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Netflix anuncia documentário sobre trajetória de Mike Tyson

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Foto: Matt Winkelmeyer / GETTY IMAGES

A Netflix anunciou, na última quinta-feira (19), a produção de um documentário em três partes sobre a trajetória do boxeador Mike Tyson. De acordo com o portal Deadline, a série, ainda sem título, promete abordar desde o auge da carreira do atleta — o mais jovem campeão mundial dos pesos pesados da história, aos 20 anos, em 1986 — até seus desafios fora do ringue, incluindo questões financeiras, abuso de substâncias e polêmicas públicas.

O anúncio ocorre após o sucesso de transmissão da luta entre Tyson e Jake Paul, que se tornou o evento esportivo mais assistido na história da plataforma de streaming.

Com direção de Floyd Russ, conhecido por trabalhos como Untold: Malice at the Palace e American Manhunt: The Boston Marathon Bombing, o documentário pretende ir além das glórias esportivas, trazendo uma análise aprofundada sobre Tyson. “Será uma jornada desafiadora, mas acolhedora”, declarou o ex-lutador. “A maioria das pessoas tenta ser o herói de suas próprias histórias, mas é preciso encarar o homem no espelho, com seus altos e baixos, para oferecer um relato completo.”

Produzida pelos estúdios EverWonder, DLP Media Group e Five All In The Fifth, a série integra a crescente oferta de conteúdo esportivo da Netflix, que inclui títulos como Formula 1: Drive to Survive e Full Swing, além de eventos ao vivo como o NFL Christmas Gameday.

ONU lança Segunda Década Internacional de Afrodescendentes com foco em justiça e igualdade

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Foto: ©UNFPA/Solange Souza

A Assembleia Geral da ONU adotou, na última terça-feira (17), uma resolução que estabelece a Segunda Década Internacional de Afrodescendentes, com vigência de 1º de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2034. O período será dedicado ao tema “Pessoas Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”.

Proposta pelo Brasil em parceria com países como Estados Unidos, Colômbia e Jamaica, a resolução A/79/L.25 dá continuidade às iniciativas promovidas durante a Primeira Década (2015-2024), que buscou fortalecer os direitos humanos das populações afrodescendentes e combater a discriminação racial em âmbito global.

Durante a Primeira Década, mais de 30 países implementaram mudanças legais e políticas para enfrentar o racismo, além de ações das Nações Unidas que capacitaram líderes jovens, valorizaram a cultura afrodescendente e culminaram na criação do Fórum Permanente de Afrodescendentes, em 2021.

O Alto Comissário para os Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, destacou, em novembro, os avanços do último período, mas alertou para os desafios ainda existentes. “Uma década apenas foi incapaz de resolver o legado de séculos de escravidão e colonialismo”, afirmou. Segundo ele, persistem barreiras históricas e sistêmicas que impedem a plena realização dos direitos das pessoas afrodescendentes.

Entre os objetivos centrais da nova década está a elaboração de uma declaração da ONU para reforçar o compromisso com os direitos humanos dessas populações. Türk defendeu ações efetivas para enfrentar o racismo estrutural e promover justiça reparatória.

A resolução reforça a necessidade de engajamento coletivo de Estados e sociedade civil para alcançar mudanças concretas e duradouras. “São necessárias ações ousadas para garantir os direitos e liberdades das pessoas afrodescendentes e entregar justiça racial”, afirmou Türk.

Dendezeiro lança coleção inédita inspirada em “Mufasa: O Rei Leão”

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Foto: Gui Luz

A Dendezeiro, uma marca negra reconhecida por sua inovação e representatividade na moda brasileira, lançou na quarta-feira, 18 de dezembro, uma coleção inédita inspirada em “Mufasa: O Rei Leão”, que estreou nos cinemas ontem, dia 19. A proposta une tradição e contemporaneidade, celebrando a ancestralidade, a conexão com a natureza e a força de quem constrói sua própria trajetória. As peças transcendem a moda, transformando-se em manifestações culturais.

