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Rede de Jornalistas Pretos e EUA realizarão aula gratuita sobre diversidade na comunicação e sustentabilidade financeira

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Foto: Divulgação

No dia 28 de junho, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) será palco de um evento imperdível para quem se interessa por comunicação racializada. A Rede de Jornalistas Pretos e a URL Media dos Estados Unidos se unirão para trazer a renomada professora norte-americana Sara Lomax Reese, cofundadora e presidente da URL Media, para ministrar uma aula presencial sobre disseminação e sustentabilidade de conteúdo diversificado no meio comunicativo.

O evento será parte do curso “Diversidade, Inclusão e Novos Formatos no Jornalismo Pós Digital”, realizado pela Rede JP em parceria com a escola de comunicação da UFRJ desde março. A iniciativa, extremamente bem recebida por alunos da instituição e que acumula mais de 10 mil visualizações nas transmissões nas redes, certamente deu um passo maior. O encontro representa uma colaboração inédita entre as duas importantes redes de jornalistas, que têm como missão promover a diversidade e a inclusão no setor comunicativo mundial.

A aula será uma oportunidade única de explorar práticas e estratégias utilizadas por organizações e criadores de conteúdo nos Estados Unidos para promover a diversidade e garantir a sustentabilidade de suas iniciativas. Além disso, contará com uma série de objetivos particulares:

● Explorar as práticas e estratégias utilizadas por organizações e criadores de conteúdo para promover a diversidade e garantir a sustentabilidade de suas iniciativas;

● Analisar casos de sucesso e lições aprendidas de projetos nos EUA como o URL Media e WURD Radio, enfatizando a importância de dar voz a comunidades marginalizadas;

● Compreender os fatores conjunturais e estruturais necessários para transformar uma ideia jornalística em um negócio autossustentável.

● Capacitar profissionais para entender o funcionamento do organograma da mídia internacional e suas distinções à brasileira.

A parceria entre a Rede de JP e a URL Media visa criar um intercâmbio de conhecimento e experiências que fortalecerá o jornalismo diversificado e sustentável tanto nos EUA quanto no Brasil. Juntos, esses profissionais buscarão novas maneiras de amplificar vozes diversas e desenvolver iniciativas midiáticas mais inclusivas e duradouras.

Mais sobre Sara M. Lomax

Sara M. Lomax Reese é co-fundadora e presidente da URL Media, uma rede de organizações de mídia pertencentes e lideradas por pessoas negras e pardas que compartilham conteúdo, distribuição e receitas para aumentar sua sustentabilidade a longo prazo. Além de seu trabalho com a URL, é CEO, presidente e proprietária da WURD Radio, LLC, a única estação de rádio de conversação de propriedade afro-americana na Pensilvânia, Estados Unidos.

Toda a carreira de Sara tem sido voltada à fomentação e organização de mídia negra para dar voz e agência a comunidades historicamente marginalizadas, negligenciadas e mal-atendidas. Ela é creditada por transformar a WURD Radio de uma estação de rádio de conversação tradicional em uma empresa de comunicação multimídia lucrativa, oferecendo programação original e inovadora no ar, online e através de eventos comunitários.

Evento:

Início: 13:30 da tarde, horário de Brasília

Ocorrência e Local: Presencial (Campus UFRJ – Praia Vermelha, Rio de Janeiro), com transmissão online.

Acessibilidade: Gratuita. Presencialmente, vagas limitadas. Para contato, e-mail: jornalistaspretos@gmail.com

Duração aproximada: 3 horas, com possibilidade de extensão em até 30 minutos.

Veículos de transmissão: Canal YouTube – Extensão UFRJ

Link do canal de transmissão:

https://youtube.com/channel/UCvMAg03W-Z34vAvrmeHEivg?si=8dLJ_vesJT9hAqs3

Acessibilidade linguística: Auditiva verbal (com equipamento de tradução simultânea), presencialmente; e em tradução de libras, remota e presencialmente.

Morgan Freeman volta a criticar o Mês da História Negra nos EUA: “Eu detesto isso”

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Foto: Getty

Morgan Freeman, 87, voltou a causar polêmica ao criticar o Mês da História Negra nos Estados Unidos, celebrado anualmente em fevereiro, durante uma entrevista ao Variety no último sábado, 15 de junho. 

