A noite de terça-feira, 30, foi de muito amor para o cantor Péricles e a mulher, Lidiane Faria, que celebraram seus sete anos de casados com uma grande festa realizada no Palácio Tangará, em São Paulo, para renovar os votos das “bodas de latão”.
A entrada de Lidiane contou com uma trilha sonora especial, já que Péricles cantou a música que acompanhou a chegada da esposa. A pequena Maria Helena, de 4 anos, filha do casal, foi quem levou as alianças.
A festa, com mais de 300 convidados, contou com a presença dos familiares e de muitos famosos amigos de Péricles e Lidiane, entre eles Thiaguinho, Lázaro Ramos, Taís Araújo, Jennifer Nascimento, Rodriguinho, Preta Gil, Cacau Protásio, Mumuzinho, Douglas Silva e outros nomes conhecidos do público.
A festa ainda contou com shows de Vanessa da Mata, Grupo Revelação, Xanddy Harmonia e Monobloco.
A última terça-feira, 30, marcou a história da ginástica artística brasileira nos Jogos Olímpicos. A equipe feminina do Brasil subiu ao pódio para receber a medalha de bronze. Entre nossos talentos, está a ginasta brasileira Rebeca Andrade, 25, que concedeu uma entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, onde destacou a relação única que tem com Simone Biles.
Na entrevista, Andrade relembrou momentos marcantes de sua carreira e como a atleta norte-americana foi uma fonte de inspiração e apoio em períodos difíceis. “Desenvolvi muita afeição por ela”, disse Andrade ao The Washington Post. Biles, por sua vez, também demonstrou respeito e admiração pela brasileira, afirmando que adora competir com Rebeca, pois ela a pressiona a dar o seu melhor.
A história das duas ginastas é de superação e apoio mútuo. Em 2018, quando Andrade se recuperava de uma grave lesão no joelho, Biles a incentivou a não desistir, ressaltando seu talento. Essa relação de apoio ficou evidente no campeonato mundial do ano passado, quando Biles, após ser superada por Andrade no salto, fez um gesto simbólico de tirar uma coroa imaginária de sua cabeça e colocá-la na brasileira.
O jornal destacou a trajetória de Rebeca desde os cinco anos, quando começou a praticar ginástica artística em uma academia onde sua tia trabalhava e lembrou do esforço do irmão da ginasta, Emerson Andrade, que comprou uma bicicleta para levar a irmã para as aulas. Em 2015, aos 16 anos, uma ruptura no ligamento cruzado anterior quase encerrou sua carreira, e em 2017, enfrentou a mesma lesão novamente.
Em meio às dificuldades, um encontro inspirador com a superestrela americana Simone Biles foi um ponto de virada. “Foi um momento tão gentil, tão afetuoso, porque não havia mais ninguém por perto”, disse Andrade sobre Biles. “Ela me disse: ‘Não desista. Você é talentosa. E você vai superar isso.’”
Com os Jogos de Paris, vimos os talentos se enfrentando com respeito e admiração. Na última terça, durante a competição feminina das equipes de ginástica nas Olimpíadas, pudemos ver Brasil e Estados Unidos subir ao pódio, com Rebeca brilhando e trazendo o bronze junto ao time brasileiro e Biles marcando seu retorno aos mundiais desde os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, quando a norte-americana desistiu de participar da final por equipes e dos individuais por questões psicológicas.
“A melhor do mundo conseguiu nos mostrar que as coisas podem acontecer, que você pode superar isso e voltar”, disse Rebeca Andrade sobre a volta de Simone Biles às competições, um sinal de retribuição e também de sororidade entre as duas ginastas, que estão entre as melhores do mundo.
Sobre a competição de Paris ser a última da carreira de Biles, Rebeca comenta que chegou a dizer a norte-americana que não faça isso: “Eu sei que ela quer vencer, mas ela continuará torcendo por mim”, ela disse. “E ela sabe que eu quero vencer, mas eu continuarei torcendo por ela”, finalizou.
