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The Weeknd anuncia data de lançamento do novo álbum ‘Hurry Up Tomorrow’

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Foto: Wagner Meier e Pedro Viela/Getty Images

The Weeknd anunciou nesta quarta-feira (27), o lançamento do seu sexto álbum de estúdio, ‘Hurry Up Tomorrow’, em 24 de janeiro de 2025. No dia seguinte, ele realizará um show único no Rose Bowl Stadium, nos Estados Unidos.

Até agora, o cantor já lançou três faixas do álbum: ‘Dancing in the Flames’, ‘Timeless’ com Playboi Carti e ‘São Paulo’ com Anitta. Essas músicas e outras do novo álbum foram estreadas durante o seu show de uma noite na capital paulista, no Estádio MorumBIS, em setembro.

The Weeknd também fará sua estreia no cinema com um longa metragem de suspense psicológico, que leva o mesmo nome do álbum, dirigido por Trey Edward Shults. Ele estreia o filme ao lado de Jenna Ortega e Barry Keoghan. Enquanto a trilha sonora será feita pelo cantor em colaboração com Daniel Lopatin.

Recentemente, The Weeknd também quebrou o seu próprio recorde, ao se tornar o primeiro artista a alcançar o feito de 22 músicas com mais de 1 bilhão de reproduções no Spotify.

Em 2023, o astro canadense revelou que este seria o seu último álbum como The Weeknd. “Está chegando a um ponto e a um momento em que estou me preparando para fechar o capítulo do Weeknd. Ainda farei música, talvez como Abel, talvez como The Weeknd. Mas ainda quero matar o The Weeknd. E eu vou. Eventualmente. Estou definitivamente tentando me livrar dessa pele e renascer”, disse ele na época. “O álbum em que estou trabalhando agora é provavelmente meu último hurra como The Weeknd. Isso é algo que tenho que fazer. Como The Weeknd, já disse tudo o que podia dizer”, disse na época em entrevista para a W Magazine.

Experiência Negra em Espaço de Luxo: 52% dos clientes negros desistem da compra por conta do racismo

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Foto: Freepik

“O luxo do futuro será exclusivo, mas não excludente.” Essa é a visão de Edu Paiva, Head de Diversidade, Equidade e Inclusão do Grupo L’Oréal no Brasil, sobre como o mercado de beleza de luxo deve evoluir para um ambiente mais inclusivo e acolhedor. Em uma entrevista ao Mundo Negro, Paiva destacou a importância de transformar a experiência de consumidores negros em ambientes de luxo, tornando o racismo visível e combatendo-o de forma ativa. A pesquisa inédita “Racismo no Varejo de Beleza de Luxo”, conduzida pela L’Oréal Luxo em parceria com o Estúdio NINA, revela dados alarmantes sobre as violências raciais sofridas por consumidores negros, destacando a urgência de mudanças significativas no setor.

O estudo revela que 91% dos consumidores negros das classes A/B já enfrentaram algum tipo de situação racista em estabelecimentos de luxo – um dado alarmante que evidencia a persistência desse problema. A pesquisa identificou 21 dispositivos racistas, ou seja, 21 formas diferentes pelas quais o racismo se manifesta dentro de lojas de beleza e shoppings de luxo. Esses dispositivos variam desde olhares sutis e atendimentos desinteressados até a falta de familiaridade dos vendedores com produtos voltados para peles negras. Em alguns casos, clientes tiveram suas bolsas revistadas ou lacradas, uma prática que afeta 18% dos consumidores negros. Esses dispositivos foram organizados em quatro eixos de ação: raça, classe social, cerceamento e vigilância, e inferiorização, que em conjunto agem para limitar a experiência e até impedir a presença de pessoas negras nesses ambientes.

Os impactos são profundos e têm consequências diretas não apenas para os consumidores, mas também para as marcas. De acordo com os dados apresentados, 52% dos clientes negros desistem da compra diante de situações de racismo, enquanto 54% afirmam que não retornam à loja após vivenciarem uma experiência negativa. Além disso, 29% dos consumidores optam por realizar a compra online, evitando o contato presencial e as possíveis situações desconfortáveis.

