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“Cerejei o bolo da minha vida profissional”: Rita Batista celebra dois anos no ‘É de Casa’ e novos projetos na carreira

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Foto: Engels Miranda

Muito a celebrar! Com mais de 20 anos de carreira, a jornalista baiana Rita Batista, 44, completa dois anos no time de anfitriões do programa “É de Casa“, da TV Globo, e recentemente, foi anunciada como a nova apresentadora do programa “Saia Justa“, do GNT, além lançar o seu primeiro livro “A Vida É Um Presente”, onde ela reúne mantras importantes, muitos dos quais compartilhava com seus seguidores nas redes sociais.

Em entrevista ao Mundo Negro, Rita fala sobre a alegria de viver este momento na carreira. “Quando eu cheguei no ‘É de Casa’,, eu acho que eu cerejei o bolo da minha vida profissional, né? Porque foram 20 anos para entrar na TV Globo. 20 anos trabalhando, produzindo, aprendendo, entendendo, sendo excepcional no meu ofício para que eu tivesse a oportunidade de mostrar meu trabalho na maior emissora do país. E quando houve o convite, foi algo tão natural”, conta. 

Ao longo das 21 temporadas do “Saia Justa”, Rita Batista se torna a quinta apresentadora negra a integrar o elenco do programa, que já contou com 25 apresentadores ao todo. Para a jornalista, a sociedade e o audiovisual vivem uma mudança importante. “É no passo a passo que a sociedade vai se adequando, vai entendendo que diversidade é um valor, que diversidade é importante, que equipes diversas trazem para as suas companhias, independente do ramo da empresa, uma melhor qualidade para os seus produtos. Isso não é diferente com o produto audiovisual ou com o produto televisivo”, afirma. 

Foto: Reprodução/Instagram

Leia a entrevista completa abaixo:

O que esses dois anos apresentando o “É De Casa” significam para você pessoalmente e enquanto profissional? Teve algum momento que você considera mais marcante? 

Quando eu cheguei no “É de Casa”, eu acho que eu cerejei o bolo da minha vida profissional, né? Porque foram 20 anos para entrar na TV Globo. 20 anos trabalhando, produzindo, aprendendo, entendendo, sendo excepcional no meu ofício para que eu tivesse a oportunidade de mostrar meu trabalho na maior emissora do país. E quando houve o convite, foi algo tão natural. Eu entrei primeiro como repórter da “Super Manhã”. Eu recebi uma ligação de Rafael Dragó, meu diretor à época, dizendo que havia surgido uma vaga temporária de três meses para o Super Manhã e que, se eu quisesse, eu tinha que morar em São Paulo durante esses 90 dias. Eu falei: “Tá, beleza, vambora”. Por isso que eu acredito verdadeiramente que a vida é cheia de milagres. Porque quando tem que ser, não tem pra ninguém, não tem adversidade, não tem problema, não tem nada, é fluido, segue. Óbvio, evidente, que você tem que continuar fazendo, né? 

Outro dia eu estava com Zezé Motta no [evento] Negritudes Globo, Antônia Pitanga e Atila Roque. Antônio e Atila disseram assim: “a gente nunca sabe”. E Zezé falou assim: “A gente nunca sabe qual vai ser o ponto de virada da carreira, qual vai ser o momento de ‘uau, cheguei aqui, todo mundo tá conhecendo meu trabalho’. Não importa se você trabalhou 10, 20, 30, 40, 50 anos, o que importa é que você continue trabalhando, porque esse momento do cavalo selado passando na sua frente, não há como precisar”. E Zezé complementou, quando ela falava sobre os louros da carreira, aos 70 e poucos anos, a primeira campanha publicitária, aos 78, e aí ela disse: “Tudo valeu a pena. Absolutamente tudo que eu fiz, tudo que eu passei, valeu a pena”. Então eu acho que é isso. Eu tô vivendo um novo momento da minha carreira, mas colhendo tudo que plantei, porque o plantio pode até ser aleatório, mas a colheita é certa. Disso não tenho dúvida. Eu cheguei em dezembro de 2020 como repórter da TV Globo, da “Super Manhã”, um ano e meio depois, o convite veio e a estreia dessa nova formação foi em julho de 2022. Aí eu falei: “É isso. Bora. Agora que agora é uma nova caminhada, ainda não cheguei no topo da montanha, mas tô na trilha certa, é isso aqui, vamos lá”.

Foto: Reprodução/Instagram

Quais são suas expectativas para essa nova fase no “Saia Justa”? E qual a importância de ter uma apresentadora negra e baiana para manter a qualidade das entrevistas no programa? 

