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GloboNews exibirá uma entrevista exclusiva de Angela Davis com Aline Midlej

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Foto: Divulgação/GloboNews

Uma entevista exclusiva da professora, filósofa e uma das maiores estudiosas dos direitos das mulheres negras, Angela Davis, à apresentadora Aline Midlej, do ‘J10’, será exibida na GloboNews no próximo domingo, dia 30, às 17h. Entre os temas abordados, Angela falou sobre as investigações do caso da morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 2018.

“Não tenho tanta certeza de que simplesmente levar à Justiça os indivíduos envolvidos em seu assassinato trará justiça para Marielle porque acho que a justiça é um fenômeno muito maior. Não se trata apenas de punir os responsáveis. Justiça significaria atingir os objetivos que ela tinha para esta cidade, para as favelas, a desmilitarização da polícia, o fim do encarceramento racista injusto de tantas pessoas”, afirma.

“Eu acho que muita coisa será necessária para alcançar justiça para Marielle, mas acho que é bom que as pessoas saibam que aqueles envolvidos estavam no topo da hierarquia da polícia. Acho que é importante que eles saibam que ela representava um perigo tão grande para o ‘establishment’ que eles desenvolveram essa conspiração que levou ao seu assassinato”, acrescenta.

Aline Midlej e Angela Davis (Foto: Divulgação/GloboNews)

Angela falou ainda sobre a importância dos movimentos sociais na transformação da sociedade. “Acho que a política é muito complicada e nem sempre são os líderes políticos que conseguem trazer clareza para a situação, que conseguem imaginar um futuro melhor. Eu sempre gosto de apontar que é muito importante participar da arena eleitoral, sair e votar, mas temos que reconhecer que não são geralmente os políticos que mudam o mundo. Se eu olhar para os Estados Unidos, eu não posso apontar para um único presidente que fez algo significativo em termos de transformação do mundo”, aponta a filósofa.

“Mas eu posso apontar para movimentos, eu posso apontar para massas de pessoas que tiveram uma visão coletiva e que se manifestaram e lutaram até que venceram. Portanto, acho que é sempre importante ter isso em mente. Acho que muitas vezes investimos muito do nosso poder na arena eleitoral. E, é claro, considerando o que enfrentamos nos EUA hoje, eu realmente preciso enfatizar que o voto não será tanto sobre o candidato que nos conduzirá na direção da liberdade, mas sim sobre o candidato que ajudará a criar um terreno para que massas de pessoas se tornem coletivamente ativas para pressionar na direção da liberdade”, defende.

A filósofa disse também o que pensa sobre o avanço da extrema direita no mundo, além de outros temas, como violência policial, desigualdade social, feminismo, mudanças climáticas e educação. Angela esteve no Rio de Janeiro na última semana para participar do painel de abertura do Festival LED – Luz na Educação, realizado pela Globo e Fundação Roberto Marinho, em parceria com a Editora Globo.

Com Renato Noguera, podcast gratuito apresenta histórias e ensinamentos de três diferentes tradições africanas: Kemet, Yorubá e Banto

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Foto: Divulgação/Casa do Saber

O podcast original da Casa do Saber+, chamado Memórias Ancestrais: Histórias do Começo do Mundo está disponível de forma gratuita no Spotify (CLIQUE AQUI). Conteúdo especial e inédito, traz ao longo de cinco episódios, apresentados por Renato Noguera, ideias e significados de algumas histórias e ensinamentos de três diferentes tradições africanas: Kemet, Yorubá e Banto.

O podcast explora a maneira como as tradições africanas, que estão há séculos ou mesmo milênios de distância, ainda falam com o coração e as ideias do povo negro. A produção apresenta convidados como Iyá Paula, jornalista, dirigente do Ile Axe Ixegun odé e presidente do Afoxe Omo Ifa RJ; Mãe Flávia, Matriarca da Casa do Perdão; Ana Sou, strutora Sebat de Kemetic Yoga ; Rodrigo de Almeida, artista e pesquisador; e Glauce Pimenta, multiartista, mãe, arte-educadora e ativista antirracista.

O apresentador Renato Noguera é professor do departamento de Educação e Sociedade do Programa de Pós-Graduação em Filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Em cinco episódios, a partir de histórias contadas por convidados especiais, o professor Renato guia o ouvinte, estabelecendo diálogos entre os dilemas contemporâneos que afligem a sociedade e os saberes ancestrais contidos nas tradições Kemet, Yorubá e Banto.

