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Edneusa Pereira Lins faz história como a primeira mulher negra no conselho da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás

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“Eu sabia que o agronegócio precisava de novas vozes, novas perspectivas. Estamos aqui para transformar não apenas o setor, mas as histórias que contamos sobre ele.” Essas são as palavras de Edneusa Pereira Lins, conhecida como Neuzinha, empresária e Relações Públicas, que se destacou no 2º Agro-Mill Experience, evento organizado pela Adial — a Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás, responsável por representar e impulsionar o setor industrial, que responde por 85% do PIB do estado. O evento, realizado entre os dias 16 e 20 de outubro, teve como objetivo aproximar influenciadores e formadores de opinião do agronegócio goiano, mostrando o impacto e a importância do setor para a economia brasileira

O Agro Mill Experience: conectando o campo à cidade

O Agro-Mill Experience, organizado pela Adial, reuniu influenciadores e formadores de opinião para uma imersão no agronegócio de Goiás, promovendo a conexão entre o campo e os grandes centros urbanos. Neuzinha, que idealizou e co-produziu o evento, enxerga essa troca como um momento de transformação social. “O agronegócio está presente em tudo, desde o amaciante de roupas até o doce que você saboreia no fim do dia. Mostrar essa realidade e desconstruir mitos sobre o setor é fundamental para criarmos novas narrativas”, afirmou.

Foto: Divulgação Adial

A convite da Adial, nossa editora-chefe, Silvia Nascimento, participou do evento, conhecendo de perto o impacto do agronegócio goiano em diferentes áreas, desde a sustentabilidade até a inovação tecnológica.

A iniciativa permitiu que os participantes conhecessem fazendas e indústrias que utilizam práticas sustentáveis, reforçando a importância do setor para a economia e o meio ambiente. Neuzinha destacou a importância de trazer influenciadores para o campo: “Essas vivências são essenciais. Quando você conhece o cheiro do campo e vê como os alimentos são produzidos, começa a enxergar o agro de uma forma completamente diferente.”

Primeira mulher negra no conselho da Adial

Além de seu trabalho no Agro-Mill, Neuzinha está prestes a fazer história ao se tornar a primeira mulher negra a compor o conselho da Adial, onde assumirá uma cadeira dedicada ao ESG (Environmental, Social, and Governance). Para ela, essa conquista representa não apenas um marco pessoal, mas uma mudança estrutural no agronegócio. “Me alegra muito ser a primeira mulher negra a ocupar esse espaço, mas o que mais me inspira é garantir que muitos outros de nós também tenham acesso a essas oportunidades”, afirmou.

Foto: Divulgação Adial

Com quase 30 anos de história, a Adial finalmente terá uma representação negra feminina em seu conselho, uma vitória significativa para a diversidade e inclusão no setor. Neuzinha, com sua experiência e visão, trará novas perspectivas sobre sustentabilidade e responsabilidade social, áreas cada vez mais relevantes no cenário empresarial.

O futuro do ESG no agronegócio

Edneusa Pereira Lins terá um papel central na implementação de práticas ESG entre as empresas associadas à Adial. Recentemente, a associação promoveu um meeting sobre o Pacto Global da ONU, discutindo formas de acelerar a adoção de práticas sustentáveis.

“Vou com a comitiva para assinar a adesão ao pacto em Genebra”, contou Edneusa, referindo-se ao Pacto Global da ONU, uma ação que reforça ainda mais seu comprometimento com a sustentabilidade e a governança.

Neuzinha vê essa pauta como essencial para o futuro do agronegócio e das indústrias em Goiás.

“O ESG não é uma tendência passageira; é o caminho para um futuro mais justo e sustentável, e estou comprometida em garantir que o agronegócio em Goiás esteja na vanguarda dessa transformação.”

São Paulo recebe a maior exposição de artistas afrodescendentes do Brasil e EUA já realizada no país

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Aretha Sadick - Pedra Cantada - em assentamento, 2021 - divulgação

Às vésperas do Mês da Consciência Negra, a exposição inédita “Ancestral: Afro-Américas – Estados Unidos e Brasil” será inaugurada na próxima terça-feira, 29 de outubro, no MAB FAAP, em São Paulo, com entrada gratuita. A mostra convida à uma reflexão profunda sobre as conexões entre esses dois países sob a ótica da diáspora africana, da escravidão e do colonialismo.