Composta por oito looks, a coleção combina o universo africano de O Rei Leão com a estética nordestina da Dendezeiro. Cada peça reflete elementos e personagens do filme, reinterpretados sob a ótica da marca baiana. Tons terrosos, amarelos vibrantes, verdes intensos e texturas naturais, como palha e couro, conectam visualmente as savanas africanas ao sertão brasileiro.

Foto: Gui Luz

“É incrível quando a gente desenvolve um trabalho que se conecta com o mundo, e é cada dia mais importante que a Bahia seja o mundo. É uma honra sem tamanho cuidar da arte de Barry Jenkins (diretor do filme) e transformar isso a partir da nossa visão. Mostra não só a potência da moda nacional, mas como a Bahia é uma fonte inesgotável de criatividade. A Dendezeiro é uma prova de que o design emergente é sinônimo de futuro e por isso a gente está muito empolgado em mostrar o que construímos”, afirma Hisan, CEO e Diretor Criativo da Dendezeiro.

Reconhecida pelo site Mundo Negro como a maior grife negra do Brasil, a Dendezeiro é comandada por Hisan Silva e Pedro Batalha, que figuram na lista The Next 100 da Hypebeast. A marca conta com o apoio da Ashé Ventures, fundada pela atriz Viola Davis e o empresário Maurício Mota, que prioriza o Soft Power brasileiro. Na última edição do São Paulo Fashion Week, a Ashé foi patrocinadora master do desfile da Dendezeiro.

Foto: Gui Luz

Este ano, a marca conquistou mais de dez prêmios, incluindo “Marca do Ano” pelo Instituto C&A e Bazaar Brasil, além de reconhecimento internacional com o projeto “Respeita meu Capelo”, vencedor de um Leão de Prata no Cannes Lions e de um bronze na categoria Brand Experience & Activation.

A coleção Mufasa: O Rei Leão reflete um encontro poderoso entre o storytelling da Disney e a criatividade da Dendezeiro. Inspirado no símbolo de liderança e legado que Mufasa representa, o projeto reforça a visão da marca: empoderar pessoas a expressarem autenticidade, poder e orgulho cultural por meio da moda.

Foto: Gui Luz

“Acredito que existe uma explosão cultural dentro dessa parceria. Uma vez que o universo de ‘O Rei Leão’ conecta pessoas no mundo todo, a visão da Dendezeiro sobre esse projeto cria uma ponte entre a identidade nordestina e outros países. Além disso, reflete o olhar de uma empresa global que enxerga potencial na moda brasileira”, afirma Pedro, também CEO e Diretor Criativo da Dendezeiro.

Mara Ronchi, Head de Produtos de Consumo da Disney Brasil, reforça: “Diversidade, Equidade e Inclusão é um tema de extrema relevância para a The Walt Disney Company e permeia todas as nossas linhas de negócio. O lindo trabalho realizado pela Dendezeiro para ‘Mufasa: O Rei Leão’ mostra toda a potência criativa do nosso país, e reforça atributos importantes dessa história como a ancestralidade e a cultura africana”.

Foto: Gui Luz

A coleção, desenvolvida como um projeto artístico, apresenta peças únicas que não estarão disponíveis para venda.

Ficha Técnica

Diretor Criativo – Hisan Silva (@hisandeverdade)

Fotografia – Gui Luz (@guiluz__)

Videomaker – Leonardo (@leonardo.mf)

Drone: Agência lopes (@agency.lopes)

Social media – Gian Almeida (@gianallmeida)

Produção Executiva – Lorena Gomes (@llorena.gomes)

Gerente de Projeto – Ana Carolina Soares (@carol_cssoares)

Ass. de Produção – Camila Aduke (@camilaadukefotografia)

Beauty – Weiny (@Weinymk)

Ass. Beauty – Pamela Cássia (@pamelacassia20)

Styling  – Hisan Silva (@hisandeverdade)

Ass. Styling – Fernanda Monteiro (@afemonteiro)