EPISÓDIO 1 | Monogamia e a responsabilidade ao amar: Orunmilá e Odu, com Iyá Paula de Odé

EPISÓDIO 2 | Perder o controle e a razão: a fúria de Sekhmet, com Ana Sou

EPISÓDIO 3 | A língua como bênção e maldição: O banquete de Obatalá, com Mãe Flávia Pinto

EPISÓDIO 4 | Amar é se reconciliar com a vida: Ausar, Auset e Set, com Glauce Pimenta Rosa

EPISÓDIO 5 | Os monstros que não enfrentamos sós: Miseke e o trovão, com Rodrigo dos Santos

Bill Cobbs, ator de ‘O Guarda-Costas’ e ‘Uma Noite no Museu’, morre aos 90 anos

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Foto: Jon Kopaloff/ Filmmagic

Bill Cobbs, ator com mais de 50 anos de carreira em Hollywood, morreu nesta terça-feira, 25 de junho, aos 90 anos, em sua casa na Califórnia. A informação foi revelada pelo assessor Chuck I. Jones ao TMZ, hoje, 26. A causa da morte não foi divulgada.

Bill Cobbs em “O Guarda-Costas”, 1992 (Foto: Everett)

O veterano ganhou o Daytime Emmy Award aos 86 anos pelo Melhor Desempenho Limitado na série canadense infantil ‘Dino Dana’. Integrou o elenco de grandes filmes como ‘O Guarda-Costas’ e ‘Uma Noite no Museu’. Ao longo da carreira, atuou em mais de 120 filmes e participou em mais de 60 séries de televisão ao longo de sua carreira, além de participações especiais em ‘Eu, a Patroa e as Crianças’ e ‘Star Trek: Enterprise’.

Bill Cobbs em “Uma Noite no Museu”, 2016 (Foto: Divulgação)

“Estamos tristes em compartilhar o falecimento de Bill Cobbs. Na terça-feira, 25 de junho, Bill faleceu pacificamente em sua casa na Califórnia. Um parceiro querido, irmão mais velho, tio, pai substituto, padrinho e amigo, Bill celebrou recentemente e com alegria seu 90º aniversário cercado por entes queridos. Como família, estamos confortados sabendo que Bill encontrou paz e descanso eterno com seu Pai Celestial. Pedimos suas orações e encorajamento durante este período”, escreveu o seu irmão Thomas no Facebook, nesta terça-feira.

Nascido e criado em Cleveland, Ohio, Bill serviu na Força Aérea por oito anos e trabalhou na IBM e como vendedor de carros, antes de seguir carreira no show business e se mudou para Nova York, e começou a atuar com cerca de 30 anos. Estreou no cinema em 1974 com um papel em ‘The Taking of Pelham One Two Three’.

Fred Nicácio revela que passou por ‘cura gay’ em família evangélica: “Passei a infância inteira ouvindo que Deus iria me castigar

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Foto: Fabiano Battaglin / Gshow

O médico e apresentador Fred Nicácio revelou através do seu perfil no Instagram como foi o processo de descoberta da própria sexualidade e como se deu sua relação familiar. O ex-BBB relatou que enfrentou a homofobia de forma dura entre os parentes mais próximos. “Nasci num lar evangélico. Sou filho de pai e mãe militares, e vocês podem imaginar que esse não é um meio muito salubre para pessoas LGBTs. Passei por curas gays”, contou ele.

Nicácio relatou como o processo foi doloroso e citou ainda uma ruptura com sua família. “Essa ‘saída do armário’, para mim, foi muito dolorosa, porque isso veio com uma ruptura da minha com família, sem o apoio, sem o amor, sem o afeto, sem o acolhimento. A minha história não é única. Ela é uma história que se repete em vários lares brasileiros. Não foi fácil”, afirmou.

O médico também relatou a forma como acabou se separando da família após revelar sua sexualidade. “Que bom que consegui. Muitos não conseguem sobreviver a essa angústia. Mas eu tive apoio de amigos e, na época, do meu namorado e hoje marido, para que eu pudesse superar todas essas dificuldades e adversidades. Eu tive muita fé, muita força de vontade. Acreditei naquilo que estava dentro do meu coração e que me dizia que ‘não há problema nenhum amar quem quer que seja’. Amor é amor”, finalizou.