Eu acho que como a sociedade muda, o audiovisual também. É no passo a passo que a sociedade vai mudando, vai se adequando, vai entendendo que diversidade é um valor, que diversidade é importante, que equipes diversas trazem para as suas companhias, independente do ramo da empresa, uma melhor qualidade para os seus produtos. Isso não é diferente com o produto audiovisual ou com o produto televisivo. Então, a gente está num novo momento do “Saia [Justa]”, uma nova temporada, um programa que completa 22 anos no ar, ininterruptos, eu com 21 anos de carreira. Eu acho que está todo mundo com muita maturidade, fora que a gente tem essa possibilidade de atender a nossa audiência, como sempre foi feito, diante das mudanças que a nossa sociedade vem passando nos últimos tempos de todas as transformações desse Brasil, que vive nessa era de cancelamentos ao mesmo tempo de adequações linguísticas para que todos os grupos se sintam contemplados e sejam de fato contemplados. Enfim, a gente vive esses opostos, equilibrando a balança e todos os pratos rodando ao mesmo tempo. Então, eu tô com grande expectativa porque é um programa que eu sou verdadeiramente apaixonada, tanto do lado de dentro quanto do lado de fora. Eu como espectadora, como eu disse, o Saia tem 22 anos de carreira, eu tenho 21 anos. Fui repórter do Saia em 2016, então conheço também internamente e eu acho que vai ser massa. Fora que são três novidades, né? Que eu não sei também, viu minha gente? Eu só sei de mim e de Bela Gil. As outras duas companheiras, não sei, tô que nem vocês, aguardando ansiosamente. Então é muita novidade junta, né? Vai ser massa.

Foto: Reprodução/Instagram

No seu livro “A Vida É um Presente”, lançado recentemente, você traz mantras para o dia a dia que fizeram a diferença na sua vida. Destes, você tem algum favorito e por quê? 

Pra mim, o mantra da minha vida é: “Eu sou corajosa, destemida e forte, eu sou alegre, expansível, cheia de vida, tudo me corre bem, eu sou um ímã para atrair tudo que é de bom e útil e eu gosto da mais perfeita saúde”. Esse mantra é muito especial porque uma grande amiga, que é jornalista também, Mônica Vasco, me ensinou há muitos anos. Foi a primeira pessoa, despretensiosamente, como texto jornalístico, ela me ensinou, sabe? Porque ela aprendeu com o mestre Didi. E o Mestre Didi, filho de Mãe Senhora, do Ilê Axé Opó Afonjá. O Mestre Didi, um sacerdote também, um artista plástico, um homem de muito conhecimento. Então, a partir dali, mesmo sem saber ainda, sem ter consciência do poder da palavra, eu me apropriei disso e esse me acompanha para o resto da vida. Eu tô pensando até em tatuar, porque tenho pouca tatuagem, ainda tem espaço no corpo. Pra isso, pra muita coisa.

Foto: Reprodução/Instagram

Como você concilia o papel de mãe com sua carreira profissional, com gravações do É de Casa no RJ, e agora do Saia Justa em SP, e o filho morando com o pai em Salvador? Você acredita que as mulheres estão cada vez mais combatendo julgamentos sobre o que deveria ser a maternidade ideal?

Eu acho que esse peso da maternidade eu nunca carreguei, e eu falo isso obviamente de um lugar de muito privilégio, de mesmo numa relação que já acabou, o meu casamento já terminou, mas os papéis de pai e mãe são desempenhados na sua totalidade. E Marcel, como ele é um excelente pai, e qualquer homem nesse país, que faz o seu papel de pai, e faz mais alguma coisa além do que deve ser feito, fica nesse lugar, no pedestal, não é porque ele se coloca, mas a sociedade faz isso, então é ele que está nas festinhas, porque acontecem as finais de semana, é ele que está nas apresentações de escola, que acontecem também aos finais de semana ou nas sextas-feira, enfim. Nas urgências e nas emergências, que às vezes também, porque as crianças se machucam no final de semana e não durante a semana (risos)… não deveria se machucar em época nenhuma, mas ele tem muito isso. Fora a experiência, porque ele tem outros dois filhos do primeiro casamento dele, filhos mais velhos obviamente, então ele é muito rápido com as crianças, e ele também tem essa porção brincalhona, que eu por exemplo não tenho, de ficar horas brincando, horas se jogando no chão, eu não sou essa mãe, Eu sou a mãe do muito carinho, do afago, do colo, do beijo, do abraço, do “eu te amo”, das brincadeiras que tem início, meio e fim. E o meu filho sabe o que é que eu tô fazendo, sempre foi dito isso a ele. A gente nunca inventou historinha, mentir ou qualquer coisa do tipo. Por isso que eu digo que eu falo desse lugar de privilégio, que eu tenho um pai presente, uma rede de apoio, tanto eu quanto ele, uma rede de apoio profissional para que nós tenhamos as nossas vidas profissionais em plenitude. 

