A atriz Taís Araújo iniciou um movimento muito importante nas redes sociais. Em um vídeo no Instagram, a artista convocou suas seguidoras para ler um livro por mês e escolheu o título “Eu sei porque o pássaro canta na gaiola”, escrito pela poetisa norte-americana Maya Angelou para começar sua empreitada: “Ao invés de ficar no celular antes de dormir, vamos pegar um livro para ler 15 minutinhos por dia. O quanto você conseguir, se você conseguir ler 2 páginas, 5 páginas, 10 páginas, 20 páginas”, destacou.
O livro conta a história da própria Maya, nascida Marguerite Ann Johnson, e traz passagens de sua vida, crescendo como uma garota negra que foi criada pela avó paterna no sul dos Estados Unidos. A partir de suas próprias experiências, muitas delas dolorosas, das descobertas que fez sobre sua família, sobre o mundo e sobre si mesma enquanto crescia, Maya traz uma história densa que também fala sobre liberdade.
“Leitura é uma forma de empoderamento para gente, ela abre portas e desencadeia uma transformação de dentro pra fora (…) a leitura é sim um momento de auto cuidado”, escreveu Taís Araújo na publicação. Além de propor um livro por mês, Taís convidou o público a comentar as leituras em seu canal de transmissão do Instagram, chamado Baixo Méier, em referência ao bairro onde nasceu.
A atriz ainda destacou a importância de ter lido determinadas autoras e como se tornou “uma mulher melhor” depois das leituras: “Eu posso dizer que depois que eu comecei a ler muito como eu leio hoje, a minha vida se transformou. Depois que eu li determinadas autoras então, acho que virei uma mulher muito melhor, consciente de quem eu sou no mundo e, melhor, de quem eu quero ser no mundo”.
‘ÌYÁ ÀGBÀ ṢIRÉ: O Poder do Sagrado Feminino‘, o novo projeto musical do Grupo Ofá, formado Luciana Baraúna, Yomar Asogba e Iuri Passos, integrantes do Terreiro do Gantois, traz a participação de artistas consagrados da MPB em uma homenagem a essas divindades, representando a força dos orixás e das mães ancestrais, em forma 16 canções/Orikis em formato de CD, Vinil e digital para acesso nas plataformas streaming de música.
O lançamento será para convidados no dia 15 de setembro, às 16h, no Centro Cultural Barroquinha, em Salvador. Com direção geral de Flora Gil, direção artística e musical de Yomar Asogbá e Iuri Passos, produção musical de Iuri Passos e Alê Siqueira e produção executiva de Eveline Alves e José Maurício Bittencourt, a concepção desse novo trabalho traz como referência principal a música de matriz africana com arranjos e elementos da música contemporânea.
Margareth Menezes, Luedji Luna, Vanessa Moreno, Fabiana Cozza, Vovó Cici, Roberto Mendes, Irma Ferreira, Mãeana, Xênia França, Vanessa da Mata, Preta Gil, Milton Nascimento, Péricles e Baco Exu dos Blues, são os artistas que emprestam suas vozes para os Orikis, que em yorubá, significa: “louvar, saudar, evocar”.
Para Irma Ferreira, essa participação foi “um processo de reconexão, de conseguir entregar com minha arte tudo o que o Axé representa na minha vida, como cuidado, como cura, como segurança, esse trabalho para as Ìyá Àgbà é uma forma de entregar tudo isso”. A escolha do repertório, já que são cânticos sagrados, é uma decisão coletiva e passa pela liderança do Terreiro do Gantois. A partir daí, Iuri Passos, arranjador e diretor musical e artístico, faz as escolhas das canções já pensando nas vozes, nas energias que esses artistas vão trazer ao cantar.
Ao contrário de Obatalá, que foi construído em cima da energia equilibrada de Oxalá, essa nova obra é de múltiplas energias: Exú, Nanã, Oxum, Obá, Yemanjá, Ewá, Yansã, Iyá Mase Malê e Logún Edé trazendo uma sonoridade completamente diferente. Com isso, Iuri pensou um caminho com harmonias pentatônicas, harmonias que estão mais próximas da forma de cantar nos terreiros de candomblé, trazendo a textura e força dos atabaques misturada a música popular e erudita, tudo sempre com equilíbrio musical e sem perder a estrutura e forma rítmica dos terreiros de candomblé.
