A cientista Carika Weldon, natural das Bermudas, está transformando o panorama da pesquisa genética no Caribe com a CariGenetics, empresa que fundou em 2022 e que já é referência em genômica na região. Primeira do tipo liderada por mulheres no Caribe, a empresa utiliza a diversidade genética local para desenvolver soluções de saúde adaptadas às necessidades das comunidades caribenhas e da diáspora.
“A diversidade genética do Caribe é um tesouro de informações”, afirmou Weldon. A CariGenetics se dedica a problemas de saúde prevalentes na região, como anemia falciforme e cânceres de mama e próstata, com foco na medicina de precisão. Essa abordagem, que adapta tratamentos com base no perfil genético de cada paciente, busca substituir o modelo tradicional de “tamanho único” por intervenções mais eficazes e econômicas: “O primeiro problema é que todos os medicamentos no mercado hoje foram projetados com base em dados genéticos europeus, representando apenas 15% da população mundial. Isso significa que 85% do mundo, incluindo nós no Caribe, não são atendidos quando se trata de medicamentos”, apontou.
Um marco recente da empresa foi o Caribbean Breast Cancer Whole Genome Pilot Study, o primeiro estudo genômico sobre câncer de mama na região. Concluído localmente com 102 participantes, o projeto identificou tendências genéticas inéditas que podem transformar os diagnósticos e tratamentos futuros.
A visão de Weldon para a CariGenetics também inclui a capacitação de cientistas locais e a reconstrução da confiança nas comunidades negras, historicamente impactadas por práticas antiéticas na ciência, como no Experimento Tuskegee e no caso de Henrietta Lacks. “Se tivéssemos mais cientistas e médicos negros, poderíamos ter evitado injustiças como essas”, destacou a pesquisadora.
Inspirada por iniciativas de mapeamento genético na Islândia, Weldon fundou a CariGenetics após perceber lacunas na infraestrutura científica do Caribe durante a pandemia de COVID-19. “Com a pandemia, percebi que precisávamos de mais cientistas e pesquisas genéticas no Caribe. Estávamos tão atrasados que enviávamos amostras para um único laboratório em Trinidad para toda a região”, relembrou.
Entre as inovações da empresa fundada por Carika Weldon está o uso de bio-NFTs, que permitem aos participantes serem proprietários de seus dados genéticos e até monetizá-los. Para o futuro, a empresa planeja expandir sua atuação para outros países caribenhos e novas áreas de pesquisa, como câncer de próstata, reforçando seu compromisso com a inclusão e o avanço científico na região.
Em abril de 2023, o mundo levou um susto com a internação de Jamie Foxx por uma emergência médica misteriosa. O astro ficou hospitalizado por 20 dias, período que gerou rumores e teorias da conspiração sobre sua saúde. Agora, Foxx transforma essa experiência em humor no especial What Had Happened Was…, que estreia nesta terça-feira (10) na Netflix. A produção já garantiu ao ator uma indicação ao Globo de Ouro 2025 na categoria Melhor Performance em Stand-Up Comedy na Televisão.
No stand-up, Foxx explora, com um toque de comédia, os desafios que enfrentou durante sua recuperação. “Foi um período excruciante, reabrindo essas feridas todos os dias,” revelou o ator em entrevista ao CBS Mornings após finalizar a gravação do especial no Alliance Theatre, em Atlanta. Ele destacou que a autenticidade do material foi crucial: “Se as emoções são intensas, o mesmo pode ser dito sobre o conteúdo.”
No trailer, o comediante não esconde a emoção: “Estou muito feliz por estar aqui.” As imagens alternam entre manchetes especulativas sobre sua saúde e cenas dele no palco, equilibrando vulnerabilidade e humor.
O especial marca o retorno de Foxx ao stand-up após mais de 20 anos e já começa a ser reconhecido pela crítica, consolidando sua trajetória como um dos artistas mais versáteis de sua geração.
No palco, o Pará se torna protagonista, e a Amazônia, com sua força e riqueza cultural, é elevada a um patamar da subversão e modernidade. Com o espetáculo Tambor & Beat, o multiartista afroamazônida, Jeff Moraes, trouxe ao Rio de Janeiro um show que vai além da música: é um manifesto cultural e político que celebra as raízes da Amazônia enquanto as conecta ao mundo.