Para Edu Paiva, essas situações de racismo são um reflexo da sofisticação do racismo estrutural no Brasil, que se manifesta de forma silenciosa e camuflada. Segundo ele, o racismo nesses ambientes não apenas afeta a autoestima dos consumidores, mas também se reflete diretamente nas vendas e na fidelização do cliente. “Não podemos lutar contra o que não podemos ver. É preciso tornar o racismo visível para que possamos combatê-lo”, afirma. 

Como resposta a essas questões, o programa Afroluxo surge como uma iniciativa da L’Oréal Luxo em parceria com o MOVER (Movimento pela Equidade Racial) e o ID_BR (Instituto Identidades do Brasil), desenvolvendo o primeiro protocolo de atendimento de luxo antirracista do mercado. Esse protocolo visa combater práticas que são frequentemente vistas como inofensivas, mas que podem causar grande desconforto aos clientes negros, como oferecer opções de parcelamento sem que sejam solicitadas.

O programa também inclui auditorias anuais através da iniciativa Black Mystery Shopper, que avaliará o desempenho dos vendedores e identificará lacunas que precisem ser preenchidas. Essas auditorias são vistas como essenciais para promover mudanças reais e transformar a experiência dos consumidores em ambientes de luxo. Além disso, o aumento na oferta de produtos para peles negras, como a expansão da linha Teint Idôle Ultra Wear da Lancôme, que agora conta com 22 tons, é um dos exemplos das mudanças que estão sendo implementadas.

As conclusões da pesquisa apontam que, enquanto as marcas de luxo não se comprometerem de forma concreta com a inclusão racial, seguirão perdendo clientes e contribuindo para a exclusão de parte significativa da população. A solução exige tanto mudanças no ambiente de atendimento quanto a reeducação dos colaboradores e consumidores para que estereótipos históricos possam ser combatidos e superados.

Mulher é condenada a 25 anos por homicídio culposo após matar vizinha negra nos Estados Unidos

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Foto: Doug Engle/Ocala Star-Banner via AP

Na última segunda-feira, 25, Susan Lorincz, acusada de matar Ajike “AJ” Owens, foi condenada a 25 anos de prisão por homicídio culposo, no estado da Flórida, nos Estados Unidos. O crime, que ocorreu em junho de 2023, gerou repercutiu no país e gerou tensões raciais. A sentença foi proferida pelo juiz Robert Hodges, que descreveu o crime como “homicídio culposo muito agravado”, embora tenha decidido não aplicar a pena máxima de 30 anos, em razão da ausência de antecedentes criminais de Lorincz.

Owens, mãe de dois filhos, foi morta a tiros por Lorincz após uma discussão envolvendo seus filhos. Segundo depoimentos, Owens foi até a casa de Lorincz para confrontá-la após uma briga com os filhos de Owens, durante a qual Lorincz teria gritado chamando as crianças de “escravos negros” e jogado um patins em uma das crianças. Acompanhada de seu filho de 10 anos, Owens bateu na porta de Lorincz e exigiu que ela saísse, mas Lorincz disparou uma arma calibre .380 através da porta, atingindo Owens no peito. Ela foi declarada morta após ser levada ao hospital. Owens estava desarmada e a porta de Lorincz estava trancada no momento do tiroteio.

Segundo a Variety, durante o julgamento, Lorincz afirmou estar arrependida, dizendo ao tribunal: “Sinto muito por ter tirado a vida de AJ. Nunca tive a intenção de matá-la.” Sua defesa afirmou que ela agiu em legítima defesa. Por outro lado, a família da vítima e os promotores pediram uma sentença mais severa. Pamela Dias, mãe de Owens, declarou: “Estou diante de vocês não apenas lamentando a perda da minha filha, mas também a perda de nossas esperanças, sonhos e o futuro do qual frequentemente falávamos.”

Lorincz foi acusada de homicídio culposo com arma de fogo, negligência culposa e duas acusações de agressão, além do homicídio em si.