Foto: Geovane Peixoto
Para Luciana Baraúna, cantora, pesquisadora e candomblecista, “é uma honra participar de um álbum com um repertório dedicado às orixás, representação das mães ancestrais e do feminino sagrado”. Para Asogbá, fundador e produtor artístico e musical, “Esse projeto musical é de suma importância para nossa comunidade de matriz africana, pois homenageamos nossas ancestrais, as Yabás, um legado deixado para nós e que estamos deixando para a posteridade, Adupè Iyamim Oxum”.
O Grupo Ofá lançou dois álbuns com sucesso de crítica e público, o Odum Orim (2000), referência da produção fonográfica sacra de matriz africana no Brasil, e o OBATALÁ, Uma Homenagem a Mãe Carmen (2019), indicado ao Grammy Latino 2020. Com 24 anos de carreira, o grupo ressalta a importância do registro e disseminação dos cânticos sagrados do candomblé para a preservação da memória da música sacro afro-brasileira.
Em sua trajetória, o grupo já tocou em Paris, Suíça e Londres, no Black to Black. No Brasil, tocou nos festejos do 2 de Julho, em Salvador, e, em São Paulo, no SESC de Mariana e de Registro. Após o lançamento 15 de setembro, em Salvador, o Ofá vai fazer shows pelos CCBBs de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
A importância desse projeto para o povo de Axé é inquestionável. Para Pedro Tourinho, Secretário de Cultura e Turismo de Salvador e seguidor do candomblé, “Salvador é a terra de todos os santos, de todos os orixás. Saudar as Ìyá Àgbàs é parte do ser soteropolitano. apoiar o registro de cantos de tanto axé é dever, honra e privilégio de nossa cidade.” ÌYÁ ÀGBÀ ṢIRÉ: O Poder do Sagrado Feminino é uma produção da GEGE Produções Artísticas, com apoio da Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Cultura e Turismo e da EMBASA.
O rapper Emicida faz sua primeira incursão no universo das artes visuais ao assinar a curadoria da exposição “Etnogênese – o que é e o que pode ser”, do artista visual Marcelino Melo, também conhecido como Quebradinha. A mostra será realizada no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) entre os dias 7 de setembro e 24 de novembro.
A exposição contará com 44 obras, incluindo quadros, vídeos, fotografias e instalações, e estará dividida entre o prédio principal do MAC e sua unidade localizada no Morro do Palácio, o MACquinho. Emicida foi convidado para a curadoria pelas colegas Luiza Testa e Patricia Borges, e desde então, tem colaborado diretamente com Marcelino Melo no desenvolvimento do conceito da mostra e na criação de algumas obras.
Nas redes sociais, Marcelo Melo afirmou estar emocionado com a exposição: “Estou emocionado… Estou feliz também! E venho convidar a todas e todos para minha primeira exposição individual, onde apresentaremos a ‘Etnogênese: O que é, e o que pode ser.’ Mostra com 44 obras distribuídas em dois espaços, MAC Niterói e MACquinho, ambos projetados pelo genial Oscar Niemeyer e agora ocupados pelo povo favelado, pelo ‘ser território’, pelo reflexo do Brasil com corpo feito de barro.”
“Etnogênese – o que é e o que pode ser” explora temas ligados à identidade e à ancestralidade, aspectos que também permeiam a obra de Emicida. A estreia do rapper como curador marca um novo capítulo em sua trajetória, agora no campo das artes visuais, reforçando sua busca por novas formas de expressão e impacto social.
No segundo dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Paris, o Brasil celebrou sua segunda medalha de ouro, desta vez no atletismo. Júlio César Agripino, 33, liderou a prova dos 5.000m da classe T11 (deficiências visuais) e, com o tempo de 14min48s85, estabeleceu um novo recorde mundial e paralímpico. Além de garantir o título, o paulista emocionou-se ao dedicar a conquista ao avô.
“É muita emoção ser campeão paralímpico e quebrar o recorde mundial. Comecei a treinar em um campinho na periferia, e essa vitória é prova de que, com determinação, é possível superar os desafios. Dedico essa medalha ao meu avô”, disse Júlio, que foi diagnosticado com ceratocone, doença degenerativa na córnea, aos sete anos.
O Japão garantiu a prata com Kenya Karasawa, enquanto o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, 32, completou o pódio, conquistando o bronze. Yeltsin, que enfrentou lesões e uma virose durante a preparação, comemorou a medalha e exaltou a vitória do compatriota. “Muito feliz pelo Júlio. Minha preparação foi comprometida, mas, como minha esposa disse, você ou chupa o limão azedo ou faz a limonada”, comentou o atleta, que já acumula três medalhas paralímpicas.