Sob a direção artística de Marcello Dantas, e com curadoria compartilhada entre a artista norte-americana Lauren Haynes e a brasileira Ana Beatriz Almeida, “Ancestral” reúne o trabalho de 73 artistas afrodescendentes. Esta será a maior exposição de artistas afrodescendentes do Brasil e Estados Unidos já realizada no país.

Serão apresentadas 132 obras de artistas brasileiros e norte-americanos, celebrando não apenas aqueles que desafiaram as brutalidades e o apagamento do colonialismo, mas também promovendo um diálogo sobre a relevância das raízes africanas ancestrais na formação cultural desses países.

Foto de Lita Cerqueira – Homens com abadas e panos nas costas

“Ancestral” é uma realização da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, com o apoio da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil. O evento conta com diversos patrocínios, entre eles o Bank of America, que cedeu 52 obras de sua coleção para a mostra. O Museu Afro Brasil também contribuiu com peças de seu acervo. A exposição estará em cartaz até 26 de janeiro de 2025.

A mostra homenageará pioneiros na arte afro-brasileira:

Abdias Nascimento (1914-2011), poeta, dramaturgo, artista plástico e ativista panafricano, foi deputado federal, senador da República e Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova York (EUA). Como parlamentar, ele foi autor das primeiras propostas
ao Estado brasileiro de políticas públicas de combate ao racismo (1983). É autor do conceito político-cultural de Quilombismo. Fundou o Teatro Experimental do Negro em 1944. Organizou em 1950 o 1o Congresso do Negro Brasileiro, que propôs a criação de um Museu
de Arte Negra. Curador do projeto de 1950 até 1968, quando realizou sua exposição inaugural, ele continuou o trabalho no exílio (1968-1981), onde desenvolveu sua própria pintura e exibiu em museus, galerias e universidades dos Estados Unidos. Na volta ao Brasil,
fundou o Ipeafro, que hoje tem a missão de preservar, gerir, articular e difundir em múltiplas linguagens o acervo e o legado dele e das organizações que ele criou.

Deoscóredes M. dos Santos nasceu em Salvador em 1917. Além de escultor e escritor, Mestre Didi foi um importante pesquisador e líder religioso, e realizou trabalhos de grande relevância para os estudos sobre a arte sacra ligada às religiões Afro-Brasileiras. Toda a sua obra está ligada ao universo Nagô, povo de origem Iorubana. Suas esculturas, feitas predominantemente com materiais orgânicos, palha, madeira, metal, bambu, búzios e contas, são herdeiras da arte tradicional do povo Iorubá e dos objetos litúrgicos, bem como das representações simbólicas de entidades do culto aos ancestrais. Elementos da cultura visual iorubá, como pássaros, cobras, lanças e chamas são retrabalhados pelo autor em peças que evocam a ancestralidade, as entidades e as narrativas da religião deste povo africano.

Heloisa Hariadne – A força que é me alimentar de você enquanto estou comigo, 2021_131 x 192 x 4,3 cm Foto: Filipe Berndt

Isa do Rosário (1966) realiza contações de histórias e outras atividades, como palestras e exposições voltadas para a divulgação e preservação da cultura afro-brasileira há mais de 15 anos, tanto na cidade natal de Batatais (SP) como em algumas cidades
da região. Entre 2011 e 2012, realizou estágio no Museu Histórico e Pedagógico Dr. Washington Luís de Batatais, onde desenvolveu inúmeras atividades voltadas para monitoria de exposições e ações educativas. Seu trabalho já foi exposto nas escolas e espaços
culturais de Batatais, Franca, Brodowski e outras cidades da região.

Heitor dos Prazeres (1898-1966) foi um multiartista carioca, conhecido por sua atuação no samba e nas artes visuais. Iniciou sua carreira musical na década de 1920, participando da criação de escolas de samba como Mangueira e Portela. Em 1937, aos 40
anos, começou a pintar de forma autodidata, retratando a vida cotidiana da população negra do Rio de Janeiro. Sua obra caracteriza-se pelo ritmo e movimento, refletindo sua conexão com a música. Foi premiado na 1ª Bienal de São Paulo (1951) e participou da
Bienal de Veneza (1952). Em 2023, o CCBB RJ realizou uma retrospectiva reunindo mais de 200 trabalhos seus. Suas obras estão em diversas coleções públicas, como Museu Afro Brasil (São Paulo), Museu de Arte de São Paulo – MASP, Museum of Modern Art – MoMA (Nova
York), entre outros.