Os ritmos amazônicos, como carimbó, guitarrada e marabaixo, misturam-se aos beats eletrônicos contemporâneos, criando uma sonoridade singular que encanta e provoca reflexão. É impossível assistir a Jeff Moraes no palco sem sentir a potência da cultura paraense que ele carrega. Mais do que um cantor, Jeff é um contador de histórias, um embaixador da Amazônia que traduz em música, dança e poesia as vivências do seu povo.
O show, apresentado em espaços emblemáticos do Rio, como o Sesc Copacabana, foi uma experiência completa para o público. Desde o primeiro acorde, o artista e sua banda – formada exclusivamente por músicos paraenses – convidam o espectador a mergulhar em um universo onde tradição e inovação coexistem de forma harmônica. A performance é vibrante, e o público é constantemente chamado a participar, seja com aplausos, dança ou apenas entregando-se à imersão cultural que o espetáculo proporciona.
O repertório, majoritariamente autoral, traz canções como “Jambú & Dendê”, que mistura o pagodão baiano com os sabores sonoros do Pará, provando que a música brasileira não conhece barreiras regionais. Essa fusão reflete o desejo de Jeff de ampliar os horizontes da música amazônica, colocando-a no mapa das grandes produções nacionais. E ele faz isso com maestria, sem perder a essência das ruas de Belém, de onde veio.
Além da música, a presença cênica de Jeff Moraes é um show à parte. A coreografia sincronizada com os bailarinos paraenses – Hian Denis e Cinthia Tavares e os figurinos, de Vinny Araújo e Jonathan Camelo, cuidadosamente pensados são elementos que elevam a narrativa visual do espetáculo. Cada detalhe é planejado para contar a história de um Pará contemporâneo, diverso e cheio de vitalidade. É impossível não se emocionar com o diálogo entre tradição e modernidade que Jeff apresenta no palco.
Jeff Moraes, no entanto, não se limita ao espetáculo musical. Ele é um artista multimídia que transita com desenvoltura por diferentes linguagens, como teatro, audiovisual e redes sociais. Sua trajetória de mais de dez anos está profundamente enraizada na valorização da negritude amazônica e na crítica social, elementos que permeiam seu trabalho e dão profundidade às suas obras. O episódio “Ver-o-Peso”, da série Sampleados, estrelado por Jeff, é um exemplo disso, somando mais de um milhão de visualizações e reafirmando o impacto de sua arte.
Outro ponto que merece destaque é a maneira como Jeff Moraes ressignifica o conceito de pop no Brasil. Em um mercado musical muitas vezes dominado por fórmulas pré-estabelecidas, o cantor paraense quebra paradigmas ao inserir elementos regionais e identitários em suas produções. Ele não busca apenas sucesso comercial, mas também reconhecimento enquanto porta-voz de uma cultura rica, que merece estar no centro das discussões artísticas do país.
O show Tambor & Beat (produção de Sandro Santarém, Jonas Macedo) não é apenas entretenimento. Ele se torna um ato político ao reafirmar a importância de olhar para o norte do Brasil com o respeito e a valorização que ele merece. Em um país onde as manifestações culturais muitas vezes são silenciadas ou ignoradas fora do eixo Sudeste, a turnê de Jeff é uma vitória para a música brasileira e para a representatividade amazônica. Para quem teve a oportunidade de assistir à apresentação, ficou claro que Jeff Moraes não apenas carrega o Pará consigo, mas também entrega ao público uma nova visão sobre a Amazônia. Ele transforma a cultura paraense em algo tangível e universal, provando que o Brasil, com sua pluralidade, ainda tem muito a oferecer ao cenário mundial.
Ao final do espetáculo, é impossível não se sentir transformado. Jeff Moraes nos lembra que a arte tem o poder de conectar, emocionar e ensinar. Com Tambor & Beat, ele convida cada espectador a celebrar as diferenças, a valorizar o que vem das margens e a se orgulhar de um Brasil que pulsa nas batidas de um tambor e nos acordes de uma guitarrada. Assim, Jeff Moraes não apenas reafirma a potência da cultura paraense, mas também assume seu lugar como um dos grandes nomes da música brasileira contemporânea. E, ao fazê-lo, ele nos mostra que o futuro da arte brasileira passa, necessariamente, pela Amazônia e por artistas como ele.
