‘Abbott Elementary’, uma das séries de comédia mais queridas pela comunidade negra, finalmente ganhou data de estreia no Brasil. O Disney+ anunciou o lançamento de todos os episódios da 3ª temporada no dia 26 de junho.
Segundo as sinopses dos primeiros episódios, “é um novo ano na Abbott Elementary, e Janine (Quinta Brunson) está mais animada do que nunca. Ela planeja uma iniciativa em todo o distrito – Dia da Carreira – e está ansiosa para que seja um sucesso. Enquanto isso, Ava (Janelle James) tem uma nova abordagem para o seu trabalho, e Melissa (Lisa Ann Walter) recebe uma pergunta surpreendente”.
Estrelada também por Tyler James Williams, Sheryl Lee Ralph e William Stanford Davis, a série vencedora do Emmy Awards, já foi renovada para a quarta temporada e deve iniciar as gravações em julho.
Devido a greve dos atores e roteiristas, houve um atraso no processo de produção e por isso, a nova temporada terá 14 episódios, uma quantidade menor do que a segunda temporada.
Vale lembrar que as duas primeiras temporadas estão disponíveis no Star+, porém, todo o catálogo do streaming será migrado para o Disney+, a partir do dia 26 de junho, mesma data de lançamento da 3ª temporada.
Vítimas de racismo, dois homens negros foram abordados pela Polícia Militar em uma loja do Grupo Boticário, no bairro Monte Castelo, em Fortaleza (CE), após uma denúncia anônima que os descrevia como dois suspeitos que já haviam roubado a loja anteriormente.
“Fico pensando que uma empresa como o Grupo Boticário, que é conhecida mundialmente, tem ações na Bolsa de Valores, faz campanhas de combate ao racismo, de apoio às diversidades, agir de uma forma totalmente contrária nos bastidores. No mínimo incoerente”, aponta Rënàn Sílvá.
Ele relata que estava parado com o seu amigo, enquanto aguardava a esposa dele terminar as compras na loja, quando a polícia chegou “com tudo”, afirma ao Mundo Negro.
O caso ocorreu no dia 18 de março de 2024, e eles registraram o boletim de ocorrência contra a loja por preconceito racial, no 34° DP da capital cearense. No entanto, só agora o terapeuta de apometria trouxe o assunto a público.
“Não publiquei antes por medo e porque os policiais que estavam lá disseram que ‘ia dar ruim pra nós’”, relata. “Eu não sou cantor, não sou jogador de futebol, nem famoso, sou apenas mais um que veio da comunidade. E olha que não estava mal-vestido na ocasião”, desabafa Rënàn.
No B.O obtido com exclusividade pelo Mundo Negro, os homens relatam que a esposa de um deles estava com uma amiga verificando os perfumes e decidiam o que comprar. Nisso, eles ficaram cerca de 3 horas no interior da loja, quando três policiais chegaram com a arma apontada, e ordenaram que colocassem as mãos na parede. Eles foram submetidos à busca pessoal, um carro foi revistado, mas nada foi encontrado.
Segundo o relato das vítimas, os policiais explicaram que receberam uma denúncia anônima de “dois suspeitos de roubo, um de camisa preta e outra vermelha, ambos negros, que se encontravam no interior da loja, e que ambos já tinham roubado a loja anteriormente”, aponta no boletim.
Mas Rënàn afirma que esta havia sido a primeira vez que ele foi à loja, enquanto o amigo, diz que já foi ao local mais de três vezes com a sua esposa para comprar perfumes.
“Eu não posso nem dizer que a polícia estava errada, até porque eles foram motivados por uma denúncia anônima que partiu das dependências da loja, do Grupo Boticário, que dava a descrição exata e minuciosa de dois suspeitos negros que já haviam roubado a loja anteriormente”, afirma.
“Não é nada legal você simplesmente estar esperando uma pessoa que faz compras dentro da loja e de repente você ser surpreendido com uma arma na cabeça sendo colocado contra a parede como se você fosse um bandido”, completa.