Arthur Bispo do Rosario (Japaratuba, Sergipe, 19111 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1989) destaca-se por ter desenvolvido, com objetos cotidianos das instituições em que viveu internado após o diagnóstico como esquizofrênico-paranoico, uma produção
em artes visuais reconhecida nacional e internacionalmente. Os trabalhos de Bispo variam entre justaposições de objetos e bordados. Nas obras do primeiro tipo, geralmente usa itens de seu cotidiano, como canecas de alumínio, botões, colheres, madeira de caixas
de fruta, garrafas de plástico, calçados e materiais comprados por ele ou pessoas amigas. Para os bordados, usa tecidos disponíveis, como lençóis ou roupas, e obtém os fios ao desfiar o uniforme azul de interno. Além de ter se tornado uma das referências para
as gerações de artistas brasileiros dos anos 1980 e 1990, a obra de Bispo lega ao Brasil um fazer artístico que retrata e ressignifica, com uma estética e temática particulares, os objetos e experiências do mundo e da vida cotidiana.

Boa Morte, 2022 – Escultura Divulgação

Serviço:

Exposição “Ancestral: Afro-Américas – Estados Unidos e Brasil”  

Período: de 29 de outubro de 2024 a 26 de janeiro de 2025   

Local: MAB – FAAP – Rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo   

Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h. Fechado às segundas-feiras.   

Entrada gratuita. Mais informações: (11) 3662.7198 

Desigualdade no acesso à tecnologia agrava disparidade racial na educação, aponta estudo

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Foto: Reprodução/Freepik

A falta de acesso à tecnologia nas escolas, desde o ensino básico até o ensino superior, aprofunda as desigualdades educacionais entre estudantes negros e brancos, revelando um impacto que se estende ao mercado de trabalho. Essa é a principal conclusão de uma pesquisa conduzida pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper (Neri) em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, publicada pelo jornal O Globo.

De acordo com o levantamento, em 2023, 57% dos alunos brancos tinham acesso a tecnologias nas escolas. Entre os estudantes pretos e pardos, os percentuais foram de 50% e 49%, respectivamente. Esses números refletem uma diferença significativa no uso de ferramentas tecnológicas que, segundo especialistas, têm se tornado essenciais para o aprendizado e desenvolvimento das habilidades demandadas pelo mercado de trabalho contemporâneo.

A pesquisa também analisou o impacto dessas desigualdades no ensino superior. Embora pessoas negras constituam 56,1% da população brasileira, elas ocupam apenas 48,3% das vagas universitárias. Em cursos considerados mais prestigiados, como os de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês), a representatividade cai ainda mais: estudantes negros são 42% do total de matriculados, enquanto brancos chegam a 55,7%.

Em áreas menos concentradas em tecnologia, como humanidades e ciências sociais, a diferença é menor, mas ainda presente: pretos e pardos representam 47% dos matriculados, contra 50,9% de brancos. Os dados foram obtidos a partir do Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), divulgados pelo Inep.

A pesquisa chama atenção para a necessidade de políticas públicas que democratizem o acesso à tecnologia e incentivem uma maior inserção de estudantes negros em áreas que oferecem melhores oportunidades no mercado de trabalho, especialmente nas disciplinas STEM.

Miss França surpreende ao tirar a peruca durante desfile e vídeo repercute nas redes sociais

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Foto: Pongkit PuiKung Siriruamsap

A Miss França, Safietou Kabengele, protagonizou um momento de grande repercussão nas redes sociais ao remover sua peruca durante a preliminar do concurso Miss Grand International, na manhã desta terça-feira, 22. O gesto aconteceu no meio da apresentação com traje de banho, arrancando aplausos da plateia e gerando uma onda de apoio na internet.

Nos vídeos compartilhados online, Kabengele aparece inicialmente usando uma peruca de cabelos escuros e lisos com franja. No entanto, ao chegar à parte frontal da passarela, a modelo decidiu retirar a peruca e completar o desfile careca, exibindo um sorriso confiante. Ao passar a mão na cabeça, ela demonstrou orgulho de seu visual, que foi amplamente divulgado nas redes sociais.