O Pará não está na moda, porque moda é passageira. A cultura do Pará sempre existiu, firme e ancestral, mas agora, mais do que nunca, está rompendo as barreiras da hegemonia cultural que insiste em silenciar vozes periféricas. E essa revolução não tem volta.
Nicea Fonseca Pereira, mulher negra de 65 anos, foi condenada a pagar R$ 10 mil em custas processuais e honorários advocatícios após perder um processo contra a autora Lilia Schwarcz e a editora Claro Enigma, do Grupo Companhia das Letras. O processo judicial que envolve o livro “Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira“, escrito por Schwarcz, está em disputa desde 2020, e agora segue para a segunda instância. Nele, Nicea acusa a autora de usar uma fotografia sua sem autorização para ilustrar a capa da obra, lançada em 2013.
Capa do livro que, de acordo com Nicea, leva sua foto. Imagem: Reprodução
A imagem, tirada pelo extinto jornal Última Hora, mostra uma criança negra de mãos dadas com uma boneca branca, e Nicea afirma ser a menina retratada. A mulher entrou com uma ação de indenização, pedindo R$ 100 mil, mas o pedido foi negado pelo juiz Rafael Alves, da 4ª Vara Cível de Nova Iguaçu (RJ), em fevereiro de 2024, segundo informações publicadas pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. O magistrado considerou que não havia danos à imagem de Nicea, argumentando que seria “impossível” que alguém reconhecesse a mulher na capa do livro, exceto talvez um parente muito próximo. A editora e a autora se defenderam, afirmando que a foto foi retirada do Arquivo Público de São Paulo, e não havia identificação da criança. De acordo com a defesa, não havia necessidade de autorização, já que a imagem não a identificava de forma clara.
Apesar de a sentença favorável à editora ter sido proferida, os advogados de Nicea, liderados pelo ex-Secretário de Justiça de São Paulo, Hédio Silva Júnior, apelaram da decisão. Em documento protocolado em novembro, pediram que o caso fosse reavaliado em segunda instância, argumentando que a legenda da foto, que identificava Nicea, não foi considerada, e que não houve autorização para o uso da imagem. Para a defesa de Nicea, a decisão inicial representa uma “sentença racializada”, com a editora e a autora, que se posicionam contra o racismo, utilizando “métodos lombrosianos” para desqualificar a mulher negra. Esses métodos, desenvolvidos no século XIX, associam características físicas a atributos negativos, e a defesa alega que foram utilizados ao comparar as imagens de Nicea para argumentar que não era ela na capa.
A defesa de Lilia Schwarcz e da Claro Enigma, por sua vez, afirmou que sempre agiram de boa-fé e que tentaram um contato prévio com Nicea antes da judicialização do caso, sem sucesso. A disputa continua, com os próximos capítulos aguardados no tribunal de segunda instância.
Ludmilla anunciou que pretende tirar licença-maternidade após o nascimento de seu primeiro filho com Brunna Gonçalves. A declaração foi feita antes de subir ao palco para apresentar o show Numanice, no Riocentro, na zona oeste do Rio de Janeiro, na tarde do último domingo, 8.
“Vou tirar o tempo que for necessário para ficar com ele, para dar atenção. É o primeiro filho? Ainda não sei [o sexo]”, afirmou a cantora, que não escondeu a felicidade durante a apresentação, marcada pela comemoração da gravidez de sua esposa.
Brunna Gonçalves, que está à grávida do primeiro filho do casal, ao lado de Ludmilla, brincou com o público sobre o mistério do sexo do bebê, que será revelado no próximo dia 17, durante o chá de bebê. “Como vocês fazem parte da nossa vida, queremos contar que seremos mães de? (?)”, disse Ludmilla, provocando risos e aplausos.
O casal recebeu fraldas como presente de fãs, que lotaram o espaço. A apresentação, que reuniu 25 mil pessoas segundo a assessoria da cantora, incluiu sucessos das três edições de Numanice e contou com convidados especiais.
Os indicados à 82ª edição do Globo de Ouro foram anunciados nesta segunda-feira, 9, destacando alguns dos maiores talentos do cinema e da televisão. Entre os nomes que representam a comunidade negra na lista estão artistas e produções que ganharam bastante destaque este ano e que concorrem ao prêmio, que será entregue no dia 5 de janeiro de 2025.