A estreia vitoriosa do atletismo brasileiro em Paris contribuiu para ampliar o histórico de medalhas do país na modalidade, que agora soma 172 conquistas, sendo 49 de ouro. Com o resultado, Júlio e Yeltsin voltam a competir nos 1.500m, cuja final está marcada para o dia 3 de setembro.
No primeiro dia de competições, o nadador Gabriel Araújo já havia conquistado a primeira medalha de ouro do Brasil, nos 100m costas da categoria S2.
A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) foi eleita a melhor deputada do Brasil na votação popular do Prêmio Congresso em Foco 2024. Com 88.616 votos, Hilton se consagra como a primeira mulher trans a vencer na principal categoria da premiação. O anúncio foi feito na noite da última quinta-feira, 29, durante cerimônia em Brasília.
Hilton, que é líder da federação Psol-Rede na Câmara dos Deputados, destacou-se pela atuação em defesa das minorias, em especial da comunidade LGBTQIAP+, desde sua eleição em 2022 como a primeira deputada federal negra e trans da história do Brasil.
Em seu discurso de agradecimento, a parlamentar afirmou que o prêmio serve como “combustível” para enfrentar os desafios de representar a diversidade no Congresso. ” Congresso Nacional ainda não suporta a chegada da diversidade, da dissidência, daquelas e daqueles que sempre estiveram do lado de fora e que agora entram de cabeça erguida dizendo: ‘Nós mulheres negras pessoas LGBT, travestis e transexuais, temos um projeto de poder para esse país’. Seguimos lutando todos os dias naquele espaço pela reconstrução de um país melhor”, declarou Hilton.
Além de Hilton, outros dois parlamentares do Psol ocuparam as primeiras posições na votação popular: Sâmia Bomfim (SP), que recebeu 60.826 votos, e Guilherme Boulos (SP), com 33.570 votos, além do Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), que ficou em quarto lugar com 32.475 votos e Benedita da Silva (PT-RJ), que conquistou o quinto lugar com 29.526 dos votos. A votação popular foi realizada online entre os dias 1º e 31 de julho, com auditoria da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF).
A premiação, considerada uma das mais relevantes da política brasileira, também incluiu categorias como “Apoio à Indústria”, “Clima e Sustentabilidade” e “Cidades Inteligentes”, com avaliações feitas por um júri especializado e jornalistas que cobrem o Congresso.
Além do reconhecimento como melhor deputada do país, Erika Hilton foi premiada nas categorias de “Melhor Deputada do Sudeste” e “Destaque do Júri em Cidades Inteligentes”. Em suas redes sociais, Hilton celebrou as conquistas e agradeceu aos eleitores e jurados.
Vencedor do Prêmio de Melhor Documentário no Festival do Rio 2023, o documentário “Othelo, O Grande” que aborda a vida e carreira do ator e comediante, estreia nos cinemas brasileiro dia 5 de setembro. Sebastião Bernardes de Souza Prata, mais conhecido como Grande Otelo, é uma das maiores referências do audiovisual na história do Brasil, que lutou por espaço de pessoas negras no cinema.
Dirigido por Lucas H. Rossi dos Santos e produzido por Ailton Franco Jr.,o longa revela ao grande público e apresenta para as novas gerações as diversas facetas do artista. Otelo trabalhou com cineastas como Orson Welles, Joaquim Pedro de Andrade, Werner Herzog, Julio Bressane, Marcel Camus e Nelson Pereira dos Santos, e usou esse espaço para moldar sua própria narrativa e discutir o racismo institucional que o assombrou por oito décadas, duas ditaduras e mais de uma centena de filmes.
O filme oferece uma visão íntima e pessoal do homem que se tornou um ícone, deixando um legado inestimável na cultura brasileira. “Eu gosto de imaginar Otelo como um Exu, um orixá que abriu os caminhos para que pessoas negras pudessem estar aqui hoje, trabalhando com arte e cultura no Brasil, inclusive eu. A partir disso, o papel dele é de extrema importância, pois ele conseguiu abrir essa trilha para nós e colaborou não só como artista, mas como um Griô (ancestral que tem por vocação preservar e transmitir as histórias e conhecimentos do seu povo)”, explica Lucas H. Rossi.