Vale destacar que ‘cura gay’ não existe porque a homossexualidade não é uma doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições médicas e psicológicas reconhecem a homossexualidade como uma variação natural da sexualidade humana. Portanto, não há necessidade de “cura” ou tratamento. Além disso, as chamadas “terapias de conversão” são amplamente condenadas pela comunidade científica e médica por serem ineficazes e prejudiciais, causando danos psicológicos significativos.

Autora dos livros de ‘Bridgerton’ defende mudança de gênero de personagem feita pela Shondaland

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Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

Autora dos livros de ‘Bridgerton‘, Julia Quinn defendeu as mudanças feitas pela Shondaland, produtora de Shonda Rhimes, na terceira temporada da série da Netflix, ao mudar o gênero do personagem Michel Stirling. Na trama, a personagem foi introduzida no final da última temporada como Michaela Stirling (Masali Baduza). Ela é prima do conde John Stirling (Victor Alli), que é casado com Francesca Bridgerton (Hannah Dodd)

A mudança causou polêmica entre muitos leitores do livro ‘O Conde Enfeitiçado‘ que não aceitaram a mudança, e muitos ainda destilaram ataques homofóbicos na web contra a produção e o elenco.

“Muitos fãs de ‘Bridgerton’ expressaram sua surpresa e, para alguns, sua decepção com a reviravolta no final da 3ª temporada da série – em que Michael Stirling, por quem Francesca eventualmente se apaixona em ‘O Conde Enfeitiçado’, seria Michaela”, começou Julia Quinn com texto publicado nas redes sociais, ao afirmar que foi consultada pela showrunner Jess Brownell e deu o seu aval para a alteração feita pela produtora Shondaland.

“Qualquer pessoa que tenha visto uma entrevista comigo nos últimos anos sabe que estou profundamente comprometida em tornar o mundo ‘Bridgerton’ mais diversificado e inclusivo à medida que as histórias passam do livro para a tela”, acrescentou a escritora, que defende a maior representatividade de pessoas negras e LGBTQIAPN+ na série.

Victor Alli como John Stirling e Masali Baduza como Michaela (Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024)

“Mudar o gênero de um personagem principal é uma grande mudança; então, quando Jess Brownell me abordou pela primeira vez com a ideia de transformar Michael em Michaela para a série, eu precisava de mais informações antes de concordar. Confio na visão de Shondaland para ‘Bridgerton’, mas queria ter certeza de que poderíamos permanecer fiéis ao espírito do livro e dos personagens. Jess e eu conversamos muito sobre isso. Mais de uma vez. Deixei claro que era extremamente importante para mim que o amor duradouro de Francesca por John fosse mostrado na tela”, afirmou.

Julia Quinn ainda ressaltou que pediu às produtoras que o primeiro amor de Francesca, com John, fosse bem retratado na série. “Estou confiante agora de que quando Francesca tiver sua temporada em ‘Bridgerton’, será a história mais emocionante e comovente do seriado, assim como ‘O Conde Enfeitiçado’ sempre foi o verdadeiro arrancador de lágrimas da série de livros. Honestamente, pode ser ainda mais impactante, já que John está passando muito mais tempo na tela do que nas páginas, e acho que é justo dizer que todos nós nos apaixonamos um pouco por ele”, disse.

“Obrigado aos leitores e fãs pelo feedback. Estou grata pela sua compreensão e emocionada por seu profundo compromisso com os personagens do universo ‘Bridgerton’. Peço que vocês concedam a mim e à equipe Shondaland um pouco de fé à medida que avançamos. Acho que vamos acabar com duas histórias, uma nas páginas e outra na tela, e ambas serão lindas e comoventes”, finalizou a autora.

‘O Conde Enfeitiçado’ é o sexto de oito livros de ‘Bridgerton’. A série já está confirmada até a quarta temporada, mas ainda não foi revelado se o protagonismo será das histórias de amor de Francesca com John e Michaela.