Com 1,85 metro de altura, Safietou Kabengele já havia defendido em concursos anteriores a importância de representar a diversidade da beleza negra, especialmente de mulheres com cabelos curtos. Sua atitude durante o desfile foi vista por muitos como um gesto de empoderamento e reafirmação de sua identidade.

Kabengele foi coroada Miss Grand França em 2023 e, desde então, tem sido uma voz ativa no prol da inclusão e da representatividade em concursos de beleza internacionais.

MPF investiga jingle racista em campanha de Taka Yamauchi, candidato à Prefeitura de Diadema

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Foto: Reprodução/Instagram

O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação para apurar denúncias de racismo envolvendo um jingle da campanha de Taka Yamauchi (MDB), candidato à Prefeitura de Diadema. O inquérito (00042145/2024) foi motivado por uma representação do Fórum de Promoção da Igualdade Racial Benedita da Silva e do Conselho Municipal de Igualdade Racial de Diadema, que acusam o uso da frase “o chicote vai estalar nas suas costas” na música de campanha.

A denúncia, protocolada no último dia 16, expressa “grande indignação” dos integrantes do Fórum e do Conselho, afirmando que a frase incita à violência e propaga racismo, em uma cidade onde 50% da população se autodeclara parda ou negra. “É notório que a frase remete à escravidão”, diz o documento, ressaltando que o chicote é símbolo de tortura e desumanização.

Diadema, que possui a quarta maior população negra do estado de São Paulo, é palco de críticas à campanha de Yamauchi, acusado de reincidência em declarações consideradas racistas. Em debate promovido pelo G1, o candidato utilizou o termo “cifra negra” para se referir a crimes não registrados pela polícia. Na ocasião, o prefeito José de Filippi Júnior, também candidato, o corrigiu: “Isso é uma agressão aos afrodescendentes”. Apoiadores de Yamauchi também foram alvo de acusações de racismo nas redes sociais. Em uma publicação no Facebook, um homem negro que declarava apoio a Filippi foi atacado com comentários ofensivos, como “o famoso macaco do circo”.

A vice-prefeita de Diadema, Patty Ferreira (PT), gravou um vídeo condenando o jingle e lembrou que “Diadema é uma cidade de luta, com 50% da população composta por pretos, pardos e afrodescendentes”. Já o vereador Josa Queiroz, também do PT, usou a tribuna da Câmara para criticar a campanha: “Racismo é crime. É inadmissível que, numa cidade como a nossa, se tenha uma música que faz alusão à escravidão”.

A campanha de Yamauchi ainda não se pronunciou oficialmente sobre a investigação.

Como garantir a continuidade da presença negra na televisão?

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Foto: Globo/Fábio Rocha

As novelas com personagens negras nos envolvem de tal maneira, que de repente, estou de novo diante da TV assistindo a mais um capítulo de “Volta por Cima”, nova novela das 19h da TV Globo. Passei a planejar todos os meus compromissos para antes ou depois do capítulo e, se perco, vejo a reprise de madrugada. Às vezes vejo mais de uma vez o capítulo, tal é a beleza e a grandeza dos atores e atrizes.

A história é contada de um lugar que nos identifica, nos traz lembranças do nosso dia a dia de viver na periferia. Os atores nos comovem, nos alegram e impactam em nosso quotidiano. Por quê?

A luta do dia a dia no trabalho nos traz aborrecimentos, desgaste, sonhos e esperança. Ser assalariado é sinônimo de dinheiro contado para passar o mês e para estar com que a gente com quem amamos: mulher, filhos, mãe e amigos,

Ao ver a atuação de Fabricio Boliveira, protagonista no papel de Jão, depois de 20 anos na Globo. Não posso deixar de lembrar de sua representação de Wilson Simonal no cinema: uma bela e altiva encenação. No papel de Jão, ele é a personificação de nosso galã brasileiro. Uma imagem que nos orgulha de sermos pretos.

Diariamente no papel de fiscal de ônibus, Fabricio Boliveira define Jão com uma declaração: “Esse personagem é o retrato do brasileiro que acorda cedo para trabalhar, que é ético com as pessoas, que é honesto, que a gente vê no nosso pai, num vizinho, em um irmão, e não no sentido de bondade, mas de ter uma trajetória digna.”