Lançada oficialmente em julho deste ano, em Recife (PE), a Rede Por Adaptação Antirracista reúne mais de 50 organizações e coletivos de territórios espalhados por 15 estados, das cinco regiões do Brasil, com o propósito de somar o antirracismo nas discussões de enfrentamento às mudanças climáticas, dando atenção e voz aos grupos mais afetados pelas desigualdades. Entre as organizações, estão Coalizão Negra por Direitos, Geledés – Instituto da Mulher Negra e Greenpeace.
A partir de um trabalho que envolve mobilização territorial e incidência política nas esferas legislativa e executiva federal, o grupo objetiva também a integração entre as discussões a nível nacional e regional. Ouvir, considerar, respeitar e incorporar a realidade, os conhecimentos, os saberes e as soluções das populações negras, indígenas, quilombolas, originárias e tantas outras, vulneráveis às oscilações e eventos climáticos extremos faz parte do cerne da Rede, e é onde se estabelece o caráter antirracista do grupo.
“O antirracismo tem papel central na agenda de adaptação climática porque para se compreender os desafios de implementação das políticas de adaptação climática em países desiguais como o Brasil é obrigatório considerar o racismo que funda o país”, posiciona a secretária-executiva da Rede, Thaynah Gutierrez. “Se não o consideramos continuaremos aceitando que os eventos climáticos extremos vitimizem somente as pessoas negras, indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais de terreiros enquanto as pessoas brancas e ricas das cidades poderão ter a sorte de terem seus territórios adaptados”, afirma.
Apesar de recente, tendo iniciado os trabalhos em fevereiro de 2023, a Rede por Adaptação Antirracista já acumula importantes posicionamentos e conquistas a favor de firmar o antirracismo nas discussões sobre mudanças climáticas no Brasil.
O primeiro ato público do grupo foi a escrita da carta-manifesto “Emergência Climática no Brasil: A necessidade de uma adaptação antirracista”. No texto, são pontuadas as tragédias climáticas mais recentes, enfatizando serem evitáveis caso o poder público desse a atenção necessária aos locais e principalmente às populações moradoras dos territórios atingidos. No Nordeste, Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Bahia, além de Rio de Janeiro e São Paulo, no Sudeste, são os estados citados como palcos de perdas de mais de 500 vidas somente em 2022, decorrentes dos grandes volumes de chuvas.
O texto assinado por mais de 140 organizações também enfatiza o racismo ambiental, argumentando que “situações de risco não surgem apenas por uma pretensa falta de planejamento, mas também como resultado da falta (ou inadequação) de uma política habitacional destinada à garantia do direito à habitação digna para a população negra e periférica”.
Os trabalhos realizados pela Rede têm duas frentes principais. A primeira é a conexão dos movimentos de base com atuação territorial na pauta da adaptação às instituições e agências do terceiro setor que possam financiar e fomentar as atividades desses movimentos.
Já a segunda é a incidência para pautar políticas públicas de adaptação às mudanças climáticas na esfera federal, a partir do monitoramento e da avaliação das ações do executivo e do legislativo. Diálogos com ministérios, como o Ministério da Igualdade Racial e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, fazem parte das atividades.
Atualmente, a Rede monitora e participa de grupos de trabalho que atuam na estruturação e implementação de: Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas (PNA – Plano Clima), do Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Mudança do Clima; Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional – Secretaria de Defesa Civil; e Soluções Baseadas na Natureza para Periferias, do Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Periferias.
O grupo também teve participação fundamental na melhoria do PL 4129/2021, de autoria da deputada federal Tabata Amaral, sobre as diretrizes gerais para a elaboração de planos de adaptação à mudança do clima, entretanto, a Rede afirma que a aprovação do PL passou com a retirada das contribuições da Rede; e do PL 380/2023, apresentado pela deputada federal Erika Hilton, que altera a lei nº 10.257 para criar diretrizes que fomentem a construção de cidades resilientes às mudanças climáticas (está em tramitação na Câmara dos Deputados).