Cidades da Região Metropolitana de São Paulo com maior número de jovens têm maior população negra

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Foto: Prefeitura de Francisco Morato

As cidades da Grande São Paulo com maior proporção de jovens são também as que apresentam os maiores percentuais de população preta e parda, conforme o último Censo do IBGE. A análise da Agência Mural revela que a população negra representa 45,4% dos 20 milhões de habitantes da Região Metropolitana, e esse crescimento é especialmente notável em municípios com faixas etárias mais baixas.

Francisco Morato, situada na região norte, destaca-se como a cidade com a maior população negra, onde 62,1% dos moradores se identificam como pretos ou pardos. Esse percentual é um aumento significativo em relação aos 44,7% registrados no Censo de 2010.

Os dados indicam uma correlação entre a idade média da população e a diversidade racial. Em Francisco Morato, uma das cidades mais jovens da região, o percentual de pretos e pardos cresceu 17,4% nos últimos 12 anos. Embu das Artes, que ocupa a segunda posição, também viu sua população preta e parda atingir 61,4%, refletindo uma redução de 10,7% na população branca e 45,2% na população amarela desde 2010.

Cidades como Itapevi, Itaquaquecetuba, Pirapora do Bom Jesus, Itapecerica da Serra, Ferraz de Vasconcelos, Rio Grande da Serra, Franco da Rocha e Diadema estão entre os municípios com maior concentração de jovens e apresentam também os maiores índices de população preta e parda.

Crescimento da população negra na Grande São Paulo

A Região Metropolitana de São Paulo, com 20,7 milhões de habitantes, mostra que a composição racial tem mudado ao longo dos anos. No censo de 2010, os pardos representavam 32,8% da população e os pretos, 6,4%, totalizando 39,2%. Em 2022, a proporção de negros aumentou para 45,4%, divididos em 35,6% de pardos e 9,7% de pretos. Esse aumento se deu em ritmo superior ao crescimento total da população na região.

Os dados do IBGE também indicam que os brancos agora representam 52,8% da população, enquanto os amarelos e indígenas somam 1,7%.

As cidades com maior população idosa, como São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, Mairiporã e Guararema, exibem menor diversidade racial. São Caetano do Sul, por exemplo, é a cidade mais branca da Grande São Paulo, com apenas 18% de negros. No entanto, o número de pretos e pardos na cidade subiu de 19.203 para 30.687 entre 2010 e 2022, um crescimento de 59,8%.

São Lourenço da Serra, Mairiporã e Guararema são exceções entre as cidades mais idosas, apresentando um grande aumento na população negra nos últimos 12 anos, com Mairiporã e Guararema registrando um crescimento de mais de 50%.

Redução de outras raças
A análise dos dados também revela que 24 municípios da Grande São Paulo viram uma redução nas populações de outras raças. Juquitiba, em particular, registrou uma diminuição de 50% em sua população amarela, 14,6% na branca e 5,6% na indígena, resultando em uma perda total de 4,6% de seus moradores. No entanto, o número de pretos e pardos aumentou em 13,2% no mesmo período.

Contexto nacional
Esse fenômeno não se limita à Região Metropolitana de São Paulo. Nacionalmente, pela primeira vez desde 1991, a maioria dos brasileiros se declara parda, representando 45,3% da população. Quando somados aos que se identificam como pretos, a proporção chega a 55,5%, segundo o IBGE.

O estudo reflete uma transformação na composição racial do Brasil, com uma tendência de crescimento mais acelerado entre a população negra, especialmente em áreas urbanas e entre os mais jovens.

Marlon Wayans e Terry Crews celebram 20 anos de ‘As branquelas’ ao recriar cena icônica

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Foto: Reprodução

Sucesso no Brasil, a comédia “As Branquelas”, lançada em 2004, está completando 20 anos. Em comemoração, Marlon Wayans e Terry Crews, se reuniram para recriar uma das cenas mais memoráveis do longa. A reinterpretação ocorreu durante uma gravação do programa “The Kelly Clarkson Show” e foi compartilhada no último domingo, 23, nas redes sociais dos artistas.

No vídeo, Terry Crews aparece saindo de seu camarim vestindo um terno todo branco. Em seguida, a clássica “A Thousand Miles”, de Vanessa Carlton, começa a tocar, e Crews não perde a chance de relembrar sua performance original no filme, onde seu personagem, Latrell Spencer, se deixa levar pela música em uma mistura de canto e dança. Enquanto recria a cena, Marlon Wayans se junta a ele, completando a nostalgia ao reviver seu papel como Marcus Copeland.

