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Premiada pela ONU, Juliana Souza é uma das 100 afrodescendentes mais influentes do mundo

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A advogada baiana Juliana Souza, reconhecida por sua luta contra o racismo, foi homenageada no dia 27 de setembro com o prêmio Most Influential People of African Descent (Mipad100), apoiado pela ONU, durante uma cerimônia em Nova York. Em suas redes sociais, ela compartilhou sua alegria: “A alegria é imensa, pois ao recebê-lo, carrego comigo toda a minha história, minha ancestralidade e a caminhada de muita gente. Obrigada pelo carinho de sempre!”

Recentemente, Juliana se destacou ao conseguir a condenação de Day McCarthy, que foi sentenciada a oito anos e nove meses de prisão por ofensas racistas dirigidas à filha mais velha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. Em uma postagem, ela celebrou essa vitória importante: “Após anos de trabalho incansável, dedicação e estudo, hoje tive a honra de ver a justiça prevalecer. A condenação de 8 anos e 9 meses, inicialmente em regime fechado, no caso Gagliasso x Day McCarthy não é apenas uma vitória para a família Gagliasso — é uma vitória para todos nós. É a prova de que o racismo não compensa e que podemos, sim, mudar o curso da história.”

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Juliana também enfatizou o significado dessa decisão em sua trajetória pessoal e profissional. “Como advogada e, principalmente, como uma mulher negra que já foi uma criança preta, essa decisão carrega um simbolismo profundo. Ela me lembra que nossa luta é legítima e que cada passo que damos é crucial para garantir que nenhuma criança tenha que passar pelo que a Titi passou, ou pelo que eu passei. Hoje, durmo um pouco mais tranquila. Mas amanhã, acordarei novamente com a mesma missão: fazer justiça. Essa vitória não é apenas minha, é de todas as advogadas e advogados pretos que estão na linha de frente, enfrentando desafios imensos, mas que seguem firmes, porque sabem que nossa luta é maior.”

Além de sua atuação como advogada, Juliana se destaca como influenciadora digital, usando sua plataforma para discutir temas jurídicos e questões raciais. Ela fundou o Instituto Desvelando Oris e se tornou escritora com o lançamento de “Torrente Ancestral, Vidas Negras Importam”, em 2023. Durante a pandemia, realizou lives com a cantora Anitta sobre equidade racial, ampliando sua mensagem e alcançando um público ainda maior. Com esse prêmio, Juliana Souza reafirma seu compromisso com a justiça e a igualdade, inspirando novos ativistas e advogados na luta contra o racismo no Brasil.

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Coleções híbridas e culturais: moda negra se reinventa na Primavera-Verão

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Fotos: Reprodução/Instagram

A moda feita por criadores negros está mais uma vez na vanguarda da expressão cultural e da inovação com o lançamento de coleções que dialogam com a ancestralidade e a adaptação às mudanças climáticas. Na temporada primavera-verão, marcas autorais como Casa Apolinária e DMR Antoniê Demar trazem para o mercado peças que não apenas reverenciam a história, mas também respondem às necessidades de um clima cada vez mais imprevisível.

A Casa Apolinária lançou recentemente a coleção Matriarcas do Samba, uma homenagem às mulheres que foram fundamentais na criação e preservação do samba, um dos maiores símbolos da cultura popular brasileira. Inspirada nas “tias baianas”, cujas casas serviram de berço para os primeiros batuques e rodas de samba, a coleção celebra essas mulheres que, ao longo da história, mantiveram o samba vivo em seus quintais, tanto como intérpretes quanto como compositoras. As peças da coleção trazem uma estética que mistura força e delicadeza, honrando a resistência feminina no universo do samba.

Enquanto isso, a DMR Antoniê Demar apresenta a coleção MESCLA, que aposta em tons quentes e tecidos de algodão, capturando a essência vibrante do verão. Com uma elegância sutil, a Antoniê Demar busca transmitir vitalidade e frescor em cada peça, propondo uma moda que flerta com a sofisticação sem perder a leveza característica da estação. A coleção MESCLA combina elementos que permitem transitar entre temperaturas, refletindo a versatilidade tão necessária em tempos de clima instável.