Dona de padaria descobre que cliente que frenquenta seu estabelecimento há 14 anos é seu filho biológico

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Foto: Anthony Vazquez / Sun-Times

Após décadas de separação, um reencontro inesperado em uma padaria de bairro transformou a vida de Lenore Lindsey, 67, e de Vamarr Hunter, 50. Lindsey, dona da ‘Give Me Some Sugah’, descobriu em 2022 que um de seus clientes mais fiéis era o filho que ela havia dado para adoção aos 17 anos.

A conexão foi revelada após Hunter usar recursos de genealogia para encontrar sua mãe biológica. Surpreendentemente, mãe e filho já viviam a menos de dois quilômetros um do outro, e Hunter frequentava a padaria há anos, atraído pela atmosfera acolhedora e pelas panquecas. “Foi a energia, a decoração, tudo parecia natural”, relembra Hunter sobre sua primeira visita à padaria, há 14 anos, quando a frequentava ao lado da então noiva Meagan.

Antes do reencontro, Lindsey lutava contra o câncer de mama e enfrentava dificuldades para manter o negócio que abriu em 2008. Inspirada pelas receitas de sua mãe, avó de Hunter, e pelo desejo de criar um espaço acolhedor na comunidade, ela havia transformado a “Give Me Some Sugah” em um ponto de referência no bairro. Ao descobrir sua conexão de mãe e filho, Hunter decidiu ajudar Lindsey a preservar o legado da padaria: “Ele trouxe paz para minha vida, como se tudo tivesse fechado um ciclo”, afirmou a mãe, curada do câncer, em entrevista para o jornal Chicago Sun Times.

Hunter, que deixou seu emprego para liderar o negócio, vê o trabalho como uma oportunidade de manter viva a memória e o impacto comunitário da mãe. “Quero manter o máximo possível do que ela construiu. Este lugar é um pilar da comunidade”, afirmou. A padaria voltou a abrir cinco dias por semana e os negócios começaram a prosperar novamente. Ele já tem planos para o futuro, incluindo o retorno de itens clássicos do cardápio, como as panquecas que tanto apreciava em suas primeiras visitas.

Como o reencontro aconteceu

Vamarr Hunter, 50, cresceu sem saber que havia sido adotado, mas tinha uma desconfiança que foi confirmada quando, aos 35 anos, a mão que o adotou revelou a verdade. Mesmo com essa confirmação, Hunter ainda acreditava que havia mais por trás de sua adoção, e sua sensação foi reforçada após um acontecimento inesperado. No início de 2022, Hunter viu o número de telefone do National Center for Missing and Exploited Children na TV e decidiu ligar para a linha direta.

O coordenador de programas especiais da organização o conectou com Gabriella Vargas, uma genealogista genética da Califórnia, que estava trabalhando com o centro na época. Hunter já havia feito seu perfil genético por meio de um site de genealogia, mas precisava de ajuda para descobrir mais sobre suas origens. Não demorou muito para que Vargas localizasse sua mãe biológica.

Lindsey recebeu as informações de Hunter e entrou em contato logo depois. Quando Hunter atendeu o telefone e viu o nome de Give Me Some Sugah no identificador de chamadas, ele sabia que algo extraordinário estava acontecendo. “Senhorita Lenore? De Give Me Some Sugah? É Vamarr!” ele disse. Ao mencionar o nome de sua ex-noiva, Meagan, ficou claro para ambos que haviam vivido tão próximos o tempo todo, a apenas uma milha de distância um do outro. “Isso é loucura”, disse Vargas, que havia resolvido casos complexos e até arquivados, mas nada que se comparasse a essa situação. “Nunca tive um caso que terminasse assim.”

Drake abre dois processos acusando gravadora de inflar ‘Not Like Us’, de Kendrick Lamar, e pagar pela veiculação em rádio

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Fotos: Richard Shotwell / Invision/Associated Press e Stephane FEUGERE

A rivalidade entre Drake e Kendrick Lamar agora está se tornando um caso de justiça. Na segunda-feira (25), Drake entrou com uma petição no tribunal de Nova York, acusando a sua gravadora Universal Music Group de conspirar com Spotify para aumentar artificialmente os números de streams da diss ‘Not Like Us’, e hoje, abriu uma segunda petição no tribunal do Texas, alegando que a gravadora pagou a iHeartRadio, a maior rede de rádio dos Estados Unidos, para aumentar a veiculação da música e tornar o som um grande sucesso.

