Inspirado em uma história real, o filme “Batalhão 6888” chega à Netflix no dia 20 de dezembro, dirigido por Tyler Perry e estrelado por Kerry Washington. A produção narra a trajetória do 6888º Batalhão do Diretório Postal Central, a única unidade composta exclusivamente por mulheres negras do Exército dos Estados Unidos enviada para fora do país durante a Segunda Guerra Mundial. Essas heroínas enfrentaram não apenas as dificuldades da guerra, mas também o racismo e o sexismo, desempenhando um papel vital ao processar milhões de correspondências para as tropas americanas.
O longa acompanha a liderança da major Charity Adams, interpretada por Kerry Washington, a primeira mulher negra a comandar uma unidade feminina nas Forças Armadas dos EUA. O trabalho do batalhão foi essencial para manter o moral dos soldados no front europeu, garantindo que cartas e pacotes fossem entregues em meio ao caos da guerra. Em uma época de segregação, o 6888º Batalhão não só superou barreiras raciais, como também demonstrou a capacidade das mulheres em contribuir de forma significativa para o esforço militar.
Inspirado em uma história real, o filme “Batalhão 6888” chega à Netflix no dia 20 de dezembro, dirigido por Tyler Perry e estrelado por Kerry Washington.. Foto: Divulgação
Embora o papel dessas mulheres tenha sido amplamente ignorado por décadas, o reconhecimento veio em 2022, quando o batalhão recebeu a Medalha de Ouro do Congresso, celebrando sua contribuição duradoura para a história americana. Tyler Perry, em entrevista à Variety, destacou que o filme “é uma homenagem necessária a essas heroínas cujas histórias merecem ser contadas”.
Com um elenco estrelado que inclui Oprah Winfrey, Susan Sarandon, Ebony Obsidian e Sarah Jeffery, o filme também se destaca pela trilha sonora, que conta com uma canção original de Diane Warren, interpretada por H.E.R., e coreografias assinadas por Debbie Allen. A narrativa se baseia no artigo de Kevin M. Hymel e oferece uma reflexão profunda sobre a luta dessas mulheres, que desafiaram as expectativas e os preconceitos de sua época.
O longa acompanha a liderança da major Charity Adams, interpretada por Kerry Washington, a primeira mulher negra a comandar uma unidade feminina nas Forças Armadas dos EUA.. Foto: Divulgação
Kerry Washington, ao falar com o Entertainment Weekly, destacou a relevância do filme: “Essas mulheres lutaram uma guerra em duas frentes – no exterior e em casa – e sua história precisa ser conhecida.”
Com estreia marcada para 20 de dezembro, “Batalhão 6888” promete trazer à tona um capítulo esquecido da Segunda Guerra Mundial, homenageando a bravura dessas mulheres negras que enfrentaram adversidades e mudaram o curso da história. O trailer oficial já está disponível no YouTube.
A equipe de advogados de Maria Hellena, filha do cantor Arlindinho e neta do sambista Arlindo Cruz, entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF), na última segunda-feira, 7, para que seja garantido o direito de manifestação no processo em que a menina é vítima de racismo. O caso ocorreu em uma aula de vôlei na Escola Mais, um colégio particular em São Paulo.
De acordo com relatos, Maria Hellena foi alvo de ofensas racistas proferidas por um colega de turma, que a insultou com frases como “Joga, sua macaca”. O episódio, que envolveu duas crianças, gerou repercussão na comunidade escolar e levou o caso para a esfera judicial.
No entanto, tanto a Vara da Infância e da Adolescência quanto o Tribunal de Justiça de São Paulo impuseram restrições à participação ativa da defesa da vítima no processo. Os advogados de Maria Hellena estão autorizados apenas a acompanhar as investigações, sem poder se manifestar diretamente. A justificativa para essa decisão se baseia na necessidade de proteger o autor do ato infracional, que também é menor de idade, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Em entrevista para o jornal Metrópoles, Hédio Silva Junior, um dos advogados da defesa de Maria Hellena, ressalta que, embora reconheça a importância de proteger os menores envolvidos, a interpretação da Justiça pode ser desigual. Segundo ele, “o ECA deve proteger tanto a vítima quanto o autor do ato, mas pode haver uma percepção de que o ECA protege o autor do ato infracional com maior intensidade do que a vítima”. Silva Junior também destacou que essa situação é recorrente em casos que envolvem vítimas negras e agressores brancos de classe média.
