Home Blog Page 1371

Nelson Mandela deixa o hospital depois de quase três meses internado

10

A Presidência da África do Sul divulgou comunicado hoje (1°) informando que o ex-presidente do país Nelson Mandela deixou o hospital nesta manhã e foi para sua casa em Joanesburgo, onde continuará a receber cuidados intensivos. O anúncio foi feito um dia depois de as autoridades terem negado relatos de que Mandela havia recebido alta.

A declaração do governo diz que a condição de Mandela permanece crítica e, no momento, instável. O primeiro presidente democraticamente eleito da África do Sul estava no hospital desde junho com uma infecção pulmonar. “A equipe de médicos está convencida de que ele vai receber o mesmo nível de cuidado intensivo em sua casa, no subúrbio de Houghton, que recebeu no hospital em Pretória”, diz a declaração da Presidência.

O documento acrescenta que a casa de Mandela foi “reconfigurada para permitir que continue recebendo cuidados intensivos”, e que ele será tratado pelos mesmos profissionais de saúde que o acompanham desde o início de junho, quando foi hospitalizado. Se necessário, o paciente voltará ao hospital, diz a declaração.

Nelson Mandela, de 95 anos, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1993 e primeiro presidente negro da África do Sul, foi hospitalizado no dia 8 de junho para tratamento de uma infeção pulmonar. Acredita-se que a condição pulmonar de Mandela é resultado de uma tuberculose contraída há cerca de 30 anos, quando foi preso por causa da luta contra a segregação racial.

*Com informações da BBC Brasil

Pão de Açúcar responde carta de entidades de mulheres negras

3140

Por Silvia Nascimento

Conforme notícia do site Mundo Negro,  a Articulação de Organizações de Mulheres Negras (AMNB) enviou uma carta ao grupo Pão de Açúcar, em 22 de agosto, onde pedia, mesmo após a remoção da estátua do menino escravo em uma as lojas do grupo, um pedido de retratação pública, além de outras ações com o objetivo de evitar outros “deslizes” que direta ou indiretamente ofendesse a comunidade negra.

Em 27 de agosto, o Diretor de Relações Corporativas do grupo Pão de Açúcar, Paulo Pompilio respondeu à carta, reforçando o que já havia sido dito pela sua página no Facebook.  “Com relação a este assunto o Grupo Pão de Açúcar esclarece que a exposição da peça nunca teve a intenção ou fez apologia a qualquer ato de discriminação, sendo certo que o Grupo pauta todas as suas ações na ética, na promoção e no respeito à diversidade”, diz a carta.

 

Leia a íntegra da carta enviado pelo grupo Pão de Açúcar à AMNB:

 

Grupo Pão de Açúcar responde à Articulação de Ongs de Mulheres Negras

São Paulo, 27 de agosto de 2013.

À

Articulação de Organizações de Mulheres Negras (AMNB)

Grupo Pão de Açúcar responde à Articulação de Ongs de Mulheres Negras

Acusamos o recebimento da carta encaminhada à Presidência Executiva do Grupo Pão de

Açúcar em 22 de agosto de 2013, manifestando a preocupação desta respeitável entidade sobre

a eventual conotação racista que poderia ser atribuída a uma estátua, parte da coleção de peças

decorativas de loja do Pão de Açúcar, a qual desencadeou manifestações nas mídias sociais e

imprensa nos últimos dias.

Com relação a este assunto o Grupo Pão de Açúcar esclarece que a exposição da peça

nunca teve a intenção ou fez apologia a qualquer ato de discriminação, sendo certo que o Grupo

pauta todas as suas ações na ética, na promoção e no respeito à diversidade.

De qualquer forma, em respeito às opiniões geradas, o Grupo Pão de Açúcar decidiu

recolher o exemplar da estátua para evitar má interpretação e, inclusive, está revendo o

processo de seleção do enxoval de decoração das lojas para impedir que situações semelhantes

possam se repetir no futuro.

Outrossim, o Grupo Pão de Açúcar se coloca inteiramente à disposição de Vossa

Senhoria para apresentar as políticas que adota em termos de práticas corporativas e de

responsabilidade social em apoio e respeito à diversidade dentre seus colaboradores e

comunidades onde está inserida, sempre imbuída do propósito de contribuição para uma

sociedade igualitária e justa para todos os cidadãos.

