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AFROPUNK Brasil anuncia line-up da 4ª edição com nomes como Jorge Aragão, Léo Santana e Fat Family

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Foto: Yves L.

Com uma curadoria focada na representatividade e nas conexões geracionais negras, o AFROPUNK Brasil anunciou nesta terça-feira (28) os primeiros shows: o sambista Jorge Aragão; as vozes poderosas do rap feminino nacional, Duquesa e Ebony; o cearense Mateus Fazeno Rock; os icônicos Planet Hemp, Timbalada e Fat Family, que fará um show especial em homenagem a Tim Maia; o rei do arrocha, Silvanno Salles; a banda Ilê Aiyê com Virginia Rodrigues, Irmãs de Pau e Evylin; o astro dos hits, Leo Santana; além das promessas da nova geração, Melly e a soteropolitana Larissa Luz. Os ingressos já estão à venda na plataforma Sympla.

Foto: @workvisuals e @_rafaelphotos_277.

Em 2023, o AFROPUNK movimentou cerca de R$ 19 milhões na economia de Salvador, beneficiando principalmente empreendedores negros, e atraiu um público de 50 mil pessoas. A transmissão especial pela TV Globo aumentou a audiência em 60%, alcançando 19 milhões de espectadores. Este ano, a parceria com a emissora continua, prometendo uma edição ainda mais prestigiosa.

Os ingressos para o AFROPUNK 2024, já disponíveis na Sympla, variam entre R$ 75 e R$ 360, com opções de ingresso social mediante a doação de 1kg de alimento não perecível. Clientes do Banco do Brasil têm 20% de desconto em todos os setores, exceto no passaporte que dá acesso aos dois dias de festival.

Confira o line-up do AFROPUNK Brasil 2024, divulgado até o momento:

9 de novembro (sábado)

  • Jorge Aragão
  • Leo Santana
  • Planet Hemp
  • Duquesa
  • Melly
  • Ilê Aiyê convida Virginia Rodrigues, Irmãs de Pau e Evylin

10 de novembro (domingo)

  • Ebony
  • Mateus Fazeno Rock
  • Silvanno Salles
  • Timbalada
  • Fat Family canta Tim Maia
  • Larissa Luz

Mariah Carey anuncia apresentação solo em São Paulo

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Foto: Reprodução

Os fãs que não conseguirem ir ao Rock in Rio 2024 terão mais uma oportunidade de assistir ao show da cantora Mariah Carey. No início da tarde desta terça-feira, 28, a norte-americana anunciou um show solo, em São Paulo, no dia 20 de setembro, no Allianz Parque.

Os ingressos começam a ser vendidos no dia 6 de junho, com pré-venda exclusiva para clientes Santander entre os dias 4 e 6 de junho. O show marca o tão aguardado retorno de Mariah Carey ao Brasil, após 14 anos de sua última apresentação no país, em 2010.

Em março, Mariah Carey foi confirmada como uma das principais atrações internacionais a se apresentar no Brasil durante o Rock in Rio, no dia 22 de setembro. A diva pop subirá no palco Sunset, onde também se apresenta a cantora sul-africana Tyla.

No momento do anúncio do show no RiR, ela publicou um vídeo no Instagram para comemorar com os fãs brasileiros a novidade: “Estou muuuuito animada para finalmente voltar ao Brasil e ser a atração principal do lendário festival Rock in Rio no Palco Sunset, em 22 de setembro. Nos vemos lá!”, escreveu na legenda. Carey também falou em português: “Brasil estou chegando”.

Para informações sobre venda de ingressos do show de São Paulo, acesse o site (CLIQUE AQUI).

Ministros apoiam perdão presidencial para Paulo Costa, preso após 62 reconhecimentos fotográficos

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Foto: Alexandre Cassiano/Agência O Globo

Um ano após ser libertado de uma prisão considerada injusta pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Alberto da Silva Costa, 37, enfrenta novas condenações e dificuldades para se reintegrar na sociedade. Agora, ministros do governo estão se mobilizando para que ele receba um indulto presidencial de Lula, uma medida que pode anular quatro condenações definitivas em que a única prova é o reconhecimento fotográfico.