No campo das séries, Quinta Brunson, criadora e estrela de Abbott Elementary, foi indicada a melhor atriz em série musical ou comédia, categoria que também conta com Ayo Edebiri, de O Urso. Aclamado por sua performance em Sr. e Sra. Smith, Donald Glover concorre como melhor ator em série dramática. Ambas as produções em que Brunson e Glover atuam também disputam os prêmios de melhor série em suas respectivas categorias.
No cinema, o veterano Denzel Washington garantiu sua indicação como melhor ator coadjuvante por Gladiador II. Zoe Saldaña foi indicada na mesma categoria, pelo filme Emilia Pérez, um dos mais indicados pelo prêmio e que teve Karla Sofía Gascón como a primeira mulher trans da história a ser indicada na premiação. Cynthia Erivo, por sua performance em Wicked, e Zendaya, pelo filme Rivais, estão entre as indicadas a melhor atriz em filme musical ou comédia. O ator Colman Domingo, com sua atuação no drama Sing Sing, é finalista na categoria de melhor ator em filme dramático.
Os filmes Meninos de Níquel, na categoria de melhor drama, e Rivais, entre os musicais ou comédias, também aparecem como representantes de histórias com protagonismo negro.
A cerimônia do Globo de Ouro acontecerá em 5 de janeiro, sendo transmitida pela CBS e pela plataforma Paramount+. Além das premiações, a atriz Viola Davis será homenageada com o Prêmio Cecil B. DeMille, um reconhecimento à sua contribuição inestimável ao cinema e à televisão.
Confira a lista completa de indicados:
TELEVISÃO
Melhor desempenho de um ator masculino em uma série de televisão – musical ou comédia Adam Brody, “Ninguém quer isso” Ted Danson, “Um homem por dentro” Steve Martin, “Apenas Assassinatos no Edifício” Jason Segel, “Encolhendo” Martin Short, “Apenas Assassinatos no Edifício” Jeremy Allen White, “O Urso” Melhor desempenho de uma atriz em uma série de televisão – musical ou comédia Kristen Bell, “Ninguém quer isso” Quinta Brunson, “Escola Elementar Abbott” Ayo Edebiri, “O Urso” Selena Gomez, “Apenas Assassinatos no Prédio” Kathryn Hahn, “Agatha o tempo todo” Jean Smart, “Hacks”
Melhor desempenho de um ator masculino em uma série de televisão – drama Donald Glover, “Sr. e Sra. Smith” Jake Gyllenhaal, “Presumido Inocente” Gary Oldman, “Cavalos Lentos” Eddie Redmayne, “O Dia do Chacal” Hiroyuki Sanada, “Shōgun” Billy Bob Thornton, “Homem da Terra” Melhor desempenho de uma atriz em uma série de televisão – drama Kathy Bates, “Matlock” Emma D’Arcy, “Casa do Dragão” Maya Erskine, “Sr. e Sra. Smith” Keira Knightley, “Pombas Negras” Keri Russell, “O Diplomata” Anna Sawai, “Shogun”
Melhor desempenho de um ator masculino em uma série limitada, série antológica ou filme feito para televisão Colin Farrell, “O Pinguim” Richard Gadd, “Bebê Rena” Kevin Kline, “Aviso Legal” Cooper Koch, “Monstros: A história de Lyle e Erik Menendez” Ewan McGregor, “Um cavalheiro em Moscou” Andrew Scott, “Ripley”
Melhor desempenho de uma atriz em uma série limitada, série antológica ou filme feito para televisão Cate Blanchett, “Aviso Legal” Jodie Foster, “True Detective: Night Country” Cristin Milioti, “O Pinguim” Sofia Vergara, “Griselda” Naomi Watts, “Feud: Capote vs. os Swans” Kate Winslet, “O Regime”
Melhor série de televisão – drama “O Dia do Chacal” “O Diplomata” “Sr. e Sra. Smith” “Shogun” “Cavalos Lentos” “Jogo de Lula”
Melhor série de televisão – musical ou comédia “Escola Elementar Abbott” “O Urso” “Os Cavalheiros” “Instrumentos” “Ninguém quer isso” “Só Assassinatos no Edifício”