Foto: Gui Luz

Modelos: 

Huan Pedroso (Zazu) (@huan.pedroso), Felipe Cruz (Skar) (@lipecruzz_), Renan Luz (Raafiki) (@wuzrenan), Tom Sant (Crocodilo) (@wevertonsant4), Lucas Gringo (Leão do frio) (@llucas__griingo), Ian Cerqueira (Mufasa) (@iancerqueiraa), Maria Clara (Sarabi) (@m.claraleiite) e Luna Marta (Deserto) (@_lunamarta)

Foto: Gui Luz

Café Quilombo busca “aquilombar” o varejo em parceria com Rede Hirota

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A Café Quilombo, marca que utiliza o café como meio para promover a ancestralidade negra, firmou parceria com a Rede Hirota, uma das maiores redes de supermercados de São Paulo. A colaboração disponibiliza o café Dandara, moído, com torra média e sabor gourmet, em cinco unidades da rede: três no bairro Ipiranga, além de lojas no Morumbi e Santa Cecília.

“Estar nas gôndolas do Hirota é mais do que uma conquista comercial. É uma forma de mostrar nossa força e resiliência, atributos também presentes nos nossos grãos”, afirma Danilo Negrete, fundador da Café Quilombo. “O Hirota tem um público fiel e exigente, e nossa presença lá reforça a força e o alinhamento da nossa marca com os melhores produtos do mercado.”

O grão escolhido, Robusta (ou Conilon), é conhecido por sua intensidade e resistência e, segundo Negrete, reflete a identidade da marca. “Durante muito tempo, o grão Robusta foi desvalorizado, mas escolhemos justamente por refletir nossa identidade. Ele é forte e resistente, assim como a trajetória do povo negro, que luta pela superação e protagonismo. Para nós, ele é mais do que um ingrediente – é um símbolo de resistência.”

Danilo Negrete : Foto Divulgação
 Danilo Negrete.  – Foto: Divulgação

A escolha pelo café Dandara atende ao perfil dos consumidores da Rede Hirota, que buscam qualidade e intensidade. A previsão para 2025 é de expansão para mais unidades e início das vendas online.

“Nosso objetivo é ‘aquilombar’ o varejo nacional, trazendo para as gôndolas nomes e histórias de personalidades que ajudaram a escrever nossa história”, conclui Negrete.

Negrete também ressalta que a presença nos supermercados facilita o acesso aos produtos da marca. “Muitos preferem fazer compras em mercados de bairro, perto de casa. Nossa presença no Hirota facilita o acesso aos nossos produtos e nos aproxima ainda mais dos nossos clientes, proporcionando uma experiência mais rica, com degustações e trocas de conhecimentos sobre o café.”

A Café Quilombo busca fortalecer o mercado de cafés especiais, destacando histórias ligadas à ancestralidade negra e à valorização do café brasileiro.

‘Mufasa: O Rei Leão’ reacende memórias e apresenta novas lições

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Imagem: Divulgação

Começo a escrever o texto e, no início, preciso dizer que fiquei emocionada ao assistir ‘Mufasa: O Rei Leão’. O filme, que conta a narrativa do pai de Simba, me tirou lágrimas nos minutos iniciais porque, há 30 anos, fui pela primeira vez ao cinema assistir à animação da Disney e agora, em 2024, levei meu filho ao tela grande pela primeira vez para assistir à prequela.

‘Mufasa: O Rei Leão’ trouxe para aqueles que, como eu, viveram a infância nos anos 90, uma certa nostalgia. O filme não decepciona, apesar das adaptações feitas na narrativa pelo cineasta Barry Jenkins. Na tentativa de responder a algumas perguntas sobre os primeiros anos de vida de Mufasa, dublado na fase adulta pelo ator Pedro Caetano, ou como o Rei Leão conheceu Sarabi, mãe de Simba, as histórias se desenrolam com certa rapidez.