Essa adaptação climática é uma tendência crescente no setor da moda, com micro, pequenos e médios empresários investindo em coleções híbridas e tecidos inteligentes. As peças agora são pensadas para funcionar em dias quentes ou frios, possibilitando sobreposições nos momentos de maior frio ou o uso de camadas leves nos dias mais quentes. O inverno de 2023, considerado um dos mais quentes já registrados pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e os recordes de altas temperaturas que temos alcançado este ano, destaca a necessidade de uma moda que se ajuste às variações climáticas.

Essas coleções não apenas reverenciam o passado e a cultura negra, mas também mostram como a moda autoral pode ser uma resposta criativa e sustentável às novas demandas ambientais. A primavera-verão 2024 é marcada pela fusão de história, estilo e adaptação, colocando a moda negra como protagonista dessa reinvenção.

Aretha Duarte prepara expedição ao Kilimanjaro e seleciona equipe de montanhistas negros

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Foto: Reprodução

A montanhista Aretha Duarte, a primeira mulher negra latino-americana a chegar ao topo do Everest, enfrentará uma nova jornada pioneira no mês de novembro. Desta vez, o desafio será o Monte Kilimanjaro, o pico mais alto de África, localizado no nordeste da Tanzânia. Duarte pretende levar consigo uma equipe de montanhistas negros, em uma expedição que une aventura, superação e um forte simbolismo de reconexão com as raízes africanas.

O Monte Kilimanjaro, com seus 5.895 metros de altitude, é uma atração para aventureiros de todo o mundo. Formado por três vulcões inativos – Kibo, Mawenzi e Shira –, o monte oferece uma paisagem singular, desde florestas tropicais na base até áreas glaciais no topo. Contudo, para Aretha Duarte, a expedição ao Kilimanjaro transcende o desafio físico.

“A montanha sempre foi um lugar de transformação para mim. Agora, quero compartilhar essa experiência com pessoas que, assim como eu, enxergam na superação dos próprios limites uma forma de mudança pessoal e social,” afirma a montanhista, destacando a importância da representatividade em um espaço onde ainda há poucos negros.

A iniciativa de Aretha, além de empoderar, visa ampliar a representatividade negra no montanhismo. Em meio à baixa participação de negros nessa prática esportiva, a expedição ao Kilimanjaro carrega um propósito afirmativo. A equipe será formada por montanhistas negros selecionados, com o objetivo de reforçar a conexão com a ancestralidade africana e incentivar a superação pessoal. A expedição também ocorre em novembro, mês marcado pelas celebrações da Consciência Negra no Brasil, o que agrega um valor simbólico ainda maior à empreitada.

Além de realizar o sonho de escalar uma das montanhas mais icônicas do mundo, Aretha quer que a expedição inspire novos aventureiros e destaque a importância da equidade racial em todas as áreas. O projeto conta com o patrocínio da Moove, que permitirá a eleição de bolsistas para integrar a equipe.

“Quero que essas pessoas não apenas alcancem o topo da montanha, mas também consigam enxergar o poder que têm dentro de si para conquistar qualquer objetivo, por mais desafiador que seja,” conclui Aretha, enfatizando o caráter transformador da experiência.

Os participantes da expedição devem atender a critérios rigorosos, como idade mínima de 18 anos, boa condição física, passaporte válido e experiência em acampamentos. A viagem está programada para ocorrer entre os dias 31 de outubro e 13 de novembro de 2024.

O Kilimanjaro, além de ser o pico mais alto da África, é um símbolo de resistência e conexão com a ancestralidade africana. A expedição de Aretha Duarte vai além de uma conquista física; é um ato de reconexão com uma herança cultural que permeia a formação do Brasil, reforçando o papel do continente africano na construção da identidade brasileira.