A defesa da menina agora aguarda que o pedido seja analisado pelo STF, após ter solicitado à Procuradoria Geral da República (PGR) que a decisão seja repassada à instância superior.
ALERTA DE GATILHO – Preso desde setembro, Sean ‘Diddy’ Combs deverá ser julgado em maio de 2025 por acusações de conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição, conforme decisão de um juiz federal de Nova York, nos Estados Unidos. Segundo o portal Deadline, o juiz Arun Subramanian, do Tribunal Distrital Federal para o Distrito Sul de Nova York, marcou o início do julgamento para 5 de maio, durante uma audiência realizada na quinta-feira, 10.
Combs, que se declarou inocente, está detido no Centro de Detenção Metropolitano no Brooklyn desde sua prisão em 16 de setembro, após agentes federais invadirem o hotel onde ele estava hospedado. A prisão foi o desfecho de uma investigação que durou meses e culminou em um grande júri federal que indiciou o fundador da Bad Boy Records.
Durante a audiência, o artista acenou para sua família presente no tribunal, incluindo sua mãe, Janice Combs, e seis de seus filhos. Ele também abraçou alguns de seus advogados. Combs permanecerá preso até o julgamento, uma vez que teve dois pedidos de fiança negados e aguarda o resultado de um recurso.
A defesa do artista também está envolvida em uma batalha judicial sobre o vazamento de um vídeo que teria sido divulgado pela CNN. No vídeo, Combs aparece agredindo sua ex-namorada Cassie Ventura em um hotel em Los Angeles, em 2016. Os advogados de Combs afirmam que o vídeo foi vazado por agentes do governo e buscam impedir que ele seja usado como prova no julgamento.
A acusação contra Combs alega que ele organizava encontros sexuais, conhecidos como “Freak Offs”, nos quais mulheres eram forçadas ou coagidas a participar. O julgamento será crucial para o futuro do magnata, que, se condenado, pode enfrentar prisão perpétua.
A próxima audiência no caso está marcada para 18 de dezembro deste ano.
OBS.: É importante ressaltar que a violência doméstica é um crime grave e que as mulheres têm o direito de denunciar seus agressores. Se você está em situação de risco, ligue imediatamente para o 190. Para denunciar e buscar apoio, entre em contato com a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180. Além disso, delegacias especializadas da mulher podem oferecer orientação e acolhimento. Lembre-se, você não está sozinha e há ajuda disponível 24 horas por dia.
Se estivesse vivo, o mestre do samba Cartola completaria 116 anos nesta sexta-feira, 11 de outubro. Em homenagem a um dos mais importantes nomes da música popular brasileira, o Museu do Samba, situado na Mangueira, Rio de Janeiro, apresenta a exposição “Simplesmente Cartola”. A mostra permanente traz à tona a história de Angenor de Oliveira, compositor de sucessos imortais como O Mundo é um Moinho, além de um dos responsáveis pela fundação da Estação Primeira de Mangueira, a famosa escola de samba para a qual escolheu as cores verde e rosa e escreveu os primeiros sambas de desfile.
A exposição conduz os visitantes por meio de fotos, documentos e objetos pessoais, proporcionando um mergulho nas diversas fases da vida e obra do artista. Entre os destaques estão a relação de Cartola com Dona Zica, figura fundamental na sua trajetória e na história da Mangueira, além de memórias do Zicartola, o lendário restaurante que o casal inaugurou em 1963, na Rua da Carioca, e que logo se tornou um dos principais pontos de encontro de grandes músicos e intelectuais da época.
Cartola, cuja obra é marcada por uma profunda sensibilidade poética, manteve-se fiel às suas raízes populares, sendo amplamente reconhecido pela originalidade e lirismo de suas composições. Ele próprio costumava refletir sobre a importância de suas músicas: “Minha música é uma coisa muito séria. Eu componho devagar para trabalhar bastante cada composição. Não me interesso em fazer uma coisa que o povo saia cantando, mas que ele sinta minha obra. Faço música para você guardar dentro de si, eternamente, no seu coração e não apenas na sua coleção de discos.”