Paulo, que passou três anos encarcerado com base em reconhecimentos fotográficos — prática considerada ilegal pelo STJ —, acumula 62 ações penais, sendo 59 por roubo e outras por homicídio, latrocínio e receptação. Mesmo após a anulação de várias condenações pelo STJ, ele foi novamente condenado em três ações e aguarda resposta a um pedido de indulto feito pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

O pedido de indulto, que visa anular suas quatro condenações definitivas, recebeu apoio do ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, e do Ministério da Igualdade Racial, liderado por Anielle Franco. Silvio Almeida afirmou em nota enviada para o jornal Folha de S. Paulo, que tratará do caso pessoalmente: “Cabe ressaltar que é um caso que merece toda atenção especial porque demonstra todas as falhas e injustiças do sistema criminal brasileiro”, disse. Anielle Franco também se comprometeu a levar o caso adiante, buscando justiça para Paulo.

Desde sua libertação, Paulo conseguiu 16 novas absolvições em primeira instância e quatro reversões de condenações pelo STJ, mas continua enfrentando dificuldades para encontrar emprego devido aos constantes interrogatórios e compromissos judiciais. Atualmente, ele vive de bicos e lava carros, lutando para sustentar-se e sua família.

“Tinha conseguido trabalhar numa obra, como ajudante. Mas toda hora aparece uma audiência. A obra não pode parar. Não pode estar saindo toda hora. Para eles [empregadores], não estava tendo condição para todas essas saídas”, relatou Paulo.

A Defensoria Pública, que enviou o pedido de indulto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), espera que a medida seja aprovada pelo Conselho Penitenciário antes de ser levada ao presidente Lula. Lúcia Helena, coordenadora criminal da Defensoria Pública, explicou que o indulto visa promover uma discussão nacional sobre o reconhecimento fotográfico e sua validade como prova.

O drama de Paulo começou antes de sua prisão, quando sua foto foi vista no “mural dos suspeitos” da delegacia de Belford Roxo. A suspeita é que isso ocorreu devido à influência de uma facção criminosa no condomínio onde ele trabalhava como porteiro. Após questionamentos da família, Paulo foi preso, já com 40 mandados de prisão.

Apesar das adversidades, Paulo está aliviado por enfrentar esses desafios em liberdade e conseguiu reatar os laços com seus dois filhos. Ele espera que o indulto permita finalmente retomar sua independência e deixar para trás as injustiças que marcaram sua vida.

Live de Zeca Pagodinho reúne Alcione, Gilberto Gil, Jorge Aragão, Jorge Ben Jor e outros grandes nomes da música brasileira

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Foto: Reprodução

Na última segunda-feira, 27, o cantor, Zeca Pagodinho realizou uma live solidária para ajudar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. O encontro reuniu grandes nomes da música brasileira, entre eles Alcione, Gilberto Gil, Diogo Nogueira, Xande de Pilares, Teresa Cristina, Jorge Aragão, Hamilton de Holanda e Pretinho da Serrinha, em uma roda de samba.

Com o nome de “Samba Solidário – SOS Rio Grande do Sul”, a live teve início por volta das 19h, no canal de Zeca Pagodinho no YouTube e pela CazéTV, com apresentação de Chico Moedas. Durante a roda de samba, um QR Code ficou disponível para que as pessoas pudessem fazer doações para a Central Única das Favelas (CUFA), do Rio Grande do Sul.

Além da solidariedade, o público elogiou bastante a live por reunir artistas talentosos. Em um comentário no ‘X’, um usuário reivindicou a presença de todo o grupo em um festival: “petição para a live do Zeca Pagodinho ser o headline de algum festival”. Outro internauta comparou a live com o line-up de um festival: “Live do Zeca Pagodinho dando de 10 a 0 na line-up de uns festivais”.

Anti-negritude e supremacia branca por estudantes asiáticos em Potomac, Maryland, EUA

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Foto: Reprodução/homes.com

Por Julia Elam, JD e Gladys Mitchell-Walthour, PhD

O sistema de escolas públicas do Condado de Montgomery em Maryland é classificado como um dos melhores sistemas escolares nos Estados Unidos. No entanto, muitos alunos negros, especialmente meninos negros, enfrentam agressões racializadas, assédio, violência e racismo por parte de alunos e professores. Na Escola de Ensino Fundamental Herbert Hoover, uma escola predominantemente asiática e branca em Potomac, Maryland, meninos negros são alvos e são agredidos por alunos asiáticos e brancos enquanto o diretor, professores, Conselho de Educação e membros do conselho fecham os olhos.