Grupo Pão de Açúcar responde à Articulação de Ongs de Mulheres Negras

Sendo o que nos cumpria informar, agradecemos a atenção e renovamos os votos de

mais elevada estima e distinta consideração.

Atenciosamente,

Paulo Pompilio

Diretor de Relações Corporativas

 

 

 

Lutas africanas : O Laamb de Senegal

3071

Luta tradicional , também conhecido como ” Laamb ” em Wolof , é um esporte de séculos de idade , no Senegal . Em termos de forma , é muito semelhante ao estilo greco-romano da luta , no entanto , é muito típico da tradicional wrestling, Africano.

Existem duas formas de Laamb : o primeiro permite que os lutadores para atacar uns aos outros com as próprias mãos , o que pode ser doloroso , o segundo é mais acrobático , e bater não é permitido. Quando volta de um lutador toca o chão , a luta acabou, ele perdeu . Laamb é tanto uma atividade espiritual, como física. Durante a cerimônia, o lutador , acompanhado por percussionistas e cantores , danças ao redor da arena. Em torno de seus braços, pernas e cintura há vários tipos de pingentes esotéricos ou amuletos cujo objetivo é protegê-lo contra os maus espíritos e feitiçaria de outro lutadores. É este aspecto do esporte que eleva uma luta para além do nível do esporte de espectador comum. Muitas pessoas assistem tanto para desfrutar da cerimônia como para torcer por seu lugador.

 Apesar da popularidade do futebol , basquete e outros esportes importados , wrestling tradicional ainda é o evento nacional para o povo , e recebe um monte de dólares de patrocínio para promover seu crescimento. Campeões nacionais são coroados e elogiados como o tema de inúmeras canções.

 

ORIGENS

O Laamb costumava ser praticado no campo, no final da colheita , entre o Serer e Diola grupos étnicos. Lutadores se enfrentam entre si, e o vencedor era aquele que faz com que o adversário a cair para o chão primeiro. Esta batalha justa costumava ser um meio de medir a força dos homens, para determinar o campeão de cada aldeia.

Era praticado para se alegrar as pessoas, perpetuar folclore cultural e para designar o homem mais forte da aldeia, que se tornará o lutador campeão até o próximo ano .

Durante a colonização francesa do Senegal, estas lutas continuaram, mesmo com os colonizadores não entendo sobre as regras. No entanto,  foi um francês que organizou as primeiras lutas oficiais na década de 1920 em seu cinema El Malik na capital, Dakar. Os lutadores foram pagos com o dinheiro da vendas de ingressos Após a independência , esta forma de esporte tornou-se profissional e sendo praticada em várias cidades .

Fonte:

http://bone-2-bone.blogspot.com/2009/08/placeholder.html?zx=bc47521eeb119a2

http://www.reportagebygettyimages.com/features/senegalese-wrestling/

 

Turbante: o acessório que faz sua cabeça!

3147

  Por Redação da Preta* 

 

 

O turbante chegou aos pouquinhos em desfiles e campanhas, mas se espalhou rapidamente nas ruas e ganhou adeptas em todo mundo. O lenço é o acessório mais moderno e prático para dar um toque especial no visual. Seja no inverno como gorrinhos ou no verão em forma de faixas mais estilizadas, há infinitas possibilidades de adequar este acessório ao seu estilo. Com ele é possível variar os tipos de tecidos, texturas, cores e estampas e assim dar um toque contemporâneo à produção.

 

Confira algumas amarrações de turbantes:

Inicie fazendo um triângulo com o lenço e em seguida dobre até formar uma faixa.

Clássico:

– Segure as duas pontas, posicione o lenço na parte de trás da cabeça e faça um nó frontal no centro.

Básico:
– Posicione as pontas do lenço para trás, envolva o lenço sobre a cabeça até que as pontas de trás fiquem para frente.

Torcido:
– Coloque a faixa sobre a cabeça com as pontas viradas para frente. Dê um nó frontal e puxe as pontas para trás enrolando-as.

Se preferir um turbante sem nó, apenas gire as pontas com firmeza. Para dar o acabamento, basta amarrar as pontas que podem ser escondidas dentro do lenço ou deixadas soltas.

 

Um turbante na cabeça dá outro ar ao look! Colorido, estampado, com lacinho ou nó. Tem de tudo!

É só escolher e arrasar!

