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Rafaela Silva é desclassificada na disputa do bronze e se despede das Olimpíadas de Paris 2024

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Foto: Alexandre Loureiro/COB

A jornada de Rafaela Silva nas Olimpíadas de Paris 2024 chegou ao fim nesta segunda-feira, 29. A judoca carioca, que teve uma trajetória marcada por desafios significativos, foi eliminada nas semifinais por uma derrota diante da sul-coreana Mimi Huh e desclassificada na disputa do bronze por uma técnica ilegal contra a japonesa Haruka Funakubo, na Arena do Campo de Marte.

Na semifinal, Rafaela enfrentou Mimi Huh pela quinta vez consecutiva, em uma série de confrontos que culminou em mais uma derrota para a sul-coreana. A situação se agravou na disputa pelo terceiro lugar, onde a brasileira foi penalizada por uma infração técnica, semelhante ao ocorrido em sua primeira participação olímpica em Londres 2012.

“É muito difícil, o pessoal que acompanha na França realmente aprecia o judô. Mas eu queria a medalha, trabalhei muito. Queria estar dando outra entrevista aqui. Peço desculpas, porque hoje não consegui. A gente se conhece muito, eu estou nesta categoria desde 2008 e já enfrentei muitas vezes essas adversárias. Hoje a diferença foi no detalhe e, no meu detalhe, acabei falhando e fiquei sem a medalha”, desabafou Rafaela, visivelmente emocionada, após a derrota na disputa do bronze.

Autor brasiliense lança suspense afrofuturista que destaca desafios enfrentados pela juventude negra no Brasil

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Intitulado suspense “23 Minutos”, o suspense escrito pelo autor brasiliense Waldson Souza, faz uma abordagem crítica sobre a realidade da juventude negra no Brasil, explorando temas como racismo, afrofuturismo, sexualidade e amadurecimento. O título do livro, que tem lançamento programado para agosto, faz referência a dados da ONU divulgados em 2017, que apontam que a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil.

Em “23 Minutos”, Hugo, um jovem que, após uma comemoração antecipada do seu aniversário de 18 anos, é atacado a tiros por um homem misterioso, acorda 23 minutos depois e se vê preso a uma maldição: a cada dia, no mesmo horário, ele morre e volta à vida. O romance acompanha sua jornada para entender e lidar com essa nova realidade, enquanto busca respostas para o que está acontecendo.

“Lembro que senti medo e uma desesperança muito forte na primeira vez que vi os dados estatísticos sobre o genocídio da juventude negra no Brasil. Saber que a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no nosso país me fez duvidar de qualquer possibilidade de futuro”, refletiu Waldson Souza sobre o tema que o inspirou a escrever o livro.

Além de sua crítica social, “23 Minutos” também faz referências ao folclore e à cultura brasileira, retratando um protagonista que enfrenta não apenas as pressões do fim do ensino médio e o despertar sexual enquanto um jovem gay, mas também a aceitação de sua família e amigos.

Bahia ganha novo guia com 288 talentos negros da comunicação corporativa

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Foto: Freepik

No último dia da Jornada da Diversidade, evento online realizado pela Agência Comunicativa, foi lançada a segunda edição do “Talentos Negros: guia de fornecedores negros na comunicação corporativa da Bahia”. A publicação é fruto da colaboração entre as agências Comunicativa, AsMinas Mkt e Carla Piaggio Design, e reúne profissionais que atuam na capital, Região Metropolitana e interior do estado.

O guia atualizado mapeou cerca de 288 freelancers, microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas nas áreas de Design, Marketing, Jornalismo, Relações Públicas, Fotografia, Audiovisual, Produção Cultural, Eventos, Consultoria, Palestras e Workshops, Mídias Sociais, Produção de Conteúdo e Maquiagem.

“Nesta nova versão, incentivamos mais a presença de pessoas do interior, com deficiência, da comunidade LGBTQIAPN+ e daqueles com idade acima de 50 anos. Além de proporcionar visibilidade e abrir portas para contratações e parcerias, nosso propósito é conectar diversidade, comunicação e impacto social. Sabemos o quanto as empresas têm a ganhar desenvolvendo projetos com multiplicidade de ideias, repertórios e visões de mundo”, destaca Carla Piaggio, designer e empreendedora.

A publicação já está disponível nas redes sociais e sites das agências idealizadoras. Para acessá-lo, basta clicar neste link.