Ah, julgar, vamos julgar. Gente, eu sou mulher, né? Vamos julgar a vida toda, desde sempre. E com a maternidade, eu fui logo me acostumando com o julgamento quando eu disse, e eu criei essa hashtag, o Verdades Gravídicas, que era minha série sobre maternidade no Instagram, na rede social, que era “Não pega na minha barriga”. Porque já começa daí, a sociedade acha mesmo que tem um poder sobre uma mãe, sobre uma mulher grávida. E que vai criar todos os ditames pra essa maternidade, para experiência dessa mulher com a maternidade dela. Começar por esse negócio de ficar passando a mão na barriga. Você nunca viu a pessoa na existência e a pessoa fica: “oh, quantos meses?” Não, não pega na barriga. E não tinha essa conversa aí, ninguém pegava mesmo. E acabou essa história. O corpo é meu, o filho é meu e eu não sou um receptáculo, sabe? Eu sou uma pessoa inteira. E é por isso que eu digo às mulheres: “vocês não são um receptáculo, vocês não são só mãe. Mãe é uma das facetas desse ser feminino completo”.

No Brasil, Terry Crews visita Museu Afro, come sanduíche de mortadela no mercadão e celebra amizade com Anderson Silva: “Amo esse país”

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Foto: Reprodução / Instagram.

O ator e apresentador Terry Crews, conhecido por ter interpretado o personagem Latrell no filme “As Branquelas” e Julius na série “Todo Mundo Odeia o Chris”, publicou uma série de registros no Brasil. O astro prestigiará o amigo Anderson Silva, que realizará sua última luta profissional neste sábado (15).

Em São Paulo, Crews experimentou o famoso sanduíche de mortadela do mercadão.“Olha esse pão! Vamos para o meu primeiro pedaço. Nossa, que delícia. Isso é muito bom, maravilhoso. Muito bom. Meu Deus, é uma delícia”, disse ele num vídeo através das redes. Em outro registro, o astro norte-americano celebra a amizade com Anderson Silva. Os dois posaram juntos. “Eu não poderia estar mais feliz em estar no Brasil para prestigiar meu amigo em sua última luta. Eu amo esse país. Amo o Anderson. Muito abençoado de estar ao lado dele”, escreveu.

Em outro registro bem humorado, Crews apareceu visitando o Museu Afro Brasil, localizado no Parque do Ibirapuera.

Whoopi Goldberg revela que ‘não nasceu para o casamento’: “É terrível, prefiro investir nos sentimentos de minha filha e amigos”

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Foto: The View

A apresentadora, atriz e empresária Whoopi Goldberg acredita que não foi feita para o casamento. Em entrevista para o programa “Who’s Talking to Chris Wallace?”, a estrela explicou que não se importa com os sentimentos do seu possível cônjuge e que prefere investir seu tempo e demanda emocional com seus filhos.

Foto: Matt Licari.

“Não, não quero [casar]”, disse Goldberg. “Eu não me importo como você se sente. Quero dizer, é terrível. Você sabe, quando você é casado com alguém, você tem que investir em como essa pessoa está se sentindo. Eu não sou assim. Prefiro investir [nos sentimentos] da minha filha, nos fihos dela, estou investindo no meu genro, estou investindo nos meus amigos, mas não estou investindo em um relacionamento que exigiria tanto como ter um filho exige. Eu sei que isso não é pra mim”.

Durante uma conversa em março, através de seu programa The View, Whoopi contou que seu último relacionamento foi com um parceiro 40 anos mais velho que ela. “Não é a sua idade que vai me levar para os seus braços”, disse a estrela. “Não é com a sua idade que estou preocupada – a não ser que você tenha menos de 18 anos, caso em que não posso.”

Comidas típicas de Festas Juninas com influências afro-brasileiras

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Foto: Freepik

As festas juninas no Brasil são famosas por sua variedade de comidas típicas deliciosas. Rica em diversidade cultural, parte dessa tradição culinária se destaca pela contribuição da gastronomia afro-brasileira. O Mundo Negro e o Guia Black Chefs selecionou cinco das comidas mais populares dessas festividades para se deliciar nessa época do ano.