Michael Jordan lamenta morte de Dikembe Mutombo, lenda da NBA: “Sentirei falta especialmente de sua risada estrondosa”

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Foto: Kevork Djansezian/Getty Images

Nesta segunda-feira, 30, o mundo do basquete perdeu uma de suas maiores lendas. Dikembe Mutombo, membro do Hall da Fama da NBA, faleceu aos 58 anos, vítima de câncer no cérebro. A notícia, que abalou fãs e atletas de todo o mundo, foi divulgada pela liga, informando que Mutombo morreu cercado por sua família, após lutar contra a doença nos últimos dois anos.

Michael Jordan, uma das maiores estrelas da história do esporte, lamentou profundamente a perda do ex-companheiro de quadra e amigo pessoal. Em comunicado, Jordan ressaltou não só o impacto de Mutombo no esporte, mas também sua dedicação às causas humanitárias. “Ele era uma força defensiva na quadra que mudou o jogo de basquete, mas, mais importante, Dikembe realmente mudou o mundo e melhorou inúmeras vidas por meio de seu trabalho humanitário na África. Sentirei falta especialmente de ouvir sua risada estrondosa”, declarou o ícone do basquete.

Nascido na República Democrática do Congo, Mutombo foi um dos maiores defensores que a NBA já viu, sendo o terceiro jogador a conquistar o prêmio de Jogador Defensivo do Ano quatro vezes, ao lado de Ben Wallace e Rudy Gobert. Com sua presença imponente e o característico gesto de balançar o dedo após bloquear um arremesso, ele deixou uma marca inesquecível no esporte. Em seus 18 anos de carreira, Mutombo defendeu equipes como Denver Nuggets, Atlanta Hawks, Houston Rockets e Philadelphia 76ers, entre outras.

O impacto de Mutombo, porém, transcendia o basquete. O jogador era amplamente reconhecido por seu trabalho humanitário. Fundador da Dikembe Mutombo Foundation, o ex-pivô dedicou-se a melhorar a saúde, a educação e a qualidade de vida na República Democrática do Congo, seu país natal, além de promover ações em diversas partes de África. “Dikembe era maior que a vida. Ele dedicou seu coração e alma para ajudar os outros”, afirmou Adam Silver, comissário da NBA.

Para Masai Ujiri, presidente do Toronto Raptors e outro africano que encontrou em Mutombo uma inspiração, a perda é profunda: “Você não tem ideia do que Dikembe Mutombo significou para mim. Ele nos fez quem somos. Ele é um gigante, uma pessoa incrível”, declarou emocionado.

Chris Brown confirma show único no Brasil em dezembro no Allianz Parque

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Foto: TMJ Brazil/Divulgação
Em suas redes sociais, o cantor confirmou o show no Brasil para o dia 21 de dezembro deste ano

O cantor Chris Brown anunciou hoje, em suas redes sociais, que fará um show no Brasil no dia 21 de dezembro deste ano, em São Paulo, no Allianz Parque. A apresentação faz parte da turnê internacional do artista, que também inclui uma performance em Johannesburgo, África do Sul, no dia 14 de dezembro. Os detalhes destes eventos também estão disponíveis na agenda oficial da turnê.

A última vez que Chris Brown esteve no Brasil foi em 2009, quando promovia o álbum Graffiti. Naquela ocasião, o cantor fez uma série de shows no país, passando por São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. O álbum marcou uma fase importante de sua carreira, com faixas que mesclavam R&B, pop e hip hop, e o público brasileiro teve a oportunidade de acompanhar essas performances ao vivo.

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Desta vez, Chris Brown retorna ao Brasil para uma apresentação única, trazendo um repertório que reflete sua evolução musical nos últimos anos. Embora sua base seja o R&B, o artista já explorou diferentes gêneros, como o pop e o trap, em álbuns posteriores. Os ingressos para o show estarão disponíveis pela plataforma Ticketmaster, com valores que variam entre Pista Premium (inteira R$ 790,00 e meia-entrada R$ 395,00), Pacote Early Entry (R$ 1.500,00 inteira e R$ 1.150,00 meia-entrada), Pista (R$ 480,00 inteira e R$ 240,00 meia-entrada), Cadeira Inferior (R$ 580,00 inteira e R$ 290,00 meia-entrada), Pacote Heat Seat (R$ 1.000,00 inteira e R$ 710,00 meia-entrada), e Cadeira Superior (R$ 420,00 inteira e R$ 210,00 meia-entrada).