SERVIÇO
Exposição Simplesmente Cartola
Local: Museu do Samba
Endereço: Rua Visconde de Niterói, 1296 – Mangueira
Horário: de terça a sábado, das 10h às 17h
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia entrada) – Grátis para estudantes da rede pública e moradores do entorno da Mangueira
Nesta quarta-feira (10), Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, o Google lançou uma nova funcionalidade em sua ferramenta de busca para facilitar o acesso a serviços de apoio às vítimas de violência doméstica. Agora, ao pesquisar por termos como “ajuda violência doméstica” ou “ajuda violência contra mulher“, os usuários são direcionados a canais de atendimento como o Ligue 180 e o Centro de Valorização da Vida (CVV), ambos disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana.
Desenvolvida em parceria com o Ministério das Mulheres e o CVV, a iniciativa visa conectar rapidamente vítimas de violência ou pessoas em situação de risco a serviços especializados. O Ligue 180 oferece informações sobre direitos, registro de denúncias e encaminhamento para serviços de apoio, enquanto o CVV proporciona suporte emocional sigiloso por telefone, chat online e e-mail.
“A violência doméstica é um problema social grave que exige uma resposta coletiva. No Google, continuamos a trabalhar para tornar essas ferramentas acessíveis no Brasil e em outros países onde atuamos”, destacou Luisa Phebo, líder de Parcerias Estratégicas de Impacto Social do Google na América Latina. “Nossa missão é garantir que as vítimas encontrem ajuda de forma rápida e eficaz.”
O reforço no combate à violência contra a mulher também foi sublinhado por Ellen dos Santos Costa, coordenadora-geral do Ligue 180: “O Google é um parceiro estratégico na ampliação da divulgação do Ligue 180. Essa nova funcionalidade é um grande avanço na prevenção da violência e no combate à desinformação, com informações verificadas no topo das buscas.”
A ferramenta, disponível em países como Índia, México, Argentina e Austrália, não apenas amplia o acesso a esses serviços, como também assegura que os dados apresentados sejam confiáveis, provenientes de fontes oficiais e parcerias de qualidade. Além das informações sobre o Ligue 180, a busca no Google inclui dados sobre linhas de apoio à prevenção do suicídio e canais de denúncia de abuso sexual infantil.
Para o Ministério das Mulheres, esse novo recurso é essencial para que mulheres em situação de violência, assim como seus familiares, saibam onde e como procurar ajuda de forma ágil e segura.
Benjamim Rodrigues Ribeiro, de 7 anos, morreu nesta quarta-feira (11) após complicações causadas por um envenenamento com chumbinho, substância tóxica presente em um bombom que ele e seu amigo Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, consumiram no dia 30 de setembro. Ythallo faleceu no mesmo dia.
Os dois meninos, moradores da comunidade Primavera, no bairro Cavalcante, Zona Norte do Rio de Janeiro, eram melhores amigos desde a creche e estavam sempre juntos, segundo familiares. No dia do envenenamento, uma mulher em uma motocicleta ofereceu um bombom às crianças enquanto passava pela rua. Exames toxicológicos confirmaram que o doce estava contaminado com terbufós, um veneno de venda proibida no Brasil, utilizado ilegalmente para exterminar ratos.
Em entrevista para O Globo, Monique Tobias, de 28 anos, mãe de Ythallo, contou que os dois amigos eram inseparáveis. “Onde se viam, se abraçavam. A avó do Benjamim tinha dado uma bicicleta usada para o Ythallo, que quebrou. Então, ela deu outra”, relembrou Monique.
Ythallo morreu poucas horas após ingerir o bombom, enquanto Benjamim foi hospitalizado em estado grave e veio a óbito hoje. A mulher que entregou o doce ainda não foi identificada, e a Polícia Civil está investigando o caso. A morte das crianças abalou a comunidade, que agora clama por justiça. As autoridades seguem em busca de informações que possam levar à identificação da responsável pelo crime.
Todos os dias em que um negro entra nas melhores universidades do país são motivo de celebração. É motivo de orgulho para a família negra, para os militantes anônimos do movimento negro e de aliados antirracistas.
Isso não quer dizer que não devemos nos preocupar com o futuro das ações afirmativas no Brasil. Muitos conservadores que trabalham para acabar com os avanços da comunidade negra foram eleitos nas eleições de 2024.
