A cantora Beyoncé bloqueou o uso de sua música “Freedom” em um vídeo da campanha de Donald Trump, após a faixa ser utilizada sem autorização. A música, trilha sonora da campanha de Kamala Harris à presidência dos Estados Unidos, foi compartilhada em um vídeo postado nas redes sociais por Steven Cheung, porta-voz de Trump, que mostrava o ex-presidente desembarcando de um avião ao som da canção. O vídeo foi posteriormente deletado após a gravadora e a editora de Beyoncé se movimentarem para impedir a utilização da faixa.
A cantora, que não se pronunciou sobre o incidente, tem “Freedom” como parte do álbum “Lemonade” (2016), cuja letra contrasta com os valores da campanha republicana, mas se alinha à de Harris. No álbum, Beyoncé canta: “Eu vou andar, vou marchar regularmente / Pintando bandeiras brancas de azul”, uma referência à sua filha, Blue Ivy, e que ecoa o tom da campanha democrata.
Rumores sugerem que Beyoncé possa se apresentar na Convenção Nacional Democrata (DNC) nesta quinta, 22, mas nem representantes da cantora, nem da campanha de Harris, comentaram sobre o assunto. O presidente do DNC, Jamie Harrison, foi questionado sobre a possível aparição e não confirmou, limitando-se a dizer que todos os dias ela “está aqui cantando Freedom — pelo menos ouvimos pelo interfone”.
Além disso, Tim Walz, candidato a vice-presidente na chapa Harris-Walz, deixou o palco da DNC ao som de “Rockin’ in the Free World”, de Neil Young. A escolha da faixa, que retrata os EUA em meio à falta de moradia e ao vício em drogas, também foi vista como uma crítica velada a Trump, que usou a música repetidamente em comícios entre 2015 e 2020, contra a vontade de Young. O cantor, que já processou Trump por uso indevido de sua música, criticou publicamente o ex-presidente em várias ocasiões.
⚠️ Alerta de Gatilho: Este conteúdo aborda temas como suicídio, bullying e discriminação.
O falecimento do adolescente Pedro, vítima de bullying e ataques homofóbicos cometidos por colegas de classe, completou uma semana na última segunda-feira, 19. Aluno bolsista do Colégio Bandeirantes, uma das instituições de ensino de elite de São Paulo, Pedro ingressou na escola por meio do Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos (Ismart). Esse instituto privado e sem fins lucrativos identifica jovens talentos de baixa renda e oferece bolsas de estudos em escolas particulares.
O caso reacendeu um questionamento recorrente na comunidade negra: “Vale a pena fazer esforços para estar em lugares onde podemos sofrer violências?”. Ocupar esses espaços muitas vezes simboliza uma melhora social significativa, que pode beneficiar gerações, especialmente em termos de oportunidades de trabalho e estudo. No entanto, para Pedro — um garoto negro, gay e periférico — estar em um espaço de privilégio branco transformou-se de uma conquista em uma tragédia. Isso levanta questões sobre o tipo de suporte oferecido pelas instituições que promovem a inclusão na educação e no mercado de trabalho.
Segundo Mariana Ribeiro, diretora executiva do Ismart, o instituto já havia sido informado sobre as violências sofridas por Pedro e o encaminhou para acompanhamento psicológico. “O Pedro já tinha sinalizado para a gente, em um momento similar ao que a escola tomou conhecimento. Conversamos com ele e com sua mãe. A escola também estava muito próxima do Pedro, em todos os aspectos, por ele ser aluno. Ele já estava recebendo acompanhamento psicológico”, explicou Mariana. Ela afirmou que o instituto mantém contato contínuo com a família do adolescente. “Estamos prestando todo o suporte necessário. Na segunda-feira completou uma semana do ocorrido e fizemos questão de estar próximos, nos deixando à disposição”, disse.
Mariana Ribeiro ainda enfatizou que todos os protocolos de apoio foram seguidos: “Todos os procedimentos aplicados pelo instituto foram implementados no caso do Pedro”.