Melhor série limitada de televisão, série antológica ou filme feito para televisão “Bebê Rena” “Isenção de responsabilidade” “Monstros: A história de Lyle e Erik Menendez” O Pinguim” “Ripley” “True Detective: Night Country”
Melhor desempenho de uma atriz coadjuvante na televisão Liza Colón-Zayas, “O Urso” Hannah Einbinder, “Hacks” Dakota Fanning, “Ripley” Jessica Gunning, “Bebê Rena” Allison Janney, “O Diplomata” Kali Reis, “True Detective: Night Country”
Melhor desempenho de um ator masculino em um papel coadjuvante na televisão Tadanobu Asano, “Shogun“ Javier Bardem, “Monstros: A história de Lyle e Erik Menendez” Harrison Ford, “Encolhendo” Jack Lowden, “Cavalos Lentos” Diego Luna, “La Maquina” Ebon Moss-Bachrach, “O Urso”
Melhor desempenho em comédia stand-up na televisão Jamie Foxx, “O que aconteceu foi” Nikki Glaser, “Algum dia você morrerá” Seth Meyers, “Pai, Homem Caminhante” Adam Sandler, “Te Amo” Ali Wong, “Mulher Solteira” Ramy Youssef, “Mais Sentimentos”
FILME
Melhor filme – musical ou comédia “Anora” “Desafiadores” “Emília Pérez” “Uma verdadeira dor” “A Substância” “Malvado”
Melhor filme – drama “O Brutalista” “Um completo desconhecido” “Conclave” “Duna: Parte Dois” “Meninos de níquel” “5 de setembro”
Melhor filme – idioma não inglês “Tudo o que imaginamos como luz” “Emília Pérez” “A Menina com a Agulha” “Eu ainda estou aqui” “A Semente da Figueira Sagrada” “Vermiglio”
Melhor roteiro – filme “Emília Pérez” “Anora” “O Brutalista” “Uma verdadeira dor” “A Substância” “Conclave”
Melhor canção original – filme “Beautiful That Way” de “The Last Showgirl”, de Miley Cyrus, Lykke Li e Andrew Wyatt “Comprimir/Reprimir” de “Desafiadores” “El Mal” de “Emilia Pérez” de Clément Ducol, Camille e Jacques Audiard “Better Man” de “Forbidden Road” de Robbie Williams, Freddy Wexler e Sacha Skarbek “Kiss the Sky” de “O Robô Selvagem” “Mi Camino” de “Emilia Pérez” de Clément Ducol e Camille
Melhor desempenho de um ator masculino em um papel coadjuvante em qualquer filme Yura Borisov, “Anora” Kieran Culkin, “Uma dor real” Edward Norton, “Um Completo Desconhecido” Guy Pearce, “O Brutalista” Jeremy Strong, “O Aprendiz” Denzel Washington, “Gladiador II”
Melhor desempenho de uma atriz coadjuvante em qualquer filme Selena Gomez, “Emilia Pérez” Ariana Grande, “Wicked” Felicity Jones, “A Brutalista” Margaret Qualley, “A Substância” Isabella Rossellini, “Conclave” Zoe Saldaña, “Emilia Pérez”
Melhor desempenho de um ator masculino em um filme – musical ou comédia Jesse Eisenberg – “Uma dor real” Hugh Grant – “Herege” Gabriel LaBelle – “Sábado à Noite” Jesse Plemons – “Tipos de gentileza” Glen Powell – “Assassino de aluguel” Sebastian Stan – “Um Homem Diferente”
Melhor desempenho de uma atriz em um filme – musical ou comédia Amy Adams, “Cadela Noturna” Cynthia Erivo, “Perversa” Karla Sofía Gascón, “Emilia Pérez” Mikey Madison, “Anora” Demi Moore, “A Substância” Zendaya, “Desafiadores”
Melhor desempenho de um ator masculino em um filme – drama Adrien Brody, “O Brutalista” Timothée Chalamet, “Um completo desconhecido” Daniel Craig, “Queer” Colman Domingo, “Cante, cante” Ralph Fiennes, “Conclave” Sebastian Stan, “O Aprendiz”
Melhor desempenho de uma atriz em um filme – drama Pamela Anderson, “A Última Showgirl” Angelina Jolie, “Maria” Nicole Kidman, “Menina de Programa” Tilda Swinton, “O Quarto ao Lado” Fernanda Torres, “Eu Ainda Estou Aqui” Kate Winslet, “Lee”
Melhor diretor – filme Jacques Audiard – “Emília Pérez” Sean Baker – “Anora” Edward Berger – “Conclave” Brady Corbet – “O Brutalista” Coralie Fargeat – “A Substância” Payal Kapadia – “Tudo o que imaginamos como luz”