Judoca Rafaela Silva conquista vitória por Ippon e vai às semifinais Olímpicas

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Em apenas 20 segundos, Rafaela Silva conquistou seu primeiro waza-ari e dominou a georgiana Eteri Liparteliani. Pouco depois, aplicou o segundo golpe para assegurar a vitória por ippon, avançando assim às semifinais do judô feminino nos Jogos Olímpicos de Paris. A campeã olímpica dos jogos do Rio de 2016, está determinada a buscar seu segundo ouro.

Com um bandeirão personalizado na arquibancada, a brasileira volta ao tatame a partir das 11h desta segunda-feira, 29, para enfrentar Mimi Huh, da Coreia do Sul, nas semifinais da categoria 57kg. Rafaela tem mostrado um desempenho consistente até o momento nos Jogos de Paris. Nas oitavas, venceu a turcomenistã Maysa Pardeyva por ippon com uma chave de braço, e nas quartas de final derrotou Eteri Liparteliani com menos de dois minutos de luta.

A luta contra a georgiana durou menos de dois minutos. Rafaela abriu com um waza-ari em 20 segundos, seguido por um shido, penalidade no judô, para a adversária. Com dois minutos restantes, a brasileira aplicou o segundo waza-ari, garantindo a vitória por ippon.

Na semifinal, Rafaela enfrentará a sul-coreana Mimi Huh, adversária que nunca venceu nas quatro lutas anteriores.

Com informações do ge.

Paris 2024 vai marcar a última Olimpíada de Marta como jogadora da seleção feminina de futebol

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Foto: Livia Vilas Boas / CBF

O mundo está com os olhos voltados para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Entre os inúmeros atletas que brilharão nos campos, quadras e pistas, uma estrela em particular se prepara para uma despedida especial: Marta Vieira da Silva, a eterna camisa 10 da seleção brasileira de futebol feminino, anunciou que esta será sua última Olimpíada como jogadora.

“Este é o meu último ano, e eu já posso confirmar aqui. Tem um momento em que a gente tem que entender que chegou a hora. Eu estou muito tranquila com relação a isso, porque eu vejo com muito otimismo esse desenvolvimento que a gente está tendo com relação às atletas jovens”, afirmou Marta em abril deste ano, que de disse pronta para passar o bastão.

“A gente tem uma equipe muito qualificada, com meninas muito talentosas e que, no decorrer dos anos, vocês vão ver que realmente é o que eu estou falando, é um terreno muito fértil. Por esse motivo, eu me sinto muito confortável em dizer: ‘Olha, estou passando pra vocês, vou passar o bastão, e vocês continuem a levar esse legado’“, declarou.

Com incríveis seis participações olímpicas em seu currículo, Marta é um ícone do esporte e uma inspiração para gerações de jogadores e fãs. Desde sua estreia nos Jogos de Atenas em 2004, a atacante encantou o mundo com seu talento, técnica e paixão pelo futebol. Em cada edição dos Jogos, Marta deixou sua marca, seja com seus dribles desconcertantes, seus gols decisivos ou sua liderança em campo.

Marta não é apenas uma das maiores jogadoras de todos os tempos, mas também uma defensora incansável do futebol feminino. Sua presença nos campos ajudou a elevar o esporte a novos patamares, quebrando barreiras e desafiando estereótipos de gênero.

Enquanto os holofotes se voltam para a cidade de Paris, o mundo se prepara para a última dança de Marta nos Jogos Olímpicos. Será um capítulo final emocionante de uma carreira lendária, mas também o início de uma nova era para o futebol feminino. Como Marta mesma disse: “O importante é deixar um legado, uma mensagem de que podemos fazer a diferença.” E, sem dúvida, ela fez.

Estudante universitária negra projetou primeira Barbie negra com síndrome de Down lançada esta semana

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Na terça-feira, 23, a Mattel lançou a primeira Barbie negra com síndrome de Down, que faz parte da linha Fashionistas. O projeto envolveu uma colaboração com a National Down Syndrome Society (NDSS), a estudante do Clemson College, Taylor Freeman, sua mãe Ayoca Freeman, além de outras famílias negras conectadas à comunidade.

Taylor Freeman, que nasceu com síndrome de Down, sempre foi incentivada a ultrapassar limites, conforme destacou sua mãe Ayoca Freeman. “Ela fez tudo o que quis fazer. Ela está em uma banda marcial, foi rainha do baile, tem uma permissão de aprendizagem, um carro e pode dirigir. Não colocamos obstáculos devido ao diagnóstico dela, pois isso é apenas uma parte de quem ela é”, afirmou Ayoca.

