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Organização lança agenda antirracista para candidaturas das eleições municipais 2024

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Pensando nas eleições municipais de 2024, o Instituto de Referência Negra Peregum apresentou uma agenda antirracista abrangente, focada em educação, clima e desenvolvimento urbano, para as cidades cumprirem em sua próxima legislatura. A agenda completa pode ser acessada em programas.peregum.org.br/agenda-peregum.

O lançamento ocorre em um momento estratégico, em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou dados sobre as candidaturas de mulheres e pessoas negras para a distribuição dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC). Segundo o TSE, 52,73% das candidaturas registradas nas eleições municipais deste ano são de pessoas negras, o maior percentual das últimas três campanhas. Em 2020, esse número foi de 50,02%, e em 2016, 47,75%.

Além da agenda, o Instituto lançará duas cartilhas simultaneamente: uma para orientar o eleitorado a identificar candidaturas que priorizem a população negra e outra, direcionada aos candidatos, como um manual de orientação jurídica.

Vanessa Nascimento, diretora-executiva do Instituto Peregum, ressalta a importância da iniciativa: “Nossa ideia é consolidar este compromisso antes mesmo da eleição. Pretendemos inserir as propostas no debate político, centralizando as demandas relacionadas à vida da população negra na disputa política. Trata-se de parâmetros bem definidos para o engajamento antirracista pelas candidaturas, sejam elas negras ou não. Se nossa sociedade quer cidades antirracistas, é necessário que todos se responsabilizem”, afirmou.

As agendas, direcionadas à promoção da equidade racial e ao fortalecimento das capacidades institucionais, são especialmente voltadas para candidaturas antirracistas que disputarão as eleições municipais de 2024, além de organizações e redes do movimento negro.

Beatriz Lourenço, diretora de Incidência Política do Instituto de Referência Negra Peregum, destacou a seriedade das propostas: “Essas agendas não são apenas propostas, mas compromissos que exigem seriedade e ação por parte de todos aqueles que se dispõem a governar nossas cidades. Queremos dialogar com candidatas e candidatos para avançar em pautas urgentes para a população negra. Essa é uma responsabilidade que não pode ser ignorada”.

A primeira agenda focada na educação, com o objetivo de garantir o direito à educação de qualidade para crianças, adolescentes e jovens negros e quilombolas, propondo a adesão à Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ), ao Programa Escola das Adolescências e a criação de um Observatório Permanente para o Sistema de Ensino Municipal Antirracista.

No campo do Desenvolvimento Urbano, a agenda destaca o quanto as cidades são caracterizadas pela segregação racial e propõe medidas para combater os impactos raciais. Sendo elas: a mensuração dos impactos raciais de investimentos públicos e privados; investimentos em grandes obras de desenvolvimento, como urbanização de favelas, duplicação de avenidas e novas infraestruturas de transporte; a imposição legal de medidas de mitigação dos impactos raciais de investimentos públicos e privados mensurados para obtenção de licença; e de dispositivos de manutenção e aumento da população negra nas áreas de intervenção urbana planejadas e em implantação.

Já na área do clima, o Instituto defende que a adaptação às mudanças climáticas deve enfrentar as desigualdades raciais, propondo indicadores para medir os impactos raciais e critérios de reparação para áreas vulneráveis ocupadas por população negra.

“Nosso compromisso é garantir que as questões cruciais para a população negra sejam amplamente debatidas e integradas nas políticas municipais, promovendo um futuro mais justo e equitativo. Se quisermos pensar, realmente, em uma sociedade antirracista, precisamos pensar na educação, na justiça climática e no desenvolvimento que queremos. Sem esse debate, nossas autoridades continuarão a tratar deste tema apenas quando lhe convém, sem a devida atenção e responsabilidade”, conclui Vanessa.

Ex-policial condenado pela morte de George Floyd é libertado da prisão

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Fotos: Reprodução

Um dos ex-policiais de Minneapolis envolvidos no assassinato de George Floyd foi libertado da prisão, informou o Federal Bureau of Prisons (BOP), agência federal de aplicação da lei dos Estados Unidos, nesta terça-feira, 20.