Fã registra encontro com Bruno Mars durante sua chegada ao Brasil

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Foto: Reprodução/Redes sociais

Bruno Mars desembarcou no Brasil nesta segunda-feira, 30, marcando o início de sua aguardada turnê pelo país. Uma fã chamada Kahh Fernandes compartilhou o registro do encontro nas redes sociais: “Você é tão especial, você foi tão doce comigo. Me desculpa, eu estou tremendo tanto. Bem-vindo ao Brasil, nós te amamos!”, escreveu.

A chegada do popstar também foi acompanhada de perto por perfis de fãs nas redes sociais, que monitoraram o voo de Mars. Um desses perfis confirmou a aterrissagem do cantor às 8h27, acompanhada de sua banda, The Hooligans, que chegou em um voo separado.

Bruno Mars retorna ao Brasil para realizar 14 shows em cinco cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte. Os shows começam nos dias 4, 5, 8, 9, 12 e 13 de outubro no Estádio MorumBIS, em São Paulo. No Rio de Janeiro, ele se apresenta nos dias 16, 19 e 20, no Estádio Nilton Santos. A turnê segue para Brasília nos dias 26 e 27 de outubro, na Arena BRB Mané Garrincha. Em Curitiba, os fãs poderão assistir às apresentações nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, no Estádio Major Couto Pereira. A última parada será em Belo Horizonte, no dia 5 de novembro, no Estádio Mineirão.

Esta será a quarta visita do artista ao país. Em 2023, Mars fez história ao lotar duas noites consecutivas no The Town, em São Paulo, reunindo 100 mil fãs em cada uma das apresentações. A demanda para os novos shows foi tão alta que o cantor abriu mais quatro datas em maio deste ano.

Em entrevista recente ao Fantástico, Mars revelou que planeja comemorar seu aniversário de 39 anos, em 8 de outubro, com uma apresentação especial no Brasil. “É a festa de aniversário brasileira do Bruno”, disse o cantor, que relembrou o carinho dos fãs brasileiros, apelidando-o carinhosamente de ‘Bruninho’. “Agora, vai ser Brunão!”, brincou o artista, destacando o quanto se sente acolhido no país.

Mars também comentou sobre a conexão especial com o público brasileiro, mencionando um momento memorável em sua última turnê, quando seu tecladista tocou uma música que fez o público cantar em uníssono. Para os próximos shows, o cantor sugeriu até a possibilidade de um concurso para escolher a música especial que será tocada por sua banda, prometendo momentos inesquecíveis para seus fãs.

Mars revelou ainda uma curiosidade sobre sua primeira conexão com o Brasil, que aconteceu quando ele era criança e assistiu a um filme sobre capoeira: “A partir daí, eu comecei a sonhar sobre um dia ir pro Brasil”, disse o cantor, que hoje realiza sua quarta turnê pelo país.

Racismo punitivo: a permissão que brancos sentem para ser racistas com pessoas negras que erram

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Foto: Reprodução/Freepik

Já há algum tempo tenho me debruçado na análise de mais uma forma da discriminação racial que chamo de “racismo punitivo”. Considero este mais um fenômeno recorrente das relações raciais no Brasil. A exemplo do punitivismo penal, o racismo punitivo visa castigar pessoas negras que quebraram alguma norma, ou regra social. Quando uma pessoa negra é ‘cancelada’, seja por ter cometido algum crime, ou por ter uma atitude condenável, uma horda de pessoas brancas se sentem autorizadas a destilar racismos contra esta pessoa. É como se ao cometer tal infração, sua dignidade de pessoa humana fosse retirada, permitindo assim que todos se sintam à vontade para aplicar as sanções que consideram devidas. Neste caso, a pena acaba sendo submeter a pessoa a comentários racistas. 

