essa imagem no inconsciente coletivo de como uma mulher negra deve se vestir e se comportar quando atinge a maturidade.

A longevidade da mulher negra é uma conquista e deve ser celebrada em toda a sua glória e beleza. Envelhecer a despeito de todas as tentativas de nos apagar desde os primeiros anos de vida é mérito da nossa força e resistência. E por isso devemos ter orgulho de estarmos vivas, lúcidas e atravessadas de sonhos e desejos.

*Claudia Di Moura é uma atriz afro-indigêna e ativista. Como atriz, busca levar para o mercado audiovisual e para o teatro as múltiplas lutas pelos direitos das mulheres, do povo negro e dos povos originários.

Maioria das mulheres empreendedoras são mães negras que iniciaram seus negócios por necessidade, revela pesquisa

0
Foto: Freepik

A maioria das mulheres empreendedoras no Brasil são mães negras que iniciaram seus negócios por necessidade, aponta a Pesquisa IRME 2023, realizada pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME) com apoio da Rede Mulher Empreendedora e execução do Instituto Locomotiva.

Segundo o levantamento, 77% das mulheres começaram a empreender depois da maternidade. No geral, 70% das empreendedoras são mães e a maioria iniciou seus negócios por necessidade. Resultado que se destaca entre as mulheres negras, de menor renda e de escolaridade mais baixa.

As empreendedoras entrevistadas para a pesquisa são predominantemente negras (65%), da região Sudeste (44%), de 30 a 45 anos (43%) e de baixa renda (50% são da classe C). 7 em cada 10 cursaram até o ensino médio (43%).

Ao todo, 55% das mulheres empreendedoras abriram seus negócios por necessidade. 75% delas são das classes DE, 63% possuem até o Ensino Fundamental, 63% começaram a empreender depois da maternidade e 61% são negras.

E a pesquisa ainda traz que essas mulheres empreendem porque 95% delas acreditam que trabalhar e ter sua própria renda é um fator muito importante para que uma mulher seja independente. Por isso, 92% das empreendedoras consideram o seu negócio muito importante e fazem de tudo para mantê-lo funcionando e 81% ainda conceituam o seu empreendimento como parte de quem são.

Situação Financeira das empreendedoras

Seis em cada dez mulheres empreendedoras faturam até R$2.500 por mês e apenas 17% conseguem chegar aos R$5 mil mensais. Dessas, 98% são das classes D e E, 82% são negras e 83% começaram a empreender por necessidade.

Entre as 24% que conseguem faturar mais de R$5 mil por mês, 50% são das classes A e B. E quando as mulheres possuem receita positiva com lucro, as principais finalidades desse capital são investir no próprio negócio e guardar como poupança. Já entre os homens que possuem lucro, esse dinheiro é destinado para investir no negócio, para lazer e viagens.

Segundo Ana Fontes, empreendedora social, fundadora e CEO da Rede Mulher Empreendedora, faz oito anos que o Instituto RME realiza essa pesquisa e traz pontos de reflexão e discussão atualizados sobre o cenário da mulher empreendedora brasileira – tanto positivos quanto negativos e até de atenção. “A 8ª edição da pesquisa ‘Empreendedoras e Seus Negócios’ é fundamental não apenas para direcionar as ações da RME (Rede Mulher Empreendedora) e do Instituto RME, mas também para influenciar e pautar as políticas públicas de apoio às mulheres. Elas representam quase metade dos pequenos negócios em nosso país”, afirma Ana.

A pesquisa ainda traz dados alarmantes como o fato de 73% das mulheres empreendedoras possuírem dívidas, sendo que 43% estão com algum pagamento atrasado. Essas informações integram a 8ª edição da pesquisa, elaborada anualmente pelo IRME para abordar temas relacionados ao universo do empreendedorismo feminino, trazendo diferentes perspectivas sobre o perfil dessas mulheres, sua visão de mundo e a relação com seus empreendimentos, além dos desafios que enfrentam no dia a dia.

O estudo mostra também que quatro em cada 10 empreendedoras ainda não tem faturamento suficiente para cobrir os custos do negócio. Apenas uma em cada 10 consegue manter seu empreendimento com caixa saudável.

Além disso, 25% das mulheres empreendedoras já solicitaram crédito ou empréstimo para o seu negócio atual e os bancos aparecem como a principal escolha para essa solicitação. E os empréstimos são utilizados para ter mais capital de giro, aumentar estoque e compra de equipamentos.

Empreendimentos anteriores e uso da tecnologia

O estudo mostra que 33% das mulheres empreendedoras já tiveram algum negócio encerrado anteriormente. A maioria desses negócios durou até três anos. Problemas financeiros foram os principais motivadores para o encerramento dos negócios anteriores, como, por exemplo, a falta de crédito para investir no negócio e pagar despesas.