Mesmo assim, a narrativa de Mufasa ajuda a resgatar memórias e sentimentos ligados à animação de 1994 – talvez até mais do que o remake live-action de 2019, dirigido por Jon Favreau. Acredito que esse resgate de sentimentos aconteça porque, assim como Simba, já crescemos e estamos muito mais parecidos com nossos pais e de alguma maneira podemos nos identificar com os desafios vividos pelo nosso herói. Mas não se enganem: diferente de Simba, que encontrou seu caminho com os amigos Timão e Pumba sob a filosofia de ‘Hakuna Matata’, a jornada de Mufasa é, no final das contas, sobre a relação entre os irmãos Taka, dublado pelo estreante Hipólyto, e Mufasa. Ela mostra como esse laço de irmandade vai se enfraquecendo aos poucos, conforme um leão triunfa sendo corajoso, leal e generoso, enquanto o outro sente que o irmão é uma ameaça às suas ambições.

Ficar juntos era uma missão para os familiares, mas o ciclo da vida, que aqui segue um roteiro, destina que cada um deles faça escolhas diferentes, afastando-os e levando-os para caminhos opostos. Taka passa a alimentar ressentimentos pelas realizações de Mufasa, o que define o destino trágico da relação entre os dois no futuro.

O longa também traz de volta personagens queridos, como Rafiki e Zazu: o babuíno que se torna um grande conselheiro de Mufasa, e o pássaro calau de bico vermelho, que, como vimos no clássico de 1994, será um aliado fiel do futuro rei.

Em sua essência, ‘Mufasa: O Rei Leão’ entrega uma narrativa emocionante que honra o legado do original, convidando novas gerações a explorarem esse universo. Ao mesmo tempo, reacende a magia para quem cresceu com o clássico, mostrando que, tal como o ciclo da vida, no final das contas, cada um de nós escolhe o próprio caminho.

Thiaguinho será atração principal em intervalo de jogo da NBA

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Foto: William Castro

Vai ter ousadia e alegria na NBA! O cantor Thiaguinho se apresentará durante o intervalo do jogo entre Orlando Magic e Portland Trail Blazers, válido pela NBA, a principal liga de basquete dos Estados Unidos. A confirmação foi anunciada nesta quarta-feira (18).

“Eu sou uma pessoa apaixonada por esportes, cresci com o esporte muito vivo dentro da minha casa. Apesar do Brasil ser o país do futebol, gosto muito de acompanhar o basquete e outros esportes. Vai ser uma experiência maravilhosa. Sem falar que a comunidade brasileira de Orlando é gigante. Tenho certeza que a recepção vai ser incrível e vou colocar todo mundo para curtir um pagode”, celebrou o pagodeiro.

O evento, intitulado “Brazil Night”, acontecerá no dia 23 de janeiro, na arena Kia Center, em Orlando, Flórida. A iniciativa tem como objetivo celebrar a comunidade brasileira local.

Orlando é um dos destinos favoritos dos brasileiros. Com o objetivo de fortalecer a conexão com o Brasil, o Orlando Magic mantém até mesmo perfis oficiais em português.

“Não existe justiça para pobre e preto”, diz esposa de Evaldo Rosa após Tribunal Militar absolver militares acusados de matar seu marido

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A esposa de Evaldo Rosa, Luciana Santos, se mostrou indignada nesta quarta-feira (18) após a decisão do Superior Tribunal Militar (STM), que reduziu as penas dos oito militares envolvidos na morte de seu marido e de Luciano Macedo, catador de latinhas, no Rio de Janeiro, em 2019. Ao deixar a corte, Luciana falou sobre sua frustração com o veredicto, dizendo que não acredita mais na justiça.

O STM acatou parte do recurso da defesa e reduziu as penas dos militares, que foram sentenciados a detenção em regime aberto, com penas que variam de três anos a três anos e seis meses. A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, que considerou a morte de Luciano Macedo como homicídio culposo (sem intenção de matar) e absolveu os militares da acusação de homicídio de Evaldo Rosa, alegando não haver provas conclusivas sobre o disparo fatal. Anteriormente, em primeira instância, os 8 militares haviam sido condenados a penas de 28 a 30 anos de prisão por assassinato qualificado doloso.