 

Saiba mais:

Os turbantes apareceram em outros momentos importantes da história – do vestuário e da moda – e está nas ruas desde a década de 20. Mas ganhou força e popularidade como símbolo de resistência negra na década de 60, momento em que ganhou seguidoras importantes como Greta Garbo, Simone de Beavouir e Carmem Miranda.

Confira esse tutorial (em inglês)

httpv://www.youtube.com/watch?v=ek12HGlQxhA

 

*http://www.prapreta.com.br/

 

EUA, Brasil e o sonho de Luther King 50 anos depois

9

 

Luther

 

Por Douglas Belchior

50 anos depois do histórico discurso de Martin Luther King, ocorrida em 28 de Agosto de 1963 no Lincoln Memorial em Washington, as desigualdades que atingem negros nos EUA permanecem. A renda dos brancos americanos é em média o dobro da dos negros, que continuam sendo os principais alvos da polícia. A maior parte dessa população ainda vive nos bairros mais afastados, que são verdadeiros guetos – e distantes das melhores escolas e empregos.

Infelizmente o “sonho” de Martin Luther King, de que um dia seus filhos viveriam numa nação onde as pessoas não seriam julgadas pela cor da pele, e sim pelo caráter, não se tornou realidade. Pode-se dizer que o Reverendo expôs em suas palavras o sonho de todos os negros e indígenas da América, já que a história do continente os impôs realidades similares.

Embora o Brasil não tenha vivido a segregação racial formal e legalizada presente em alguns estados do Sul dos EUA, isso não significou uma vida melhor aos negros brasileiros. Nos EUA o conflito racial sempre foi marcado e explícito. Já no Brasil sua presença sempre foi negada apesar de socialmente presente e permanente. Mas ambas as realidades sempre foram muito violentas.

Lá como aqui, embora as políticas de ação afirmativa tenham gerado ascensão social a uma pequena parcela da população, o que deu origem ao que se chama de “classe média negra”, a maioria esmagadora dos negros americanos ainda sofrem com problemas sociais, empregos precários e com a repressão. A maior população carcerária do planeta é majoritariamente negra, assim como o é nas filas para cadeira elétrica e nos cemitérios, mortos que são pela polícia. Ou seja, uma realidade parecida com a do Brasil, com a diferença de que aqui não se aceita o racismo como causa.

Na terra da democracia racial, se convencionou resumir as desgraças a ideia genérica de “problemas sociais” quando na verdade vivemos um apartheid racial gravíssimo: A população negra é invisível nos melhores empregos, nas universidades, na direção de empresas, governos, partidos ou igrejas. Ao mesmo tempo é onipresente nas calçadas, albergues, periferias, morros, palafitas, nas cadeias, fundações para menores, na informalidade e no cemitério. Esse é o lugar comum para os negros, seja nos EUA, seja no Brasil. E por isso o discurso de Luther King ainda faz todo o sentido.

Há uma mensagem de respeito, tolerância às diferenças, valorização da diversidade e, sobretudo, de paz nas palavras de “I have a dream”. Mas como conviver em paz com a violência e a morte sempre a espreita? Há viva e atuante uma mentalidade escravocrata, um ideário que naturaliza e vincula o negro à pobreza, à vadiagem e ao crime. E isso naturaliza também a violência sofrida todos os dias.

O sistema político e econômico vigente é incompatível com a promoção da igualdade em quaisquer níveis, seja racial, econômico, cultural, de gênero e até religioso. Uma forma de organização social que tem como base a desigualdade e a concentração de riqueza precisa – para manter a quietude da massa oprimida, de instrumentos que dividam e dificultem sua unidade. Daí a importância do racismo, do machismo, da homofobia e da radicalização dos preconceitos religiosos.

É preciso construir um modelo de organização social onde os recursos financeiros e a riqueza nacional esteja voltada para as necessidades reais da população. É preciso buscar uma forma de organização onde a produção de alimentos, produtos, mercadorias e dos recursos vindouros sejam do povo que produz e não das corporações, de banqueiros ou do agronegócio. É necessário construir uma situação em que os meios de comunicação cumpram o papel de educar para a diversidade e para a igualdade de fato e não como como o sempre fez, uma escola de preconceitos de raça, classe, gênero, sexualidade e religião.