Em um caso, alunos asiáticos chamavam persistentemente um menino de 12 anos de “nigger” e gritavam isso para ele durante a aula diariamente. Alunos asiáticos também o espancaram, o derrubaram no chão e o chutaram quando ele se recusou a assinar uma petição que alunos asiáticos escreveram para parar de aprender sobre a história negra. O menino negro também foi estrangulado na escola no banheiro, e o agressor foi enviado de volta à aula após estrangulá-lo. A escola admitiu que ele foi estrangulado.

Os pais solicitaram ver as imagens de vídeo de seu filho sendo chutado e a escola disse que havia gravado por cima das imagens e que elas não estavam mais disponíveis. Os pais conseguiram ver as imagens de seu filho sendo jogado duas vezes no assento de uma mesa de cafeteria por um aluno asiático.

De fato, o aluno negro foi punido e foi solicitado que ele se sentasse no palco, longe dos outros alunos, como uma forma de punição para humilhá-lo. Todos esses incidentes ocorreram de agosto de 2023 a março de 2024.

Outro menino negro foi assediado pelo guarda de segurança e por alunos na mesma escola. O guarda de segurança o chamou de “bitch” e o perfilou racialmente, impedindo-o de socializar com outros alunos. Ele é provocado pela segurança e não quer mais ir à escola.

A violência que esses alunos enfrentam remete aos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960, quando alunos brancos agrediam alunos negros, mas os perpetradores desses atos violentos se expandiram para outros grupos raciais. Em vez de os perpetradores serem apenas americanos brancos, agora incluem americanos asiáticos. O sociólogo Eduardo Bonilla Silva discutiu a expansão da categoria branca na América contemporânea, onde os asiáticos agora são considerados “brancos honorários”. Infelizmente, a brancura honorária não confere simplesmente privilégio. Para alguns adultos e estudantes americanos asiáticos em Maryland, isso significa que eles abraçaram a supremacia branca. Na Escola de Ensino Fundamental Herbert Hoover, alunos asiáticos expressam seu apoio à Ku Klux Klan e à velha confederação sulista. A confederação apoiava a escravidão dos negros e a KKK é um grupo de ódio bem conhecido. Após 7 de outubro, alunos asiáticos declararam apoiar Hitler e querer reunir alunos judeus. Jovens alunos brancos e asiáticos nesta escola do Condado de Montgomery estão infligindo violência a seus colegas negros. É ainda mais preocupante que a administração, incluindo professores, funcionários, o diretor e o superintendente, não escutem as demandas das mães negras que exigem justiça para seus filhos. Algumas dessas demandas são cobrir os custos de aconselhamento de saúde mental para seus filhos e os custos extras associados ao ensino domiciliar.

O mundo precisa saber que, embora tenha havido alguns avanços nos Estados Unidos de 1960 a 2024, houve muitos retrocessos, incluindo a Suprema Corte tornando a ação afirmativa nas admissões de faculdades inconstitucional e a revogação de Roe versus Wade, o que levou muitas mulheres a perderem a capacidade de fazer escolhas importantes sobre sua saúde reprodutiva. Os jovens estão sofrendo com esses retrocessos. Alunos negros no condado de Montgomery estão enfrentando algumas das mesmas violências que os jovens negros sofreram no início e meados do século 20 nos Estados Unidos. A ideia de que a geração mais jovem é menos racista é simplesmente uma mentira.

Contribua com as mães dos alunos negros e assine a petição: https://www.change.org/p/stop-montgomery-county-public-schools-anti-black-racist-culture

Prestação de contas: Davi Brito explica uso das doações para vítimas do RS e passagem fornecida por empresa

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Foto: Reprodução Instagram

A transparência na utilização das doações destinadas às vítimas no Rio Grande do Sul tem sido uma preocupação constante da sociedade e da imprensa, considerando os milhões de reais arrecadados por ONGs, pelo governo e por influenciadores que iniciaram campanhas próprias para angariar fundos, alimentos e outros itens essenciais para as vítimas de uma das maiores tragédias climáticas do Brasil.

Davi Brito, vencedor do Big Brother Brasil 2024, utilizou sua popularidade nas redes sociais para levantar fundos e foi pessoalmente ao Rio Grande do Sul, onde ajudou famílias e comprou água, alimentos e outros suprimentos. Suas ações foram amplamente divulgadas em suas redes sociais, mostrando a situação das cidades e das vítimas.

Em entrevista ao jornal O Globo, conforme publicado no Mundo Negro, Brito explicou que inicialmente não tinha recursos financeiros próprios para se deslocar até o sul do país. “Inicialmente, pedi PIX para as pessoas porque realmente ainda não tinha condições financeiras de ir para o Rio Grande do Sul com os meus próprios meios”. A resposta gerou uma grande repercussão, já que Davi ganhou um prêmio milionário recentemente.