Diferenças de ensino minimizadas
Ocupar espaços onde poucas pessoas negras conseguiram chegar é uma estratégia para “hackear” o sistema e conquistar recursos que deveriam ser compartilhados de forma equitativa. No entanto, as divergências sociais e educacionais ainda precisam ser minimizadas para garantir uma integração cultural respeitosa.
Para entender os impactos causados pela mudança de ambiente dos alunos bolsistas, questionamos Mariana Ribeiro sobre o acompanhamento realizado pelo Ismart. Ela explicou que, além do programa de desenvolvimento que visa nivelar o conhecimento acadêmico dos alunos provenientes de escolas públicas, o instituto promove rodas de conversa mediadas por uma psicóloga. “Realizamos reuniões frequentes com todos os bolsistas, tanto os que estão ingressando na escola quanto os que já estão há mais tempo. Essas rodas de conversa ocorrem durante todo o período em que o aluno está conosco. Sempre contamos com a presença de uma psicóloga nas escolas parceiras, que desenvolve um vínculo com os alunos para garantir que qualquer questão seja devidamente encaminhada para a psicóloga clínica”, detalhou.
Mariana acrescentou que o instituto possui parcerias com clínicas de psicologia para atender os alunos individualmente, quando necessário.
Os estudantes inscritos no programa passam por um rigoroso processo seletivo, que inclui provas para avaliar o nível de conhecimento e a defasagem acadêmica. “Ao longo dos anos, percebemos que é necessário que o aluno atinja uma nota mínima nessas provas para garantir que a defasagem acadêmica não seja tão grande ao ingressar na escola particular. Sabemos que sempre haverá alguma defasagem, mas o reforço que oferecemos, em parceria com as escolas, é suficiente para cobri-la. No entanto, se a defasagem for muito grande, o jovem pode sofrer bastante ao entrar nesse novo ambiente. Por isso, temos muito cuidado na seleção, garantindo que o aluno tenha uma base acadêmica mínima necessária para enfrentar esse novo contexto”, afirmou.
Seleção e entrevistas
Além das provas e entrevistas com os alunos, as famílias também passam por entrevistas com o instituto para entender como poderão oferecer suporte durante a trajetória escolar. Mariana explicou que as entrevistas são realizadas “para garantir que o jovem compreenda a necessidade de se esforçar, já que o projeto exige motivação e vontade de fazer parte. A jornada envolve toda a família, e o jovem precisará de um ambiente adequado para estudar”, ressaltou.
Apoio da comunidade escolar
Mariana destacou que o instituto realiza uma criteriosa seleção das escolas parceiras: “Fazemos uma diligência muito grande para entender como a escola receberá o bolsista, como será o acolhimento e se há possibilidade de reforço acadêmico. Se a escola não oferece, o Ismart providencia o reforço de alguma forma”.
Ela também mencionou que o instituto organiza encontros com os pais dos alunos pagantes para explicar o que é o Ismart e o que significa ter um aluno bolsista na sala de aula. “Nosso esforço é garantir que todos os envolvidos estejam bem conscientes do processo”, concluiu.
Para a alegria dos fãs, o show único do artista canadenseThe Weekndno Brasil terá transmissão ao vivo e gratuita pelo YouTube. O próprio cantor anunciou as novidades em suas redes sociais.
A apresentação será realizada no estádio Morumbis, em São Paulo, no dia 7 de setembro, e deve marcar uma nova era musical para o artista, que segue a turnê recorde After Hours Til Dawn Tour 2022/2023, que esgotou as bilheterias em mais de 60 datas na América do Norte, Europa, Reino Unido e América Latina, com um público de mais de 3 milhões de fãs.
No Brasil, o show já tem alguns setores esgotados, e agora conta apenas com ingressos disponíveis para camarotes, com valores a partir de R$ 1.850, no site Ticketmaster. O show é produzido pela Live Nation e apresentado pelo Santander Brasil.