É necessário reconstruir o sistema educacional para que se invista nas pessoas enquanto seres humanos. É preciso, no que toca a questão racial, reconhecer a existência do racismo como dinamizador das relações sociais em todos os níveis e como tal, combatê-la com força proporcional a sua importância.

E além das mazelas sociais, o ideal de justiça e paz de Luther King nos leva, necessariamente a encarar a mais urgente demanda de nossos dias: o genocídio da juventude negra. Não é possível conviver com números de guerra no que diz respeito aos homicídios que, sabemos, atinge prioritariamente os negros. No Brasil, a desmilitarização da polícia e da política de segurança pública é mais que necessária; O fim da PM, assim como recomenda a ONU e a Anistia Internacional, além do reconhecimento e combate às milícias e grupos de extermínio é urgente.

Uma mensagem de paz passa necessariamente pela garantia do direito a vida. E para isso, é preciso formular uma a política de segurança pública que seja construída com participação popular e que considere como pressuposto de sua existência, investimentos em saúde, educação, moradia e trabalho.

Luther King, em sua pregação pacifista reivindicava a distribuição da riqueza e a reparação ao crime de lesa humanidade que foram as centenas de anos de escravidão, que interferiram drasticamente no desenvolvimento social e econômico da população negra. É preciso abrir um sério debate em relação à indenização da população afrodescendente, assim como os familiares de vítimas do nazismo o foram; Assim como os familiares das vítimas das ditaduras brasileiras o são. Menos que isso, serão políticas compensatórias apenas. Importantes, mas insuficientes. E estaremos condenados a comemorar 100 anos do discurso de Martin Luther King como sonetos de lamentação.

 

Médicos cubanos diante do racismo brasileiro

2920

Por Fernando Sagatiba*

Quando a vida demonstra que a realidade não é uma novela – onde o negro é ‘a doméstica’ e os médicos são euro-descendentes nórdicos… É aquele negócio que eu sempre falo aqui, um levante fascista que se organiza, mas que não se assume. Tantas manifestações de ódio e desprezo pelos médicos estrangeiros que dá até vergonha de ser brasileiro. Não bastasse o que já vemos todos os dias de intolerância – não preciso de tolerância, mas o termo em voga na sociedade é mais esse – e agora ficamos caridosos espalhando esse bom sentimento para outros países.

Juan Delgado: Médico cubano chamado de ‘escravo’. Será que se fosse de algum país ‘branco’ ouviria sandice similar?

Não vou entrar no mérito da questão médica, porque ainda não pesquisei informações suficientes pra definir se sou a favor de quem queira vir da gringolândia para trabalhar onde nem os nossos compatriotas foram – nem os motivos de não terem ido – nem vou tentar ser contra, exibindo esse falso-ufanismo-fascista de que ninguém pode vir, só os nossos… Até porque, sendo brasileiro ou estrangeiro, o fato é que não há sequer equipamentos, então, a balança pode pender pra qualquer lado que haverá uma razão. Vou falar das manifestações de racismo e preconceito sócio-racial, porque, você sabe, disso eu entendo de longa data. Primeiramente, vamos à grande questão: Se seu problema é que médicos de terras estrangeiras venham fazer o trabalho dos que aqui estão, mas que, por algum motivo, não foram lá, fácil resolver, apenas se manifeste sobre o fato de haver tanto médico aqui pra ter a necessidade de chamar gringos. Se o lance é esse, que se questione a iniciativa e que se proteste com quem bolou e executou esse plano de, sei lá, contingência. Nunca vi, no mundo, alguém estar descontente com um prato de comida e reclamar que o cozinheiro é fisicamente incompatível com o que você acha que é o certo. Reclame da comida que foi preparada e servida, oras! Do contrário, você está apenas reforçando minha teoria de que ninguém é preconceituoso até que esteja diante de uma situação que te desperte essa sua falha de caráter – e de intelecto. Ex.: “Eu respeito todos, desde que me respeitem”. Aí, o cara é tratado com arrogância por alguém, mas, ao invés de reagir proporcionalmente ao agravo (coisa que a própria constituição prevê), apela para o clichê de destacar alguma característica física que seja estigmatizada na sociedade. Tipo, um ‘não’ seco é passível de se questionar o porquê, mas não de xingar de gordo, preto, velho, bicha, sapatão, mulher de TPM/mal comida, baixinho, feia, etc, etc…

Aqui, o ilustrador tenta amenizar sua ação, como o jogador de futebol que quebra uma canela e estende a mão pra levantar o adversário agredido. E o agradecimento (a uma crítica?!) ao final, é o tom da sua ironia.