Nos EUA observamos um recuo na presença de negros nas universidades em razão de decisões do Supremo Tribunal americano ter um perfil conservador. No Brasil um exemplo de retrocesso foi a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 09, que retirou direitos da população negra, diminuindo o valor de acesso a recursos do Fundo Eleitoral, tendo como consequência resultados modestos, mas importantes, no pleito eleitoral de 2024.
Em 2020, decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) obrigou os partidos a dividirem seu bilionário fundo eleitoral e seu tempo de propaganda de maneira proporcional ao número de candidatos negros e brancos. Na disputa de 2022, por exemplo, pretos e pardos deveriam ter recebido 50% de R$ 5 bilhões. Mas a determinação foi descumprida pela maioria dos partidos políticos, com exceção do Partido Novo e do PSOL, que se articularam para aprovar a chamada PEC da Anistia em agosto deste ano, em um plenário esvaziado. O texto que acabou sendo votado reduziu as cotas financeiras para negros para 30%, percentual já válido nas eleições deste ano.Também perdoou os débitos dos partidos que não cumpriram o valor mínimo nas eleições passadas e determinou que esses recursos sejam investidos em candidaturas de negros nas quatro eleições a serem realizadas a partir de 2026.
O texto final da PEC acabou não tratando do caso das mulheres, portanto permanece a determinação de que elas devem ser 30% das candidatas e receber os recursos de campanha de maneira proporcional à sua presença. A ação afirmativa é uma política social que tem como uma das finalidades a diminuição das desigualdades históricas existentes entre homens e mulheres, entre negros e brancos, principalmente no acesso educacional, nas relações de trabalho e nas políticas socioeconômicas.
Nestes últimos 40 anos de discussão e implementação de ações afirmativas no país, fomos testemunhas de muitas vitórias em situações muito difíceis, mas com muita engenhosidade conseguimos avançar e criamos um modelo de ação afirmativa brasileira. Muito diferente do que tem se aplicado em outros países.
Quando afirmo que nós construímos um modelo de ação afirmativa brasileira, chamo a atenção do empenho de professores, intelectuais e ativistas que constituíram centenas de comissões e grupos de trabalho para elaboração de estratégias para implementação de cotas para negros no Brasil. Um destaque foi a implementação das comissões de heteroidentificação, que fazem leitura social. Não é uma análise biológica nem genética. A avaliação é sobre a pessoa ser lida como negra e tratada na sociedade de forma desigual por isso.
Nessa caminhada de décadas, encontramos adversários e inimigos, que procuram fraudar, que tentam ingressar em cursos universitários, como os de medicina ou de Direito, utilizando todo tipo de subterfúgio para burlar as comissões de heteroidentificação. Há quem minta para obter o acesso a cotas até mesmo em entidades como OAB, e no acesso a recursos do Fundo Eleitoral.
O racismo institucional também se concretiza em ações individuais de servidores (as) que particularmente discordam da política de cotas étnico-raciais e, por isso, não a implementam em seus setores, mediante estratégias que impossibilitam a efetiva participação de negros por meio de cotas.
O relatório intitulado “A implementação da Lei nº 12.990/2014: um cenário devastador de fraudes”, é uma pesquisa que aborda as cotas para negros nos Serviço Público Federal é resultado de um esforço conjunto de pesquisadoras e pesquisadores, em colaboração com o Movimento Negro Unificado (MNU). Foram analisadas 61 instituições, principalmente no âmbito das Instituições Federais de Ensino, e examinados cerca de 10 mil editais de processos de seleção publicados entre junho de 2014 e dezembro de 2022.
O relatório aponta para uma série de mecanismos criados pelas instituições para evitar e dificultar a implementação efetiva da Lei de Cotas Raciais. De fato, dos mais de 46 mil cargos abertos nesse período, quase 10 mil não foram reservados nem preenchidos por candidatos negros. Com o fracionamento dos cargos, a falta de publicidade das normas, as restrições injustificadas a pessoas elegíveis, entre outras práticas que foram documentadas no relatório e encontradas na pesquisa, ficou evidente que o não cumprimento da lei não se deve à falta de qualificação das pessoas candidatas, mas sim a diversas estratégias adotadas pelas instituições.