Thomas Lane foi condenado em 2022 por violar os direitos civis de Floyd, quando o então colega Derek Chauvin cometeu o homicídio em 25 de maio de 2020. Lane recebeu uma sentença de 2 anos e meio em uma prisão federal no Colorado.

Antes disso, Lane também havia sido condenado por acusações estaduais de auxílio e cumplicidade em homicídio culposo, recebendo uma pena de três anos. Dois desses anos foram cumpridos simultaneamente à sentença federal, que terminou em 26 de fevereiro deste ano, segundo o BOP. Após sua libertação, ele passará a ser supervisionado pelas autoridades.

Lane foi um dos quatro ex-policiais envolvidos no caso George Floyd, cuja morte desencadeou protestos em todo o mundo.

Derek Chauvin, o principal responsável pelo crime, foi condenado por assassinato e homicídio culposo, recebendo uma pena de 22 anos e meio. Em 2023, a Suprema Corte dos EUA rejeitou o recurso de Chauvin contra essa condenação. Ele também admitiu culpa em acusações federais por violação dos direitos de Floyd e recebeu uma sentença de 21 anos.

Outros dois ex-policiais, J. Alexander Kueng e Tou Thao, também foram condenados. Kueng se declarou culpado, sendo sentenciado a 3 anos e meio de prisão. Thao, por sua vez, foi condenado por auxílio e cumplicidade em homicídio culposo de segundo grau e recebeu quase cinco anos de prisão. Todas sentenças foram simultâneas.

‘O Agente Secreto’, filme estrelado por Alice Carvalho e Thomás Aquino, encerra filmagens

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Fotos: Jorge Bispo e Vans Bumbeers/Netflix

Estrelado por Alice Carvalho (“Cangaço Novo”) e Thomás Aquino (“Bacurau”), as filmagens de “O Agente Secreto“, o mais novo projeto do diretor Kleber Mendonça Filho, foram finalizadas. O longa, que teve locações em Recife e São Paulo, foi rodado ao longo de 10 semanas e estreia nos cinemas em 2025.

Segundo a sinopse oficial, a trama se passa em 1977. Fugindo de um passado misterioso, Marcelo, um especialista em tecnologia, na casa dos quarenta, volta ao Recife em busca de um pouco de paz, mas percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.

O elenco também conta outros grandes nomes como Wagner Moura (“Tropa de Elite”), Isabél Zuaa (“Doutor Gama”), Maria Fernanda Cândido (“Terra Nostra”), Gabriel Leone (“Dom”), entre outros talentos.

Com essa combinação de uma trama envolvente e um elenco de peso, “O Agente Secreto” promete ser um dos grandes lançamentos nacionais do próximo ano.

PJ Morton, tecladista do Maroon 5, lança álbum inspirado no continente africano

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Foto: Patrick Melon

O músico norte-americano PJ Morton, vencedor de cinco prêmios GRAMMY e tecladista do Maroon 5, lançou seu novo álbum “Cape Town to Cairo”. A obra foi inteiramente concebida durante uma viagem de 30 dias pelo continente africano, passando por cidades como Cidade do Cabo, Joanesburgo, Lagos, Acra e Cairo. O álbum, que mistura jazz, R&B, gospel e pop, é descrito pelo artista como uma experiência de imersão nas culturas africanas.

Morton, que é membro da banda Maroon 5 desde 2012, decidiu não compor nada antes de chegar em África, nem após sua partida, criando as canções no calor do momento. “Eu queria capturar as emoções que senti enquanto estava no continente, então prometi que não escreveria nada antes de chegar à África e não escreveria nada depois de sair – acabei gravando todos os meus vocais antes de partir também. Foi realmente um experimento em confiar nos meus instintos. Tenho a tendência de pensar demais, como muitos de nós, então queria provocar algo que tivesse reais implicações. O que acabou acontecendo foi que todos os meus pensamentos e influências cruas vieram à tona de uma vez. Há, claro, R&B e soul, mas também há gospel em canções como ‘Simunye’, pop em ‘Count On Me’, jazz em ‘All The Dreamers’, tudo combinado com a inspiração da África. Não tínhamos o luxo do tempo para controlar quais gêneros se encaixariam onde, e as origens de toda essa música começaram na África de qualquer forma. ‘Cape Town to Cairo’ é a diáspora em forma de música, feita do meu jeito”, explicou o músico.