Funcionários da loja
Rënàn destaca que durante a abordagem, os funcionários demoraram para ir ao lado de fora da loja. “O gerente só saiu porque a esposa do meu amigo fez um escândalo na frente da loja. Ela começou a gritar e chamar atenção. A polícia não saía de lá e a confusão só aumentava porque ela gritava falando que ela ia denunciar e ela ia levar isso para os veículos de mídia”, diz.
Neste momento, ele e o amigo perceberam que se tratava de uma denúncia racista os descrevendo como suspeitos que já haviam roubado o estabelecimento, mas o gerente não se pronunciou a respeito, dizendo apenas: “qualquer coisa, procure os direitos de vocês”. Já a coordenadora da loja, após a abordagem da polícia, pediu desculpas apenas para a esposa do amigo, que é uma mulher branca.
Em nota ao Mundo Negro, O Grupo Boticário lamentou o ocorrido e afirma que “não compactua e repudia qualquer forma de preconceito e discriminação, incluindo o racismo”. Leia na íntegra:
O Grupo Boticário não compactua e repudia qualquer forma de preconceito e discriminação, incluindo o racismo. Lamentamos profundamente o fato relatado e reforçamos que esse tipo de situação não condiz com nossos valores e com aquilo que acreditamos: a beleza das nossas relações. A companhia está apurando o relato e reforça o seu compromisso com a valorização e o respeito à diversidade e inclusão. Em nossa jornada nesse tema, mobilizamos, diariamente, nossos colaboradores internos, externos e parceiros para evoluírem conosco, desenvolvemos trilhas anti-discriminatórias obrigatórias para toda a força de vendas, além de ações de contratação e desenvolvimento de profissionais diversos.
Fenômeno das redes sociais, Patrícia Ramos revelou que já recusou uma proposta de R$ 3 milhões para divulgar jogos de azar em seu perfil no Instagram. De acordo com a influenciadora, a ideia inicial era que ela divulgasse o produto para seus seguidores durante 1 ano. Esses jogos são geralmente oferecidos por aplicativos ou plataformas online que permitem aos usuários realizar investimentos financeiros diretamente de seus dispositivos móveis.
“Me ofereceram R$ 3 milhões por um contrato de um ano para enganar vocês. R$ 3 milhões para fazer vocês se endividarem. R$ 3 milhões para fazer vocês acreditarem que você vai botar X e vai tirar Y. R$ 3 milhões para fazer vocês venderem os móveis, para vender a roupa do corpo“, declarou Patrícia. “Eu não aceito, gente, porque eu levo minha profissão muito a sério. Se carrega comigo a o termo influenciadora, a minha responsabilidade é influenciar vocês e que seja para algo bom, que seja para algo construtivo que seja para algo que vai somar na vida de vocês não essa porcaria”.
Imagem/Reprodução Redes Sociais
Patrícia relatou ainda que o parceiro com o qual ela se relacionava, tinha a prática de retirar dinheiro de sua conta pessoal para aplicar em jogos de azar. “Eu sei o quanto isso destrói a vida de um ser humano. Dentro da minha casa mesmo a pessoa que eu confiava, que dormia, acordava comigo todos os dias, desviando mais de 200 mil reais da minha conta bancária para apostar nessa porcaria”, declarou.
Patrícia também se manifestou sobre a forma como outros influenciadores aceitam trabalhar com jogos de azar. “Então assim, gente, aquilo que eu não quero pra mim eu não faço para os outros. Eu não quero ficar me alongando nesse assunto, mas o que eu fico pê da vida é que, assim, esses influenciadores que fazem essa parada e tal, eles ostentam uma vida de luxo, uma vida extremamente cara. Compram mansão, compram carro, bolsa de marca, só coisa de luxo e bota lá, ai, foi Deus que me deu, ai, só progresso, confia no processo, tenha fé que um dia você vai chegar. Gente, não vai, não vai. Entendeu? A gente tá falando aqui de um dinheiro que pessoas estão perdendo pra eles ganharem“, finalizou.
O pai de uma formanda da Baraboo High School, no estado de Wisconsin, Estados Unidos, retirou à força o superintendente distrital, Rainey Briggs, único homem negro, que estava no palco representando a universidade e aguardava juntamente com outras lideranças para parabenizar a jovem pela formatura. O caso aconteceu na última sexta-feira (1).