“A UMG projetou, financiou e então executou um plano para transformar ‘Not Like Us’ em um mega-hit viral com a intenção de usar o espetáculo de dano a Drake e seus negócios para gerar histeria do consumidor e, claro, receitas massivas. Esse plano teve sucesso, provavelmente além das expectativas mais loucas da UMG”, afirmam os advogados de Drake na petição.

Neste novo processo, os advogados do Drake, ainda relatam que a UMG, que trabalha com os dois artistas, sabia que a música do Lamar o acusava de pedofilia, mas decidiu distribuí-la mesmo assim. Eles dizem que as alegações são falsas.

Os processos não se tratam de uma ação judicial, mas as petições dizem que os advogados de Drake têm motivos suficientes para entrar com ações.

Em resposta ao primeiro processo, a UMG negou as acusações de Drake e afirmou que a ideia de que a gravadora “faria qualquer coisa para prejudicar qualquer um de seus artistas é ofensiva e falsa” e que “os fãs escolhem a música que querem ouvir”.

Entenda rivalidade entre Drake e Kendrick Lamar

A rivalidade entre Drake e Kendrick Lamar começou de forma sutil e foi crescendo ao longo dos anos, marcada por competições líricas e indiretas em músicas. Os dois rappers estavam em ascensão em meados de 2010, chegaram a fazer parcerias musicais, mas também disputavam por status de maior artista de sua geração.

Mas em março deste ano, a disputa deu início a um novo patamar quando Lamar lançou faixas questionando o uso de ghostwriters e até mesmo sugerindo que Drake teria problemas pessoais não resolvidos. Em mais trocas de farpas com novas faixas, Drake insinuou que Kendrick teria agido de forma inadequada em relação à sua noiva, enquanto Kendrick acusou Drake de esconder uma filha e proteger pedófilos em sua empresa.

As acusações não vieram sem controvérsia. Drake chegou a sugerir que Kendrick só o atacava porque teria sido vítima de abuso na infância, um movimento que foi duramente criticado nas redes sociais.

Para fazer o que o movimento do hip-hop chama de “enterro”, Kendrick Lamar lançou a diss ‘Not Like Us’, que se tornou um grande sucesso. Junto com grandes estrelas do gênero, como Dr. Dre e Tyler The Creator, em junho, ele realizou um show memorável ao estrear a música ao vivo, onde ele acusa o Drake de usar inteligência artificial de vozes de Tupac e Snoop Dogg em sua faixa ‘Taylor Made Freestyle’.

Desde então, não houve mais lançamentos de diss de um rapper contra o outro, e nenhum apresentou provas concretas para sustentar suas alegações.

De Insecure para a vida real: Issa Rae promove o Somerville, restaurante que celebra a cultura negra

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Foto: Lee Vuitton

Inaugurado em 22 de novembro de 2024, o restaurante Somerville já é celebrado como um novo espaço cultural em View Park-Windsor Hills, Los Angeles. Criado por Yonnie Hagos e Ajay Relan, também responsáveis pelo Hilltop Coffee + Kitchen, o restaurante combina alta gastronomia com a valorização da história negra da região.

O nome do restaurante é uma homenagem ao Hotel Somerville, um marco cultural e social do centro-sul de Los Angeles entre 1921 e 1956. Na época, o hotel e os clubes de jazz da Central Avenue eram espaços vibrantes para artistas e músicos negros, que enfrentavam restrições em estabelecimentos de propriedade branca. Segundo os fundadores, o Somerville busca resgatar esse legado histórico enquanto cria um ambiente moderno e acolhedor para a comunidade local.