Histórico da Rede
A Rede nasceu em 2023, após as catástrofes climáticas ocorridas nos estados de Pernambuco (capital e Região Metropolitana) e em São Paulo (São Sebastião, litoral norte) que resultaram nas mortes de mais de 400 pessoas, em sua maioria negras e periféricas. No entanto, quando o Governo Federal iniciou os trabalhos para o novo Plano Nacional de Adaptação, o Plano Clima, representantes de movimentos negros e povo originários ficaram de fora.
Atualmente organizações e coletivos de territórios fazem parte da Rede, como Greenpeace, Geledés – Instituto da Mulher Negra, Coletivo Caranguejo Tabaiares, Coletivo GRIS, Centro Popular de Direitos Humanos, Instituto Pólis, Habitat para Humanidade, Coalizão Negra por Direitos, Instituto de Referência Negra Peregum, Articulação Negra de Pernambuco, entre outras.
Os estados do Acre, Amapá, Belém, Maranhão, Sergipe, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul, Amazonas, Goiás, Rio Grande do Norte estão representados na Rede.
Lançamento
No último dia 7 de julho, aconteceu o lançamento oficial da Rede por Adaptação Antirracista na cidade do Recife, no bairro do Ibura. Nas chuvas de 2022 que assolaram a Região Metropolitana, o Ibura, bairro periférico da capital pernambucana, foi uma das regiões mais atingidas e onde mais vítimas fatais foram contabilizadas – em sua maioria, pessoas negras.
“Ter tido Pernambuco e Recife como palco do lançamento da Rede não foi por acaso. A discussão sobre adaptação climática antirracista e os impactos das mudanças climáticas não podem ficar concentradas no eixo sudeste, precisam chegar aos outros estados que também têm suas populações afetadas”, pontua Joice Paixão, que também é secretária- executiva da Rede por Adaptação Antirracista.
O Dois de Fevereiro, restaurante do produtor cultural Raphael Vidal no Largo da Prainha, cruza os sabores ancestrais da Bahia e da Pequena África do Rio a partir de agosto com o chef João Diamante. O cardápio criado por Diamante percorre os caminhos que transformaram sua ancestralidade em assinatura na cozinha.
“Celebro minha ancestralidade como fundamento na cozinha de origem do Dois de Fevereiro. Vamos explorar ingredientes originários e regionais, que se encontram tanto no Rio quanto na Bahia, como o azeite de dendê e o leite de coco, com o meu olhar“, fala Diamante.
Para começar, entradas como Legumes tostados do dia (R$ 24,90); a Casquinha de Sardinha (R$ 21,90); e o Vinagrete de polvo com fatias de pastel frito (R$ 79), são algumas das opções inspiradas no mar de Jaguaribe em Salvador, onde o chef nasceu, e o morro do Andaraí no Rio, onde foi criado.
Do tacho, para compartilhar, sugestões que têm a gastronomia social como fundamento: Dois mini acarajés com caruru, vatapá e camarão, por Rosa Perdigão (R$ 35); Coxinha de bobó (R$ 35); Bolinho de joelho de porco (R$ 32); e Croquete de rabada (R$ 33), servidos em porções de três unidades com vinagrete, por Luciana Castrioto.
Entre os pratos da culinária ancestral, tradição pelo olhar do chef baiano cria do Rio, destaque para as Moquecas, todas com banana da terra e lascas de coco, servidas com arroz, farofa de dendê e pirão – que podem vir com Peixe do dia (R$ 45 p/1 ou R$ 85 p/2); Peixe do dia com camarão (R$ 52 p/1 ou R$ 100 p/2); Peixe do dia, camarão, polvo, lula e mexilhão (R$ 65 p/1 ou R$ 125 p/2); e a vegetariana de Banana da terra e palmito (R$ 45 p/1 ou R$ 85 p/2).