Atitudes como as que estão brotando por aí, como a da jornalista Micheline Borges, ou do cartunista Dalcio Machado, nos mostram como o preconceito está lá doido pra sair, e, vendo um “monte de negros” “invadindo” seu precioso país, já tem um impulso neo-nazista e – desculpe o pleonasmo – clichê estúpido, já querem bater uma história de que estão tirando seus empregos, ou que eles não merecem respeito. Afinal, se o problema é com o governo, que se ataque o governo, nunca vi cubano nenhum se referindo ao Brasil daquele jeito. Nem nas antológicas partidas de vôlei entre nossas seleções femininas.

Sim, é preconceito, Micheline. E fascismo. Não, não te perdoo. Agora foge dos holofotes dizendo que está abalada com a repercussão. Tinha direito a só uma estupidez, mas resolveu cometer duas DUAS!

Uma curiosidade: Repararam que a mídia deu mais destaque ao fato de se comparar médicos cubanos a empregadas domésticas e o fato de isso ter se originado de um racismo medieval ficou, mais uma vez, em segundo plano? Não que a classe ‘doméstica’ não mereça a mesma atenção, porque merece sim e nossa luta é por respeito igualitário, ou seja, pra todos os que são excluídos ou inferiorizados sem merecer, mas é descaradamente sintomático isso, hein! Mais um caso enorme de negação/amenização do racismo. Aí, fica mole falar que não é tão sério assim o assunto. E outra, sempre que um discriminado da sociedade aparece em posição social que não a de “subserviência”, rapidamente aparecem manifestos dessa podre natureza. É o negro que não pode ser médico, porque você não aprende assim na TV, é a doméstica que ainda te faz pensar (?!) que elas são servas e não funcionárias profissionais, fora os outros caos, como as mulheres que sofrem preconceito em posições de liderança, idosos, gays, e por aí vamos nesse caminho de lama não-medicinal.

Essa tem raiva do dinheiro “mal gasto” e deseja a morte de quem veio, e não combate quem gastou esse dinheiro. Tão estúpida quanto neo-nazista, e ainda psicótica.

Estamos precisando de médicos? Sim, de médicos, de cartunistas, de jornalistas e, principalmente, de educação!

Nunca canso de explicar, porque tem gente que não cansa de ser babaca.

Aposto que esse pessoal faz compras no Pão de Açúcar.

Fernando Garcia “Sagatiba” é jornalista e responsável pelo blog http://garciarama.blogspot.com.br/

“Twist” aumenta a definição dos cachos

2754

 

Este da foto e um twist com as pontas no bigodin. Gostou? Aprenda como fazer:

– Separe o cabelo em quatro partes respeitando o caimento que deseja, ou seja se vai dividir no meio, para um lado ou outro;

– Comece sempre pela nuca, pra ter mais visão do que esta fazendo e separe as mexas de acordo com a espessura do cacho que deseja –  fechado ou mais largo – finalizando as pontas enroladas no bigodin.

– So desfaça os twists com o cabelo completamente seco, se o fez para dormir e desmanchar no dia seguinte, provavelmente amanhacerão amassados, se isso acontecer, borrife um pouco de água, para colocá-los no lugar e quando secar (pode usar o secador se tiver pressa)

– Desfaça primeiros os twists, depois abra os cachos formados para ter mais volume, se desejar se não,  só desfaça e esta pronta!

Fonte: CW Braids
Telefone (41) 9915 2073 ou 9157-3900 3276 0275
E-mail amanndah@hotmail.com
Website http://cwbraids.blogspot.com.br/

Dilma condena preconceito e agressões contra médicos cubanos

56

A presidenta Dilma Rousseff criticou hoje (28), durante entrevista a rádios de Belo Horizonte, as agressões e hostilidades contra médicos cubanos que estão no Brasil para atender em regiões pobres e nas periferias das grandes cidades.

Os ataques mais violentos partem de médicos brasileiros e suas associações de classe, como o Conselho Federal de Medicina. Na segunda-feira (26) esses grupos, de Fortaleza, formaram um corredor polonês e xingaram os cubanos com gritos de “escravos” e “voltem pra senzala”, entre outras ofensas. Representantes do Ministério da Saúde, que acompanhavam, os cubanos, foram agredidos fisicamente.