Issa Rae (@issarae), atriz, produtora e residente da região, tem demonstrado seu apoio ao projeto de forma entusiasmada, promovendo o restaurante em suas redes sociais e destacando sua importância cultural. Em uma postagem, ela descreveu o Somerville como “uma homenagem ao passado artístico clássico do centro-sul negro de Los Angeles” e enfatizou a atmosfera acolhedora e os pratos do restaurante. Sobre sua relação com o espaço, a equipe do Somerville destacou: “Ela é uma de nós e vive na vizinhança! Issa sempre coloca nossa parte da cidade em evidência, e somos gratos pelo apoio dela. Estamos ansiosos para recebê-la regularmente.”

Com um design inspirado no Art Déco e detalhes em mogno, o restaurante também conta com um piano de cauda no centro do ambiente, ressaltando a conexão com o passado musical da região. No cardápio, elaborado pelo chef Geter Atienza, estão entradas como ostras e crudo, pratos principais como lombo de wagyu e sliders de frango frito com caviar, além de sobremesas como torta de chocolate amargo e cheesecake com marmelada de azeitona preta.

A abertura do Somerville atende a uma demanda antiga dos moradores de View Park por espaços de alta gastronomia que não exijam deslocamento para outros bairros. Funcionando de quarta a domingo, das 18h às 23h, o restaurante promete se tornar um ponto de referência tanto para a culinária quanto para a celebração da história negra de Los Angeles.

Jojo Todynho diz ter recebido proposta de R$ 1,5 milhão para apoiar Lula; PT nega e abre processo contra a cantora

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Fotos: Reprodução/YouTube e Marcel Camargo/Agência Brasil

Jojo Todynho disse, nesta terça-feira (26), que recebeu uma oferta de R$ 1,5 milhão para apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. No entanto, o Partido dos Trabalhadores negou as declarações da cantora e já confirmou que entrará com uma ação indenizatória contra a artista, informou o Poder360.

Durante uma entrevista ao canal do YouTube Brasil Paralelo, Jojo disse que foi convidada para um almoço de trabalho, quando recebeu a suposta proposta. “Ligaram, marcaram um almoço, falaram que era um trabalho e quando eu cheguei lá era isso… Me ofereceram R$ 1,5 milhão para fazer campanha quando o Lula veio candidato a presidente… E eu falei: ‘Desculpa gente, não vai rolar'”, contou.

Jojo ainda acusou outras celebridades de receberem dinheiro para fazer campanhas políticas para o PT. “Todas as pessoas que fizeram campanha, páginas de fofocas que estão me atacando, todos ganharam dinheiro pra fazer campanha. Se para mim ofereceram R$ 1,5 milhão, imagina quanto outros não ganharam e continuam ganhando”.

O Partido dos Trabalhadores se pronunciou para acusar as declarações da cantora como fake news. “A campanha eleitoral do presidente Lula nunca fez qualquer proposta de participação remunerada para Jojo Todynho em atos de apoio. A notícia falsa foi divulgada numa plataforma de extrema direita, no momento em que Bolsonaro e sua organização criminosa foram indiciados por tentativa de golpe e plano para assassinar Lula”.

Tia Má destaca educação positiva como ferramenta contra violências diárias sofridas por crianças negras

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Foto: Divulgação

Mãe de dois e madrasta de uma, como ela mesma descreve em sua biografia do Instagram, a jornalista e escritora Maíra Azevedo, também conhecida como Tia Má, tem refletido sobre o impacto da educação positiva na criação de crianças negras. Para ela: “Educar com afeto e respeito é uma forma de desarmar as violências diárias que a sociedade impõe ao nosso povo”, afirma ela.

A educação positiva consiste em uma abordagem não punitiva que busca fortalecer o relacionamento entre pais e filhos por meio de respeito, empatia e autonomia. Fundamentada no encorajamento e no exemplo, em vez de punições ou chantagens, ela respeita os sentimentos das crianças, evitando agressões físicas ou morais, que podem causar danos psicológicos. Embora tenha regras claras e limites, promove o aprendizado por meio do diálogo e do respeito mútuo. Diferente do modelo tradicional que alterna entre punição e permissividade, a educação positiva equilibra firmeza e gentileza. Apesar de enfrentar críticas por romper padrões antigos, as discussões sobre a importância de uma criação que não está pautada no castigo e na violência tem sido amplamente proposta por mães que criam conteúdos para as redes sociais.