O homem, cujo nome não foi identificado, invadiu o palco logo após a filha receber seu diploma e começar a apertar as mãos dos funcionários da instituição. Antes que ela pudesse chegar ao superintendente Briggs, o agressor, vestindo uma camisa pólo branca e boné de beisebol, agarrou o líder negro pelo braço direito e empurrou-o para fora do palco.
Rapidamente, seguranças da universidade apareceram para conter a situação. “Não quero que ela toque nele”, disparou o homem, que foi escoltado pela polícia para fora do local. Em um comunicado, a porta-voz da cidade de Baraboo, Hailey Wagner, declarou que uma acusação de conduta desordeira contra o agressor foi encaminhada ao Ministério Público, que está investigando o caso.
“Gostaríamos de enfatizar que a segurança e o bem-estar de nossos alunos, funcionários e membros da comunidade são uma prioridade máxima”, disse o comunicado. “Nosso foco principal continua sendo a celebração das conquistas de nossos graduados. Queremos garantir que a importância deste marco e o trabalho árduo dos nossos alunos não sejam ofuscados por este infeliz acontecimento. A noite celebrou as suas realizações e estamos extremamente orgulhosos de cada um deles.”
Além das consequências à sua reputação, as acusações contra Sean ‘Diddy’ Combs estão se desdobrando em mudanças para as empresas que ele fundou. De acordo com a CBS, nesta terça-feira, 4, Diddy vendeu sua participação majoritária na Revolt, empresa de mídia e rede de televisão que ajudou a fundar em 2013.
A empresa comunicou que seus funcionários agora formam seu maior grupo de acionistas: “Hoje, estamos muito orgulhosos da transformação que nossas equipes experimentarão à medida que deixarem de ser funcionários para se tornarem proprietários do negócio que estão ajudando a construir”, disse o CEO, Detavio Samuels. Em um comunicado, um porta-voz da Revolt também afirmou que a companhia continuará sendo de propriedade e operada por pessoas negras.
Combs, que criou a Revolt para capacitar e contar as histórias da comunidade negra, deixou a presidência da Revolt em novembro do ano passado. Desde novembro do ano passado, Sean ‘Diddy’ Combs enfrenta uma série de alegações graves que colocaram em risco o extenso portfólio de negócios que ele construiu na carreira pública. O então magnata da mídia foi acusado pela ex-namorada Cassie Ventura de agressão sexual e, recentemente, um vídeo divulgado na internet mostra Diddy agredindo Cassie no corredor de um hotel. Outras oito ações civis pesam sobre ele e uma investigação federal deve levá-lo a júri nos Estados Unidos.
De acordo com fontes da CNN, os investigadores notificaram possíveis testemunhas de que elas podem ser chamadas para depor perante o grande júri federal em Nova York. A convocação de indivíduos que entraram com ações civis contra Combs representaria uma escalada significativa na investigação federal em curso, que envolve Diddy.
Após o sucesso de “Paternidade”, lançado em 2021 e estrelado por Kevin Hart, a Netflix e a Sony anunciaram o desenvolvimento de uma série baseada no filme, que conta a história real de um pai solteiro que cria sua filha após perder a esposa um dia após o nascimento do bebê. A informação foi revelada pelo Deadline, nesta terça-feira, 4 de maio.
Paul Weitz, reponsável pela direção do longa-metragem, agora volta a assumir o roteiro e a direção da série, coproduzida por Hartbeat de Kevin Hart, Higher Ground de Barack e Michelle Obama, Temple Hill de Marty Bowen e Wyck Godfrey, e Sunset Lane Media de David Beaubaire.
O filme foi bem aclamado pelo público, mas a expectativa é de que Hart se mantenha apenas como produtor executivo e outro ator seja escalado para o papel principal da série.
Na trama do filme da Netflix, a atriz DeWanda Wise, protagonista da série “Ela Quer Tudo”, também compõe elenco do filme junto com Lil Rel Howery (“Corra”) e Alfre Woodard (“Juanita”).