A instituição pode até acreditar que a sua conduta não estaria prejudicando os candidatos, mas ao definir regras no concurso com o discurso vazio de meritocracia está boicotando o acesso de negros e negras, em especial nos concursos de carreira jurídica. É um prejuízo irreversível. Este tipo de ação institucionaliza e promove a manutenção do racismo institucional.
É um prejuízo irreversível. Este tipo de ação institucionaliza e promove a manutenção do racismo institucional. Devemos celebrar a entrada de nossos jovens nas melhores universidades do país, um passo gigantesco sonhado por pessoas como Eduardo de Oliveira e Oliveira, Abdias do Nascimento, Antonieta de Barros, Maria Beatriz Nascimento, Rev. Antonio Olímpio Santana, Padre Benedito Batista de Jesus Laurindo, Márcio Damazio, Antônio Aparecido da Silva (Padre Toninho), Dra. Iracema de Almeida, Ari Candido, Luiza Bairros, Hamilton Cardoso, Esmeraldo Tarquínio e tantos militantes.
A justificativa de “reestruturação para a segunda metade da gestão” para explicar a demissão de Yuri Silva do cargo de Secretário do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial não convenceu muitas pessoas do movimento negro e outros profissionais que já trabalharam com ele. Além de Silva, outras quatro pessoas de sua equipe foram demitidas, aumentando o mal-estar dentro do Ministério da Igualdade Racial.
Benedito Mariano, um dos coordenadores da área de segurança do programa de governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha de 2022, criticou a decisão de Anielle Franco em entrevista à Folha de S. Paulo: “Yuri é uma grande liderança do movimento negro e um quadro de primeira linha. O governo federal perde um grande gestor e uma das maiores lideranças do movimento negro do país.”
Repercussão e apoio nas redes sociais
A demissão de Yuri Silva gerou uma onda de apoio nas redes sociais, com várias manifestações de figuras do movimento negro. A ativista Preta Rara lamentou a saída de Yuri, destacando o impacto de sua ausência: “Você estava fazendo um excelente trabalho, já que você tem base centrada nas nossas questões étnicas no geral. Quem perde somos todos nós por você não fazer mais parte do Ministério da Igualdade Racial.”
Saory Brito, por sua vez, chamou a saída de Yuri de “uma das maiores perdas que o Ministério sofreu”, destacando a capacidade, o conhecimento e a luta dele na direção da pasta.
Especulações sobre os motivos e o impacto da demissão
O Ministério da Igualdade Racial justificou a exoneração em nota oficial: “Em estruturação da segunda metade da gestão, o ministério exonerou o Secretário do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Yuri Silva. O novo nome será anunciado ainda esta semana e virá com a missão de fortalecer o Sinapir. A diretora de Monitoramento e Avaliação da secretaria, Tatiana Dias, assumirá interinamente até o anúncio.”
Fontes ligadas ao ministério, conforme mencionado em texto assinado por Basília Rodrigues na CNN, sugerem que a proximidade de Yuri com o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, pode ter influenciado a decisão. Almeida foi demitido após ser acusado por Anielle de importunação sexual e mantinha laços com o IREE, onde Yuri trabalhou antes de ingressar no governo.
A comunicação sobre a exoneração foi feita por videoconferência enquanto Yuri estava em Salvador, acompanhando o luto pelo falecimento de sua avó, Dona Maria. O momento delicado em que a demissão ocorreu ampliou a repercussão negativa do caso.
Um representante do movimento negro, que preferiu não se identificar, criticou a decisão, afirmando que Yuri é “unanimemente respeitado pelos ativistas negros por ser uma pessoa séria e batalhadora”.
Após o episódio, Yuri Silva se manifestou em suas redes sociais, agradecendo pelo apoio recebido: “Quero agradecer a toda solidariedade que recebi após as notícias da minha demissão do Ministério da Igualdade Racial. Saber que eu inspiro tanta gente e tenho apoio de tantos líderes que me educaram como homem negro me deixou muito feliz. Meu coração está em paz! Voltarei logo!”.