Os fãs de Simone Biles, a ginasta mais vitoriosa de todos os tempos, podem já podem se preparar. A Netflix anunciou nesta quarta-feira, 21, o lançamento global dos episódios 3 e 4 de “O Retorno de Simone Biles“, no dia 25 de outubro.
Nesta segunda parte do documentário, os espectadores acompanharão a emocionante jornada da atleta rumo à glória nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e acompanharão de perto a participação de Biles nas seletivas de ginástica dos EUA, onde ela garantiu sua vaga na equipe olímpica.
Os novos episódios também destacam as performances de Biles em Paris, onde ela fez história mais uma vez ao conquistar três medalhas de ouro e uma de prata.
A primeira parte de “O Retorno de Simone Biles” já havia impressionado o público ao mostrar os altos e baixos da carreira da atleta após sua decisão de dar uma pausa nas competições durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Agora, a parte dois promete continuar a inspirar com a história de uma das maiores atletas de todos os tempos.
Focado na profissionalização e aceleração de carreira de criadores de conteúdo negros, a cerimônia de formatura da primeira edição do programa “Beleza Mais Diversa“, do Grupo L’Oréal Brasil, em parceria com o TikTok e o MOVER, ocorreu nesta terça-feira, 20. O evento contou com a presença da atriz Taís Araujo, embaixadora do projeto, e dos mentores Tássio Santos, Amanda Santos e Matheus Machado.
A iniciativa gerou resultados expressivos, como o aumento de seguidores para os 50 influenciadores contemplados pelo programa, ultrapassando a marca de 1 milhão, e uma performance até cinco vezes maior nos conteúdos produzidos.
Taís Araujo. (Foto: Divulgação)
Taís Araujo, que há 15 anos é embaixadora da L’Oréal Paris, enfatizou a importância do programa para a representatividade.“Esse programa oferece oportunidades para que criadores negros possam se destacar, influenciar o mercado e para que a população se sinta representada. Tudo isso gera um grande ciclo de conexão positiva que só tende a impulsionar novos criadores de conteúdo, outras marcas e o próprio consumidor”, declarou a atriz.
Durante o evento, Maylla Cristina e Daniel Mariano, participantes do programa, destacaram a importância das capacitações oferecidas, que incluíram aulas ministradas pela YouPix, além do apoio com impulsionamento de mídia pelo TikTok. “O impacto desse programa nas nossas carreiras como criadores de conteúdo é imensurável. É sobre redefinir o que é ser um criador de conteúdo no Brasil, de ampliar os horizontes do que pode ser alcançado quando a diversidade é colocada no centro da narrativa”, afirmou Maylla Cristina.
Cerimônia de formatura. (Foto: Divulgação)
O “Beleza Mais Diversa” foi desenvolvido como resposta a uma pesquisa da Think Etnus, que revelou que 33% das pessoas negras no Brasil não se veem representadas no universo da beleza. Em um país onde 56% da população se identifica como preta ou parda, mas a maioria dos influenciadores ainda é branca, o programa visa criar oportunidades para que criadores negros possam emergir e impactar o mercado.
“Além de sermos líderes globais de beleza, somos líderes de influência de beleza no Brasil. Essa liderança exige compromisso: queremos contribuir para a representação de uma beleza mais inclusiva e sabemos que isso começa por meio da educação. Tenho o maior orgulho de celebrar a primeira edição desse projeto, com resultados tão expressivos e impactantes, que vão contribuir não só para a transformação do Grupo L’Oréal, mas de todo o mercado”, afirmou Allan Peroni, Diretor de Advocacy e Social Commerce do Grupo L’Oréal Brasil.