O Chef João Diamante também indica o Bobó de camarão com arroz e farofa de dendê (R$ 59 p/1 ou R$ 115 p/2); e o Baião de dois com carne seca desfiada, nata, linguiça, toucinho, queijo coalho e ovo estalado (R$ 40 p/1 ou R$ 78 p/2).
Diamante faz na casa suas próprias salgas em cortes preparados com um hub de sal fino, pimenta do reino leite em pó, refrigeradas por 72h em 5ºC. Há opções como a Carne de sol de alcatra com maminha, com arroz, aipim manteiga, queijo coalho e cuscuz (R$ 47 p/1 ou R$ 92 p/2); e a Picanha de sol com arroz, aipim frito, queijo coalho, farofa da casa e vinagrete (R$ 65 p/1 ou R$ 125 p/2).
Servida de sexta a domingo e nos feriados, a famosa Feijoada do João Diamante não ficou de fora, com maxixe, abóbora, quiabo, costelinha, paio, carne seca, arroz, farofa da casa, torresmo, couve e laranja (R$ 45 p/1 ou R$ 85 p/2).
Sua originalidade está presente também em criações semanais de menus com couvert, prato principal e sobremesa (R$ 79), sempre leituras do chef na Pequena África do Rio. Uma das opções é o couvert de pão de milho, manteiga da casa com flor de sal, caldinho de sururu, chips de aipim e vatapá, o prato principal de Galinha com quiabo, canjiquinha cremosa com queijo e vinagrete de munguzá, e a sobremesa de cocada cremosa com farofa de paçoca.
Para as próximas semanas sairá da sua cozinha ancestral um Camarão com chuchu com purê de limão e cebola crispy; e o Ragu de carne serena, cuscuz nordestino com manteiga da terra, vinagrete de feijão fradinho e queijo coalho.
Para finalizar, as sobremesas originais do chef são inspiradas nas ibejadas, referência infantil nas religiosidades afro-brasileiras, como o Bolo de coco molhado com sorvete de dendê, creme de milho e crocante de milho (R$ 35); e a Torta mousse de chocolate com pipoca de caramelo (R$ 35)
“Seus pratos contam a história do João Diamante, baiano, nascido entre o rio e o mar de Jaguaribe, em Salvador, que vem ser cria do Morro do Andaraí no Rio de Janeiro e reencontra seu DNA em viagem pelo Benin, na África”, explica Vidal.
Segundo Diamante, é um prazer estar na Pequena África, ajudando a colocá-la na rota mundial da gastronomia ancestral. “Sempre quis estar na região da Pequena África. Agradeço ao Vidal pela oportunidade e convite. É um grande simbolismo estar em um local de extrema importância e de representatividade na história da diáspora africana. Quero ajudar, através da minha visibilidade, a trazer felicidade, através do turismo de gastronomia ao local onde houve muita tristeza para o meu povo preto“, finaliza Diamante.
Serviço:
Dois de Fevereiro
Rua Sacadura Cabral, 79 – Largo da Prainha – Rio de Janeiro
O time Brasil fez história nesta terça-feira (30) ao conquistar a medalha de bronze no campeonato por equipes de ginástica artística. A maior nota dentre todos os aparelhos foi de Rebeca Andrade, que conquistou incríveis 15.100 pontos no salto. O valor foi decisivo, pois garantiu a permanência da equipe brasileira no podium, com a medalha de bronze. No solo, também decisivo, a atleta marcou 14.200.
O time Brasil, que possui ainda as ginastas Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares, ficou atrás dos Estados Unidos (ouro) e Grã Bretanha. Em entrevista para a Folha de São Paulo, Rebeca Andrade diz que ficou nervosa com momentos antes de realizar seu salto.
Foto: Ricardo Bufolin/CBG.
“Eu tava um pouco nervosa na entrada do solo. Falei: ‘Respira fundo’. Fui lá e acertei“, disse ela. No salto, Rebeca conseguiu nota maior que Simone Biles, superginasta norte-americana que marcou 14.900. Além disso, a brasileira também conseguiu nota mais alta nas barras assimétricas com 14.533, enquanto a estadunidesde marcou 14.400.