A linguagem do filme tem como foco a abordagem do sujeito Sebastião por ele mesmo, em primeira pessoa. Negro, ator, umbandista, pai de cinco filhos e um homem cheio de feridas expostas ao lutar contra o racismo em uma vida marcada por tragédias desde a infância até a sua morte. Esse filme tem o objetivo de humanizar, desconstruir e desmistificar sua história com o humor típico de Grande Otelo. A escolha de fazer um filme todo de material de arquivo e de colocar Otelo para contar sua própria história foi um gesto para deixá-lo conduzir sua própria narrativa e não deixar que ninguém interferisse nela.
“Este documentário é também uma releitura política sobre Otelo e um resgate histórico da memória deste ícone da cultura brasileira que, como sempre, proporcionou ao público negro brasileiro excelentes oportunidades para se reconhecer nas telas”, reflete Rossi.
A equipe explica que a ideia de “abrir mão de trazer depoimentos de fora, a produção capta essencialmente a alma de seu protagonista, se afastando de possíveis narrativas exóticas e mistificadas sobre o artista. A necessária homenagem reabilita a imagem de Otelo para um público que tem deixado cair no esquecimento a memória desse talento ímpar”.
Narrado em primeira pessoa e utilizando imagens raras de arquivos, feitas em pesquisas na Cinemateca Brasileira e em vários outros arquivos no Brasil e nos Estados Unidos, o filme é produzido pela Franco Filmes, em coprodução com Globo Filmes, GloboNews, Canal Brasil, RioFilme e Baraúna Filmes, e conta com distribuição da Livres Filmes.
O documentário também participou de diversos festivais nacionais e internacionais, como a Mostra de S. Paulo, o 17º Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul; 18º Festival Aruanda, onde recebeu o Prêmio de Melhor Montagem; e teve sua estreia internacional no prestigiado festival Blackstar no EUA, considerado o Sundance do cinema negro. Também passou pelo 17th Bali International Film Festival – Balinale; e acumula outras seleções em festivais internacionais previstos para o segundo semestre.
O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que Elon Musk, proprietário da rede social X (antigo Twitter), nomeie um representante legal no Brasil em um prazo de 24 horas, sob risco de suspensão da plataforma no país. A decisão faz parte de uma série de medidas contra Musk, que é investigado por acusações de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime, além de ter sido incluído no inquérito das milícias digitais.
A Deputada Federal Erika Hilton destacou que a medida do STF é correta e necessária. “Essa rede social está operando no Brasil sem representantes legais. Isso não pode acontecer. Se alguém quer ganhar dinheiro aqui, tem que se constituir legalmente e respeitar a nossa lei e soberania nacional”, afirmou Hilton.
Hilton criticou duramente a falta de ação do X em relação a perfis que promovem atividades ilegais, incluindo crimes graves. “O Twitter teve momentos ótimos, mas recentemente virou uma plataforma onde o crime é liberado e que tem o objetivo declarado de ser uma estrutura global de promoção da extrema-direita, acima de jurisdições nacionais”, disse a deputada.
A ausência de um representante legal no Brasil foi, segundo Hilton, uma escolha deliberada de Musk para evitar sanções por descumprir ordens judiciais, como a remoção de perfis envolvidos em crimes graves. “As determinações desrespeitadas incluem a retirada de perfis de extremistas envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro. E caso você seja desprovido de honestidade política e não se importe com esses crimes, a decisão do dono dessa rede também impede ações contra perfis que promovem pedofilia, apologia ao estupro e massacres em escolas”, criticou.
Erika Hilton enfatizou que a intimação do STF dá uma última chance para que a plataforma regularize sua situação no Brasil. “Sim, é uma última chance. O STF sequer teria que dar essas 24 horas, dada a gravidade e o caráter emergencial da situação”, afirmou.
Apesar de não ter representação oficial no Brasil, a rede social contratou recentemente um escritório de advocacia brasileiro para recorrer de uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), segundo a deputada, apenas para manter o perfil de um candidato condenado.
Hilton concluiu elogiando a postura firme do STF. “Felizmente, o STF está comprometido em assegurar que a soberania do Brasil seja respeitada, querendo Musk ou não”, finalizou a deputada.
Ex-estudantes beneficiados pelo Ismart (Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos) emitiram uma carta, nesta quarta-feira, 28, repudiando a fala elitista do ex-diretor e atual assessor doColégio Bandeirantes, em São Paulo, que indicou “agressividade” de bolsistas em reação ao recente suicídio de um colega que enfrentou bullying e homofobia nas dependências da escola.