Márcia Silveira. (Foto: Divulgação)
Em consonância com o compromisso de acelerar a inclusão por meio da comunicação digital, 80% dos formandos serão contratados por uma das 21 marcas do Grupo L’Oréal no Brasil. O objetivo é que, em breve, pelo menos 50% do quadro de influenciadores do Grupo seja composto por pessoas diversas. Para Márcia Silveira, Gerente Sênior DE&I Advocacy & Influence, o programa representa uma iniciativa de empoderamento social. “Queremos capacitar jovens negros e alavancar suas carreiras para que dados como os que nos inspiraram a criar esse projeto sejam revertidos e as pessoas passem a ter inspirações de beleza negra”, concluiu.
Jonathan Oliveira, o brasileiro que conquistou a internet com um vídeo viral durante o Carnaval de São Paulo, em 2017, morreu em São Petersburgo, na Rússia. O jovem ficou famoso após ser flagrado dançando em cima de um ônibus ao som de “Break Free“, de Ariana Grande, e se tornou um meme para simbolizar alegria de curtir uma festa.
Segundo informações da imprensa russa, Jonathan se envolveu em uma briga a bordo de um iate com um morador local. O canal REN TV diz que o desentendimento começou antes do barco sair e durante a navegação, Jonathan caiu no mar e não resistiu. De acordo com uma fonte, ele não sabia nadar. “Ao contrário do residente local, o brasileiro não sabia nadar e se afogou”, afirma o noticiário da Rússia.
A Diretoria Principal de Investigação do Comitê de Investigação da Federação Russa para São Petersburgo já iniciou as apurações sobre o caso. O homem russo envolvido na briga foi detido e está sob investigação por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Nas redes sociais, a mãe de Jonathan, Raquel Gonçalves, mudou a foto de perfil para uma imagem de luto, enquanto uma amiga próxima do rapaz prestou sua homenagem em um post emocionante: “Eu te amarei de janeiro a janeiro”.
A última publicação de Jonathan no Instagram foi uma série de fotos e vídeos na Catedral de Santo Isaac, em São Petersburgo. Ele compartilhou com seus seguidores: “Esse foi o meu segundo dia em São Petersburgo (Rússia) aonde visitei St Isaac’s Cathedral. A visita foi completa com acesso à capela e também ao rooftop aonde são mais de 200 degraus para chegar ao topo e ver a cidade por completo em um ângulo de 360 graus. Estou adorando a experiência de conhecer mais um país independente das intervenções militares que ocorrem por aqui”.
A idealizadora e articuladora política da Frente Nacional de Mulheres no Funk, Renatta Prado, manifestou publicamente sua indignação com empresários e artistas de funk que possuem grande influência midiática e têm incentivado seus seguidores a não se envolverem com questões políticas. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Renatta destacou a contradição dessas personalidades de grande sucesso financeiro que criticam a política, mas posam ao lado de candidatos, especialmente os ligados à direita paulistana, durante a campanha para as eleições municipais, iniciada na última sexta-feira, 16.
“Agora eu vou dar um papo de visão não menos importante, principalmente para os MCs de funk rico, que tá montado no dinheiro e que sai por aí falando que política é zoado, que não apoia nenhum político porque todo político é corrupto, todo político é bandido. Tem corrupção na política, sim. A gente sabe disso. Mas eu acho maior hipocrisia os caras ficarem julgando coisa errada da política, sendo que eles é tudo enfiado nessas produtoras que os caras fazem um monte de m***”, afirmou Renatta.
Ela também chamou a atenção para o privilégio dos artistas que têm acesso a boas escolas e serviços privados, e que incentivam seu público a não se engajar politicamente: “Vocês MCs ricos que estão sentados no placo [sic], vocês realmente não tem que se importar com política, sabe por quê? Porque vocês pagam a melhor escola pro filho de vocês, seus filhos não estudam em escola pública, seus filhos não andam de transporte público. É muito fácil se excluir da responsabilidade de formar os seus quando você está sentado em um monte de dinheiro no alto do seu privilégio. E eu acho a maior hipocrisia esses artistas de funk falarem que se preocupam com a quebrada, sendo que eles mesmos incentivam o jogo de tigrinho. O mano que está jogando o tigrinho, sabe por que ele está jogando o tigrinho? Porque a política pública não chegou para ele. E sabe como a gente faz a política pública chegar nele? Votando direito. E sabe como a gente faz para votar direito? Se conscientizando politicamente”, reforçou.