Veja a lista completa abaixo:

Pamonha

Um prato feito com milho verde ralado, leite de coco e açúcar, cozido a vapor, envolto em palha de milho. Pode ser doce ou salgada, com recheios variados como queijo, manteiga ou carne seca. Sua origem remonta às tradições indígenas, mas foi incorporada à cultura afro-brasileira, especialmente na região Nordeste do país.

Foto: Freepik

Canjica

Também conhecida como mugunzá em algumas regiões, é uma sobremesa feita de milho branco cozido em leite e açúcar, frequentemente enriquecida com canela, coco ralado e às vezes leite condensado. Um prato típico afro-brasileiro muito apreciado nas festas juninas.

Foto: Freepik

Cuscuz de milho

Consumida há muito tempo no noroeste africano, o cuscuz é um prato feito com farinha de milho ou fubá, cozido no vapor e muitas vezes servido com manteiga, leite de coco ou acompanhamentos como queijo, carne seca ou goiabada, serviço na versão doce ou salgada.

Foto: Freepik

Curau

Também conhecido como canjica em algumas regiões, o prato de origem africana é um creme doce feito com milho verde ralado, açúcar e leite, com um toque de canela em pó por cima.

Foto: Reprodução/Recepedia

Bolo de fubá

Um bolo simples feito com fubá (farinha de milho), que pode incluir coco, queijo ou erva-doce, tornando-o aromático e ideal para acompanhar um café quentinho. O prato tem em sua origem influências dos indígenas, africanos e portugueses, criada durante o Brasil Colonial. A palavra “fubá” significa farinha na língua quimbundo.

Foto: Reprodução/Receitas/Globo

Ronaldinho Gaúcho diz que não vai acompanhar a seleção brasileira na Copa América: “Tá faltando tudo, garra, alegria, faltando jogar bem”

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Foto: Reprodução / Instagram.

Fenômeno mundial do futebol, Ronaldinho Gaúcho declarou em entrevista para o youtuber Cartolouco que não vai acompanhar a seleção brasileira na Copa América. “Não vou assistir nenhum jogo. Tá faltando tudo, garra, alegria, faltando jogar bem, então não vou assistir nenhum jogo”, disparou o astro. “Vou abandonar o Brasil porque as coisas não estão andando bem. Tá faltando entrega, faltando tudo”.

Nas redes sociais, a fala do astro dividiu opiniões. O ponto alto da carreira de Ronaldinho na seleção brasileira veio na Copa do Mundo de 2002, realizada na Coreia do Sul e no Japão.

Sob a liderança do técnico Luiz Felipe Scolari, o Brasil apresentou um futebol brilhante, com Ronaldinho formando um trio de ataque devastador ao lado de Ronaldo e Rivaldo. Um dos momentos mais icônicos de Ronaldinho no torneio foi o gol contra a Inglaterra nas quartas de final, onde ele marcou de falta. O Brasil acabou vencendo a competição, e Ronaldinho foi uma peça-chave na conquista do pentacampeonato.

Atualmente, a Seleção está no Grupo D da Copa América e estreia no dia 24, contra a Costa Rica.

Matteus Amaral diz que inscrição na faculdade usando cota racial foi feita por um terceiro: “Cometeu um erro escolhendo a modalidade”

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Foto: João Cotta / BBB

O ex-BBB Matteus Amaral se pronunciou nesta sexta-feira (14) após ser acusado de fraudar cota racial no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR). Segundo ele, uma terceira pessoa realizou a sua inscrição e, por erro, escolheu a modalidade de cota racial para pessoas pretas.

“A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio. Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil. Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção“, publicou Matteus através de uma nota oficial em seu perfil no Instagram. “Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso contínuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social. Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido”.

O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR) confirmou oficialmente que o ex-BBB ingressou na instituição através do sistema de cotas raciais. Em comunicado divulgado pelo jornalista Gabriel Perline, nesta sexta-feira, 14, a instituição reconheceu que Amaral se autodeclarou como pessoa preta no processo seletivo de 2014 para o curso de Engenharia Agrícola.

De acordo com o IFFAR, na época da inscrição de Amaral, a Lei de Cotas de 2012 exigia apenas a autodeclaração do candidato, sem qualquer mecanismo de verificação adicional. A instituição ressaltou que, apesar das cláusulas nos editais que alertavam para possíveis penalidades em caso de fraude, não houve denúncia formal que pudesse desencadear uma investigação interna naquele período.

Em paralelo, o ativista Antonio Isuperio encaminhou uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando que sejam tomadas medidas legais contra Matteus Amaral Vargas e uma avaliação sobre a responsabilidade do IFFAR na questão. Na denúncia, o ativista argumenta que a fraude compromete a integridade do sistema de cotas raciais e que é essencial que haja consequências legais para todos os envolvidos.