“É um imenso preconceito esse que algumas vezes a gente vê sendo externado contra os médicos cubanos. Primeiro, é importante dizer, se os médicos estrangeiros, e não só os cubanos, porque tem cubano, argentino, uruguaio, espanhol, português, tem de várias nacionalidades, esses médicos vêm ao Brasil para trabalhar onde os médicos brasileiros, formados aqui, não querem trabalhar, que são as regiões da Amazônia, do interior do Brasil e também as periferias das regiões metropolitanas”, afirmou Dilma.

A presidenta lembrou que países como Estados Unidos e Canadá chegam a ter 37% dos médicos formados fora de seus países, e que o Brasil tem uma taxa baixíssima, próxima dos 2%. Dilma também destacou que existem 700 municípios onde não moram um único médico, e que tudo será feito para levar profissionais para essas regiões.

“Eu posso assegurar a você uma coisa: nós vamos dar – o governo federal, e eu tenho certeza, as prefeituras que pediram esses médicos – vão dar a todos os estrangeiros que vierem atuar aqui no Brasil, as condições de moradia, de alimentação e tranquilidade material para que eles atendam bem a nossa população. Tudo que pudermos fazer dentro da lei para levar os médicos para locais onde não tem médicos, nós faremos”, assegurou.

Com Blog do Planalto

Após apologia à escravidão Pão de Açúcar ignora entidades negras que pedem retratação pública

350

O grupo Pão de Açúcar parece não estar muito preocupado com o que faz seus consumidores negros felizes. Mais de uma semana após ter a foto de um menino negro escravo, com grilhões nos pés compartilhada por milhares de pessoas no Brasil e no mundo pelas redes sociais e principais jornais do país, o grupo agora ignora o pedido de retratação pública feito por representantes do movimento negro.

“Enviamos um carta a todos os setores responsáveis pelo grupo Pão de Açúcar, no dia 22 e até o momento (manhã de 27 de agosto), não tivemos nenhum tipo de resposta”, lamenta Simone Cruz, secretária executiva da Articulação de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), em entrevista ao site Mundo Negro.   Na carta redigida por ela e assinada por 28 instituições, que incluem entidades importantes como o Geledés, Irohin e Criola e direcionada ao presidente do Grupo Pão de Açúcar, Enéas César Pestana Neto, elas exigem uma retratação pública, mesmo após a remoção da peça, na loja da Vila Romana.

“A identidade de um povo é construída a partir de suas relações sociais. O estado brasileiro, escravista durante mais de trezentos anos, deixou marcas extremamente fortes nesta população, marcas estas que são reforçadas pela manutenção de atitudes como essa”, defende o documento.

Quem entrou em contato com a rede, via Facebook, teve que se contentar com uma resposta automática com um pouco mais de três linhas.  O site Mundo Negro fez dois contatos com a assessoria de imprensa que disse que “Os contatos feitos com a empresa são analisados e posicionados diretamente aos seus remetentes”. Até agora nada.

Já nos EUA

Um grupo de negros teve seu acesso negado, por racismo, no restaurante Wild Wing Café North Charleston, na Carolina do Sul, EUA.  Revoltados, eles postaram sua indignação no Facebook e não precisaram muito para receberam, além de uma oferta de uma refeição gratuita – dispensada por eles – um longo pedido de desculpas dos donos da rede de restaurantes. “Nós estamos conduzindo uma investigação para achar os responsáveis. Não toleramos qualquer comportamento discriminatório em nossa organização”, diz a nota de retratação emitida pelo restaurante, um texto longo e cuidadoso publicado na página do estabelecimento.