A polêmica ganhou força após empresários donos de produtoras de funk conhecidas declararem apoio a candidatos ligados a partidos de direita, que costumam criticar o movimento funk. Tal apoio gerou um debate acalorado dentro e fora da cena do funk, já que muitos consideram que esses políticos não representam os interesses das periferias, onde o movimento surgiu e se consolidou.
Outro nome conhecido do funk paulista, MC Hariel, reforçou as críticas questionando o uso político do funk durante as eleições: “Sou funkeiro com muito orgulho. Amo esse movimento que mudou a minha vida, mas não compactuo e fico triste em ver esse tipo de pessoa tendo abertura tão fácil no nosso movimento”, escreveu nas redes sociais.
Liniker comemorou nesta terça-feira, 20, a marca de 6 milhões de plays alcançados por seu novo álbum “CAJU” em menos de 24 horas após o lançamento. Em um vídeo publicado no Instagram, a artista agradeceu o apoio do público e destacou a repercussão orgânica de seu trabalho, que também colocou 13 das 14 faixas do disco no top 100 das músicas mais tocadas no Brasil.
“Eu estou muito feliz pelo alcance estratosférico orgânico que esse disco está tendo. (…) Em menos de 24 horas, a gente tem mais de 6 milhões de plays em todas as plataformas de streaming”, afirmou Liniker. Ela celebrou a conquista como um marco importante em sua trajetória como artista independente.
O lançamento, que aconteceu na segunda-feira, 19, marca uma nova fase na carreira da artista, que celebra o sucesso de seu segundo álbum solo: “Eu estou muito emocionada por como vocês estão acolhendo esse trabalho. Todos os vídeos, todos os memes, todos os reposts, todos os covers, todas as pessoas que quiseram entrar comigo nessa jornada de fazer essa pergunta “Quem é Caju?”. E entrarem divulgando comigo. A todos os meus amigos, toda minha família”.
Foto: Caroline Lima
“CAJU” reúne influências de pop, samba, jazz, house e reggae, e traz participações especiais de artistas como Lulu Santos, BaianaSystem, ANAVITÓRIA e Pabllo Vittar. Liniker também destacou a produção analógica do disco, que confere uma textura única às faixas.
O sucesso inicial de “CAJU” reflete o crescimento da carreira da artista, que já conquistou o Grammy Latino com seu álbum anterior, “Indigo Borboleta Anil” (2021). Com esse novo trabalho, Liniker reafirma sua posição como uma das vozes mais influentes da música brasileira.
No segundo dia da Convenção do Partido Democrata, realizado em Chicago, Michelle Obama fez um discurso impactante, onde não apenas exaltou a candidatura de Kamala Harris, mas também abordou de forma crítica e contundente as atitudes de Donald Trump em relação a ela e Barack Obama. Michelle começou seu discurso relembrando os desafios enfrentados por ela e seu marido durante a presidência, especialmente no que diz respeito aos ataques racistas promovidos por Trump, que durante anos questionou a legitimidade de Barack como presidente e tentou incitar o medo em relação à família Obama. “Por anos, Donald Trump fez tudo que pôde para que as pessoas tivessem medo de nós”, afirmou Michelle, ressaltando como a visão limitada do ex-presidente era movida por uma ameaça pessoal diante da ascensão de pessoas negras ao poder.