Após a reação negativa por parte público, Davi usou sua conta no Instagram para prestar contas ao público. “Mais de qualquer forma agradeço a cada um que ajudou e nesse momento estou prestando conta de todos os comprovantes e notas fiscais”, afirmou Davi.

Sobre a passagem, ele quis esclarecer algumas dúvidas e garantiu que não usou o dinheiro das doações feitas ao seu PIX pessoal para pagar as passagens, ao contrário do que foi dito na entrevista. “Uma empresa viu a minha atitude, aplaudiu e me ajudou com a passagem ida e volta. Foi doação”, disse o ex-BBB em um carrossel repleto de imagens de notas fiscais.

Segurança que barrou Kelly Rowland em Cannes também repreendeu artistas latinas e asiáticas

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Foto: David Fisher/Shutterstock..

Durante a última semana, Kelly Rowland foi barrada no tapete vermelho do festival Cannes. O acontecimento, que chamou atenção da internet, foi protagonizado por uma segurança branca, ainda sem identificação, que repreendeu a passagem da ex-integrante do grupo Destiny’s Child no evento.

“A mulher [segurança] sabe o que aconteceu. Eu sei o que aconteceu e eu tenho um limite. Eu mantenho esses limites e é isso”, disse Kelly, lamentando o ocorrido“E tinham outras mulheres que estavam no tapete, que eram diferentes e não se pareciam comigo, e elas não foram repreendidas, não foram empurradas, nem solicitaram que elas saíssem de lá. E eu mantive minha posição e ela [segurança] achou que ela precisava manter a dela, mas eu mantive minha posição”.

Foto: David Fisher/Shutterstock.

Acontece que Kelly não foi a única barrada no evento. Dias depois, no mesmo local, a atriz dominicana Massiel Taveras foi impedida de permanecer no tapete vermelho. As cenas de repreensão também se repetiram com a artista coreana YoonA. A mídia internacional tratou as cenas como ‘desrespeitosas’.

Nas redes sociais, usuários observaram um padrão de tratamento para mulheres negras, latinas e asiáticas no festival de cinema. “O que essas mulheres estavam fazendo de errado? Nada. Exceto ser de uma etnia diferente da segurança”, declarou uma usuária.

Davi admite que usou doações destinadas às vítimas do RS para custear seu deslocamento até o estado: “Não tinha condições financeiras”

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Foto: Reprodução / Instagram

Vencedor do Big Brother Brasil 2024, Davi Brito revelou que usou o dinheiro que recebeu de doações destinadas às vítimas no Rio Grande do Sul para se deslocar até o estado. O baiano alegou que não tinha dinheiro para se deslocar até o sul do país. “Inicialmente, pedi PIX para as pessoas porque realmente ainda não tinha condições financeiras de ir para o Rio Grande do Sul com os meus próprios meios”, explicou ele em entrevista para o jornal O GLOBO.

Nas redes sociais, Davi publicou uma série de vídeos realizando ações de ajuda no Rio Grande do Sul. Com o dinheiro das doações, o ex-BBB relata que comprou alimentos, água e muitos suprimentos para a população que precisava. “Mas consegui uma boa arrecadação. Consegui ajudar muitas pessoas fornecendo alimentação, água mineral e outros suprimentos necessários para que não passassem fome ou necessidade. Distribuí colchões, alimentação, água mineral. Fizemos compras para ajudar as bases e unidades de saúde que estavam precisando”, destacou ele.

Davi contou detalhando as ações que realizou no RS. “Distribuí colchões, alimentação, água mineral. Fizemos compras para ajudar as bases e unidades de saúde que estavam precisando. É algo que eu gosto de fazer. É amar ao próximo como a nós mesmos. E foi isso que me incentivou. Eu ajudei em tudo: trabalhando, cozinhando, entrando em barcos para salvar vidas, distribuindo mercadorias”, disse. “Olhar a cidade [de Canoas] debaixo d’água, ver todos os bens perdidos das pessoas, elas sem saber para onde ir e o que fazer. Pessoas pedindo socorro. Ver as pessoas perdendo os seus bens é muito triste”, lamentou.