“Uma decisão horrível, lamentável, triste. Muito complicado. Mas era um pouco de se esperar. Porque no país em que a gente vive a gente sabe que não existe justiça, principalmente para pobre e preto”, afirmou Luciana, visivelmente emocionada. Ela também disse que não pretende recorrer da decisão.

“Vou ver com os meus advogados pra ver o que a gente pode fazer. Mas por mim pararia por aqui mesmo. Não confio porque sabemos que a Justiça é muito falha, e algo que faz muito mal pra mim, pra minha família, pro meu filho. É como eu tivesse que voltar no início de tudo o que eu vivi seis anos atrás”, completou.

O caso remonta a abril de 2019, quando os militares abriram fogo contra o carro em que Evaldo Rosa estava com sua família. A perícia confirmou que 62 tiros atingiram o veículo, e nove dispararam contra o músico, que morreu no local. Luciano Macedo, que estava no local e tentou ajudar, também foi baleado e morreu.

A decisão gerou controvérsia, especialmente entre aqueles que defendem uma responsabilização mais rigorosa dos militares. A ministra Maria Elizabeth Teixeira, que votou divergente, criticou a alegação de legítima defesa e apontou que o episódio refletia uma violência estatal contra a população negra e pobre. Para ela, a quantidade de disparos afasta qualquer justificativa para o uso da força.

A sentença é final no âmbito da Justiça Militar, mas a constitucionalidade da decisão pode ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF).

MP-BA apura acusações de racismo religioso contra Claudia Leitte por substituir Iemanjá por Jesus em música

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Foto: Popline

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou um inquérito civil após receber uma representação contra a cantora Claudia Leitte por sua postura discriminatória ao substituir Iemanjá, divindade de religião de matriz africana, na letra da música “Caranguejo”. Durante uma apresentação, a cantora trocou o verso “Saudando a rainha Iemanjá” por “Eu canto meu Rei Yeshua”, referência a Jesus Cristo em hebraico, o que gerou críticas e acusações de intolerância religiosa e racismo religioso.

A representação foi formalizada pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro, sacerdotisa do Ilê Axè Abassa de Ogum, e pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (IDAFRO). O caso será analisado pela promotora Lívia Sant’Anna Vaz, que decidirá se há elementos para abrir uma investigação.

Segundo Hédio Silva Jr., advogado das partes denunciantes, a alteração na letra “não é criação artística ou improvisação”, e a mudança não foi registrada oficialmente no ECAD. Caso sejam comprovadas irregularidades, a artista também poderá enfrentar acusações de falsidade ideológica.

O episódio reacendeu discussões sobre racismo e intolerância religiosa no Axé Music. Pedro Tourinho, secretário de Cultura e Turismo de Salvador, criticou em suas redes sociais posturas que, segundo ele, desrespeitam as raízes da cultura negra. “Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas escolhe reescrever a história, o nome disso é racismo”, escreveu.

Espetáculo “Ray – Você não me conhece”: A entrega potente de um elenco extraordinário

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Foto: Ale Catan

Texto: Rodrigo França

O elenco de “Ray” é uma verdadeira celebração da excelência artística, reunindo intérpretes que são, simultaneamente, excepcionais atores e cantores.

César Mello (@cesarmellooficial) com uma presença marcante, entregando emoção e potência vocal que arrebatam o público. Sidney Santiago Kuanza (@sidney_santiago_kuanza) e Abrahão Costa (@abrahao_costaoficial) trazem profundidade e delicadeza às cenas, enquanto Luiz Otavio (@luizotavio.oficial) equilibra técnica e sensibilidade com precisão. Flávio Bauraqui (@flavio.bauraqui), em uma performance inesquecível, transita com maestria entre a dramaticidade e a leveza, arrancando aplausos e suspiros em cada aparição.