Destaque para a faixa “Count On Me”, uma colaboração com o astro dos afrobeats Fireboy DML. Outros artistas africanos também participam do projeto, como Mádé Kuti e Asa, além de músicos locais. Morton integrou ainda sua própria banda ao vivo e contou com a produção de P.Priime e The Cavemen.

Além do novo álbum, PJ Morton está envolvido em outros projetos importantes. Ele é o compositor da trilha sonora de “Tiana’s Bayou Adventure”, uma atração do parque Disney World, fazendo dele o primeiro compositor negro a criar música para uma atração da Disney. A estreia está marcada para 28 de junho. Morton também prepara o lançamento de suas memórias em forma de livro, intitulado “Saturday Night, Sunday Morning”.

Após se apresentar no Brasil no ano passado durante a turnê do Maroon 5, Morton se prepara para uma nova turnê solo pelos Estados Unidos e uma residência em Las Vegas com sua banda.

Beyoncé amplia a era ‘Cowboy Carter’ com lançamento de whisky próprio, o SIRDAVIS

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Foto: Reprodução/Instagram

A icônica cantora Beyoncé surpreendeu mais uma vez ao expandir seu investimento pelo universo country com o lançamento do seu próprio whisky, o “SIRDAVIS”. A novidade foi divulgada na manhã desta terça-feira, 20, através do site oficial da artista, que também anunciou o lançamento da marca da bebida.

O SIRDAVIS é um whisky de centeio, destilado com pelo menos 51% de grãos de centeio, conforme registros do rótulo pela Gulf Coast Distillers, de Houston, Texas. Com slogans como “Call Me Sir” (“Chame-me de Senhor”) e “The Future of Whisky Is Here” (“O futuro do whisky está aqui”), a marca promete inovar o mercado da bebida. No site oficial, a descrição do whisky destaca seu aroma diferenciado, que combina notas de laranja de sevilha, passas douradas e especiarias como cravo, canela e gengibre, equilibradas por toques de açúcar demerara e caramelo.

Beyoncé também revela em seu site que o whisky tem um significado pessoal. A inspiração para o SIRDAVIS veio da história de seu bisavô paterno, Davis Hogue, um moonshiner de sucesso durante a Lei Seca nos Estados Unidos. Ele escondia suas garrafas em árvores para que amigos e familiares pudessem encontrá-las.

O projeto é resultado de uma parceria com a Moët Hennessy e o renomado Master Distiller, Dr. Bill Lumsden, que descreveu o resultado como “algo que vai impressionar tanto os conhecedores quanto os novos entusiastas do whisky”.

Michael Oher fala pela primeira vez sobre processo contra seus tutores e critica o filme ‘Um Sonho Possível’: “Parecia uma comédia”

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Fotos: Matthew Sharpe/Getty Images e Divulgação

O ex-jogador de futebol americano Michael Oher se pronunciou publicamente pela primeira vez após abrir um processo contra seus ex-tutores e questionar a veracidade da história retratada no filme “Um Sonho Possível“. O longa, inspirado na vida de Oher e na relação com a família Tuohy, rendeu um Oscar de melhor atriz em 2010 para Sandra Bullock, que interpretou sua mãe adotiva. 

Em entrevista recente ao New York Times, Oher revelou seu desconforto com o filme e detalhou as razões que o levaram a processar a família Tuohy na corte do Condado de Shelby, no Tennessee. Segundo ele, Sean e Leigh Anne Tuohy nunca o adotaram formalmente, tendo apenas sido nomeados seus tutores legais. Ele alega ainda que a família obteve US$ 8 milhões em ganhos nos últimos 20 anos explorando sua imagem e história.

