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Matheus Fernandes vítima de racismo em shopping pede ajuda para comprar uma moto nova

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Após imagens publicadas nas redes sociais que mostram Matheus Fernandes na escada de emergência do Shopping Ilha Plaza, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, na última quinta-feira (6), imobilizado por dois policiais que trabalhavam como seguranças do Shopping, o jovem lançou uma “vaquinha” e está pedindo ajuda para conseguir comprar uma nova moto.

O entregador de 18 anos, que estava no shopping para trocar um relógio que havia comprado de presente de Dia dos Pais foi seguido e acusado, pelos dois homens que não tiveram suas identidades reveladas, de furto mesmo Matheus estando com a nota fiscal do produto.

Segundo a FolhaPress, Matheus passou o domingo com a família. Ele chegou a presentear o pai com o relógio. O rapaz conta, porém, que ele e os pais estão preocupados com a sua segurança. “Não sai de casa nem para passear com os cachorros, como sempre fazia. Também tenho medo de ir trabalhar e acontecer algo comigo”, disse o rapaz.

A vaquinha online foi ideia dos familiares para que ele consiga comprar uma moto: “Tirei uma moto no consórcio porque eu não tinha carteira assinada. Paguei apenas quatro parcelas. Pagava com o dinheiro que eu ganhava com as entregas”, contou o rapaz.

Por meio de nota, a Polícia Militar informou que a corporação não compactua e pune com o máximo rigor desvios de conduta cometidos por seus membros.
“São dois policiais militares que trabalham para uma empresa de segurança que presta serviços para o shopping na área de inteligência”, disse o delegado Marcus Henrique, que investiga o caso.

Conforme o delegado, a dupla vai responder por racismo e abuso de autoridade. Caso condenados pelo crime de racismo, os policiais militares podem pegar de 1 a 3 anos de prisão. Eles vão prestar esclarecimentos à Polícia Civil nos próximos dias.

“A Corregedoria da Polícia Militar está acompanhando e apoiando a condução do inquérito instaurado pela 37ª DP. Paralelamente, foi aberta uma apuração sumária para verificar a conduta dos dois policiais militares sob a égide do regimento interno da Corporação, garantindo aos envolvidos amplo direito de defesa”, diz a nota da PM.

A vaquinha para compra da moto tem como “meta” o valor de R$ 12.000,00 e até o momento arrecadou o valor de R$ 765,00 para ter acesso a vaquinha online e contribuir com Matheus Fernandes clique aqui.

África do Sul celebra o “Dia Nacional da Mulher”

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Feriado na África do Sul, o Dia Nacional da Mulher celebra a marcha 9 de agosto de 1956, quando cerca de 20.000 mulheres marcharam até Pretória com uma petição contendo mais de 100.000 assinaturas contra as leis que exigiam que os sul-africanos fossem definidos como negros nos registros para portar um passe que servia para manter a segregação da população, controlar a urbanização e gerenciar a migração durante o regime de segregação, o apartheid.

Apoiadas por mães, filhas, irmãs e amigos, não apenas marcharam, mas permaneceram em silêncio por 30 minutos em uma demonstração de unidade não violenta e muito poderosa, do lado de fora dos Union Buildings, gabinete e residência oficial do presidente do país.

Dois anos antes da marcha, em 1954, lançou-se a Federação de Mulheres Sul-Africanas com o objetivo de unir as mulheres da nação para garantir plena igualdade de oportunidades para todas, independentemente de raça, cor ou credo, extinguir deficiências sociais, jurídicas e econômicas e lutar pela proteção das mulheres e crianças. Uma carta foi escrita na primeira conferência da Federação e apelou para a emancipação de homens e mulheres de todas as raças, igualdade de oportunidades no emprego, pagamento igual para trabalho igual, direitos iguais em relação a propriedade, casamento e filhos, remoção de todas as leis e costumes que negavam às mulheres tal igualdade, e exigia licença maternidade paga, creches para mães trabalhadoras e educação obrigatória e gratuita para todas as crianças sul-africanas.