“No passado, nossos antepassados eram ensinados a corrigir os filhos com rigor, mas agora sabemos que, para as crianças negras, a autoestima e a segurança emocional são tão importantes quanto a disciplina”, lembrou Tia Má. “A educação positiva é uma resistência, pois educar com gentileza e respeito é também construir um lugar de força. Precisamos ensinar nossas crianças que merecem o amor e o cuidado, e que são capazes de mudar o mundo. A educação positiva com crianças pretas é revolucionário. Precisamos assegurar que nossas crianças tenham a certeza que o respeito é um direito”, complementa.

Recentemente, Tia Má compartilhou nas redes sociais um registro do filho mais velho, Aladê Koman, andando de ônibus durante uma viagem de intercâmbio em outro país. Na legenda, a jornalista celebrou a conquista e relembrou os momentos de dificuldade financeira que viveu com o filho: “Oi filho…lembra do telhado caído? Da gente comendo soja porque mamãe não tinha dinheiro para comprar carne? Da gente tomando banho com apenas uma garrafa de dois litros de água? E da infestação de pombo, que não deixava a gente dormir? Então…como eu sempre te disse, a educação é a arma mais potente para transformar nossa realidade! Hoje, é o primeiro dia de aula do seu intercâmbio e é mais um sonho que realizamos sem nem a gente ter sonhado! Como eu sempre te disse…passarei noites sem dormir, sem pregar meus olhos para que vc e sua irmã possam realizar todos os sonhos que tiverem! Que vc nunca esqueceu de onde veio, mas que tenha certeza que pode ir para qualquer lugar do mundo e sua mãe estará contigo! Te amo”, escreveu.

Na Bahia, encontro reúne mulheres negras, quilombolas e periféricas para construir propostas de justiça climática

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A crise climática, uma das maiores preocupações globais da atualidade, tem impactos desiguais entre os diferentes grupos sociais e territoriais. Em áreas vulneráveis, onde as mulheres negras, quilombolas e periféricas vivem, elas enfrentam na linha de frente os desafios ambientais.

Diante desse cenário, o UMOJA – Encontro de Mulheres Negras Quilombolas e Periféricas pela Resiliência Climática e Bem Viver – será realizado nos dias 29 e 30 de novembro, em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. O evento reunirá lideranças comunitárias, ativistas, acadêmicas e mulheres de várias gerações para debater os impactos das mudanças climáticas e construir estratégias de enfrentamento. A proposta do encontro é criar um espaço de diálogo e troca de saberes.

Embora as comunidades tradicionais estejam entre as áreas mais conservadas no Brasil, 98,2% dos quilombos estão ameaçados por obras de infraestrutura, mineradoras e sobreposições de imóveis particulares, como mostra um levantamento do Instituto Socioambiental (ISA) em parceria com a Coordenação Nacional de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

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É a população negra a mais afetada pelas ondas de calor. Nas periferias, são os mais atingidos pelas inundações por falta de sistema de drenagem adequado; saneamento precário; insegurança hídrica e energética; ilhas de calor em decorrência da concentração de concreto e a ausência de áreas verdes; e até mesmo perda de suas casas devido a eventos climáticos extremos.

Realizado pela Associação Rede Elas Negras Conexões (AREC), o UMOJA visa debater alternativas de Bem Viver sustentável a partir das práticas e saberes tradicionais; a relação entre justiça climática e questões de gênero e raça; o fortalecimento da resiliência comunitária; e o fomento a redes de apoio e aprendizado entre mulheres que enfrentam desafios semelhantes.

“O Encontro UMOJA tem essa missão para cumprir. Reunir mulheres negras, quilombolas, periféricas, lideranças que estão nas suas comunidades, no fronte de luta. Vamos construir um documento, para ser utilizado durante as nossas agendas de 2025, principalmente a Marcha Nacional das Mulheres Negras e a COP30”, explica Pamela Batista, coordenadora executiva da Associação, que reforça que durante o evento haverão momentos de autocuidado. “Porque se cuidar e desacelerar também é necessário.”