Melhor trilha sonora original – realização cinematográfica e de bilheteria “Alien: Rômulo” “Beetlejuice Beetlejuice” “Deadpool e Wolverine” “Gladiador 2” “Divertida Mente 2” “Retornados” “Malvado” “O Robô Selvagem”
Melhor filme – animação “Fluxo” “Divertida Mente 2” “Memórias de um Caracol” “Moana 2” “Wallace & Gromit: A Vingança Mais Aves” “O Robô Selvagem”
Melhor Trilha Sonora Original “Conclave” “O Brutalista” “O Robô Selvagem” “Emília Pérez” “Desafiadores” “Duna: Parte Dois”
ALERTA DE GATILHO – Shawn Carter, conhecido como Jay-Z, se posicionou publicamente após ser incluído em um processo que o acusa de ter abusado sexualmente de uma garota de 13 anos em 2000, durante uma festa pós-MTV Video Music Awards. As acusações foram anexadas ao processo federal originalmente movido contra Sean “Diddy” Combs no Distrito Sul de Nova York.
Jay-Z negou veementemente as alegações e direcionou críticas ao advogado da denunciante, Tony Buzbee. Em uma longa declaração divulgada no domingo, 8, o rapper e empresário classificou o caso como uma tentativa de extorsão e pediu que a denúncia fosse tratada como um caso criminal, e não civil.
“Essas alegações são tão hediondas por natureza que imploro que você registre uma queixa criminal, não civil!! Quem comete tal crime contra um menor deveria ser preso, você não concorda?”, declarou Carter. Jay-Z também questionou a conduta profissional de Buzbee, acusando-o de usar o caso para manipular a opinião pública e pressionar figuras públicas. “Fiz uma pequena pesquisa e parece que esse advogado tem um padrão desse tipo de teatralidade!”, afirmou.
O rapper destacou o impacto das acusações em sua vida pessoal, mencionando a necessidade de conversar com seus filhos sobre as alegações. “Minha esposa e eu teremos que sentar com nossos filhos, um dos quais está na idade em que seus amigos certamente verão a imprensa e farão perguntas sobre a natureza dessas alegações. Lamento mais uma perda de inocência. As crianças não deveriam ter que suportar isso”, desabafou.
Carter reiterou que nunca cometeu qualquer tipo de abuso e afirmou que “a verdade prevalecerá”. Ele também sugeriu que o caso é fruto de ganância e crueldade, enfatizando que não cederá à pressão.
“Você cometeu um erro terrível de julgamento pensando que todas as ‘celebridades’ são iguais. Nós protegemos as crianças. Temos códigos e honra muito rígidos”, disse Carter, referindo-se ao advogado e à estratégia legal adotada no processo.
O advogado Tony Buzbee rebateu as declarações de Jay-Z, afirmando que sua cliente nunca exigiu dinheiro do rapper e que sua única solicitação foi por uma mediação confidencial. “A alegação fala por si. Este é um assunto muito sério que será litigado no tribunal”, afirmou Buzbee, que também criticou a tentativa de Carter de descredibilizar a acusação.
Em postagens nas redes sociais, Buzbee escreveu: “Ela está encorajada. Estou muito orgulhoso de sua determinação.”
Além de Carter, o processo também acusa Sean “Diddy” Combs de tráfico sexual, extorsão e agressão sexual. Jay-Zfoi identificado no documento inicial como “Celebridade A” e só agora incluído nominalmente.
OBS.: Violência contra a mulher é crime! Se você está em situação de risco, ligue imediatamente para o 190. Para denunciar e buscar apoio, entre em contato com a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180. Além disso, delegacias especializadas da mulher podem oferecer orientação e acolhimento. Lembre-se, você não está sozinha e há ajuda disponível 24 horas por dia.