A família Tuohy negou as acusações, alegando que a decisão de não formalizar a adoção visava preservar a elegibilidade de Oher para uma bolsa de estudos como jogador de futebol americano na Universidade do Mississippi. Segundo eles, a adoção poderia comprometer esse benefício. Eles ainda afirmam que não acumularam fortuna com o filme e acusam Oher de tentar extorquir-lhes nos últimos anos com textos “ameaçadores”.

Durante a entrevista, Oher recordou o impacto emocional de sua relação com a família Tuohy e que ouviu um ‘eu te amo’ pela primeira vez aos 18 anos. “Foi o Sean e a Leigh Anne que disseram. Quando só acontece aos 18 anos, você se torna vulnerável. Você abaixa a sua guarda e aí tiram tudo de você. Acaba se tornando uma dor”.

Oher também criticou a forma como foi retratado no filme, especialmente ao lembrar da primeira vez que assistiu à obra: “É difícil descrever a minha reação. Pareceu engraçado para mim, sendo sincero, parecia uma comédia sobre outra pessoa. Eu não registrei”.

O ex-jogador lamentou as consequências da representação em sua carreira e vida pessoal: “As pessoas da NFL começaram a se perguntar se eu sabia ler. Se os meus filhos não conseguem fazer um exercício, os professores vão pensar, ‘o pai deles é um idiota, é por isso que eles não entendem?’”.

A controvérsia em torno do filme já gerou protestos nas redes sociais, com alguns internautas pedindo que Sandra Bullock devolva o Oscar que ganhou por seu papel em “Um Sonho Possível”. Até o momento, a atriz não se manifestou sobre as tensões envolvendo Oher e a família Tuohy.

Leia a entrevista completa aqui!

Quando a transição de carreira é ato de resistência

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Foto: Reprodução/Freepik

(*) Por Juliane Sousa e Priscila Konce

A transição de carreira é um percurso desafiador para qualquer pessoa, mas para mulheres negras, esse caminho é marcado por obstáculos que vão além das questões profissionais. Enfrentar e superar essas barreiras exige não apenas força, mas uma resiliência que é forjada na luta diária contra desigualdades históricas e estruturais. Neste contexto, as histórias com final feliz vão muito além do que uma inspiração. A superação serve de guia para as demais mulheres que buscam mudar trajetórias.

Quais chances existem para quem cresceu em uma família de baixa renda, cuja mobilidade social é quase inalcançável? Desde cedo, muitas de nós começamos a trabalhar ajudando nossas mães, ora nos afazeres domésticos, ora nos serviços de entrega de costura, por exemplo. A vivência da mulher pobre e negra nos faz compreender cedo que, para alcançar um futuro diferente, é preciso romper com um ciclo que se repete por gerações. 

Nessa constante busca por oportunidades, organizações como a Educafro, que apoia jovens negros e negras em situação de vulnerabilidade social, podem fazer toda a diferença na vida de uma pessoa. São elas que ofertam vagas em cursos pré-vestibulares e fazem a ponte para as instituições de ensino superior por meio de bolsas de estudo. Investir em educação é quase sempre uma escolha estratégica para a transformação da realidade. 

Mas não basta apenas chegar à faculdade. Durante nossa trajetória acadêmica os obstáculos são muitos, desde a necessidade de conciliar estudos e trabalho até os desafios de sustentar os custos do curso escolhido sem uma rede de apoio tradicional. Não é nada fácil, e a persistência em se formar na profissão é o que sobra diante de um dia a dia de adversidades.

Com o diploma em mãos, chega o momento de pensar em estratégias. Além de aceitar todas as oportunidades que surgiam, é preciso planejar cada passo com cuidado. Quando ingressamos no Sistema B Brasil, por exemplo, soubemos construir uma rede de contatos para nos oferecer apoio e abrir novas portas. É um lugar onde fomos acolhidas por mentores e colegas que acreditaram no nosso potencial.