O sociólogo Oracy Nogueira argumentou que na dinâmica das relações raciais brasileiras evitava-se o máximo falar sobre a cor, mas em qualquer contenda a cor seria a primeira coisa mencionada. Na nossa etiqueta racial, evita-se ser racista só até ser contrariado por um negro. Esta é uma forma de “racismo permitido” uma vez que ele se volta a uma pessoa que teria perdido respeitabilidade e o direito de ser reconhecido como gente decente. Isso causa, nos brancos, um alívio, pois  podem expressar seus sentimentos racistas sem culpa. 

Somos levados a condenar pessoas sem lhes dar o direito de defesa. Além disso, nos sentimos bem ao tripudiar e hostilizar pessoas das quais não nutrimos respeito. Diariamente produzimos mortes sociais que podem se converter em morte física. Muitas vezes, estas pessoas penalizadas nem precisam ter cometido algum crime previsto no ordenamento jurídico. Poderia aqui fazer uma lista de pessoas negras canceladas em programas de TV, ou pelas redes sociais, que foram alvo de xingamentos racistas com consentimento de muitos negros que acreditavam que, ao errar, estas pessoas deram o direito aos brancos de serem racistas. 

Frequentemente, tenho recebido críticas de pessoas por defender negros cancelados de comentários racistas pelas redes. Não é sobre  gostar ou concordar com estas pessoas, mas sim sobre não achar que o racismo deva servir como mais uma forma de penalizar quem errou. No entendimento da pena, está incluído um anseio pela desumanização e por isso o racismo serve como meio de punir pessoas negras que erraram, pois ele demarca que aquelas pessoas não são humanas, mas bestas que precisam ser contidas. É se sentir livre para tecer comentários sobre uma pessoa que poucos teriam coragem de defender, afinal: “tá com dó, leva pra casa”. Esta forma de racismo nos leva a achar que reprimir as ofensivas racistas é ser conivente com os atos cometidos pelo acusado ou condenado. Mas não se combate um crime com outro crime, lembremos disso. 

Programa capacita 50 mil profissionais negros com masterclass de Michele Hunt

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Michele Hunt, consultora internacional e atual integrante da campanha de Kamala Harris, é uma das convidadas especiais do programa ‘Lideranças do Futuro’, que visa capacitar 50 mil profissionais pretos e pardos no Brasil. Foto: Divulgação

Nesta segunda-feira (30), foram abertas as inscrições para o programa “Lideranças do Futuro”, que tem como meta capacitar 50 mil profissionais pretos e pardos no Brasil até o fim de 2024. projeto do Instituto Four e o MOVER busca preparar a população negra para assumir cargos de liderança em grandes empresas. Um dos grandes destaques da iniciativa é a participação da consultora internacional Michele Hunt, ex-diretora do Federal Quality Institute no governo Bill Clinton e atualmente integra a campanha presidencial de Kamala Harris, nos Estados Unidos, que ministrará uma masterclass exclusiva sobre gestão e desenvolvimento de líderes.


O programa foi criado para atender tanto profissionais que já ocupam cargos de liderança quanto aqueles que desejam se qualificar para essa função. Com um formato totalmente online, o curso será dividido em quatro módulos: Propósito e Autorresponsabilidade, Gestão de Carreira, Liderança de Alta Performance e Gestão de Resultados. Os participantes terão acesso a conteúdos gravados, encontros ao vivo, atividades práticas e materiais de apoio, garantindo uma formação completa e acessível a partir de qualquer lugar.

Além de Michele Hunt, o “Lideranças do Futuro” contará com masterclasses de nomes importantes do cenário empresarial, como Mafoane Odara, executiva de cultura e transformação na ZAMP; Fernanda Ribeiro, CEO da Conta Black; Debora Mattos, General Manager da Coca-Cola para Chile, Bolívia e Paraguai; e Gilberto Costa, Diretor-executivo do JP Morgan. Esses especialistas trarão suas experiências e visões sobre liderança e mercado, enriquecendo a formação dos participantes.