Ray Simons, Amina Cachalia, Helen Joseph e Lillian Ngoyi foram as líderes do pacífico protesto, possuem estátuas na Praça Lilian Ngoyi, primeira mulher eleita para o comitê executivo do Congresso Nacional Africano e hoje tem seu nome intitulando um hospital em Soweto, hall residencial da universidade de Rhodes e ruas em diversas cidades da África do Sul.

Jaguar: Ouça o álbum de estreia da cantora Victoria Monet

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Antes mesmo de lançar seu álbum de estreia, Victoria já havia nos mostrado ser uma grande artista. A jovem nascida na Georgia, já compôs e produziu para artistas renomados como Brandy, Chloe x Halle e Ariana Grande, com quem lançou o single Monopoly. Além disso, Victoria também ganhou muita popularidade nos últimos anos, sendo ato de abertura de turnês da girlband Fifth Harmony e também da Ariana Grande.

Em Jaguar, Victoria, que já acumula duas indicações ao Grammy Awards, colabora com outros músicos excelentes como Khalid, e SG Lewis na faixa Experience. O disco, tem algumas faixas que já conhecemos, como os singles Ass Like That e Moment, lançados poucos meses atrás. Junto com o lançamento do projeto, também foram disponibilizados o video clipe da faixa título do álbum e um curta metragem de três minutos com o mesmo nome.

Logo em seu primeiro álbum de estúdio, Victoria já conseguiu arrancar elogios da critica especializada, conseguindo uma média de 82 pontos no Metacritic, sendo aclamada por diversas mídias como Pitchfork, NME, The Guardian, Clash, Independent, The Line Of Best Fit. E não é para menos, um dos produtores é D’Mille, que tem em seu currículo trabalhos com Ciara, Usher, Mary J Blige e Janet Jackson. Jaguar, está disponível em todas as plataformas digitais e você pode ouvir quando quiser.

“A senhora virou a minha ancestralidade”: Atores prestam homenagem à Chica Xavier

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hica Xavier faleceu aos 88 anos em consequência de um câncer — Foto: Reprodução/Instagram

Chica Xavier morreu aos 88 anos, em consequência de um câncer, neste sábado, 8/8, no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Casada há 64 anos com o ator Clementino Kelé, a artista teve três filhos e três netos. Nas redes sociais, famosos prestaram homenagens e relembram grandes momentos da carreira e vida da atriz.

A atriz nasceu em Salvador e começou a trabalhar muito cedo, aos 14 anos. Saiu da Bahia e mudou-se para o Rio de Janeiro em 1953, aos 21 anos, com o sonho de se aprofundar na arte. Em meados da década de 60, ela estreou na TV e colecionou trabalhos marcantes, como as novelas Marron Glacé, a primeira versão de Sinhá Moça, Renascer, Pátria Minha e Duas Caras, tendo se destacado também no cinema, no clássico e premiado filme “Assalto ao Trem Pagador”, de 1962. O último trabalho dela na televisão foi em Cheias de Charme, em 2012.

Chica Xavier foi símbolo de representatividade para várias gerações de atrizes e atores negros abriu caminho para que outros artistas pudessem brilhar. Em cena, a atriz trazia os traços de sua baianidade. A artista foi homenageada com prêmios e teve sua trajetória contada na biografia “Chica Xavier: Mãe do Brasil”, lançada em 2013.

Homenagens

Nas redes sociais muitos atores prestaram homenagem à atriz, uma grande referência artísticas para comunidade negra.

Lázaro Ramos

“Hoje as lágrimas correm como um Rio. Dona Chica Xavier é uma das pessoas mais especiais que conheci na vida. Quando ainda na Bahia eu sonhava em ser ator era ela uma das minhas inspirações. Cheguei ao Rio e tive o privilégio de trabalhar com ela e generosamente como fazia com todos ela me acolheu, me passou ensinamentos, me apresentou a sua linda família, e abriu as portas da sua casa para que eu soubesse que ali onde ela era yalorixa era um lugar de fé e acolhimento.

Obrigado Dona Chica por inspirar e se doar como se doou. Obrigado pelo amor e talento que nos ofereceu. Obrigado por ser a prova da possibilidade de um amor duradouro como o seu com Seu Lelé. E obrigado por ser essa presença nobre que a senhora era em cada aparição na televisão. Pra um jovem sonhador foi o sinal que eu precisava para saber que era possível.