Além da estratégia, o investimento acadêmico é outro pilar para uma boa carreira. Precisamos adquirir novas habilidades, sempre buscando um constante aprendizado para alcançar novos patamares. A educação não apenas transforma, mas também empodera, oferecendo as ferramentas necessárias para navegar por ambientes que impedem o avanço das mulheres negras no mercado de trabalho. 

Fica claro, portanto, que a transição de carreira para mulheres negras não é apenas uma mudança de emprego. Ela é um ato de resistência contra um sistema que historicamente as marginalizou. Educação, persistência, estratégia, rede de apoio e autoconfiança são as chaves para transformar essa realidade. 

A cada amanhecer, precisamos buscar a capacidade de nos recuperar rapidamente das dificuldades do dia anterior e seguir em frente. Que as brasileiras mulheres negras tenham sempre a capacidade de acreditar em si mesmas. Que a nossa autoconfiança guie a nossa carreira chamada vida, assim como a de todas que pavimentam o caminho para as próximas gerações.

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(*) Juliane Sousa é jornalista quilombola e gerente de Comunicação e Marketing do Sistema B Brasil e Priscila Konce é analista da área de Educação e Comunidades do Sistema B

Dedo em riste na cara de racista

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Foto: Reprodução/Freepik

O negro tem que ter nome e sobrenome, senão os brancos arrumam um apelido…. ao gosto deles (Lélia Gonzalez) 

Esses dias, a minha irmã, Alessandra, chegou espumando de raiva em casa após a aula na faculdade. O estopim foi o racismo que bateu pesado na paciência da preta, mas ela não recuou e mandou umas verdades para o racista.

No início da aula, o professor disse que tinha uma aluna em outra turma que era a cara dela. E, como não foi a primeira vez essa observação, ela perguntou: “A moça é negra e de tranças?”. O professor respondeu: “Sim! Você tem alguma irmã que também estuda aqui?”. Ela explodiu: “Sabe qual o nome disso, professor? RA-CIS-MO!”. E continuou: “Vocês têm a péssima mania de achar que todos os negros são iguais!”. Ele sentiu o impacto e tentou se desculpar, mas ela nem deu atenção. Pegou o material e saiu pisando firme.

Eu já passei várias vezes por situações parecidas. Além disso, tinha outra coisa que me irritava muito. Era quando apareciam personagens negros em programas de TV. Os brancos adoravam fazer comparações e colocar apelidos em nós, negros. Chamavam a gente de Mussum, Jorge Lafond, Buiú, Tião Macalé, Pelé, etc. Mas o que causava êxtase nos racistas eram personagens estereotipados. A maldade escorria pelos lábios deles, gritando e rindo da nossa cara. 

Naquela época, as crianças e jovens negros não tinham uma formação crítica para a defesa da própria dignidade. O contato com o debate racial acontecia somente se os pais participassem de organizações políticas e levassem a educação racial para dentro de casa. Não era o caso da minha família, nem das famílias dos meus colegas. Essa ausência de educação impactava a saúde mental, tanto que até hoje a autoestima de muitos negros se encontra fragilizada por conta do passado. Porém, os tempos mudaram. A informação está disseminada por diferentes meios de comunicação, os negros de várias idades estão conscientes e conseguindo se defender do “racismo recreativo”, termo cunhado pelo Doutor em Direito e especialista em Direito Antidiscriminatório, Adilson Moreira

Eu mesmo não alivio para os racistas. Faço igual à minha irmã, constranjo, e ainda coloco o dedo em riste. Assim, posso dormir tranquilo. 

“Tyler James Williams diz que Solange Knowles ‘seria perfeita’ como sua prima em ‘Abbott Elementary’

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Foto: reprodução/ABC

O ator Tyler James Williams, conhecido por seu papel como o professor Gregory Eddie na série de comédia “Abbott Elementary”, revelou que adoraria ver Solange Knowles, irmã de Beyoncé, como sua prima na trama. Em entrevista à revista PEOPLE, Williams, que já foi indicado três vezes ao Emmy por sua atuação, disse que considera Solange uma escolha ideal por sentir que eles compartilham semelhanças.