Leticia Soares (@letsoartes), com uma voz que parece abraçar o público, une carisma e domínio cênico. Luci Salutes (@lucisalutes), Lu Vieira (@luvieirali), e Roberta Ribeiro (@robertaribeiroeu) completam o elenco com atuações e interpretações vocais impecáveis, harmonizando o palco com energia e talento.

Foto: Ale Catan

Já as crianças Caio Santos (@caio.santoss24) e Victor Morais (@victordbmorais) iluminam a trama com atuações sensíveis e autênticas, que cativam e emocionam. É uma equipe que não apenas dá vida aos personagens, mas também eleva a narrativa a um nível sublime.

A direção musical de Claudia Elizeu (@claudiaelizeu) e André Muato (@muatomuato) é um espetáculo à parte. A escolha de manter as canções na língua original é uma decisão corajosa e acertada, que respeita a essência da obra de Ray Charles e permite que o público seja transportado diretamente para o universo do artista. A banda ao vivo, composta por piano, baixo, bateria e sopros, não apenas acompanha, mas é personagem ativa da narrativa, guiando o espectador pelas nuances emocionais da trama. Os arranjos são precisos, entregando tanto a força dos momentos apoteóticos quanto a delicadeza das cenas mais intimistas. É um trabalho que não só respeita o legado de Ray, mas também o reinventa com maestria para o palco.

Carmem Luz (@carmenfilmdance), que assina a direção de movimento, coreografia e preparação corporal, é um dos pilares na construção desse espetáculo. Sua expertise e sensibilidade são evidentes no modo como os atores habitam seus papéis, como se cada um fosse não apenas guiado, mas também desafiado a explorar camadas mais profundas de seus personagens. Carmem não apenas propicia técnica, mas também inspira uma compreensão mais ampla da história e da cultura afro-americana que permeiam o espetáculo. Seu trabalho é um lembrete de que, por trás de grandes produções, há mentes e corações que dedicam suas vidas à arte, e seu impacto vai além do que se vê no palco – Carmem é luz é uma das maiores artistas que este país tem.

Foto: Ale Catan

Os músicos — Luiz Otavio, Dan Motta, Jonas Ricarte, Johny Capler, Ramon Medina, e Rafael Gomes — são o alicerce sonoro da peça, entregando uma trilha ao vivo que pulsa com intensidade, guiando cada cena com precisão e arte. A simbiose entre músicos e elenco é tão perfeita que ambos se tornam um só organismo no palco, traduzindo a genialidade de Ray Charles em uma experiência sensorial única.

Um espetáculo transformador

“Ray”, escrito e dirigido por Rodrigo Portella e idealizado por Felipe Heráclito Lima, é mais do que uma celebração da obra de Ray Charles: é uma experiência que une música, teatro e história em um espetáculo inesquecível. A dramaturgia, ao explorar a relação entre pai e filho, toca em questões universais, ao mesmo tempo em que resgata um legado essencial para a cultura negra. A deslumbrante encenação propicia a integração perfeita entre elenco, direção musical, movimento e a força de uma equipe dedicada faz de “Ray” um espetáculo que não apenas emociona, mas transforma. Para quem o assiste, é impossível sair do teatro da mesma forma que entrou.

Se o legado de Ray Charles é o de romper barreiras e criar pontes culturais, essa montagem cumpre, no palco, esse mesmo papel. Um convite à reflexão e à celebração de uma vida que mudou a música e a luta por direitos civis. A temporada no Teatro B32 é uma oportunidade imperdível para vivenciar o que há de melhor no teatro brasileiro contemporâneo. O espetáculo voltará em 2025. 

Ressalto que este texto não se propõe a ser uma crítica jornalística ao espetáculo, mas sim um olhar atento e apaixonado de alguém que é espectador, operário e amante da arte. É uma reflexão pessoal sobre as emoções, os detalhes e a grandiosidade que essa obra provoca em quem a vivencia. Uma celebração ao talento e à dedicação de todos os envolvidos, com a sensibilidade de quem também constrói e se inspira no universo artístico.