O design da nova boneca foi desenvolvido com a participação de um grupo que incluiu Taylor e outras seis famílias ao longo de um ano. As contribuições foram essenciais para garantir que a boneca representasse com precisão as características associadas à síndrome de Down, incluindo um rosto oval, olhos ligeiramente inclinados e amendoados com pontos brancos na íris, além disso, as roupas da Barbie trazem cores que remetem ao movimento de conscientização da Síndrome de Down.

Krista Berger, vice-presidente sênior da Barbie, destacou a importância da representação na nova linha: “Reconhecemos que a Barbie é muito mais do que apenas uma boneca; ela representa a autoexpressão e pode criar um senso de pertencimento”. A nova Barbie com síndrome de Down é lançada ao lado de uma Barbie cega, ambos como parte da linha Barbie Fashionistas, que inclui mais de 175 visuais variados, cobrindo tons de pele, cores de olhos, texturas de cabelo, tipos de corpo, deficiências e modas. A linha visa expandir a representação e a inclusão no mercado de brinquedos.

O lançamento da Barbie com síndrome de Down do ano passado foi reconhecido com o prêmio de Imitação de Responsabilidade Social Corporativa do Ano pela Toy Association, refletindo o impacto positivo das iniciativas de inclusão da Mattel.

Filme de Antonio Pitanga sobre Revolta dos Malês estreia em novembro

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Foto: Vantoen Pereira JR

Dirigido por Antonio Pitanga, o longa-metragem “Malês” tem data marcada para chegar aos cinemas. Um teaser exclusivo do filme foi divulgado no dia 18 de julho durante a mesa “Narrativas orais como forma de resistência”, parte da programação do Festival Negritudes Globo, realizado em Salvador e deve estrear no dia 14 de novembro deste ano.

Baseado em fatos históricos, “Malês” retrata a Revolta dos Malês, o maior levante organizado por pessoas escravizadas na história do Brasil, ocorrido em 1835. Liderado por africanos muçulmanos, o movimento buscava a libertação dos negros escravizados em Salvador. Após o fracasso da revolta, os manifestantes foram duramente reprimidos.

O elenco inclui Rocco e Camila Pitanga, filhos do diretor, além de Wilson Rabelo (“Bacurau”), Bukassa Kabengele, Samira Carvalho, Rodrigo de Odé, Heraldo de Deus e Patrícia Pillar. O roteiro é assinado por Manuela Dias e a direção de fotografia é de Pedro Farkas.

No filme, Antonio Pitanga interpreta Pacífico Licutan, um dos líderes da rebelião, que destacava a importância da união entre diferentes povos e religiões para o sucesso do movimento. O filme também apresenta outros líderes históricos da revolta, como Ahuna (Rodrigo dos Santos), Manuel Calafate (Bukassa Kabengele), Vitório Sule (Heraldo de Deus) e Luís Sanim (Thiago Justino).

“Malês”, produzido por Flávio R. Tambellini, da Tambellini Filmes, é uma coprodução com a Globo Filmes, Obá Cacauê Produções, Gangazumba Produções e RioFilme, com patrocínio da Petrobras. Rodado em Cachoeira e Salvador, na Bahia, e em Maricá, no Rio de Janeiro, o longa retrata as difíceis condições de vida de homens e mulheres negros na Bahia do século XIX, abordando temas como racismo, pobreza e intolerância religiosa.

O que Frantz Fanon nos ensina sobre o bolsonarista que descobriu que não pode ser de extrema direita porque é negro?

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Fotos: Divulgação

Recentemente, Raiam Santos, influenciador assumidamente de direita, gravou um video para falar sobre como a extrema direita europeia é racista. Ao constatar isso, Raiam também constatou que não pode ser de direita, pois não importa quanto dinheiro ele tenha, nunca é bem quisto nos lugares que frenta na Europa.

Eu conheço pouco de Raiam, mas sei que ele se diz um escritor muito bem sucedido e milionário. Raiam diz ter lido mais de mil livros. Certamente, entre estes milhares de livros não estavam clássicos como Pele Negra, Máscaras Brancas.

Como podemos aplicar as reflexões de Frantz Fanon no caso Raiam Santos? É simples! Não me canso de dizer que no capítulo “o homem negro e a mulher branca” há uma discussão extremamente importante sobre nacionalidade x raça. O personagem analisado por Fanon, Jean Veneuse, vive na França, mas ele não pode ser um francês porque é preto. Ele busca validação dos homens franceses, quer ser reconhecido como um igual, um nacional. A mulher branca, neste esquema, é apenas uma das formas que Jean Veneuse pretende alcançar o reconhecimento como francês legítimo.