“Eu detesto isso. A mera ideia disso. Você vai me dar o mês mais curto do ano? E vai comemorar a ‘minha’ história?! Essa ideia toda faz meus dentes coçarem. Não está certo”, disse o astro, que estava divulgando “The Gray House”, sua nova série dramática como produtor executivo, uma história sobre o trabalho de três espiãs da União durante a Guerra Civil.

E acrescentou: “Minha história é a história americana. É a única coisa em que estou interessado neste mundo, além de ganhar dinheiro, me divertir e dormir o suficiente”.

No ano passado, Freeman já havia afirmado que era um “insulto” um mês em celebração a história negra e o termo “afro-americano”. Instituído em 1976, o Mês da História Negra é celebrado em fevereiro para coincidir com os aniversários de Abraham Lincoln e Frederick Douglass

O vencedor do Oscar ainda destacou que é importante conhecer a sua própria história. “Se você não conhece o seu passado, se não se lembra dele, você está fadado a repeti-lo”.

Wesley Snipes zomba dos problemas no reboot de Blade e diz que as pessoas procuram pelo “molho secreto”

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Foto: Divulgação

Wesley Snipes, o inesquecível intérprete de Blade na trilogia lançada entre 1998 e 2004, reagiu à polêmica de que recentemente o reboot perdeu o seu diretor pela segunda vez.

“Blade, aiaiaiaiaiaiai. O pessoal ainda está procurando por aquele molho secreto, ao que parece. É como dirigir um carro de neve no tráfego, meio difícil. Os Daywalker fazem parecer fácil, não é mesmo?”, brincou o ator, fazendo referência com o apelido do personagem entre os vampiros.

https://twitter.com/wesleysnipes/status/1802140575824789891

Na última quinta-feira, 13 de junho, fontes afirmaram ao Comicbook, que o diretor Yann Demange (Lovecraft Country) abandonou Blade após conflitos com o Mahershala Ali, astro do filme. Em setembro de 2022, o cineasta Bassam Tariq também havia deixado o projeto por conta de diferenças criativas com o vencedor do Oscar. 

Desde que o reboot foi anunciado em 2019, a produção já perdeu dois diretores e teve pelo menos cinco roteiristas envolvidos em diferentes etapas. A última data divulgada para estreia do filme, após diversos adiamentos, está marcada para 7 de novembro de 2025.

Por ora, Blade segue sem um novo diretor.

Pesquisa aponta que 78% das costureiras autônomas de reparos de roupas no Brasil são negras

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Foto: Reprodução/Freepik

Movimentando mais de US$ 2,5 trilhões em vendas anuais no mundo inteiro, incluindo vestuário, acessórios, design e mídia, de acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento de 2022, até que o produto chegue nas mãos do consumidor, a produção do mercado de moda, em especial de vestuário, precisa passar, essencialmente pelas mãos de profissionais que dão forma e acabamento ao produto. Nesse grupo estão as costureiras, que têm em sua história a luta por direitos trabalhistas e a condução da cultura ancestral do vestir. 

Apesar do histórico valorizado, o reconhecimento financeiro não chegou para a maioria delas, de acordo com a pesquisa nacional recente “Costureiras Autônomas de Reparos de Roupas”, realizada pela Aliança Empreendedora e apoiada pela coalizão de parceiros de Moda Justa Sustentável. Segundo os dados, 78% das costureiras autônomas especializadas em reparos de roupas no Brasil se identificam como negras (pardas e pretas). Essa representatividade racial reflete a importância histórica e atual dessas mulheres na cadeia de moda, enquanto destaca os desafios enfrentados por elas em um setor ainda marcado pela informalidade e precariedade.

A pesquisa destacou que 69% das costureiras negras autônomas sentem-se sobrecarregadas. Muitas trabalham sozinhas e em condições de informalidade, com 62% atuando sem qualquer formalização de seus negócios, apesar de 66% delas se considerarem empreendedoras. Além disso, 90% das participantes moram e trabalham no mesmo local, refletindo a dificuldade em separar a vida profissional da pessoal. Das formalizadas, 36,4% são registradas como MEI (Microempreendedor Individual) e apenas 1,4% como ME (Microempresa), índices de formalização ainda abaixo da média nacional de 45%, de acordo com o Monitoramento de Empreendedorismo Global, realizado em 2022.

As questões de saúde são frequentes: metade das entrevistadas relatou enfrentar problemas de saúde relacionados ao trabalho. A sobrecarga de responsabilidades, com 43% trabalhando diariamente e 36% folgando apenas um dia por semana, acentua a precariedade do trabalho, além de destacar que muitas delas atuam em ambientes inadequados para a realização do trabalho.