Michelle não deixou de destacar que Kamala Harris, como candidata à presidência, provavelmente enfrentará ataques semelhantes, especialmente daqueles que, como Trump, veem a ascensão de mulheres e pessoas de cor como uma ameaça. Ela enfatizou que essas táticas são familiares para ela e Barack, que, durante os oito anos de presidência, foram constantemente alvos de insinuações racistas. “Infelizmente, sabemos o que vem a seguir. Pessoas vão fazer tudo que puderem para distorcer a verdade da Kamala”, alertou Michelle, destacando a persistência desses ataques.
Um dos momentos mais memoráveis de sua fala foi quando Michelle ironizou as declarações de Trump sobre os “trabalhos negros”, sugerindo que o cargo que ele tanto deseja ocupar pode ser considerado um desses empregos. “Quem vai dizer a Trump que o trabalho que ele quer ganhar será o trabalho para uma pessoa negra?”, questionou Michelle, provocando uma reação entusiástica da plateia, que respondeu com aplausos e risos.
Michelle aproveitou o discurso para reforçar sua confiança em Kamala Harris, descrevendo-a como uma líder preparada, honesta e resiliente. Ela destacou a trajetória de Harris, que, segundo ela, sempre lutou pelos valores fundamentais que tornam os Estados Unidos um país forte e diversificado. Além disso, Michelle elogiou a alegria e a luz que Harris traz ao seu trabalho, características que, para a ex-primeira-dama, são essenciais para um líder que representa verdadeiramente os ideais americanos.
As Olimpíadas de Paris 2024, que se encerraram no dia 11 de agosto, provaram que o Brasil não é apenas o país do futebol – e isso já há muito tempo. Outras modalidades, como o atletismo, a ginástica e o surfe, também mostraram a que vieram, junto de grandes atletas que estão fazendo história, não só mundialmente, mas também bem pertinho de nós.
Enquanto o mundo estava vidrado na Cidade Luz, outra competição, a nível estadual – o Campeonato Paulista de Atletismo Sub-18 – acontecia nos bastidores, revelando novas promessas do esporte. Como o caso do jovem de 17 anos, Gabriel Tiburcio (@iam__tiburcio), que, há poucas semanas, conquistou em dose dupla o título de campeão paulista de atletismo nas provas de 100 e 200 metros rasos.
Velocista há dois anos, Tiburcio representa a cidade de Ribeirão Preto pelo projeto Atletismo e Cidadania, da Associação dos Amigos do Atletismo (AAARP – @atletismoaaarp). Em uma entrevista exclusiva ao Mundo Negro, o atleta em ascensão revela seus próximos passos, sonhos, a importância do apoio da família e como é carregar o título de campeão.
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Mundo Negro: Como você se descobriu velocista?
Gabriel Tiburcio: “Fui fazer um teste pela minha escola na Cava do Bosque, complexo esportivo de Ribeirão Preto. Era minha primeira vez correndo, e o intuito era ver quem iria para a JASP, uma competição escolar. Corri os 100 metros, minha prova hoje, e fiquei encantado. Naquele momento, senti felicidade; descobri o meu esporte. Na pandemia, em 2021, conheci o projeto Atletismo e Cidadania, e decidi fazer parte. Mas, só em agosto de 2022 comecei a treinar. Quando minha mãe me deu a notícia que tinha dado certo minha vaga, no outro dia cedo estava na Cava, conheci o professor Marcão, construí uma segunda família e sigo até hoje.”
Mundo Negro: Como é a sua relação com o atletismo?
Gabriel Tiburcio: “Minha relação com o atletismo chega a ser engraçada e, às vezes, até um pouco estranha. Sempre gostei de ver o Bolt correndo (e quem não gosta, não é mesmo?), mas meu foco era no futebol. Foi só durante a pandemia que comecei a estudar mais sobre o atletismo e a nutrir esse amor, hoje platônico. Estar na pista e treinar é o meu momento de paz; sei que ali, tudo vai passar, e eu vou embora melhor do que cheguei. Costumamos dizer, eu e os outros garotos da equipe, que praticar atletismo cansa o corpo, mas descansa a mente”.