Ecofeminismo Negro: o papel das mulheres negras na economia circular

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Foto: Reprodução

A economia circular é um modelo econômico inquestionável e fundamental para a redução de impactos negativos para o meio ambiente, que visa a sustentabilidade, a redução de resíduos e a reutilização de recursos. Diferente do modelo linear tradicional de “extrair, produzir, descartar”, a economia circular busca fechar o ciclo de vida dos produtos. Nesse contexto, a participação de diversos grupos sociais, é indispensável para garantir que os benefícios sejam distribuídos de forma equitativa e que a diversidade contribua para a inovação e a eficiência do modelo. Se precisamos de uma estratégia de atuação para garantir a equidade e a diversidade, sabemos que essa desigualdade tem nome, gênero, endereço e cor bem definidos.

A participação das mulheres negras na economia circular ainda é limitada e muitas vezes invisibilizada. Estudos indicam que, globalmente, as mulheres representam apenas 11% dos profissionais na indústria de reciclagem. Dentro desse percentual, a representação das mulheres negras é ainda menor, refletindo as barreiras interseccionais de gênero e raça.

As barreiras que dificultam a participação das mulheres negras em decisões estratégicas na economia circular são múltiplas e interligadas: desigualdade educacional, discriminação no mercado de trabalho, falta de representatividade.

A complexidade da posição das mulheres negras na economia circular se manifesta em dois papéis críticos e aparentemente contraditórios: elas estão na base da pirâmide social, enfrentando os desafios mais imediatos da economia circular, enquanto também sofrem com a sub-representatividade nas esferas de decisão que moldam esse setor.

Base da pirâmide social: catadoras de materiais recicláveis

No Brasil, as catadoras de materiais recicláveis são um exemplo importante de participação das mulheres negras na economia circular. Em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, muitas cooperativas de reciclagem são formadas majoritariamente por mulheres negras. Essas cooperativas não apenas promovem a economia circular através da coleta e reciclagem de resíduos, mas também geram emprego e renda para comunidades marginalizadas. Estas cooperativas muitas vezes operam em condições precárias e sem o devido apoio governamental, refletindo a necessidade urgente de políticas que reconheçam e valorizem seu trabalho.

Segundo o Instituto Lixo Zero Brasil, aproximadamente 90% dos resíduos recicláveis são coletados por catadores informais, e muitos desses catadores são mulheres negras. Essa realidade destaca a importância das catadoras no sistema de gestão de resíduos e na economia circular, embora seu trabalho muitas vezes não receba o reconhecimento e a valorização adequados.

Sub-representatividade nas estruturas de decisão

Embora as mulheres negras desempenhem um papel fundamental na base da economia circular, sua presença em posições de liderança e formulação de políticas é extremamente limitada. Essa sub-representatividade impede que suas perspectivas e experiências sejam consideradas em decisões importantes que poderiam melhorar as condições de trabalho e promover maior inclusão no setor. 

Aliadas da causa: da base à liderança

A presença das mulheres negras na economia circular é uma questão de justiça social e eficiência econômica. Apesar das barreiras significativas, exemplos de sucesso mostram que, com o apoio adequado, as mulheres negras podem e devem desempenhar um papel significativo na promoção de práticas sustentáveis e na transformação econômica. É essencial que políticas públicas, iniciativas privadas e organizações da sociedade civil trabalhem juntas para remover as barreiras existentes e criar um ambiente inclusivo e equitativo na economia circular.

No Brasil, temos parlamentares comprometidas e que têm se destacado na luta contra a emergência climática e o racismo ambiental:

  • Marina Silva (REDE-SP): Ministra do Meio Ambiente, tem uma longa trajetória na defesa da Amazônia e do desenvolvimento sustentável. Atualmente senadora, continua atuando na promoção de políticas públicas que visem a proteção do meio ambiente.
  • Benedita da Silva (PT-RJ): Deputada Federal, dentre suas pautas prioritárias estão defender a democracia e o respeito à Constituição, lutar por políticas de combate ao racismo, pelas cotas e em apoio ao movimento negro e lutar por políticas públicas em defesa da mulher, em especial da mulher negra.
  • Carol Dartora (PT-PR): Deputada Federal, tem como foco o debate racial, educação e mulheres. Desde 2023 está junto à Frente Mista Ambientalista, criou o GT sobre Racismo Ambiental, levantando pautas, denúncias e soluções para  este tema. No Senado, assumiu a vice-presidência da Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados.
  • Talíria Petrone (PSOL-RJ): Deputada Federal, tem atuado na defesa dos direitos humanos e na luta contra as desigualdades sociais. É autora de projetos que visam combater a fome e promover a justiça social.