No filme, Wayans e seu irmão Shawn Wayans interpretam Marcus e Kevin Copeland, dois agentes do FBI que se disfarçam de mulheres brancas para se infiltrar em uma festa da alta sociedade e resolver um caso de sequestro. Terry Crews, por sua vez, dá vida ao extravagante Latrell Spencer, um jogador de basquete que se apaixona pelo personagem de Marlon Wayans, sem saber de sua verdadeira identidade.

A recriação da cena foi recebida com entusiasmo pelos fãs nas redes sociais e a publicação rapidamente viralizou, destacando a popularidade do filme e o impacto que ele continua a ter, duas décadas após sua estreia.

Crise no Quênia: Protestos contra aumento de impostos, em Nairóbi, capital do Quênia, deixa 14 mortos

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Foto: James Wakibia/SOPA Images/IMAGO

Protestos contra um novo projeto de lei que prevê o aumento de impostos no Quênia resultaram na morte de pelo menos 14 pessoas e deixaram dezenas de feridos na capital, Nairóbi, de acordo com informações compartilhadas pelo portal Deutsche Welle. A polícia abriu fogo contra os manifestantes que invadiram o Parlamento e a Prefeitura da capital queniana na última terça-feira, 25. A Comissão de Direitos Humanos do país fala em 22 vítimas fatais.

Os protestos começaram de forma pacífica na semana passada, com milhares de jovens em Nairobi e em outras cidades do país com a população descontente com o projeto de lei que o Governo pretende usar para arrecadar cerca de US$ 2,7 bilhões, visando pagar dívidas do Estado. Os manifestantes temem que os aumentos de impostos agravem a pobreza no país.

As manifestações ganharam força nas redes sociais com a hashtag #OccupyParliament e, ao contrário de protestos anteriores liderados por membros de partidos da oposição, foram impulsionadas por cidadãos comuns, principalmente jovens. De acordo com várias ONGs, entre elas a Anistia Internacional no Quênia, a polícia disparou contra os manifestantes na tentativa de controlar a situação, o que teria incitado a multidão a romper as barreiras de segurança e invadir o Parlamento.

Durante a invasão ao parlamento, os manifestantes pediam a saída do presidente William Ruto, além de quebrarem móveis e janelas e incendiaram algumas áreas. Em resposta, a polícia disparou contra a multidão. A agência noticiosa EFE confirmou as mortes e relatou os vários feridos no local.

A violência suscitou reações da comunidade internacional. A União Africana expressou “profunda preocupação” com os eventos e apelou à calma no país. Embaixadas de 13 países ocidentais, incluindo Estados Unidos e Alemanha, lamentaram a “trágica perda de vidas” e o uso de munições reais, pedindo contenção de todas as partes e incentivando soluções pacíficas através do diálogo.

Diante da pressão dos protestos, o Governo anunciou que iria eliminar muitas das disposições mais polêmicas do projeto de lei, como os impostos sobre o pão e os automóveis. Apesar disso, a desconfiança e a insatisfação popular permanecem altas.

Impacto e Análises

Desde a pandemia de COVID-19, o Quênia enfrenta um aumento do custo de vida, e os críticos alertam que a situação pode piorar com os novos impostos propostos. Wanjiru Gikonyo, do Instituto para a Responsabilidade Social, destacou que os jovens protestam de forma pacífica e sem o envolvimento de partidos políticos, diferentemente do passado. Zaha Indimuli, da Organização Amali, criticou o uso da força contra manifestantes pacíficos e instou o governo a dialogar com a população para resolver a crise.

Auma Obama, ativista e meia-irmã do ex-presidente americano, Barack Obama, estava entre os manifestantes na frente do Parlamento, na terça-feira, e foi atingida por gás lacrimogênio, de acordo com a CNN. Em entrevista, ela contou o motivo de estar no protesto: “Estou aqui porque veja o que está acontecendo. Os jovens quenianos estão se manifestando por seus direitos. Eles estão se manifestando com bandeiras e faixas. Não consigo nem enxergar mais”, disse ela enquanto começava a tossir por conta do gás jogado pela polícia. “O colonialismo nunca acabou no Quênia”, dizia um cartaz carregado por um homem atrás de Obama.