Foto: Negros Norte Americanos lutam pelos Direitos Civis nas mídias sociais.
.
Michel Brown e um grupo de 25 pessoas, entre familiares e amigos, todos negros, esperavam para entrar num restaurante de nome WILD WING CAFE NORTH CHARLESTON , em Carolina do Sul , onde pretendiam comemorar o último dia de um parente em Charleston.
Após esperarem pacificamente em frente ao estabelecimento por uma mesa, durante  de 2 horas, o gerente afirma que a entrada do grupo não seria possível porque um dos clientes que estavam dentro do restaurante estava se sentindo ameaçado pelo grupo.
"Nos sentimos alarmados, estávamos lá pacificamente por duas horas!", explicou Brown. "Evidentemente, se estivéssemos fazendo qualquer tipo de conflito, teríamos sido expulsos muito antes disto."
Durante a conversa de Brown com o gerente, alguém do grupo passou a filmar a conversa. Brown pergunta ao gerente:
"Você está dizendo que nós temos de ir embora?". O gerente responde:
" Eu disse que tenho o direito de lhes negar o serviço."
Brown rebate cavando uma resposta: "Você está me pedindo para sair porque está chateado por estar sendo gravado, depois de termos esperado por duas horas, e depois que você já praticamente discriminou a todos nós?" , e o gerente  respondeu que "Sim!"
sem solução para o caso, e ou retorno da Wild Wing Cafe North Charleston, resolveram expor o caso na página do Facebok. A empresa pediu desculpas e ofereceu um jantar grátis para todo o grupo. Brown acha que sofreram discriminação racial ao estilo dos anos de 1960, e não ficou satisfeito - "Nós não estávamos chegando lá para uma refeição grátis. Quando chegamos lá naquela noite, estávamos indo de comemorar. Esta não é uma situação em que você pode nos dar uma refeição gratuita e está tudo ok, porque é mais profundo do que isso."
.
Seu post no Facebook dizia:
"Eu nunca mais irei ao  Wild Wings café  novamente! Nós (grupo de 25 familiares e amigos) esperamos 2hrs, com paciência e não fomos atendidos porque outro cliente (branco) se sentiu ameaçado por nós. Este tipo de discriminação racial é inaceitável e temos de colocar um fim nisso. O gerente me parecia ter o rosto morto  e disse que ela estava nos recusando serviço porque ela tinha este direito. Boicotem este estabelecimento ... Por favor, compartilhem este post ... Precisamos da sua ajuda. "
.
https://www.facebook.com/WildWingCafeNorthCharleston
.
http://www.radiofacts.com/blacks-asked-leave-south-carolina-restaurant-white-customer-felt-threatened-video/

 

 

– Carta da Articulação de Mulheres Negras enviados ao presidente do grupo Pão de Açúcar –

Ao Sr. Enéas César Pestana Neto

Diretor Presidente

Grupo Pão de Açúcar

Senhor Diretor,

A Articulação de Organizações de Mulheres Negras (AMNB) é uma rede de organizações de mulheres negras, constituída atualmente por 28 organizações distribuídas por todas as Regiões do Brasil. Nossa missão está calcada no enfrentamento ao racismo e das desigualdades econômicas, sociais deste País.
Segundo dados levantados pela  Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD, 2011)), O Brasil tem cerca de 192 milhões de brasileiros, destes, 51% se auto-declararam negros e negras, o que faz  do Brasil, o pais com a segunda maior população de negros  de todo mundo – 97 milhões,  atrás apenas da Nigéria, com aproximadamente 160 milhões.
A identidade de um povo é construída a partir de suas relações sociais. O estado brasileiro, escravista durante mais de trezentos anos, deixou marcas extremamente fortes nesta população, marcas estas que são reforçadas pela manutenção de atitudes como essa.
Nos deixa extremamente atônitas o fato de tomarmos conhecimento da estátua exposta decorativamente no Supermercado Pão de Açúcar, no bairro Vila Romana, na cidade de São Paulo, que retrata uma criança negra com grilhões nos pés portando uma cesta de pães (em anexo).
Queremos chamar atenção para dois aspectos: (1) Esta imagem contribui para a manutenção do racismo, pois é a materialização do inconsciente coletivo que coloca o negro sempre num lugar social e simbólico, de subalternidade; não é por acaso que esse menino continua com os grilhões nos pés, símbolo de escravização. (2)  Ela, também, compactua e autoriza, de forma subliminar, o trabalho infantil, que no Brasil é realizado por uma maioria de crianças negras.
Outro grande prejuízo é o impacto negativo desta imagem para a autoestima das crianças negras e para a construção uma referencia positiva de si, que as leve a se sentir em iguais condições na companhia das crianças brancas. Como vocês acham que se sentem as crianças negras que frequentam esta loja?