Ao final do curso, os alunos receberão uma certificação e serão automaticamente incluídos no banco de talentos do Instituto Four e das empresas parceiras do MOVER, ampliando suas oportunidades de crescimento e inserção no mercado de trabalho. As inscrições vão até o dia 30 de novembro e podem ser feitas no site oficial do programa.

Atores negros protagonizam ‘Volta por Cima’, nova novela das sete da Globo, que estreia nesta segunda-feira

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Foto: Globo/ Beatriz Damy e Fabio Rocha

A próxima novela das sete da TV Globo, “Volta por Cima”, promete trazer para as telas um elenco representado, em sua maioria, por atores negros, refletindo as histórias e desafios de grande parte da população brasileira. Sob a direção de André Câmara e com texto de Claudia Souto, a trama é protagonizada por Jéssica Ellen e Fabrício Boliveira, acompanhados de outros grandes nomes como Aílton Graça, MV Bill e Juliana Alves.

Jessica Ellen, no papel de Madalena (ou Madá), e Fabrício Boliveira, como Jorge (Jão), conduzem o fio narrativo de uma história que toca diretamente nas dificuldades e conquistas enfrentadas por muitos brasileiros. Madá é uma mulher que precisa sustentar a família e, apesar das adversidades, encontra no empreendedorismo uma saída para mudar sua realidade. Já Jão, um homem que começou como trocador de ônibus, vê seu sonho de ascensão profissional ameaçado por estruturas de poder baseadas em favoritismo e privilégios.

Além dos protagonistas, “Volta por Cima” reúne outros importantes talentos, como a veterana Valdinéia Soriano, que interpreta Neuza, mãe de Jão, Juliana Alves e MV Bill, que interpretam, respectivamente, a motorista Cida e Lindomar, pai de Madá e motorista de ônibus que tem papel central no desenrolar da trama. Aílton Graça, conhecido por suas interpretações marcantes, assume o papel de Edson Bacelar, empresário do setor de transportes, que, junto com seu filho Nando (João Gabriel D’Aleluia), compõe um núcleo familiar poderoso e cheio de nuances.

A jovem Bia Santana vive Tati, irmã de Madá, trazendo à tona a questão da juventude negra e seus dilemas, enquanto Lellê e Gabriela Dias contribuem com suas performances em papéis que dialogam diretamente com a juventude e o empoderamento feminino. Essa forte presença de atores negros vai além de apenas uma cota de representatividade, criando personagens complexos, com histórias próprias e relevância no enredo.

Em tempos de debates sobre representatividade na mídia, “Volta por Cima” surge como uma novela que não só exibe personagens negros em papéis de destaque, mas também discute questões de ética, conquistas e obstáculos enfrentados pelas camadas menos favorecidas, em especial a população negra, que historicamente luta por oportunidades e reconhecimento.

João Gabriel: O novo talento da arquitetura brasileira

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Foto: Reprodução/Instagram

Combinando herança cultural, inovação e inclusão, o arquiteto baiano se destaca como um dos nomes mais promissores na arquitetura contemporânea.

Texto: Rodrigo França

João Gabriel está despontando como um dos novos talentos mais influentes da arquitetura brasileira. Sua trajetória é marcada por uma visão inovadora que alia técnica, sensibilidade e um profundo respeito às raízes culturais do país, em especial, à herança afro-brasileira. Na edição da CASACOR Bahia 2024, Gabriel apresentou o ambiente “O Canto de Gil”, uma celebração visual e sensorial que homenageia a obra de Gilberto Gil e a cultura negra baiana. O projeto não apenas conquistou o público, mas também reafirmou a habilidade do arquiteto de transformar espaços em verdadeiras narrativas culturais.