Amaury Lorenzo, no papel de Chico, atua ao lado de um gigante da dramaturgia da TV: Tonico Pereira, seu Moreira. Formam uma parceria maravilhosa entre pai e filho. Cada cena é um acontecimento, uma troca maravilhosa. Como não curtir? É muito brilho de dois atores que têm uma química mágica que nos toca fundo.

E a atriz Valdineia Soriano, no papel de Neusa mãe de Jão… quantas mães pretas, tias, avós ela representa. Com uma fala sempre cheia de alegria e resiliência traz no seu orgulho a história de milhões de mães que criaram seus filhos sozinhas, com muita raça, amor e alegria.

Jéssica Ellen, no papel de Madá, forma o par romântico com Jão. A beleza dessa atriz faz o tempo parar e ficarmos olhando com admiração. Ela é o retrato da mulher negra batalhadora, independente e otimista em relação ao futuro.

A existência de um elenco negro em uma novela desperta a atenção, a imaginação e a reflexão de milhões de pessoa no país. E contribui para discussão sobre inserção do ator negro no mercado de trabalho.

E levanta muitas questões sobre o conjunto de profissionais que estão envolvidos no trabalho da dramaturgia negra. Como garantir a continuidade da presença negra na televisão? E as outras mídias que continuam a ignorar a existência de atores negros, será que a iniciativa da Globo não poderia também ser estendida para a toda programação das TV abertas?

Quando falamos sobre a participação de elencos negros podemos ampliar o debate e discutir democratização do acesso aos meios de comunicação.

Queen Latifah e Missy Elliott se tornam as primeiras rappers a receber a Medalha de Artes pela Casa Branca

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Fotos: Chip Somodevilla/Getty e Andrew Caballero-Reynolds/Getty

O presidente Joe Biden concedeu as honrarias da Medalha Nacional de Artes e Humanidades Nacionais em cerimônia na Casa Branca, na última segunda-feira (21). Entre os premiados estavam Queen Latifah e Missy Elliott, que se tornaram as primeiras rappers a receberem o prêmio.

Elliott usou o X (antigo Twitter) para compartilhar sua alegria ao receber o prêmio: “Estou HUMILDEMENTE GRATA! Chorando lágrimas de ALEGRIA! Pensando nos dias em que não estava tão forte, mas por meio da FÉ e da ORAÇÃO continuei”.

https://twitter.com/MissyElliott/status/1848552019084058846

“E um GRANDE PARABÉNS para minha irmã Queen Latifah que merece todos os buquês, ela também foi homenageada hoje! Obrigada por derrubar portas, QUEEN, para mim e para aqueles depois de você”, escreveu a artista agradecendo a amiga em outra publicação.

https://twitter.com/MissyElliott/status/1848561274277290210

O cineasta Spike Lee também foi um dos premiados. Ele foi indicado para receber a Medalha no ano passado, mas as edições de 2022 e 2023 foram entregues ontem, na mesma cerimônia, depois que a pandemia de Covid-19 causou o adiamento dos eventos. 

O diretor de ‘Faça a Coisa Certa’ e ‘Ela Quer Tudo’, foi homenageado ao lado dos cineastas Steven Spielberg, Ken Burns, o produtor de cinema Bruce Cohen e a cantora Selena Quintanilla.

Favorito, Vini Jr pode trazer Bola de Ouro ao Brasil na próxima segunda

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Foto: Real Madrid/Divulgação
Foto: Real Madrid/Divulgação

A cerimônia da Bola de Ouro 2024, organizada pela France Football, acontecerá no próximo dia 28 de outubro, no prestigiado Théâtre du Châtelet, em Paris. Entre os indicados ao prêmio mais cobiçado do futebol mundial, um nome se destaca: Vinicius Jr., estrela do Real Madrid e da Seleção Brasileira. O atacante, que vem de uma temporada extraordinária, surge como um dos principais favoritos ao troféu, alimentando a esperança do Brasil de conquistar a Bola de Ouro após 17 anos.