Se você trabalha como trancista, provavelmente vivencia as dificuldades para confeccionar dreads, como sentir dor no pulso e furar o dedo constantemente. Era isso que Esther Gomes, dona do Ateliê Badu Beauty, em São Paulo, enfrentava, até que a sua namorada e sócia, Gabriela Gomes, 35, desenvolveu uma máquina para confecção de dreads, prestes a ser comercializada ao público, com investimento próprio.
“Eu via a dificuldade para Esther poder fazer dreads com agulha. Com isso ela não conseguia dar conta da demanda e também perdia a oportunidade de ganhar mais dinheiro”, diz Gabriela, criadora e desenvolvedora da máquina Fast Locs, sobre a sua invenção, em entrevista ao Mundo Negro.
Máquina de madeira e máquina atual (Fotos: Divulgação)
Foram dois anos para que a empreendedora chegasse ao resultado desejado. “Não foi fácil. Esse projeto teve início em 2021, que foi a máquina de dreads de madeira. Porém não estava do jeito que eu queria! Com isso continuei errando bastante até fazer dar certo. Mas antes disso, foram muitas noites de sono sem dormir”, relata.
O produto promete entregar “agilidade, praticidade e aumento na cartela de clientes”. Segundo Gabriela, no Ateliê Badu Academy, as estudantes de Esther levam em média 30 a 40 minutos para cada dread sintético. Uma pessoa profissional leva 15 minutos. “Se for com a máquina, dois minutos é o tempo para fazer um dread de tamanho grande”, esclarece.
Além disso, o produto também confecciona dreads de cabelo natural e em diferentes estilos, como: Goddes Faux Locs, Marley Hair e Soft Locs.
Gabriela Gomes panteou e registrou o produto em fevereiro de 2023 (Foto: Divulgação)
A venda dos produtos deve iniciar no final de junho de 2024, diretamente por WhatsApp que ainda será divulgado. Acompanhe as novidades na página do Instagram: @fastlocs.
Segundo a criadora do máquina de dreads, não haverá nenhum tipo de restrição na hora de usar. “É muito prático. Mas vai ter vídeo explicativo [no Instagram] para que não haja dúvida no manuseio”.
Estrela do filme ‘As Branquelas’, Marlon Wayans revelou em entrevista para a revista People que passou por um período de ‘elevação espiritual’ ao lidar com a transição de gênero de seu filho Kai, de 24 anos. “Demorei uma semana inteira [para lidar com a informação] e nessa semana, amadureci mais do que alguma vez amadureci em toda a minha vida. Você entende o propósito das crianças e a beleza do amor incondicional”, destacou ele.
O ator relatou que aprendeu o verdadeiro significado de amor incondicional. “No final das contas, no meu coração, a única coisa que importa para mim é que o meu filho esteja feliz”, disse ele.
Foto: Getty Images.
Marlon revelou em novembro de 2023 que seu filho mais velho é transgênero. “Quero que minha transição como pai, passando da ignorância e da negação para o completo amor e aceitação incondicional, ajude outras famílias”, disse ele, que também lançou um especial chamado Rainbow Child. “Acho que há muitos pais por aí que precisam receber essa mensagem e sei que estou lidando com isso”, destacou.
Além de Kai, de 23 anos, Malron também é pai de Shawn, de 21. O ator contou que apesar das dificuldades e preocupações, tem sido uma das melhores experiências que ele já teve. “Admito que não sou um pai perfeito, mas eles sabem que os amo. Eles me veem tentando e estou feliz, mas tenho que respeitar a vontade deles”, compartilhou o artista.
Rihanna entrou oficialmente no ramo de cabelos. A musicista e empresária anunciou nesta terça-feira, 4 de junho, o lançamento da marca ‘Fenty Hair’, uma “linha flexível de produtos” para todos os tipos de cabelo, que será disponibilizada no dia 13 de junho.