Nós mulheres negras e indígenas vimos sendo tratadas, sob a escravização e o racismo, como objetos, vulneráveis á todos os tipos de violência pessoal, estrutural. Conhecemos, portanto, a profunda dor das violências que nos atingem. E temos lutado, ao longo de todos os séculos da história do Brasil, por justiça e reparação, pelo o direito de viver a cidadania plena.
Neste sentido que nos dirigimos ao Senhor, Diretor Presidente do Grupo Pão de Açúcar, Sr. Enéas Neto, para dizer que estamos esperando que este Grupo faça uma retratação publicamente, mesmo tendo retirado a estátua colocada de sua loja, reconhecendo neste ato como fortalecedor do racismo no Brasil.
É necessário, e estamos disponíveis a contribuir com essa instituição, a construção de uma ação reparadora que sensibilize clientes e trabalhadores, em toda sua rede, na direção de um país onde a diferença seja compreendida como um valor positivo.
Sem mais,
Simone Cruz

Secretária Executiva AMNB
Organizações Integrantes da AMNB:
ACMUN – Associação Cultural de Mulheres Negras – RS
BAMIDELÊ – Organização de Mulheres Negras na Paraíba – PB
CACES – Centro de Atividades Culturais, Econômicas e Sociais – RJ
Casa Laudelina de Campos Mello – SP
Casa da Mulher Catarina – SC
CEDENPA – Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará – PA
CRIOLA – Organização de Mulheres Negras – RJ
CONAQ – Coordenação Nacional  de Articulação das Comunidades Quilombolas – MG
GELEDÉS – Instituto da Mulher Negra – SP
Grupo de Mulheres Negras Felipa de Sousa – RJ
Grupo de Mulheres Negras Mãe Andressa  – MA
Grupo de Mulheres Negras Malunga – GO
IMENA – Instituto de Mulheres Negras do AP
INEGRA – Instituto Negra do Ceará – CE
Instituto AMMA Psique e Negritude – SP
IROHIN – DF
KILOMBO – Organização  Negra do Rio Grande do Norte – RN
Maria Mulher – Organização de Mulheres Negras – RS
Mulheres em União – Centro de Apoio e Defesa dos Direitos da Mulher – MG
NZINGA – Coletivo de Mulheres Negras de Belo Horizonte
Observatório Negro – PE
ODARA – Instituto da Mulher Negra – BA
OMIN – Organização de Mulheres Negras Maria do Egito – SE
Rede Mulheres Negras do Paraná – PR
Uiala Mukaji – Sociedade das Mulheres Negras de Pernambuco – PE

Negros estudam menos, mesmo nas regiões mais ricas de São Paulo, aponta estudo

10

Mesmo nas regiões mais ricas da cidade de São Paulo, a população negra soma menos anos de estudo se comparada à branca e à amarela, aponta o estudo Educação e Desigualdades na Cidade de São Paulo, lançado nesta semana pela organização não governamental Ação Educativa.

“A variação no número de anos de estudo conforme ocorre o afastamento da região do centro expandido do município se dá de forma mais acentuada no interior da população branca e amarela do que em relação à população negra”, destaca o estudo. “Ou seja, mesmo em locais de maior concentração de renda domiciliar, o número de anos de estudo da população negra é inferior ao número de anos de estudo da população branca.”

edcuação_negro e brancos.jpg

Segundo o levantamento, a população branca e amarela apresenta as maiores taxas de ensino superior completo, enquanto os negros e os indígenas concentram as taxas mais elevadas da população sem instrução ou com ensino fundamental incompleto.

anos de estudo_negros e brancos.jpg

“A questão racial é um elemento que impacta no acesso, na permanência e no sucesso na educação. Ela opera para as desigualdades educacionais na cidade”, afirma uma das autoras da pesquisa, Denise Carreira. “O fenômeno do racismo está em toda a cidade e gera obstáculos para a permanência, sobretudo dos meninos negros, nas escolas. Há um dado nacional que mostra que os meninos e jovens negros são os mais expulsos das escolas e que mais reprovam.”

Ela reforça que o processo de especulação imobiliária, que expulsou a população mais pobre – composta por uma grande parcela de negros – para as periferias das cidades, fez que essas áreas concentrassem também mais problemas nos equipamentos educacionais. “Em geral, as escolas são mais frágeis, com condições mais precárias e maior rotatividade dos professores, elementos que reforçam as desigualdades.”

 

Fonte: Rede Brasil Atual

error: Content is protected !!