Williams destacou que a inclusão de Solange como parte de sua família na série seria uma adição “ótima” ao elenco: “Eu adoraria ver Solange [Knowles] como uma prima. Sinto que nos parecemos”, disse. “Seria tipo nós dois, e o Orlando [Jones] seria nosso pai. Sim, acho que a Solange seria perfeita. Só falta exceções esse membro na família”, disse ele se referindo ao ator Orlando Jones, que interpreta, Martin Eddie, pai de seu personagem na série.

O ator de 31 anos também ressaltou a importância de seu papel, afirmando que seu objetivo é retratar educadores negros e homens negros de forma emocionalmente complexa. “O objetivo geral para mim aqui é mostrar não apenas educadores negros do sexo masculino sob uma certa luz, mas também homens negros sob uma certa luz que têm permissão para serem emocionais e ter espectros emocionais completos”, explicou Williams, referindo-se ao crescente romance de seu personagem com Janine Teagues, interpretada por Quinta Brunson.

“Abbott Elementary” foi indicada a nove categorias no Emmy deste ano, incluindo a de melhor série de comédia. Além de Williams, Quinta Brunson, criadora e protagonista, também foi indicada nas categorias de melhor atriz em série de comédia e melhor roteiro.

Williams relembrou emocionado a vitória de Sheryl Lee Ralph no Emmy de 2022 como melhor atriz coadjuvante em série de comédia, tornando-se a segunda mulher negra a conquistar a estatueta nesta categoria. “Todo mundo na mesa estava chorando”, comentou o ator, destacando esse momento como um de seus favoritos.

“Não sinto que estou no meu corpo”, relata Naomi Osaka sobre desafio do retorno às quadras após licença-maternidade

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Naomi Osaka, uma das principais estrelas mundiais do tênis, está passando por um momento desafiador na carreira depois de se tornar mãe. A atleta relatou em uma publicação feita em seu Instagram, na última semana, como tem sentido um estranhamento em relação ao próprio corpo após sofrer uma eliminação precoce no torneio Aberto de Cincinnati, em Ohio, nos Estados Unidos.

“Meu maior problema atualmente não são as perdas, meu maior problema é que não sinto que estou no meu corpo”, escreveu Osaka. Desde o nascimento de seu primeiro filho com o rapper Cordae em julho de 2023, a tetracampeã do Grand Slam tem enfrentado um retorno tumultuado às quadras. Após perder na primeira rodada do Aberto da Austrália e ter problemas nas segundas rodadas do Aberto da França e de Wimbledon, Osaka foi derrotada por Ashlyn Krueger na rodada final das qualificatórias do Cincinnati Open na segunda-feira, 12.

“A única sensação que eu poderia comparar agora é estar no pós-parto. Isso me assusta porque jogo tênis desde os três anos, a raquete de tênis deveria parecer uma extensão da minha mão. Não entendo por que tudo tem que parecer quase novo de novo”, revelou. “É uma sensação estranha, errar bolas que não deveria errar, acertar bolas mais leves do que eu lembrava que costumava. Tento dizer a mim mesmo: ‘Está tudo bem, você está indo muito bem. Apenas supere isso e continue se esforçando.’ Mentalmente, é realmente desgastante.”, contou.

Osaka, que já ocupou o topo do ranking mundial, atualmente ocupa a 90ª posição e se prepara para o último Grand Slam do ano, o US Open, cujas eliminatórias começam nesta segunda-feira. Conhecida por sua abertura sobre os desafios da saúde mental, Naomi Osaka ganhou atenção internacional em maio de 2021 ao se retirar do Aberto da França, citando o impacto negativo do escrutínio da mídia. A decisão levou a mudanças no formato de mídia do torneio em 2022.

À medida que se aproxima do US Open, onde é bicampeã, Osaka concluiu sua mensagem com um compromisso de perseverança: “Nada na vida é prometido, mas percebi que posso prometer a mim mesma trabalhar o máximo que puder e dar o meu melhor até o fim.” A jogadora prometeu que “verá todos em Nova York”, com esperança de superar seus desafios recentes e retornar ao seu melhor desempenho nas quadras.

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