Thiago Martins Maranhão, 41, o carioca flagrado imitando um macaco durante uma roda de samba, na Praça Tiradentes, Centro do Rio de Janeiro, no dia 19 de julho, foi demitido da escola bilíngue no qual dava aulas em São Paulo.
Na segunda-feira, 29, a escola afirmou em nota, ao jornal DIA, que ele não fará parte do quadro de colaboradores para o segundo semestre letivo, e que foi surpreendida com as notícias do caso, que ocorreu “durante o período de férias e fora do ambiente escolar”.
“Reiteramos, uma vez mais, que não compactuamos com nenhum ato ou manifestação que fira os valores de respeito à diversidade cultivados em nossa instituição. Nosso compromisso é promover um ambiente seguro para todos os nossos estudantes, colaboradores e a comunidade escolar através de uma educação de respeito e cidadania”, ressalta.
O brasileiro e a professora argentina, que foram flagrados pela jornalista Jackeline Oliveira, foram notificados a prestar depoimento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que investiga o caso. A jornalista e os representantes do grupo PedeTeresa, registraram um boletim de ocorrência na especializada, no dia 22.
Thiago é do Rio de Janeiro, mas mora em São Paulo. Já a mulher argentina, identificada como Carolina de Palma, mora em Buenos Aires. Ambos são professores de música e estavam de férias no Rio, quando viralizaram na web imitando macaco na roda de samba.
Até amanhã, 31 de julho, o projeto Lab Quilombola, direcionada para artistas negros multilinguagens da cultura digital interessados em unir saberes quilombolas com narrativas afrofuturistas, receberá inscrições para selecionar 3 artistas que poderão receber um suporte financeiro de R$11.000,00 para desenvolver seu projeto, incluindo uma Bolsa residência e Bolsa criação. Cada qual irá desenvolver um projeto em conjunto com uma mestra que está em territórios quilombolas do Estado de São Paulo.
O Lab Quilombola, produzido pela Maranha, visa fortalecer a memória coletiva dos quilombos brasileiros, conectando a complexidade cultural e identitária dos povos da diáspora africana com as tecnologias contemporâneas. Três mestras quilombolas especializadas em diversos saberes, receberam destaque na seleção, que ocorreu em quilombos rurais de São Paulo com o auxílio de pesquisa e articuladores locais. O projeto conta com diversos momentos, incluindo a residência artística Hacklab, o evento de exposição das obras fruto desse encontro (Openlab), a produção de uma websérie de 3 episódios e uma plataforma web.
Durante o projeto, cada artista selecionado se encontrará com um mestre quilombola em um formato de Hacklab, explorando novas possibilidades através do diálogo entre ancestralidade e tecnologia. Os resultados desses encontros serão documentados em uma websérie afrofuturista.
O tema afrofuturismo tem sido muito evocado nos últimos anos. De filmes como Pantera Negra a séries animadas como Iwájú e Kizazi Moto: Geração de Fogo até livros como O Último Ancestral, as narrativas afrofuturistas tem ganhado território, se tornando ferramenta importante para a contação de histórias pretas para uma nova geração.
André Anastácio, artista plástico e mestres em artes visuais (UFRJ-EBA) e um dos idealizadores, destaca que o Lab Quilombola busca posicionar o povo negro no centro das visões de futuro, desafiando narrativas colonizadoras através do afrofuturismo.O projeto representa também uma ferramenta de ação afirmativa, uma vez que irá promover o intercâmbio cultural e a divulgação de narrativas quilombolas, pauta fundamental para compreender a cultura negra no Brasil.
“O Ifá traz essa importância do novo vir do velho e o velho virar novo, para não sucumbirem ao esquecimento, por isso este encontro atribui potência tanto para artistas negras(os) que acessam conhecimentos ancestrais, quanto para as mestras quilombolas que descobrem novos contornos e possibilidades de vivência desses saberes. O Futuro nesse caso é o alvo em um horizonte distante e esse encontro é como um arco e flecha, que puxa para trás para impulsionar a flecha para frente”, pontua André Anastácio.