Na temporada 2023/2024, Vinicius Jr. foi decisivo nas campanhas do Real Madrid, encantando torcedores e especialistas com sua evolução constante. Com gols e assistências importantes em competições como La Liga e a Champions League, ele consolidou seu lugar entre os maiores jogadores do futebol atual. Foram 24 gols e 20 assistências em 51 partidas, números que reforçam seu favoritismo na disputa pelo prêmio.

Caso vença, Vinicius Jr. será o primeiro brasileiro a erguer a Bola de Ouro desde Kaká, que conquistou o prêmio em 2007, após uma temporada brilhante no Milan. Naquele ano, Kaká foi fundamental na conquista da Liga dos Campeões pelo clube italiano. Além disso, vale lembrar que o último jogador negro a receber essa honra foi Ronaldinho Gaúcho, em 2005, em um dos momentos mais marcantes de sua carreira.

A ascensão de Vinicius Jr. não só coloca o Brasil de volta na disputa pelo maior prêmio do futebol, mas também destaca a força da nova geração de jogadores negros, que continuam a romper barreiras e brilhar no futebol de elite. A cerimônia promete celebrar o talento e a diversidade, e a história pode ganhar um novo capítulo com a vitória de mais um brasileiro.

‘Blade’ é removido do calendário de lançamentos da Marvel

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Foto: 20th Century Fox

A Marvel Studios adiou o lançamento do reboot do filme ‘Bladee o removeu de seu calendário de estreias, antes previsto para o dia 7 de novembro de 2025. Apesar dos problemas nos bastidores e diversos adiamentos, a última data havia sido confirmada pela Disney em agosto deste ano.

Em seu lugar, a Disney lançará ‘Predador: Badlands‘, produzido pela 20th Century Studios, um novo filme da franquia confirmado no início de 2024, dirigido por Dan Trachtenberg.

Anunciado em 2019, o projeto já perdeu dois diretores e teve pelo menos cinco roteiristas envolvidos em diferentes etapas. Em 2022, o cineasta Bassam Tariq deixou o cargo por conta de diferenças criativas com Mahershala Ali (Moonlight), o astro do filme. Já em junho deste ano, Yann Demange (Lovecraft Country) abandonou o filme após conflitos com o vencedor do Oscar.

Se for aprovado o novo roteiro, escrito por Eric Pearson, a Marvel Studios deverá intensificar a busca por um novo cineasta disposto a dirigir o reboot.

Número de pessoas negras mortas pela polícia de São Paulo sobe 83% em 8 meses

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Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A quantidade de pessoas negras mortas pelas polícias Civil e Militar de São Paulo aumentou 83% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de pessoas brancos mortos também aumentou, porém em uma proporção menor, de 59%.

Os dados fazem parte de um levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz, com base em informações oficiais da Secretaria da Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), e foram divulgados pela Folha de São Paulo, nesta terça-feira (22).

Em nota, a pasta afirmou que as forças de segurança estaduais realizam abordagens seguindo parâmetros e procedimentos técnicos, com total respeito à lei. “Desde a formação e ao longo de toda carreira, os policiais paulistas passam por cursos de formação e atualização que contemplam disciplinas de direitos humanos, igualdade social, diversidade de gênero, ações antirracistas, entre outras”.

Nos primeiros oito meses deste ano, 441 pessoas foram mortas por agentes das forças de segurança em serviço no estado, em comparação com 247 no mesmo período do ano passado, o que representa um aumento de 78%.

Dessas, 283 foram identificadas como negras (soma de pardas e pretas) e 138 como brancas. Outras 20 não tiveram a raça ou cor registrada no documento oficial da polícia. No ano anterior, 154 negros e 87 brancos foram mortos.

Com isso, quase dois em cada três mortos este ano eram negros (64% do total), enquanto o percentual de mortes de brancos foi de 31%.

Segundo o coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz, Rafael Rocha, “o que a gente vê é um retorno a uma letalidade policial que tem cor, tem endereço, tem gênero. Não é à toa que, em 2024, o percentual de vítimas negras de letalidade policial em serviço bateu o recorde dos últimos anos”, disse à Folha.

“Se continuar nessa toada, nos próximos anos, a população negra vai ser o dobro de pessoas vitimadas do que a proporção dessas pessoas na população paulista, o que é muito triste”, completa.

Segundo o Censo 2022, a soma da população preta e parda corresponde a 41% da população de São Paulo.

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