Baiano de nascimento, João Gabriel tem se destacado por sua capacidade de integrar elementos culturais e ancestrais em seus projetos, criando ambientes que evocam sentimentos de pertencimento e identidade. “O Canto de Gil” é uma prova disso. Inspirado pela canção “Baba Alapalá”, o espaço convida o visitante a uma jornada imersiva através da história e da ancestralidade, utilizando tonalidades terrosas, como o vermelho, o amarelo e o rosa, que remetem ao barro e à terra. Cada detalhe do ambiente, desde as esculturas até os elementos artesanais, reflete essa conexão profunda com a matéria primordial que simboliza a criação e a ligação com as raízes.

Além de seu trabalho na CASACOR, Gabriel é conhecido por sua atuação digital. Se tornou o arquiteto com maior alcance no X/Twitter em 2024, alcançando milhares de pessoas, e utiliza diferentes plataformas para compartilhar seus projetos e dialogar com um público diverso, ampliando a discussão sobre arquitetura, inclusão e diversidade. As suas postagens alcançam milhões de pessoas, consolidando-o como uma figura influente no Brasil.

Um dos maiores diferenciais de João Gabriel é seu compromisso com a inclusão na arquitetura. Ele é o criador da mentoria Sala Preta, a primeira voltada exclusivamente para arquitetos negros, oferecendo suporte e orientação a jovens profissionais que desejam ingressar no mercado. A mentoria vai além da construção de uma carreira, promovendo uma transformação social ao criar oportunidades para aqueles que historicamente foram marginalizados no setor. Além disso, Gabriel também coordena o projeto Arquitetura D’Preto Bahia, que busca promover a diversidade e a inclusão no campo arquitetônico.

“O Canto de Gil”, apresentado na CASACOR Bahia, reflete perfeitamente esse compromisso com a inclusão e a celebração das raízes culturais. O ambiente foi pensado para provocar uma reflexão sobre como a história e a cultura influenciam nossa identidade atual e moldam o futuro. Através de elementos visuais e sonoros, como trechos das canções de Gilberto Gil e referências à trilogia de álbuns “Refazenda”, “Refavela” e “Realce”, Gabriel conseguiu criar uma atmosfera que é ao mesmo tempo afetiva e inovadora, conectando o presente ao passado e mostrando como a arquitetura pode ser um veículo de transformação social e cultural.

João Gabriel também é conhecido por sua estética única, que mistura elementos tropicais e biofílicos, integrando plantas e natureza aos ambientes de forma a criar uma conexão íntima com o espaço. Suas influências são diversas e decoloniais, trazendo referências da cultura mexicana, asiática e africana, evitando a predominância de estéticas eurocêntricas. Seus projetos são descritos por clientes e críticos como afetivos, trazendo à tona memórias de infância e sentimentos de pertencimento, como a lembrança da casa da avó ou a nostalgia de momentos no campo.

O trabalho de João Gabriel na CASACOR Bahia é mais uma confirmação de que ele está no caminho certo para se tornar um dos principais nomes da arquitetura brasileira. Com um olhar atento para a cultura, a inclusão e a inovação, Gabriel continua a desafiar as convenções do setor, trazendo à tona uma arquitetura que é, acima de tudo, um reflexo da identidade e da história de seu povo. Em um momento em que a diversidade e a representatividade são temas centrais em muitas discussões, João Gabriel se destaca como uma voz potente e necessária, mostrando que a arquitetura pode, e deve, ser um campo de transformação e resistência cultural.

Seu trabalho não apenas embeleza, mas também educa e conscientiza, tornando-o uma referência para as futuras gerações de arquitetos. É certo que, com sua trajetória já tão marcante e cheia de realizações, João Gabriel continuará a moldar o futuro da arquitetura brasileira, criando espaços que não apenas refletem sua visão estética, mas também sua profunda conexão com as raízes culturais do Brasil. A CASACOR Bahia 2024 reafirma uma carreira brilhante e inspiradora que ainda trará muitas contribuições ao cenário arquitetônico nacional e internacional.

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