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Programação
As atividades do sábado (29), primeiro dia de encontro, terão início com um coffe break até às 9h, seguido pela Mesa de Abertura com lideranças negras quilombolas e periféricas. A programação do dia inclui um tour no Convento Santo Antônio; a organização de Grupos de Trabalho para Construção Coletiva da Carta Umoja; além de um momento de vivência com produtores locais, com uma visita à horta quilombola em Santiago do Iguape, guiada por Edson Falcão, liderança da comunidade.

Para o segundo dia, estão reservadas palestras sobre “Educação antirracista e práticas comunitárias pela emergência climática e combate ao racismo ambiental” e “Feminismos em Debate: Reflexões sobre a Organização do Movimento de Mulheres Negras em Salvador (1978 a 1997)”. Além de um Circuito Expositivo de produtos Artesanais e Agroecológicos na Galeria da Entrada do Convento Santo Antônio.

Os dias de encontro ainda serão permeados por performances e momentos culturais com a Banda Mulheres Percussiva, o Grupo de Dança Afro Pulo do Negro, o Samba das Pretas, a Roda de Capoeira Grupo Tradição Quilombola e o Samba de Roda Geração do Iguape.

SERVIÇO

O quê: UMOJA – Encontro de Mulheres Negras Quilombolas e Periféricas pela Resiliência Climática e Bem Viver
Quando: 29 e 30 de novembro
Onde: Cachoeira, Recôncavo da Bahia

“Já nos consideramos vitoriosos”, diz Eliana Alves Cruz após indicação de “Anderson Spider Silva” ao Emmy Internacional

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Foto: Divulgação

Na noite da última segunda-feira, 25, a minissérie “Anderson Spider Silva”, da Paramount+, representou o Brasil no Emmy Internacional 2024, em Nova York, nos Estados Unidos, concorrendo na categoria de ‘melhor filme ou minissérie para TV’. Apesar de não levar o prêmio, a equipe brasileira celebrou a indicação como uma vitória.

“Estamos muito felizes. Já nos consideramos vitoriosos só por ser a única indicação brasileira nesta categoria. Foi massa e comemoramos igual”, declarou Eliana Alves Cruz, uma das roteiristas da produção, que retrata a trajetória do lutador de MMA Anderson Silva, o “Aranha”.

Álvaro Campos, Eliana Alves Cruz, Marton Olympio, Raul Pérez e Susan Kalik – Emmy 2024 – Foto: Reprodução

A minissérie, com cinco episódios, explora as dores, os desafios e a força que moldaram um dos maiores nomes do esporte mundial, desde sua infância até se tornar um campeão, criado pelos tios em uma história de resiliência e união familiar. O roteiro foi assinado por um time liderado por Marton Olympio e que incluiu nomes como Eliana Alves Cruz, vencedora do Jabuti 2022, e Álvaro Campos, premiado no Festival do Rio 2021.

A produção alemã “Liebes Kind”, da Netflix, que concorria contra a série brasileira foi a vencedora na categoria. ‘Liebes Kind retrata um drama policial baseado em um romance homônimo. Outras finalistas incluíram a japonesa “Deaf Voice” e a britânica “O Sexto Mandamento”.

Além de “Anderson Spider Silva”, outras produções brasileiras concorreram no Emmy Internacional deste ano, como Júlio Andrade, indicado a melhor ator por “Betinho, no fio da navalha” (Globoplay), e o documentário “Transo” (Canal Futura). Nenhuma delas, no entanto, conquistou o troféu.

Mesmo assim, a participação foi motivo de celebração. A equipe brasileira, que contou com as presenças do diretor Caíto Ortiz, das produtoras Teresa Gonzalez e Mariângela de Jesus e do próprio Anderson Silva, reforçou o impacto cultural da série. “Anderson Spider Silva” já havia sido premiada no Prêmio Produ, voltado para produções latinas, como melhor minissérie histórica, política e social.

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