É importante ressaltar que a luta contra a emergência climática e o racismo ambiental é um esforço coletivo, que envolve não apenas o poder público, mas também movimentos sociais, organizações da sociedade civil e a população em geral. A atuação dessas mulheres na política institucional é fundamental para dar visibilidade a essas pautas e pressionar por ações concretas do governo:

  • Aline Souza: Coordenadora executiva da rede de ONGs Observatório do Clima, tem atuado na promoção de políticas públicas para o combate às mudanças climáticas e na defesa da justiça climática.
  • Amanda Costa: é ativista climática, jovem embaixadora da ONU Entusiasta pela Agenda 2030, tem o objetivo de mobilizar jovens para construírem um mundo inclusivo, colaborativo e sustentável, promovendo a justiça climática e enfrentando o racismo ambiental e já representou parte da juventude brasileira em quatro conferências de Mudanças Climáticas da ONU, a COP23 – Alemanha (2017), COP24 – Polônia (2018), COP26 – Reino Unido (2021) e COP27 – Egito (2022), ambientes onde desenvolveu habilidades como incidência política na agenda climática e educomunicação
  • Ana Toni: Ex- Diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS) e atual Secretária de Mudança do Clima, Secretaria Nacional de Mudanças do Clima (MMA) tem atuado na promoção de soluções inovadoras para o enfrentamento da crise climática e na defesa da justiça social e ambiental.

Essas são apenas algumas das muitas mulheres que se dedicam à causa no Brasil. A atuação delas na sociedade civil e no poder público é imprescindível para pressionar por ações concretas do governo e do setor privado, e para construir um futuro mais justo e sustentável para todos.

Pesquisa liga produtos químicos para alisar cabelos a doenças reprodutivas e menstruação precoce em mulheres negras

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Foto: Reprodução

Em um novo capítulo sobre a proibição do uso de produtos químicos para alisar os cabelos pelo aumento do risco de desenvolvimento de doenças como o câncer de colo de útero pelo acordo com a Federal Drug Administration (FDA), departamento de saúde do governo dos Estados Unidos, novas informações que mostram que esses produtos também podem ser responsáveis por influenciar o início precoce da menstruação destacam o quão nocivos podem ser esses produtos.

A Dra. Tamarra James-Todd, professora associada de epidemiologia reprodutiva ambiental na Escola de Saúde Pública TH Chan de Harvard, é uma pioneira que conduziu ou co-assinou quase 70 estudos científicos ao longo das últimas duas décadas. Suas pesquisas estabeleceram a ligação entre os produtos químicos presentes em alisantes capilares usados por gerações de mulheres negras e as disparidades raciais na saúde reprodutiva, uma questão que intriga os cientistas há décadas.

Um conjunto substancial de evidências científicas revela que alisantes e outros produtos capilares direcionados para meninas e mulheres negras contêm substâncias que desregulam o sistema endócrino. Essas substâncias estão associadas ao início precoce da menstruação e a vários problemas de saúde reprodutiva, como miomas uterinos, parto prematuro, infertilidade, e cânceres de mama, ovário e útero. Esses problemas hormonais são mais frequentes em mulheres negras do que em outras mulheres, incluindo uma forma agressiva de câncer de mama, que contribui para uma taxa de mortalidade 28% maior do que a observada entre mulheres brancas.

Em outubro de 2022, o estudo conhecido como Sister Study, liderado pelo Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental dos EUA, revelou uma descoberta alarmante: mulheres que usavam regularmente produtos químicos para alisamento de cabelo tinham um risco duas vezes e meia maior de desenvolver câncer uterino em comparação com aquelas que não usavam tais produtos. Esse risco afeta principalmente mulheres negras, que são predominantemente usuárias desses produtos. O câncer uterino, sendo o mais comum no sistema reprodutor feminino, tem visto um aumento, especialmente entre mulheres negras, desde o ano 2000.

A pesquisa do Sister Study, seguida por estudos adicionais como os conduzidos pelo laboratório de James-Todd, representa um avanço significativo ao fornecer evidências científicas robustas para preocupações de saúde de longa data. Este avanço também desencadeou um número significativo de ações judiciais em todo o país, envolvendo milhares de demandantes, com potencial para mais ações federais.

A falta de regulamentação eficaz nos Estados Unidos é um problema central destacado pela pesquisa. Enquanto a União Europeia regula mais de 1.300 ingredientes para cosméticos, o FDA americano proíbe ou restringe apenas nove ingredientes conhecidos por serem prejudiciais à saúde humana. Além disso, muitos produtos capilares comercializados para mulheres negras nos EUA contêm substâncias proibidas na Europa, evidenciando disparidades significativas nas normas de segurança e regulamentação entre os dois continentes.