A propósito, coincidência ou não, Raiam também adora ostentar mulheres europeias pelas redes. Assim como Jean Venuse não pode ser francês, embora seja um “preto diferente” dos seus ancestrais antilhanos, por ter certo status em Bordeaux, Raiam não pode ser hungaro, russo, espanhol ou plones. Tal qual Jean Veneuse, a frustração de Raiam Santos é ver que o europeu não reconhece como igual aquele que ele moldou a sua própria imagem nas colônias.

Mestre Ivamar celebra a estreia do breaking nas Olimpíadas: “Abre um leque de profissionalização”

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Fotos: Carlos Henrique de Souza e Reprodução

O breaking é a grande novidade das Olimpíadas de Paris 2024! Ao todo, 16 B-Boys e 16 B-Girls, como são chamados os atletas, irão disputar as primeiras medalhas na história da modalidade esportiva. 

O Mestre Ivamar, que acompanha a evolução do hip-hop desde a década de 80, reflete sobre a importância da inclusão da nova modalidade para a comunidade negra e periférica, durante entrevista ao Mundo Negro

“Vejo a evolução breaking se afirmando com grandes dançarinos periféricos. O hip-hop com seu rap, grafite, DJ’s e MC’s, cresce nas periferias dando uma oportunidade para jovens se expressarem nas suas artes como um grito de socorro expressado na poesia, na musicalidade, nos grafites, na dança, na busca de um lugar, de direitos”, diz o ator e ativista.

“O breaking nas Olimpíadas é de certo um fato muito importante, [porque] passa a ser um esporte competitivo mundial, abrindo um leque de profissionalização e será sempre um espetáculo, faz nascer das ruas mais um esporte e possíveis oportunidades”, afirma.

Mestre Ivamar também compara os desafios e os preconceitos contra breakings com a capoeira e o samba, por terem nascido nas ruas. “Com seus elementos, representando resistência de um povo preto, que pede o fim do genocídio, é um enfrentamento na mudança de um sistema de opressão”, destaca.

Sobre o futuro do breaking após a estreia nas Olimpíadas, Mestre Ivamar diz acreditar na constante evolução do hip-hop. “Seja no seu campo artístico e ideológicos como também no atlético. Acredito nos impactos sociais ao longo do tempo, as mudanças nos fazem ficar mais fortes ainda quando caímos”, finaliza.

A competição de breaking acontece nos dias 9 e 10 de agosto. O Brasil teve grandes nomes na tentativa de uma vaga como a Toquinha e o Kapu Araujo, mas eles não conseguiram classificação nesta edição. 

Ministério do Esporte faz publicação racista sobre barco do Brasil na abertura das Olimpíadas de Paris

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Foto: Reprodução

O Ministério do Esporte fez uma publicação racista nesta sexta-feira, 26, para se referir ao barco da delegação do Brasil na abertura das Olimpíadas de Paris 2024.

No X (antigo Twitter), a conta oficial do ministério postou a imagem de um chimpanzé dirigindo um barco com a legenda “Todo mundo aguardando o nosso barco”, junto com um emoji da bandeira do Brasil no fim da frase.

A publicação foi excluída em seguida, mas viralizou rapidamente na internet e o ministério publicou uma nota lamentando o ocorrido e admitiu que foi racista. “O Ministério do Esporte reconhece e lamenta profundamente o erro cometido ao publicar uma imagem inadequada em nossas redes sociais na data de hoje, antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas. A publicação foi imediatamente retirada do ar, devido à sua conotação insensível e ofensiva”, inicia o texto.

“Entendemos que a imagem carrega conotações racistas históricas e perpetua estereótipos prejudiciais. O Ministério do Esporte reconhece que essa publicação foi um erro grave e incompatível com os valores que defendemos. Lamentamos profundamente por qualquer ofensa causada e estamos empenhados em garantir que algo semelhante não ocorra novamente”, completa.

“Reafirmamos nosso compromisso inabalável no combate ao racismo e a qualquer forma de preconceito. O Ministério está implementando medidas rigorosas para garantir que nossa comunicação institucional seja sempre guiada por princípios de respeito, inclusão e diversidade. Estamos revisando nossos processos internos e oferecendo treinamento contínuo a nossa equipe para garantir que todas as nossas comunicações futuras reflitam nosso compromisso com a justiça social e a igualdade”, completa.

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