Ficha Técnica:

Elenco adulto: Cesar Mello, Sidney Santiago Kuanza, Abrahão Costa, Luiz Otavio, Flávio Bauraqui, Leticia Soares, Luci Salutes, Lu Vieira, Roberta Ribeiro. Elenco infantil: Caio Santos e Victor Morais. Músicos: Luiz Otavio, Dan Motta, Jonas Ricarte, Johny Capler; Ramon Medina e Rafael Gomes Idealização e Direção Artística: Felipe Heráclito Lima. Dramaturgia e Direção: Rodrigo Portella. Direção Musical e Arranjos: Claudia Elizeu e André Muato. Cenografia e Direção de arte: Gustavo Greco. Figurinos: Karen Brusttolin. Preparação corporal: Carmen Luz. Visagismo: Fabiane Monteiro. Tecladista e músico ensaiador: Dan Motta. Diretora Assistente: Glaucia da Fonseca. Programação Visual: Beto Martins. Fotos: Ale Catan. Consultoria de Dramaturgia: Luh Mazza. Colaboração de Dramaturgia: Milla Fernandez. Desenho de Luz: Gabriele Souza. Sound design: André Breda. Coordenação geral: Maria Angela Menezes. Direção de produção: Amanda Menezes. Produção executiva: Juliana Domingos. Assistente de produção: Carolina Camelo. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Manutenção de Mídias Sociais: Jéssica Christina. Gestão de Tráfego: Lead Tráfego. Captação de apoios: Gerardo Franco. Operador de som: Bob Reis. Camareira: Rosa. Gestão de projeto e prestação de contas: Felipe Valle e Mariana Sobreira (Fomenta Soluções Culturais). Supervisora de projeto: Juliana Trimer. Analista de projetos incentivados: Thiago Monte. Assistente de projetos: Bayron Alencar. Patrocínios: Chilli Beans e Hospital de Olhos. Apoios: Oncoclínicas, EAI?! e Casa Almeida. Apoio Institucional: Fundação Dorina Nowill para Cegos.

“Esse é um presente para a Nala e para os meus fãs”, diz Iza sobre clipe em que revela rosto da filha

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Foto: Reprodução

A cantora Iza presenteou os fãs na última quarta-feira (18) com o lançamento do clipe de sua nova música, “Como Posso Amar Assim?”, uma homenagem repleta de emoção para sua filha, Nala, nascida em outubro. Pela primeira vez, a cantora revelou o rostinho da pequena, encantando o público com esse momento especial e íntimo.

A canção, que surgiu após o nascimento de Nala, foi composta por Iza ao lado de Pedro Breder, Carolzinha e Bruno Calliman, e inicialmente faria parte de um novo álbum. Porém, a cantora decidiu lançá-la antes, como um single. “Resolvi lançar antes porque sei que meus fãs estão curiosos para ver o rostinho dela. É assim que eu gosto de me comunicar com meu público”, explicou.

O clipe mistura imagens do acervo pessoal de Iza com momentos da preparação para o parto, revelando o lado mais íntimo e sensível da cantora. “Foi diferente gravar com a Nala. Tudo foi pensado nos horários dela, e ela foi maravilhosa, ajudou o trabalho da mamãe e ainda olhou para a câmera algumas vezes”, contou Iza sobre a experiência inesquecível.

Além de ser um tributo à filha, a música é um presente de Natal para os fãs e pais que se identificarão com sua mensagem. “Espero que as mamães e papais cantem para seus filhos dormirem e que se emocionem tanto quanto eu. Nada melhor do que lançar isso às vésperas do Natal”, comemorou a artista.

“Como Posso Amar Assim?” transporta os fãs para uma experiência de amor e entrega, mostrando a transformação que a maternidade trouxe para Iza. “Hoje eu entendo que nada supera a oportunidade de ser mãe e nada é tão intenso quanto isso. A maternidade abre os nossos olhos para o que realmente importa”, refletiu a cantora.

Confira o clipe completo:

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