A negligência na supervisão governamental também se estende à falta de transparência nas embalagens dos produtos. Um estudo do Silent Spring Institute descobriu que a maioria dos produtos capilares usados por mulheres negras continha ingredientes tóxicos não listados nas embalagens, incluindo substâncias que podem interferir nos hormônios. Essa falta de regulação e informação precisa expõe os consumidores, especialmente mulheres negras, a riscos desnecessários à saúde, perpetuando uma crise de saúde pública evitável.

Mulheres negras estão em alerta

À medida que mais mulheres negras adotam estilos naturais, as vendas de relaxantes capilares diminuíram significativamente, de 71 milhões de dólares em 2011 para 30 milhões de dólares em 2021. Apesar dessa queda, o mercado ainda é substancial; uma análise de 2020 revelou que 10,5 milhões de americanos usaram produtos para alisamento permanente e relaxamento capilar em casa, enquanto muitos continuam a frequentar salões de beleza para o mesmo fim. Um estudo de 2020, co-autorado por James-Todd, estima que 89% das mulheres negras nos Estados Unidos usaram relaxantes capilares pelo menos uma vez, o que indica que a maioria esmagadora delas alisou seus cabelos com produtos químicos em algum momento de suas vidas, muitas vezes desde a infância.

Em abril, a FDA não conseguiu cumprir o prazo para avançar com a proposta de proibir o formaldeído nos relaxantes capilares. Em um e-mail enviado em maio, uma porta-voz da agência afirmou que “a regra proposta continua sendo uma prioridade elevada e ainda está em fase de elaboração”. Mesmo se a proibição for aprovada, poderá levar meses para ser implementada. Enquanto isso, os produtos continuam amplamente disponíveis nas prateleiras e salões. Nos últimos meses, eles até vivenciaram um ressurgimento nas redes sociais, com vídeos no TikTok usando a hashtag #relaxerisback acumulando mais de 24 milhões de visualizações.

Bridgerton: Atores celebram a evolução da família Mondrich na terceira temporada

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Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

A terceira temporada de Bridgerton, que teve sua segunda parte lançada ontem, 13 de junho. Sucesso de audiência na Netflix, a série está na liderança do serviço de streaming desde que teve o lançamento da primeira parte desta temporada, em 16 de maio.

Com protagonismo de atores negros, uma das principais histórias contadas nesta temporada é a ascensão inesperada da família Mondrich à alta sociedade. Em entrevista à Netflix, Emma Naomi (Alice Mondrich) e Martins Inhamgbe (Will Mondrich), celebraram o destaque e a evolução dos personagens nesta nova fase da série e os desafios enfrentados pelo casal.

“Deixamos o cabelo da personagem crescer, e isso abriu mais possibilidades. Testamos várias novidades, como alturas, cachos e acessórios diferentes. É divertido poder reescrever a nossa história, de certa forma, e acho que esse dinheiro todo e a ascensão social foram um presente para ela”, disse Emma Naomi.

Leia a entrevista completa abaixo, obtida com exclusividade pelo Mundo Negro:

Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

Como foi voltar para a temporada 3 e para o mundo de Bridgerton?

EMMA NAOMI: Foi ótimo. Estou feliz em estar aqui, trabalhar com Martins de novo e ver o que aguarda Will e Alice. Eles mudaram bastante desde a temporada 2.

MARTINS IMHANGBE: Concordo. É bem legal estar de volta. A família está crescendo e evoluindo. É um prazer trabalhar com Emma de novo. Esta temporada será especial.

Como Alice e Will Mondrich estavam no final da temporada 2 e como eles começam esta temporada?

IMHANGBE: Eles têm um clube que se torna um sucesso no final da temporada 2. Por isso, veremos mais a vida da família de Will e Alice.

NAOMI: A família Mondrich herda um título pelo lado da família de Alice, que é uma linhagem meio sombria, algo inesperado. É um choque, e Alice e Will precisam se adaptar a essa mudança de forma muito rápida.

Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

Como essa mudança afeta a dinâmica dos personagens de vocês?

IMHANGBE: É ótima, porque aprendemos coisas novas sobre o mundo e sobre nós mesmos. É um progresso natural. O público verá mais nossa família, nossa dinâmica como pai e mãe, e como casal. Também aprendemos mais sobre o significado do nosso status.