Com o apoio de mediadores, os encontros entre mestres quilombolas e artistas da cultura digital não apenas promovem a troca de saberes, mas também oferecem oficinas para os quilombolas, compartilhando conhecimentos tecnológicos relevantes. Ao final do projeto, acontecerá o momento “Openlab” em São Paulo, em que serão apresentados os resultados dessas colaborações, visando expandir essa rede de conexões e inspirações para futuros projetos.
Neste momento, além de rodas de conversas e partilhas sobre os processos, as mestras quilombolas também irão promover oficinas compartilhando sobre suas tecnologias ancestrais e seus conhecimentos.
Aos 27 anos, Simone Biles se tornou a atleta olímpica mais condecorada em toda história dos Estados Unidos. Nesta tarde de terça-feira (30), em Paris, a ginasta conquistou sua oitava medalha após vencer a competição por equipes. Ao todo, Biles possui 5 títulos de ouro, 1 de prata e 2 de bronze.
Foto: Naomi Backer/Getty Images
Biles ultrapassou os feitos de Shannon Miller, a ginasta norte-americana que até então detinha o recorde com sete medalhas. Essa recente conquista da maior atleta negra dos Estados Unidos não apenas aumentou seu já impressionante total de medalhas, mas também destacou sua resiliência e dedicação ao esporte. Ao longo dos últimos anos, Biles foi enfática em sua luta em torno da saúde mental.
De acordo com o The New York Times, ao ultrapassar Shannon Miller, que conquistou suas medalhas nas Olimpíadas de Barcelona 1992 e Atlanta 1996, Biles marca um momento histórico para a ginástica norte-americana. Expectativa é que a ginasta continue ampliando seu recorde, já que ela aparece como favorita em diversos aparelhos nos Jogos Olímpicos de Paris.
Pela primeira vez, o Brasil ganha a medalha de bronze pela equipe geral da ginástica artística. Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Júlia Soares, Flávia Saraiva conquistaram a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris.
Foto: Reprodução / Instagram.
O último salto de Rebeca Andrade foi decisivo para a classificação no podium do time brasileiro. A ginasta conquistou incríveis 15.100 pontos, após uma execução incrível.
O Brasil somou 164.497 pontos e ficou atrás dos Estados Unidos e Reino Unido.
Rebeca Andrade ainda vai disputar a final de outros 5 aparelhos, solo, trave, individual geral e salto.
Durante uma atividade realizada no dia 22 de julho, na Fundação Casa de Rui Barbosa, a escritora Conceição Evaristo aceitou o convite do presidente da Fundação, Alexandre Santini, para doar documentos de seu acervo pessoal ao Arquivo Museu da Literatura Brasileira (AMLB). Com isso, ela se torna a primeira escritora negra a ter um acervo depositado nesse espaço.
Em seu discurso, Conceição Evaristo destacou a importância simbólica e histórica dessa doação. “Fico honrada e envaidecida de ser a primeira escritora negra a ter documentos doados a este importante acervo. Mas é muito importante que não seja a única, e que a minha entrada abra portas para muitas outras escritoras e escritores negros”, afirmou a autora.
A Fundação Casa de Rui Barbosa, localizada no Rio de Janeiro, é uma instituição reconhecida por preservar a memória literária brasileira. O AMLB, em particular, é um espaço dedicado à conservação de documentos de escritores que marcaram a história da literatura no país. A inclusão do acervo de Conceição Evaristo representa um passo significativo na ampliação da representatividade dentro desse importante arquivo.
Conceição Evaristo é uma das mais proeminentes vozes da literatura brasileira contemporânea. Autora de obras como “Ponciá Vicêncio” e “Olhos d’Água”, a escritora mineira é reconhecida por sua contribuição à literatura afro-brasileira e por seu ativismo em prol da igualdade racial e de gênero.