STF forma maioria para descriminalizar porte de maconha para uso pessoal

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Foto: ASCOM / STF

Nesta terça-feira (25), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. Com a manifestação da maioria dos ministros que já votou, o porte de maconha permanece ilegal. No entanto, as punições para os usuários passam a ser de natureza administrativa, e não mais criminal. Assim, não haverá mais registro de reincidência penal nem a obrigação de cumprir prestação de serviços comunitários. Ou seja, não será mais crime, como é hoje, portar a planta para consumo próprio.

A Corte ainda precisa definir qual a quantidade de maconha que deve caracterizar uso pessoal, e não tráfico de drogas. A medida deve ficar entre 25 e 60 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis. “Meu voto é claríssimo no sentido de que nenhum usuário, de nenhuma droga, pode ser criminalizado”, disse o ministro  Dias Toffoli, responsável por formar a maioria dos votos.

O julgamento examina a constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas de 2006, que tipifica como crime “adquirir, guardar, ter em depósito, transportar ou portar drogas para consumo pessoal sem autorização ou em desacordo com a legislação ou regulamentações vigentes”.

Polícia de SP enquadrou 31 mil negros como traficantes em situações semelhantes às que brancos foram considerados usuários

Uma pesquisa do Centro de Estudos Raciais do Insper revela que a cor da pele influencia significativamente na classificação de indivíduos detidos com drogas pela polícia de São Paulo. O estudo aponta que pessoas pretas e pardas são mais frequentemente enquadradas como traficantes em comparação a pessoas brancas, mesmo em casos com pequenas quantidades de maconha.

Entre 2010 e 2020, 31 mil pessoas pretas e pardas foram categorizadas como traficantes em circunstâncias semelhantes às de brancos, que, em contrapartida, foram tratados como usuários. Essa disparidade é suficiente para lotar 40 dos 43 Centros de Detenção Provisória (CDPs) masculinos do estado, todos enfrentando superlotação, conforme dados recentes da Secretaria de Administração Penitenciária.

“Qualquer música que eu faça será categorizada como R&B porque sou uma mulher negra”, diz Chlöe Bailey em entrevista

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Foto: Danielle Levitt

Em uma entrevista concedida para a revista norte-americana Nylon e publicada no dia 22 de junho, a cantora Chlöe Bailey comentou sobre ter seu estilo musical definido como R&B. Na entrevista, ela destacou que isso acontece por ser uma mulher negra e ainda pontua: “Se alguém que não tivesse o meu tom de pele fizesse a mesma música, estaria nas categorias pop”.

A artista contou que depois de compartilhar uma prévia do single animado “Boy Bye”, no mês de abril, um usuário do ‘X’ (ex-Twitter) escreveu um comentário pedindo a ela que “voltasse ao R&B de verdade” e insinuando que ela estava tentando agradar pessoas brancas. Chlöe afirmou que em seu trabalho sempre experimentou diferentes sons e pontuou que não tem interesse em escolher um estilo. “Qualquer música que eu faça será facilmente e rapidamente categorizada como R&B porque sou uma mulher negra”, disse. “Se alguém que não tivesse o meu tom de pele fizesse a mesma música, estaria nas categorias pop. É assim que sempre foi na vida.”

Ela lembrou que Whitney Houston também tinha problemas com pessoas que queriam rotular seu estilo musical: “No início de sua carreira, quando ela estava fazendo os grandes discos pop, recebeu muitas críticas por isso: diziam que ela não era negra o suficiente e que não estava atendendo à base que a fez”, relembrou. “Ver como ela perseverou e se tornou uma das artistas mais icônicas e lendárias que já vimos mostra que a música não tem raça, não tem gênero, não tem nada disso. É apenas um sentimento e uma vibração. E é por isso que eu fiquei muito orgulhosa de Beyoncé fazer Cowboy Carter, porque os negros originaram a música country. Está mostrando que as possibilidades são infinitas.”

Chlöe Bailey lembrou da parceria com a irmã Halle Bailey, com quem dividiu os vocais por muitos anos: “Sou muito grata por ter crescido nessa indústria com minha irmã porque é como uma mentalidade de irmandade [inerente], mas a competição saudável é incrível”, disse. “Isso te impulsiona. Permite que você se torne melhor. É OK celebrar outras mulheres incríveis e também pensar: ‘Tenho que melhorar meu jogo!’”.

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