Wicked, adaptação cinematográfica do musical homônimo dirigida por Jon M. Chu, está encantando o público pelas atuações, números musicais que têm sido amplamente elogiados, além de oferecer um espetáculo visual. O filme, que estreou no dia 21 de novembro, conta a história que antecede o clássico O Mágico de Oz (1939) e aborda questões como aceitação, amizade e transformação pessoal. Parte do encantamento também tem os figurinos como destaque, eles foram cuidadosamente concebidos pelo aclamado figurinista Paul Tazewell.
Com mais de três décadas de experiência, Tazewell é conhecido por sua habilidade de contar histórias por meio de roupas. Ao longo de sua carreira, ele criou figurinos icônicos, como os de Hamilton (que lhe rendeu um Tony Award) e West Side Story (indicação ao Oscar). Em Wicked, ele volta a colaborar com Cynthia Erivo, que interpreta Elphaba, e Ariana Grande, que dá vida à Glinda.
Cynthia Erivo no papel de Elphaba e Ariana Grande como Glinda – Foto: Reprodução
Os figurinos de Tazewell refletem o crescimento emocional das personagens ao longo da trama. “O que eu queria ilustrar durante todo esse processo era o arco emocional delas ao longo do tempo. Os looks que eu tinha em muitos dos meus esboços são, no geral, o que seguimos, mas houve algumas mudanças na maneira como as coisas parecem e se encaixam. Eu queria que elas usassem espartilhos para dar uma silhueta definida e sinalizar aquele visual da virada do século. Você também tem que levar em conta a personalidade e o estilo dessas duas. Por exemplo, Cynthia queria ter um salto em sua bota e fazer esse salto crescer conforme ela amadurecia no filme”, contou o estilista.
Em uma entrevista concedida para a revista norte-americana, Essence, Tazewell falou sobre como Cynthia Erivo também se preocupou em homenagear a cultura negra através do figurino de sua personagem: “Eu me identifico diretamente com a personagem Elphaba por causa da marginalização que está escrita na história. Nós vemos como ela é vilipendiada por causa da cor de sua pele verde. Ter essa conexão para mim alimentou como eu queria que Elphaba fosse representada. Então para Cynthia isso carrega através de como ela quer representar a cultura negra. É incrível ver esse crescimento e como ela se empodera em um sentido para desafiar as probabilidades ou desafiar a gravidade porque ela aceita completamente quem ela é”.
Cynthia Erivo no papel de Elphaba – Foto: Reprodução
“Grande parte de seu conjunto foi inspirado pela natureza, por causa de sua conexão e defesa dos animais. Além disso, usamos a natureza como uma forma de fundamentar seu visual, o que é um contraste em como seus poderes são usados”, destaca ao lembrar as inspirações para a criação do figurino da Bruxa Má d’Oeste.
Já Glinda, com seu estilo exuberante e inocente, é representada por trajes rosa inspirados na silhueta clássica de princesa das fadas. O “vestido bolha”, usado na chegada à Terra dos Munchkins, foi criado com tecidos leves e adornos que evocam delicadeza e leveza, uma assinatura do trabalho colaborativo entre Tazewell e a equipe de alfaiates.
O criador dos figurinos de Wicked ainda destaca sua paixão pelo trabalho e revelou que também explora suas conexões emocionais na criação de cada peça: “Tenho paixão por contar histórias por meio de roupas. Esse valor central alimenta todos os projetos em que trabalho. Sou influenciado pelos diretores e atores com quem colaboro. Trabalhando nessas produções, estou sempre interessado em explorar minha própria conexão visceral e emocional com cada peça e manifestar isso por meio dos looks que você vê no palco ou nos filmes”.
Adotado em 25 de junho de 1850, o Código Comercial equiparava a pessoa escravizada a semovente, a animais: “Art. 273. Não podem, porém, dar-se em penhor comercial escravos, nem semoventes.”
Esse dispositivo do Código Comercial atravessou todo o período republicano, tendo sido revogado somente em 2002, pelo novo Código Civil. Diz muito sobre o racismo no Brasil o fato de que até bem pouco tempo havia lei federal que qualificava os escravizados, e obviamente seus descendentes, como animais.