Mundo Negro: Como você se sentiu ao ganhar a competição?
Gabriel Tiburcio: “Foi um mix de emoções; um filme passou na minha cabeça. No ano passado, nessa mesma competição, eu havia ficado em terceiro nos 100 metros e em segundo nos 200. Prometi que este ano seria meu, que treinaria o quanto fosse necessário para me tornar campeão estadual. Não tem como não pensar nas dores e em tudo que passei para chegar até aqui. Fiz uma promessa para mim mesmo, me dediquei e deu certo. Foi muito gratificante!”
Mundo Negro: Qual foi o seu maior desafio durante o estadual?
Gabriel Tiburcio: “Um dos meus maiores desafios foi o clima e a dor que eu estava sentindo na panturrilha. Cheguei a pensar em não correr os 200 metros, mas, assim que entrei na pista, a adrenalina foi ainda maior, e, graças a Deus, não me machuquei nem me lesionei”.
Mundo Negro: Como você enxerga sua evolução até o título estadual?
Gabriel Tiburcio: “O atletismo trouxe uma evolução significativa para minha relação com o esporte e para minha vida pessoal. Passei a ter mais paciência e a entender que as coisas não acontecem no momento ou na velocidade que desejamos; isso foi essencial para eu chegar a ser campeão estadual. Além disso, teve muito trabalho, treinos intensivos, as dores que todo atleta enfrenta e a necessidade de abdicar de saídas noturnas para descansar, pois sabia que no dia seguinte teria treino”.
Mundo Negro: Quais são os próximos objetivos após essa vitória?
Gabriel Tiburcio: “O foco é continuar treinando para minha próxima competição, o Brasileiro sub-18, em Recife. A ideia é se tornar também campeão brasileiro”.
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Mundo Negro: Como é o apoio da sua família?
Gabriel Tiburcio: “Minha família é a base de tudo. Eles sempre fizeram e fazem de tudo para me ajudar e dar suporte: me levar às competições, comprar sapatilhas novas quando preciso, ou suplementos, e até organizam rifas. Me sinto feliz e privilegiado, pois sei que muitos não têm o mesmo apoio, que faz toda a diferença”.
Mundo Negro: O que te inspira a continuar dedicado ao atletismo?
Gabriel Tiburcio: “O que mais me inspira a continuar dedicado ao atletismo é o apoio que recebo da minha família, da minha escola e do meu relacionamento. Ver minhas conquistas, melhorias nos meus tempos, estar em uma boa colocação no ranking brasileiro e saber que sou inspiração para alguém da minha cidade, ou até mesmo do país, é o que me motiva a cada dia.”
Mundo Negro: Quem são suas referências no esporte?
Gabriel Tiburcio: “Uma das minhas inspirações é o Paulo André, alguém que pensei: “um dia quero correr igual a ele”. O Bolt também, né? Referência para todo velocista e o Noah Lyles”.
Mundo Negro: Como você se vê daqui a alguns anos?
Gabriel Tiburcio: “Me vejo com uma boa situação financeira e, quem sabe, daqui a alguns anos, indo para a minha primeira Olimpíada e até mesmo me tornando recordista olímpico ou mundial.”
Mundo Negro: Durante as Olimpíadas, o bolsa atleta foi um dos temas levantados. Qual a importância desse investimento e o que ainda precisa melhorar?
Gabriel Tiburcio: “Eu sou bolsista e sei a importância desse investimento, ficamos mais motivados a treinar e a ter melhores resultados. Além de suprir uma demanda que às vezes a família não consegue atender, como comprar equipamentos, sapatilha ou suplementos, digo isso não apenas em relação ao Atletismo, mas o esporte no geral. Temos alguns exemplos que mostram o quando a bolsa deve ser valorizada, o Mauricio, indo para a final do Dardo com uma classificação muito boa, o Caio Bonfim, que veio também de um projeto social e conquistou a medalha de prata; faz a diferença!”