Vou chorar muito, mas também terei a certeza de que a senhora, professor Jorge Portugal e professor Jaime Sodré estarão cumprindo as suas funções de ancestrais, cuidando de nós e nos inspirando. Axé Mãe Chica”.

Taís Araujo


“O céu recebe hoje a nobreza. Entre nós vivia uma nobre, uma rainha elegante, sábia, afetuosa, agregadora, ombro e colo para muitos. Salve a rainha Chica Xavier! Que Deus conforte seu companheiro por mais de 60 anos, o senhor Clementino Kelé, seus netos Luana Xavier, Ernesto Xavier e toda a família de sangue e de santo, além de todos nós, admiradores dessa rainha”

Érico Brás


“Mais uma Rainha que se vai e deixa um legado incrível. Descanse em paz, Chica Xavier”.


Rodrigo França

“Dona Chica Xavier, obrigado por tudo. A senhora virou a minha ancestralidade. Que honra!‬ ‪Até, minha rainha. Que o Orum a receba. Axé! ‪Uma das maiores atrizes desse país


Cacau Protásio

“Muita festa hoje no céu! A rainha Chica Xavier subiu, ela está agora ao lado do nosso senhor Jesus Cristo. Eu cresci vendo essa mulher abrindo portas, ela me fez acreditar que seria possível. Vai com Deus! Obrigada”.

FGV Direito Rio lança cartilha gratuita para vítimas de discurso de ódio e racismo

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Postagens e comentários de ódio e manifestações de cunho discriminatório em redes sociais tornaram-se cada vez mais comuns no Brasil e no mundo, demandando inclusive ações incisivas de empresas como Facebook e Twitter. Mas como as vítimas devem lidar com esse tipo de situação? Para orientar a população nesses casos, o Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) da Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio) e o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da Defensoria Pública do Rio de Janeiro lançaram a “Cartilha de orientação para vítimas de discurso de ódio”.

Com linguagem clara, acessível, a cartilha apresenta um conjunto de perguntas e respostas para orientar a população nos casos de possíveis manifestações que caracterizem discurso de ódio. O texto esclarece questionamentos como: “O que é discurso de ódio?”, “Discurso de ódio ou injúria preconceituosa?” e “Como saber se fui vítima de discurso de ódio?”.

A publicação, que pode ser baixada gratuitamente na internet, é fruto do convênio de cooperação para prática jurídica em Direitos Humanos, celebrado entre a FGV Direito Rio e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro. A cartilha foi produzida no âmbito da Clínica LADIF (Laboratório de Assessoria Jurídica em Direitos Fundamentais) do Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), supervisionada pela advogada Juliana Antunes, e contou com participação de 23 alunas e alunos da graduação da FGV Direito Rio.

Para o professor André Mendes, coordenador do Núcleo, a cartilha expressa o valor da responsabilidade social do NPJ da FGV Direito Rio, caracterizando também uma atividade de extensão: “É um tema da maior relevância. Esperamos que a cartilha possa ajudar o público em geral sobre o que fazer nos casos de discriminação e intolerância que caracterizam o discurso de ódio. Parabéns aos alunos e alunas que participaram, liderados pelo ótimo trabalho da professora Juliana Antunes. E agradeço a cooperação com a Defensoria Pública, na pessoa do estimado Defensor Público, Dr. Fábio Amado”.

Para a professora Juliana Antunes, supervisora da Clínica LADIF, “a cartilha é um importante instrumento para a conscientização, prevenção e, principalmente, para o combate ao discurso de ódio, prática que, infelizmente, vem crescendo na sociedade. Agradeço aos alunos, à FGV Direito Rio e à Defensoria por participar de um projeto tão importante”.

Já o defensor público Fábio Amado, coordenador do Nudedh, a frutífera parceria entre o NPJ da FGV Direito Rio e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro acaba de gerar mais um trabalho de muita qualidade, marcado por seu caráter didático e informativo. “A Cartilha surge em momento histórico extremamente oportuno, já que o discurso de ódio, sobretudo online, tem se disseminado de modo exponencial. Foi uma honra participar dessa construção com as alunas e os alunos da FGV Direito Rio, a professora Juliana Antunes e o dileto professor André Mendes”, acrescentou.