Protesto Movimento Negro Unificado em 1978 / Fonte: Memórias da DItadura
Não é só: a Constituição republicana de 1891 assegurava o direito ao voto mas excluía os analfabetos e mendigos: “Art. 70, § 2°.Não podem alistar-se eleitores para as eleições federais, ou para as dos Estados: 1° Os mendigos; 2° Os analphabetos;”
Foto: Unsplash
Tendo em conta as leis que proibiam o acesso de escravizados à escola e o plano de embranquecimento do país implantado naquele período, não é difícil imaginar quem era analfabeto e mendigo no Brasil três anos depois da abolição.
Foto: Reprodução/Jornal Unicamp
O voto do eleitor analfabeto foi assegurado somente em 1985, com a Emenda Constitucional n. 25.
Mulher analfabeta mostra o dedo após votar, em 1986 – Foto: Orlando Brito
Ao mesmo tempo em que tratava ex-escravizado como gado e o excluía do direito de votar, a legislação republicana preocupava-se em assegurar e proteger a “pureza racial” da imigração europeia: Art. 121, § 6º. “A entrada de immigrantes no territorio nacional soffrerá as restricções necessárias á garantia da integração ethnica e capacidade physica e civil do immigrante… (Constituição de 1934).
Foto: Guilherme Gaensly (1843-1928) / Fundação Patrimônio da Energia de São Paulo / Memorial do Imigrante
A preocupação com a pureza racial, com a eugenia, passou a fazer parte inclusive do currículo escolar, conforme determinado pela Constituição de 1934: Art. 138. Incumbe á União, aos Estados e aos Municipios, nos termos das leis respectivas: b: estimular a educação eugenica;
Presidente Getúlio Vargas ao lado de Deputados em 1934
A despeito de todas essas leis (existem outras, algumas inclusive em vigor) há quem acredite que após a República o Brasil nunca teve leis racistas ou que a lei passou a tratar todos igualmente.
Foto: Reprodução/Freepik
Todos quem cara-pálida? Essa história de que nunca houve lei racista após a abolição lembra a infeliz invenção do tal racismo recreativo: certamente o racismo é bastante divertido para o racista. Para a vítima, racismo lembra dor, sofrimento e por vezes morte. Só sendo racista para associar racismo a diversão. Alguém aí aplaudiria a expressão “estupro recreativo”?
Foto: Reprodução/Freepik
Texto: Hédio Silva Jr., Advogado, Doutor em Direito, fundador do Jusracial e Coordenador do curso “Prática Jurídica em casos de Discriminação Racial e Religiosa”
Michelle Obama compartilha, mais uma vez, sua sabedoria e empatia com o público em seu novo livro, Superação: Um Livro de Exercícios. A obra interativa é uma continuação de Nossa luz interior: Superação em tempos incertos (2022) e oferece ferramentas práticas para lidar com os desafios da vida, desde mudanças inesperadas até momentos de perda e incertezas.
Em entrevista à revista Essence, a ex-primeira-dama dos Estados Unidos, falou sobre a motivação por trás do livro e compartilhou mensagens de esperança para mulheres negras, público que inspirou muitas de suas reflexões. “Você nunca está sozinha. Se você não está se sentindo bem, é provável que outras pessoas estejam no mesmo barco. Conectar-se com os outros faz bem, e eu prometo: isso ajuda”, declarou Michelle.
Para ela, a chave para enfrentar momentos difíceis está em começar pequeno. “Atividades concretas e finitas estabilizam nossas mentes e acalmam nossos corações. Pode ser tricotar, cozinhar ou simplesmente exercitar-se. O importante é tirar alguns minutos do dia para focar em algo seu”, explicou.
Michelle também destacou a importância de cultivar o bem-estar de forma holística, incluindo aspectos físicos, mentais e emocionais. Desde que deixou a Casa Branca, ela tem encontrado tempo para refletir sobre sua vida e priorizar momentos de qualidade com seus entes queridos. “Passar um tempo respirando e me conectando com as pessoas que amo me ajudou a ver minha história de forma mais clara”, disse.
Com Superação: Um Livro de Exercícios, Michelle espera ser uma guia para quem busca novas formas de superar os obstáculos da vida. “Quando se trata de mudança, todos podemos usar um copiloto — um amigo, um parceiro ou até um livro de exercícios. O importante é dar o primeiro passo.”
O livro ainda não tem data de lançamento agendada no Brasil.