O estudo, que envolveu 140 respostas válidas de costureiras de 21 estados do Brasil, foi realizado em duas fases: uma quantitativa com questionários online e uma qualitativa com entrevistas semiestruturadas. A fase qualitativa revelou que todas as participantes se identificaram como negras, evidenciando uma realidade marcada pela dupla jornada de enfrentamento da desigualdade racial e de gênero.

Costureiras negras: pilares invisíveis da moda

A representatividade de costureiras negras autônomas na moda não é apenas uma estatística; ela reflete uma longa tradição de mulheres que têm sustentado o setor desde os tempos coloniais. Historicamente, as costureiras negras têm sido a espinha dorsal da moda popular e da alta-costura, contribuindo com habilidades artesanais transmitidas por gerações. No entanto, o estudo revela que a visibilidade e a valorização desse trabalho continuam a ser desafios significativos.

Cristina Filizzola, líder de projetos e presidente da Aliança Empreendedora, enfatiza a importância de reconhecer essa contribuição: “As costureiras negras têm desempenhado um papel crucial na cadeia de moda, mas muitas vezes são invisíveis e pouco valorizadas. Nosso estudo visa trazer luz a essa realidade e promover políticas públicas que reconheçam e apoiem essas profissionais.”

Luta por reconhecimento e capacitação

Apesar das adversidades, a paixão pela costura é um traço marcante. A maioria das costureiras, 90%, declarou trabalhar com costura por amor, sendo que 71,2% afirmaram amar a profissão e depender da renda gerada. No entanto, 62% das costureiras negras autônomas ganham menos de um salário mínimo, e 85% estão abaixo da faixa salarial de costureiras formalmente contratadas. Essa precariedade financeira é agravada pelo fato de que 46% das entrevistadas têm a costura como principal fonte de renda familiar, e quase 22% sustentam suas famílias exclusivamente com essa atividade.

O estudo também revelou que 97,5% das costureiras têm sonhos relacionados à costura, como ter seu próprio ateliê ou espaço de trabalho. Para alcançar esses objetivos, 83% buscam capacitação em gestão de negócios e 91% em técnicas de costura, principalmente por meio de recursos online. No entanto, a participação em redes de apoio ainda é baixa, com apenas 18% acessando cursos gratuitos e tendo contato com outras profissionais para troca de experiências, o que indica um ambiente de trabalho solitário e isolado.

Necessidade de políticas públicas inclusivas

O trabalho das costureiras autônomas ainda necessita de políticas públicas específicas, que contemplem o apoio para o investimento em especialização e estrutura para que essas mulheres, em sua maioria, negras, possam trabalhar com mais dignidade, qualidade e saúde. Garantindo, assim, o apoio necessário para jornadas de trabalho mais saudáveis, que possibilitem que elas possam organizar sua rotina, que muitas vezes é dividida entre os cuidados da casa e dos filhos e a atividade profissional.

A coalizão de Moda Justa Sustentável, composta pelo Instituto C&A, Instituto Lojas Renner, Instituto SYN, Abit e ABVTEX, apoia a Aliança Empreendedora desde 2021. O objetivo é promover trabalho digno na cadeia de confecção-têxtil e fortalecer a presença e o reconhecimento das mulheres negras na moda.

Conteúdo criado em parceria com: Instituto C&A

Próximo filme de terror de Jordan Peele é adiado para outubro de 2026

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Foto: Reprodução

Na tarde desta segunda-feira, 17, o diretor Jordan Peele anunciou o adiamento de seu próximo filme. A data de lançamento do longa, que seria lançado em dezembro de 2024, foi modificada pela Universal para 23 de outubro de 2026, conforme publicou Peele em uma imagem nas redes sociais.

O anúncio sobre a primeira data de lançamento ocorreu antes da greve de roteiristas e atores de Hollywood no segundo semestre de 2023, que durou cerca de quatro meses e adiou o lançamento de inúmeras produções.

Ainda sem detalhes disponíveis sobre a história que será contada no quarto filme do diretor norte-americano, a nova data de lançamento aumenta os rumores sobre este ser um filme de terror, com base nas produções anteriores lideradas por Peele no cinema.