NAOMI: Também é um desafio nos mantermos fiéis a quem somos, entender o que essa mudança significa e saber quais são nossos novos valores. Só porque as coisas mudaram financeiramente precisamos mudar todo o resto? Devemos abraçar essa nova vida? O que deveríamos ensinar aos nossos filhos agora? A Alice fica nervosa com tudo isso no começo.

Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

Alice e Will reagem a essa grande mudança do mesmo jeito ou tem alguma diferença?

IMHANGBE: Tudo nesta temporada é muito novo. No começo, tanto Alice quanto Will ficam um pouco relutantes.

NAOMI: Acho que eles têm as mesmas sensações, mas não ao mesmo tempo. Então, é um desafio estar em sintonia, eles estão tentando se encontrar. 

Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

Com a mudança de status, o figurino também muda. Vocês podem falar um pouco sobre a evolução das roupas da Alice e do Will nesta temporada?

NAOMI: Alice e Will têm uma certa liberdade para experimentar, porque ainda não entendem completamente as regras da sociedade. Naquela época, havia muita influência de Paris e ainda não tínhamos definido as cores da família, então conseguimos experimentar bastante com a paleta, a maquiagem, o cabelo, tudo. Isso é muito legal para nós, como atores, e também para Will e Alice.

IMHANGBE: Sim, nesta temporada temos um figurino maravilhoso. Somos convidados para muitos bailes e somos bem conhecidos, então precisamos usar várias roupas para diferentes ocasiões. E agora podemos pagar, o que é muito bom.

NAOMI: Experimentar tecidos diferentes e ver os novos cortes e designs foi muito gostoso e também um pouco chocante. Foi legal poder opinar mais sobre o figurino. As roupas são impressionantes, muito bonitas mesmo, eu fico empolgada.

IMHANGBE: Para mim, é como uma grande evolução em relação à temporada 1, quando Will era boxeador e quase nunca usava ternos, a menos que fosse para uma ocasião especial. Depois, na temporada 2, ele ficou mais profissional porque era dono de um bar, então o visual era mais alinhado. Agora, parece que virou um bon-vivant. Ele tem mais espaço e tempo para explorar, curtir ser convidado para vários bailes e se vestir de acordo com o tema, o que é muito legal. Estamos vendo como ficamos à vontade nesse mundo, tentando nos ajustar e descobrir nosso lugar, e parte disso são as roupas que usamos, que são a forma como nos apresentamos à cidade.

Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

O cabelo e a maquiagem também fazem parte do visual de vocês. Você pode contar um pouco sobre a evolução dos personagens nesse aspecto?

NAOMI: Nesta temporada, trabalhei com a Alice Man, que é incrível. Ela é muito criativa e gosta de experimentar coisas novas. Deixamos o cabelo da personagem crescer, e isso abriu mais possibilidades. Testamos várias novidades, como alturas, cachos e acessórios diferentes. É divertido poder reescrever a nossa história, de certa forma, e acho que esse dinheiro todo e a ascensão social foram um presente para ela. No começo, ela prefere ficar como está, acho que tem um certo medo de aceitar a mudança. E o cabelo e a maquiagem refletem essa jornada.

Cacau Protásio se emociona ao encontrar Whoopi Goldberg no Vaticano: “Presente enorme de Deus”

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Foto: Reprodução / Instagram.

A atriz Cacau Protásio encontrou Whoopi Goldberg nesta sexta-feira (14), no Vaticano. A estrela brasielira marcou presença em um evento com o Papa Francisco que reuniu comediantes do mundo todo. Através das redes sociais, Cacau não escondeu a emoção. “Pensa em vários momentos emocionantes de uma vida? Pensaram? É esse momento, é único, é perfeito, pra mim é um presente enorme de Deus! Gratidão Jesus!“, publicou a artista.

No vídeo, Whoopi aparece agradecendo Cacau pelo carinho. As duas artistas se abraçaram. Protásio viajou com o marido, o fotógrafo Janderson Pires. Eles aproveitaram a ocasião para renovar os votos. “O Papa Francisco foi um querido, super simpático, bem-humorado, carinhoso. Ele abençoou as nossas alianças, liberou a minha entrada de vestido branco e me deu um terço de presente”, contou a atriz.

Também no Vaticano, a brasileira se encontrou com o comediante Chris Rock. “Nunca imaginei que pudesse receber um convite do Vaticano, do Papa Francisco, então eu não sabia se ria ou chorava. Comecei a me tremer, mas resolvi guardar isso a sete chaves, porque eu não queria contar para ninguém até que as coisas realmente acontecessem. Fiquei sem acreditar que estaria ao lado da figura católica mais importante do mundo”, declarou.

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