Museu da Língua Portuguesa inaugura exposição sobre línguas africanas no Brasil com curadoria de Tiganá Santana

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Na última sexta-feira, 24, o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo inaugurou a exposição “Línguas Africanas que Fazem o Brasil”, sob a curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana. A mostra revela a profunda influência das línguas africanas no português falado, escrito e vivido no Brasil, destacando palavras como “fofoca”, “canjica”, “moleque”, “marimbondo” e “caçula”, todas de origem africana.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A exposição propõe uma imersão nas formas verbais e não verbais das línguas africanas, utilizando vídeos, sons e instalações para que os visitantes possam sentir e entender essas influências em diversos aspectos culturais. “É impossível falar de línguas africanas no Brasil sem considerar essas outras dimensões de linguagem e as implicações do corpo nisso”, afirmou o curador Tiganá Santana em entrevista para a Agência Brasil. Ele destaca que a exposição vai além das palavras, abrangendo tambores, arquitetura, estampas e o jogo de búzios como formas de expressão linguística.

Santana explica que a exposição também aborda a integração das línguas africanas com o português através dos escravizados ladinos, crioulos e mulheres negras que atuavam como pontes culturais. A presença africana no Brasil, resultante do sequestro de cerca de 4,8 milhões de africanos entre os séculos 16 e 19, é destacada na mostra, que discute a ausência do ensino dessas línguas nos currículos brasileiros.

A exposição começa com 15 palavras africanas impressas em estruturas ovais de madeira, acompanhadas por gravações das vozes de moradores da região da Estação da Luz. Adinkras, símbolos utilizados pelo povo Ashanti, decoram as paredes e representam diversos aspectos culturais. Duas videoinstalações da artista visual Aline Motta, esculturas, tecidos e uma obra do multiartista J. Cunha complementam o percurso expositivo, oferecendo uma rica experiência sensorial e educativa.

Encerrando a exposição, televisores exibem manifestações culturais afro-brasileiras, enquanto uma sala interativa surpreende os visitantes com projeções artísticas ao som de palavras como “axé” e “zumbi”. Além da exposição, haverá uma programação paralela com clubes literários e saraus, enriquecendo ainda mais a experiência cultural.

“Línguas Africanas que Fazem o Brasil” ficará em cartaz até janeiro do próximo ano, com entrada gratuita aos sábados. Mais informações podem ser obtidas no site do Museu da Língua Portuguesa.

Xuxa questiona IA se sendo uma pessoa branca poderia dizer que gostaria de ter nascido negra

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Foto: Reprodução/ID_BR

No último domingo, 26, Xuxa Meneghel esteve presente na 7ª Edição do Prêmio Sim à Igualdade Racial, promovido pelo Instituto ID_BR (@id_br). Durante a cerimônia, a apresentadora participou de uma esquete que relembrou suas antigas declarações sobre raça, nas quais ela dizia que gostaria de ter nascido negra. Na ocasião, ela perguntou à Deb, Inteligência Artificial criada para auxiliar em assuntos relacionados à questões de diversidade e inclusão se era correto dizer que ela gostaria de ter nascido uma mulher negra.

Ela lembrou que é sempre julgada por dizer que gostaria de ter nascido negra. Na ocasião, a tecnologia escreveu: “Xuxa, não é que você não pode, mas talvez não poderia falar isso sem uma ressalva sobre todo o contexto de uma vivência feminina negra. Há opressões, obstáculos e uma série de situações discriminatórias que uma mulher negra pode passar, que torna a existência dela muito mais difícil. Sua fala só enxerga uma bela superfície”, respondeu @ChamaADeb.

Em 2021, durante o programa Super Bonita, no GNT, apresentado por Taís Araújo, ao ser questionada como gostaria de vir ao mundo se pudesse nascer outra vez, ela respondeu: “Ah, Taís, eu gostaria de vir com a tua cor, teu cabelo, a tua pele”, afirmou. Na ocasião, Taís interrompeu dizendo: “Amor, não é bolinho não, hein. Quer mesmo? Vir preta não é mole não”.

Além disso, Xuxa também revisitou a letra da canção “Brincar de Índio”, de 1988, cujo conteúdo foi analisado por Deb. A inteligência artificial trouxe explicações detalhadas sobre os problemas da letra: “Não se fala mais índio, se fala indígena. Atualmente, entendemos que o termo ‘indígena’ é mais adequado, porque ‘índio’ generaliza os povos originários. Foi só um termo que os colonizadores deram em um total desprezo com as culturas e línguas que já estavam aqui. Indígenas não fazem barulho. Indígenas são mais de 300 povos que falam várias línguas e tem várias formas de expressões de suas etnias que precisamos aprender, Xuxa”

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