No começo de janeiro deste ano, Peele deu uma entrevista ao podcast “Conan O’Brien Needs a Friend”, onde falou: “Eu realmente sinto que meu próximo projeto está claro para mim, e estou empolgado por ter outro filme que, você sabe, poderia ser meu filme favorito se eu fizer tudo certo”, afirmou.

Patricia Hill Collins retorna a São Paulo para um ciclo formativo destinado a educadoras

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Patricia Hill Collins, uma das mais influentes pesquisadoras do feminismo negro nos Estados Unidos e no mundo, retorna a São Paulo para participar de um ciclo formativo da ONG Ação Educativa, contando com o apoio do Projeto Seta. Com o tema “Interseccionalidade em Ação“, o curso é destinado a promover uma compreensão aprofundada sobre a interseccionalidade e suas aplicações no campo da educação. A formação é gratuita e acontecerá nos dias 04/07 e 11/07 no formato online, com um terceiro encontro, no modo presencial, em 12/07, nessa ocasião, com a presença da pensadora.

Aberto ao público em geral, o ciclo formativo é voltado especialmente para mulheres negras ou indígenas, cis, trans ou travestis, que atuam na educação básica pública ou em espaços não escolares. Como o número de vagas é limitado a 20 participantes, as interessadas na formação precisarão submeter o interesse preenchendo um formulário de inscrição online. Tanto o formulário quanto o edital com os critérios para a seleção das contempladas já estão disponíveis no site da Ação Educativa.

Referência no ramo da sociologia e educação, Patricia atua como professora na Universidade de Maryland, College Park, chefiou o Departamento de Estudos Afro-Americanos na Universidade de Cincinnati por mais de duas décadas, além de ser autora de obras como “Pensamento Feminista Negro” e “Interseccionalidade”. Durante o ciclo formativo, Hill Collins passará por diversas experiências que vão desde conhecer a Ocupação 09 de Julho em São Paulo até ter um momento de troca e diálogo com educadores. 

Sobre o ciclo formativo

Mas afinal, o que é interseccionalidade? O termo refere-se à maneira como diferentes formas de opressão – como racismo, sexismo, classismo, etarismo entre outras – se interligam e se sobrepõem. Em vez de analisar essas desigualdades isoladamente, a interseccionalidade avalia como essas múltiplas formas de discriminação se cruzam e impactam a vida das pessoas em várias dimensões. Na visão de Patricia Hill Collins, a interseccionalidade é tanto uma ferramenta de análise quanto de intervenção política na luta por justiça social.

“A forma como Patricia constrói o conceito de interseccionalidade dentro da teoria crítica feminista é muito contemporânea, nova e relevante. Ela traz a interseccionalidade de raça, classe e gênero para dizer que existe uma construção da ‘mulheridade’ em se tratando das mulheres negras, que se constrói a partir de diferentes matrizes de opressão”, destaca Ednéia Gonçalves, coordenadora-executiva adjunta da Ação Educativa.  

“Nossa proposta é que, nos encontros online, seja discutido o conceito de interseccionalidade no pensamento da autora. Em um segundo momento, será realizada uma seleção de trabalhos de professoras e professores que discutem raça e gênero, na abordagem interseccional, dentro do ambiente da educação escolar, a fim de selecionar 20 propostas cujos responsáveis irão, além de fazer o curso, conhecer Patricia pessoalmente”, explica Ednéia. 

Por meio do projeto Gênero & Educação, a Ação Educativa vem trabalhando temas  como a interseccionalidade há um tempo, por meio da difusão de metodologias pedagógicas e formações gratuitas. “Temos desenvolvido há muitos anos um trabalho para fortalecer o enfrentamento de desigualdades e violências de gênero por meio da educação, um tema que vem sendo alvo de desinformação e censura. E, para isso, é fundamental aprofundar a abordagem interseccional, considerando como gênero se cruza com as dimensões de raça e classe”, explica Bárbara Lopes da Ação Educativa. 

Como a proposta é a de fortalecer a abordagem interseccional nos processos educativos, as participantes da formação terão a oportunidade de reconhecer a complexidade das diferentes formas de opressão no dia a dia de educadoras e educandos. Temas como o feminismo negro brasileiro contemporâneo e o pensamento da socióloga também estarão presentes na programação.

Para informações sobre o edital, inscrições e seleção das vagas, acesse o site: acaoeducativa.org.br ou escreva para generoeeducacao@acaoeducativa.org.br.