48% das mulheres ouvidas possuem CNPJ. Há maior concentração de mulheres formalizadas no Sul e Sudeste, enquanto pelo menos 7 em cada 10 empreendedoras residentes nas regiões Norte e Nordeste estão na informalidade. Dentre as que estão informais, 50% justificam não possuir um CNPJ por falta de dinheiro para pagar os custos inerentes.

4 em cada 10 negócios foram abertos nos últimos dois anos, principalmente por mulheres mais jovens, de classes DE, moradoras de bairros de classe baixa, comunidades ou favela, que não possuem CNPJ.

Alimentação e bebidas, beleza e cosméticos, artesanato e vestuário são os principais ramos de atuação das mulheres:

  • 20% alimentação e bebidas;
  • 15% beleza e cosméticos;
  • 13% artesanato;
  • 12% vestuário e acessórios.

E 96% das empreendedoras afirmam que utilizam a internet para o trabalho, demonstrando a força da tecnologia como aliada nas jornadas profissionais. E a grande maioria acessa a internet através do celular. 9 em cada 10 mulheres utilizam as redes sociais nas operações online de seus empreendimentos, sendo o Instagram a principal rede para venda e divulgação.

A pressão e sobrecarga

As mulheres sentem a pressão e a sobrecarga do acúmulo de tarefas domésticas e profissionais. 7 em cada 10 empreendedoras se sentem cansadas e sobrecarregadas com a quantidade de responsabilidade que possuem.

8 em cada 10 empreendedoras recebem incentivo dos seus companheiros (as) nos seus negócios, mas metade das mulheres gostariam de ter mais auxílio nos cuidados com a casa.

E isso afeta também nos seus relacionamentos, 4 em cada 10 mulheres sentem que falta tempo para os seus relacionamentos ou já tiveram algum tipo de conflito com o seu companheiro (a) devido ao seu empreendimento. 2 em cada 10 já enfrentaram problemas com ciúme.

Biomédica esteta traz dicas para cuidados com noivas de pele preta

0
Foto: Reprodução/Freepik

Para muitas noivas, a preparação para o dia do casamento é algo especial que envolve planejamento e também uma meticulosa atenção à pele. No caso das noivas de pele preta, elas frequentemente se deparam com desafios singulares na busca por uma aparência deslumbrante, já que a indústria de casamentos muitas vezes projeta um padrão de beleza que não reflete a diversidade da população.

Noivas de pele preta frequentemente se encontram em uma paisagem onde os cuidados com a pele não são amplamente discutidos ou adaptados às suas necessidades. “Uma rotina consistente de hidratação, proteção solar e cuidados específicos é essencial para as noivas negras”, ressalta Jéssica Magalhães, biomédica esteta especialisra em pele preta. Ela aconselha contra o uso de ácidos que possam causar descamação próxima ao evento, se não fizerem parte da rotina de cuidados regulares, como retinol e ácido salicílico.

A especialista enfatiza que a escolha de produtos adequados e procedimentos estéticos planejados com antecedência são cruciais. Ela recomenda planejar os procedimentos assim que a data do casamento for marcada, garantindo tempo suficiente para preparar a pele de maneira saudável. “Os procedimentos mais procurados pelas noivas são o botox e o preenchimento, pois têm efeito mais rápido e podem ser realizados com sutileza e segurança antes do evento”, acrescenta a biomédica.

Jéssica ressalta que noivas de pele preta frequentemente lidam com desafios como hiperpigmentação e acne. Peelings e tratamentos a laser são mencionados como abordagens eficazes, mas ela destaca a importância de um acompanhamento contínuo para casos crônicos. Além disso, para problemas pontuais, existem procedimentos que aceleram a melhoria da pele e a eliminação da acne, proporcionando uma pele mais saudável e uniforme para o casamento.

“Durante eventos ao ar livre muitas vezes esquecemos de reaplicar o protetor, deixando a pele exposta aos efeitos da radiação solar. Além de favorecer o aparecimento de manchas, pode causar sensibilidade e descamação”, recomenda Jéssica. A especialista adverte que muitas vezes as pessoas esquecem de reaplicar o protetor, expondo a pele aos efeitos nocivos da radiação solar. Produtos com alto FPS são recomendados para garantir uma proteção eficaz, e diferentes apresentações de protetores, como em spray, bastão ou pó compacto, podem facilitar a aplicação ao longo do dia.

Quanto à maquiagem, a biomédica esteta enfatiza que uma pele bem cuidada é a base para uma maquiagem duradoura e bonita. Ela recomenda evitar produtos com álcool na composição e utilizar hidratantes leves antes da maquiagem. Para a remoção, o cleansing oil é indicado por sua capacidade de remover toda a maquiagem sem danificar a pele.

error: Content is protected !!