A carta, obtida pelo UOL, é assinada por bolsistas universitários, ex-bolsistas graduados e integrantes da rede Alumni Ismart. Nela, consta os desafios ligados ao racismo e à desigualdade social vividos por bolsistas do projeto.
Em 14 de agosto, dois dias após a morte do garoto, Mauro Salles Aguiar, assessor do núcleo de estratégia e inovação da escola tradicional, falou sobre “o nível de agressividade realmente grande e espantoso” dos bolsistas, por cobrarem resposta da entidade e apoio psicológico. Mas além da falta de acolhimento, o ex-diretor destacou que a “escola não é clínica psicológica”, e que os alunos agiram assim mediante “essa sociedade de direitos”.
“Ao destacar a ‘agressividade’ dos estudantes bolsistas sem considerar as dinâmicas raciais e sociais, ainda mais em um momento de luto, o ambiente escolar perpetua o racismo estrutural e falha em formar cidadãos conscientes e empáticos”, diz um trecho da nota.
“A deterioração da saúde mental dos bolsistas não se deve à falta de acesso a determinados espaços ou atividades realizadas pelos alunos pagantes, mas à exclusão e marginalização que enfrentam diariamente […] é papel da escola não apenas encaminhar problemas a outras competências, mas iniciar o acolhimento, promover o debate de inclusão e estimular a reflexão sobre a diversidade”, reforça o texto.
A carta também destaca a importância do colégio em ofertar apoio psicológico aos alunos bolsistas. “Não é luxo oferecer suporte psicológico; é uma necessidade. Essa tragédia alerta para uma mobilização coletiva que envolva famílias, escolas, programas de inclusão e a sociedade como um todo […] a vida de cada jovem importa, e não podemos permitir que o peso das desigualdades apague o brilho do seu potencial”.
A cerimônia do Prêmio Grande Otelo 2024 anunciou os seus vencedores na noite desta quarta-feira, 28, no Rio de Janeiro. Entre os destaques com protagonismo negro, ‘Mussum, O Filmis‘ levou o prêmio de melhor ator de longa-metragem para Ailton Graça e melhor primeira direção de longa-metragem para Silvio Guindane, além das categorias de melhor figurino e maquiagem.
Já o filme ‘Pedágio‘, protagonizado por Kauan Alvarenga, recebeu três prêmios: melhor longa-metragem de ficção, melhor direção e melhor roteiro original.
Entre as séries aclamadas pela premiação, ‘Cangaço Novo‘ foi um dos grandes destaque, levando o prêmio de melhor série brasileira de ficção, de produção independente, para TV aberta, TV paga ou streaming, além do prêmio para Alice Carvalho, na categoria de melhor atriz em série de ficção para TV aberta, TV paga ou streaming.
O prêmio também foi marcado pela representação indígena. O filme ‘Thuë Pihi Kuuwi – Uma Mulher Pensando‘, dirigido por Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami, venceu a categoria de melhor curta-metragem documentário.
Dira Paes e Toni Garrido foram os apresentadores da 23ª edição da premiação.
Ludmilla atingiu um novo marco em sua carreira ao alcançar 1 bilhão de streams no Spotify em 2024. A cantora soma mais de 7 bilhões de plays acumulados nas plataformas de música e se consagra como a maior cantora preta da América Latina. Globalmente, Ludmilla figura como a sexta mulher preta mais ouvida no Spotify, ao lado de grandes nomes como Rihanna, SZA, Nicki Minaj, Doja Cat e Beyoncé.
Este ano foi especialmente significativo para Ludmilla, que lançou o álbum Numanice #3, responsável por mais de 400 milhões de streams na plataforma. Entre os hits do álbum estão “Maliciosa”, “Saudade da Gente”, “A Preta Venceu” e “Falta de Mim”. Durante a estreia da turnê Numanice em Salvador, um público de mais de 30 mil pessoas cantou todas as músicas do início ao fim, evidenciando o sucesso da artista (veja o vídeo).
Além do álbum, Ludmilla colaborou em faixas como “Piña Colada”, em parceria com Ryan Castro, e “Macetando”, com Ivete Sangalo, que resultou no primeiro #1 da cantora baiana na plataforma. O ano também trouxe o lançamento do Lud Session #4 com a cantora IZA, além de participações especiais nos lançamentos de Matheus e Kauan, Nyno Vargas, MC Daniel e Kehlani, com os dois últimos ocorrendo nesta semana.