Médico que filmou caseiro negro acorrentado tem condenação anulada em GO e caso deve ser encaminhado à Justiça Federal

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O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) anulou, no último sábado, 15, o processo por discriminação racial contra o médico Márcio Antônio Souza Júnior, acusado de filmar um caseiro negro acorrentado e divulgar o vídeo em uma rede social. O caso deve ser transferido para a Justiça Federal, conforme determina o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em situações de divulgação em plataformas públicas.

O julgamento inicial, ocorrido em novembro de 2023, resultou na condenação de Márcio Antônio por discriminação racial, com a obrigação de pagar R$ 300 mil em indenização por danos morais coletivos a uma associação quilombola, além de prestar serviços comunitários.

Segundo a nova decisão do TJ-GO, a competência para processar, julgar e punir o médico não é da Justiça Estadual, uma vez que o ato discriminatório foi amplamente divulgado na internet, configurando um caso que deve ser analisado pela Justiça Federal. O tribunal estadual, portanto, acatou a argumentação de que, devido à natureza da disseminação das imagens, o julgamento deve ocorrer em uma esfera que abrange jurisdição nacional.

Relembre o caso

caso aconteceu no dia 15 de fevereiro, quando o médico Márcio Antônio Souza Júnior gravou e publicou em seu Instagram um vídeo em que mostrava um homem negro, que trabalhava como caseiro na Fazenda Jatobá, na cidade de Goiás, acorrentado pelos pés, pescoço e pelas mãos. No vídeo, é possível ouvir o medico dizer “Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala”.

Primeira mulher negra a jogar hóquei profissional no gelo, Blake Bolden lidera esforços de inclusão no esporte

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Blake Bolden, frequentemente referida como a ‘Jackie Robinson’ do hóquei feminino, em referência ao primeiro homem negro a integrar a liga de Beisebol norte-americana, continua a romper barreiras em um esporte historicamente dominado por homens brancos. Primeira mulher negra a jogar na extinta Liga Nacional de Hóquei Feminino (NWHL) em 2015 e, em 2020, a primeira mulher negra a se tornar olheira profissional no time de hóquei Los Angeles Kings, ela está trabalhando pela inclusão no esporte.

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Atualmente, Bolden exerce múltiplos papéis na organização dos Kings, sendo especialista em crescimento e inclusão, além de integrar a Coalizão de Inclusão de Jogadores da NHL. Sua missão é clara: diversificar o hóquei e garantir que jovens de comunidades marginalizadas tenham acesso ao esporte.

Atualmente, a fundação dos Kings, sob o trabalho liderado por Blake Bolden, mantém uma parceria com o ’24 Degrees of Color’ (ou ’24 Graus de Cor’, na tradução para o português), fundada por Kendal Troutman, mãe de uma patinadora artística negra e ativista da diversidade nos esportes no gelo. Juntas, as duas trabalham para diversificar a patinação no gelo e o hóquei em Los Angeles, nos EUA, tornando esses esportes mais acessíveis financeiramente e garantindo uma representação diversificada nas pistas. O programa busca introduzir os jovens a esportes recreativos no gelo, fornecendo também recursos para competirem, se assim desejarem.

“É por isso que Kendall e eu nos damos tão bem – nossas missões e valores estão tão alinhados”, compartilhou Bolden, ao relembrar suas próprias dificuldades ao crescer jogando hóquei juvenil em Cleveland. “Foi muito desafiador. Financeiramente, acho que é quase impossível, especialmente se você está apenas entrando no jogo e não tem um plano.”

O trabalho de Bolden, inspirado por sua própria experiência de ser frequentemente a única pessoa negra e a única garota em seu time, é orientado pela determinação de diversificar o hóquei e criar recursos para famílias que não sabem os próximos passos. “Meu principal objetivo é apenas diversificar o jogo. A NHL tem este slogan que diz: ‘O hóquei é para todos’, e foi basicamente isso que mantive durante toda a minha vida porque, em cada pista em que entrei, eu era a única pessoa negra. Na maioria das vezes, eu era a única garota do meu time. É muito importante para mim agora espalhar esta mensagem para garantir que uma pessoa de cor, ou a garota de um time só de meninos, se sinta acolhida”, afirma Bolden.

Buscando servir de inspiração para aqueles que virão depois dela, Bolden enfatiza a importância de criar e encontrar oportunidades no hóquei: “Você pode ser um olheiro profissional, pode trabalhar em operações de hóquei se estiver interessado. Você pode ser um treinador, um gerente geral, qualquer coisa neste esporte, desde que continue a se esforçar para encontrar seu pessoal”, conclui.