A atriz Lupita Nyong’o confirmou o término de seu relacionamento com o ator Joshua Jackson, menos de um ano após os primeiros rumores de que os dois estavam juntos. Em uma entrevista recente para a revista Harper’s Bazaar UK, Lupita revelou que está solteira novamente e aproveitou a oportunidade para declarar seu carinho por seu gato, Yoyo.
“Meu amor pelo meu gato é singular”, disse a estrela de “Pantera Negra”. “Se eu tiver a sorte de estar em um relacionamento romântico novamente, será por causa dele.” A adoção de Yoyo, em outubro de 2023, parece ter tido um papel importante na recuperação emocional da atriz, que, segundo ela, estava pronta para “fechar a porta” para novos relacionamentos amorosos após experiências dolorosas do passado.
O romance entre Lupita e Joshua tornou-se público em outubro do ano passado, logo após o anúncio da separação de Jackson de sua então esposa, a atriz Jodie Turner-Smith. O casal foi visto de mãos dadas em eventos públicos, incluindo um show da cantora Janelle Monáe em Los Angeles, nos Estados Unidos, o que consolidou os rumores de um relacionamento.
Nas últimas semanas, surgiram especulações de que a relação entre Lupita e Joshua estaria passando por uma crise, especialmente após Jackson ser visto em um possível encontro com a modelo Natassja Roberts. Agora, com a confirmação do término por parte de Lupita, esses boatos parecem ter se confirmado.
Antes de Jackson, Lupita também teve um relacionamento de menos de um ano com o apresentador de TV, Selema Masekela. A atriz chegou a compartilhar nas redes sociais, em outubro de 2023, uma mensagem emocional sobre o fim desse romance, descrevendo o sentimento como “um amor repentina e devastadoramente extinto pela decepção”.
O apresentador britânico Piers Morgan emitiu um pedido de desculpas na última terça-feira, 8, durante seu programa Uncensored, após conduzir uma entrevista polêmica com a cantora Jaguar Wright, que durante o programa fez alegações sobre JAY-Z e Beyoncé, acusando o casal de manter pessoas “contra sua vontade”. Ela é responsável por originar boa parte dos boatos que se espalharam nas redes sociais, ligando Jay-Z aos crimes sob os quais Sean ‘Diddy’ Combs é acusado. Morgan explicou que a decisão de cortar as falas controversas foi tomada após uma ação legal movida pelo casal, que negou as acusações.
“A Jaguar, inesperadamente, fez várias alegações sérias sobre JAY-Z e Beyoncé durante a entrevista. Como eu disse no momento, eles não estavam presentes para responder ou se defender, mas agora o fizeram. Seus advogados nos contataram para dizer que essas alegações eram ‘totalmente falsas’ e não tinham base em fatos, e nós, portanto, cumprimos com uma solicitação legal para cortá-las da entrevista original”, disse Morgan no programa.
O apresentador ainda ressaltou que editar entrevistas não é uma prática comum em seu programa, cujo nome remete à ideia de liberdade de expressão irrestrita, mas destacou os limites legais. “Editar entrevistas não é algo que fazemos levianamente em um show chamado Uncensored, mas, como os proverbiais gritos de fogo em um teatro lotado, também há limites legais para nós. E pedimos desculpas a JAY-Z e Beyoncé”, declarou.
A entrevista com Wright gerou críticas pela concessão de espaço a alguém com histórico de acusações sem provas contra diversas celebridades. Morgan tentou justificar a escolha afirmando que, no mundo moderno, qualquer pessoa com algo a dizer encontra uma plataforma, o que levou à decisão de entrevistá-la. “As pessoas que fazem essas alegações têm uma audiência com ou sem programas como o meu”, justificou.
Na ocasião, Jaguar Wright afirmou que JAY-Z e Beyoncé seriam um “casal desagradável” e chegaram a manter pessoas “contra sua vontade”, além de mencionar Sean “Diddy” Combs, alinhando o rapper do Brooklyn com acusações criminais envolvendo estupro e abuso.
Após a publicação do vídeo, o cantor Ray J se manifestou nas redes sociais, criticando Wright por levar as alegações a Piers Morgan, um apresentador britânico, e não a uma plataforma local. “Você quer continuar pegando o dinheiro desses outros manos e não mostrar amor à comunidade? Essa m*rda é fraca pra caralho”, afirmou Ray J, pedindo que Wright o procurasse para discutir o assunto diretamente com ele.