Conhecida por seus diversos estilos capilares ao longo dos anos, Rihanna declarou que suas próprias experiências com o cabelo a inspiraram a criar a linha. “Vocês sabem o quanto mudar meu cabelo é importante para mim. Já experimentei quase todas as texturas, cores e comprimentos, desde apliques até tranças e o cabelo natural”, publicou a artista. “Por isso, estou lançando uma linha flexível de produtos não apenas para atender a todas as necessidades capilares, mas cada produto foi projetado para fortalecer e reparar todos os tipos de cabelo, que é o que realmente precisamos! É hora de brincar e ficar mais fortes com estilo”.
Em 2017, Rihanna revolucionou a indústria da maquiagem com o lançamento da Fenty Beauty, marca carro-chefe de sua empresa. Com uma linha inicial de 40 tonalidades de base e 91 produtos diferentes.
Um levantamento feito pela Secretaria do Estado da Mulher do Rio de Janeiro mostrou que a maioria das empreendedoras na região tocam seus negócios sozinhas. O estudo preliminar traçou um perfil das participantes, constatando que 60% desse grupo é formado por mulheres negras.
Os dados revelaram que 86% delas desempenham todas as funções no seu empreendimento. Ao analisar o perfil das 1.700 empreendedoras, o levantamento identificou que 60% delas são negras, 72% tem 40 anos ou mais, 45% tem ensino superior, além disso, metade das mulheres empreendedoras são a principal ou única fonte de renda da família. 48% não tem CNPJ e apenas 13% empregam outras pessoas.
O levantamento, ainda em andamento, ressalta a solidão que mulheres enfrentam quando decidem empreender e também contribui para que seja possível identificar as motivações que levam essas mulheres a optar por tocar o próprio negócio. Recentemente, uma pesquisa inédita do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made), da USP, mostrou que 6,8 milhões de mulheres negras e 4,3 milhões de brancas não estavam no mercado de trabalho em 2022, elas abandonaram a profissão para se dedicar ao trabalho de cuidado dos filhos e da casa, mesmo desejando estar no mercado.
Ao todo, elas somam 11,1 milhões de mulheres que se tornaram mães e que se distanciaram do mercado formal para trabalhar apenas nos cuidados domésticos e na maternidade. A segunda edição da pesquisa “Parentalidade e Empreendedorismo”, feita pelo Sebrae, constatou que 67% das mães empreendedoras que moram no estado de Minas Gerais abriram o próprio negócio após terem filhos. 69% delas respondeu ainda que ter filhos influenciou diretamente na decisão de empreender para que pudessem ter autonomia e flexibilidade para conciliar a rotina profissional com a familiar.
Os dados trazidos aqui apresentam um ponto em comum que tem sido debatido constantemente entre as mulheres que se tornam mães, mas que ainda é pouco abordado de maneira ampla e honesta pela sociedade. A maternidade ainda afasta as mulheres do mercado de trabalho, ou melhor, o mercado de trabalho exclui as mulheres que se tornam mães, e aquelas que buscam empreender para ter sua própria fonte de renda e cuidar dos filhos, ainda encontram muitas dificuldades para impulsionar seus negócios, já que muitas delas se tornam a única fonte de renda do lar e conseguem empreender apenas para subsistir.
Em uma sociedade patriarcal, a maternidade e todos os pormenores que fazem parte desse universo, são totalmente ignorados pela maioria das empresas, que em muitos casos podem optar pelo home office para pais e mães, mas escolhem o presencial porque compram tempo e corpo e não o trabalho realizado. Também é ignorada por políticas públicas ineficientes, que dificultam que pais e mães encontrem vagas para seus filhos em creches e escolas próximas de casa ou do trabalho. Além de ser ignorada por amigos e familiares, que não colaboram formando a esperada aldeia necessária para criar uma criança, que tanto é mencionada por aqueles que leram ‘O Espírito da Intimidade’, escrito por Sobonfu Somé.
Empreender no universo da maternidade é um processo muito mais profundo e complexo do que imaginamos quando vemos algumas pessoas enaltecendo sua trajetória meritocrática de ‘número um’ disso ou daquilo. Se você chegou primeiro, é muito provável que sua mãe tenha, em algum momento, sacrificado (não no sentido santificado da palavra, porque pode ser muito doloroso e não existe virtude se não há opção) sua carreira, estudos ou desejos imediatos para cuidar de você.