Com informações da revista ESSENCE.

Pai e sobrinho da vice-presidenta da Colômbia, Francia Márquez, escapam de atentado a tiros

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A vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, contou que seu pai, Sigifredo Márquez, escapou ileso de um atentado a tiros ocorrido na tarde do último domingo, 16. O ataque, que também envolveu o sobrinho de 6 anos da vice-presidente e dois seguranças, aconteceu na rodovia Suárez-Cali, no sudoeste do país.

“Meu pai, juntamente com meu sobrinho de 6 anos e dois seguranças, sofreu um atentado na rodovia Suárez-Cali. Felizmente, eles saíram ilesos”, escreveu Francia em sua conta na rede social X. “Me dói o coração que justo nesse dia tenham atacado o meu pai”, lamentou, lembrando que no domingo a Colômbia celebrou o Dia dos Pais. As autoridades confirmaram que não houve feridos.

Imagens divulgadas pela imprensa local mostram a caminhonete em que Sigifredo Márquez estava com marcas de tiros nas janelas e na parte traseira. O ataque ocorreu na região do Cauca, uma área historicamente conflituosa e onde dissidentes das Farc mantêm atividades relacionadas ao narcotráfico. Francia Márquez, que é natural do sudoeste colombiano, foi vítima de um atentado a tiros em agosto de 2022, antes de assumir a vice-presidência. Naquela ocasião, a ativista ambiental também saiu ilesa.

A ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, fez uma publicação em sua conta no ‘X’, prestando solidariedade à vice-presidente colombiana: “A violência não pode ser moeda da política nem caminho para pressionar por poder. Toda solidariedade a colega e vice-presidenta da Colômbia Francia Márquez pelo atentado a tiros contra seu pai e sobrinho”.

Em janeiro e fevereiro de 2023, Francia já havia denunciado a presença de explosivos em rotas que ela percorreria, revelando a contínua ameaça à sua segurança. Ela é a primeira mulher negra a assumir a vice-presidência da Colômbia.

O presidente Gustavo Petro manifestou preocupação com o incidente e solicitou às autoridades competentes que iniciem uma investigação para identificar os responsáveis pelo atentado.

Livro “Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas”, escrito pela juíza Flávia Martins, é retirado de escolas de São José dos Campos

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Na sexta-feira, 14, a editora Mostrada publicou uma nota repudiando a censura ao livro “Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas”, escrito pela juíza Flávia Martins de Carvalho, que foi retirado das salas de aula e bibliotecas das escolas municipais de São José dos Campos, interior de São Paulo.

Em nota, a editora manifestou surpresa com a decisão, destacando que o livro, escrito em versos e ilustrado, conta a trajetória de cientistas renomadas como Sueli Carneiro, Lélia Gonzalez, Dorina Nowill, Débora Diniz e Marielle Franco, ressaltando suas contribuições para o conhecimento e a defesa dos direitos humanos. “Repudiamos qualquer tipo de censura e defendemos que obras que promovem o pensamento crítico e o exercício da cidadania devem permanecer nas escolas, sem quaisquer impedimentos de ordem autoritária”, declarou a editora.

A ordem de retirada foi comunicada às escolas na quarta-feira, 11, e cumprida no dia seguinte. O pedido foi feito pelo vereador Thomaz Henrique (PL), alegando que a presença de Débora Diniz, conhecida por sua defesa do aborto, justificava uma revisão do material. De acordo com a prefeitura, a obra passará por uma análise pela equipe técnica da Secretaria de Educação e Cidadania.

O livro “Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas” vai além de uma simples compilação de biografias. Através de poesias e ilustrações, Flávia Martins de Carvalho celebra a vida de 20 mulheres, abordando suas histórias de superação e sucesso. A maioria das homenageadas são mulheres negras e brasileiras, mas a obra também destaca mulheres indígenas, brancas e estrangeiras, todas atuantes em diversas áreas e unindo suas atividades a ações afirmativas e sociais.

Flávia Martins de Carvalho, escritora e formada em Comunicação Social e Direito, é conhecida por produzir obras que enfatizam a representatividade e a autoestima de pessoas negras, uma carência que identificou em sua própria infância. Além disso, Carvalho atua como juíza auxiliar do juiz Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal.

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