A cartilha está disponível no site: bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/29490.

Pais negros que dividiram seu mundo de fantasia escrevendo livros para crianças

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Érico, Lázaro, Terry e Emicida: papais pretos e escritores - Foto: Reprodução Instagram

A literatura agora, mais do que nunca, é uma forma afetuosa de aumentar a conexão entre pais e filhos. A experiência se torna ainda mais especial quando podemos contar aos nossos pequenos histórias que visualmente nos represente.

Muitos homens negros encontraram na paternidade inspiração para escrever livros e generosamente dividir seu mundo imaginário com outras crianças além das suas.

Selecionamos cinco pais negros que fizeram livros para o público infantil, alguns dedicados aos seus próprios filhos.

Érico Brás

O ator é pai da Érica e escreveu o livro  “Lindas águas: O mundo da menina rainha”( Editora Uirapuru)

Foto: Reprodução Instagram


Menina Princesa vive uma vida comum no Bairro da Liberdade com sua mãe, Dona Jurema, até que tudo se transforma com o seu inesperado mergulho no Rio de Ouro. Muitas surpresas e novidades se encontram no fundo desse rio. Assim, Menina Rainha aprende valores que fazem dela uma criança preparada para o nosso mundo.

Lázaro Ramos

Lázaro Ramos escreveu dois livros dedicados aos próprios filhos, João e Maria Antonia.

Foto: Maristela Peres

O Caderno de Rimas de João e o Caderno de Rimas de Maria, ambos ilustrados por Maurício Negro e publicados pela Editora Pallas. Como o título propõe os livros brincam com as palavras, muitas até inventadas, que narram as o dia a dia de João e Maria .

Terry Crews

Terry Crews,  que ficou famoso como o pai pão duro, Julius, em Todo Mundo Odeia o Chris, além de atuar, ser ex-atleta e  muso fitness também desenha, e muito.

O seu trabalho de ilustrador pode ser visto no livro Come find me (Venha me encontrar), relançado em uma versão digital (https://comefindmebook.com/) 20 anos após sua primeira publicação. Ken Harvey colega de Crews na época que ele jogava futebol americano escreveu o texto da publicação .

Junião

O jornalista e cartunista, Antônio Carlos de Paula Junior, o Junião usou o trajeto da escola para casa com seu filho e um livro no livro “Meu Pai Vai Me Buscar Na Escola” (Editora: Zit Editora).

O jornalista e cartunista – Foto: Arquivo pessoal

Emicida

Em seu livro Amoras (Companhia das Letrinhas) , o multi-talentoso rapper Emicida usa a cor da amora para enaltecer a beleza de tudo o que é negro. O livro é baseado no rap Amoras, sobre uma conversa no pé de amora de Emicida com a filha Estela.

Dia dos pais: confira filmes e séries para celebrar a data

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Dia das mães, dia dos namorados, dias das crianças, dias dos pais. Comemorar datas especiais assistindo um (ou uns) bons filmes, nunca é demais, principalmente na companhia de quem amamos, seja pessoal ou virtualmente como estamos fazendo nos últimos meses. Então, é claro que nós separamos alguns títulos que vocês vão querer assistir nesse dia dos pais. Sabemos também que é importante nos vermos representados nesses filmes. Então aqui, como vocês já estão acostumados, selecionamos filmes que representam de alguma forma, seja na comédia ou no drama, o relacionamento entre país e filhos negros. Dá uma olhada nas dicas dessa vez:

  1. O Estranho Noivo de Maya: Nessa comédia romântica, quem rouba a cena é o pai da noiva, Ed. Ele quer que sua filha Maya cuide dos negócios da família, mas ela tem outros planos. O Filme está disponível na Netflix e no Youtube.

2. A Procura da Felicidade: Um clássico. Quem já assistiu não se arrepende, e quem ainda não viu, é melhor correr. O drama estrelado por Will e Jaden Smith, narra a história de um pai solo que precisa cuidar do filho de 5 anos, após serem despejados e terem que passar as noites em um banheiro de mêtro.

3. Um Maluco No Pedaço: E por falar em Will Smith, olha ele aqui de novo. Essa série já é conhecida nossa de longa data, mas ainda assim vale a pena citar ela nessa lista por um detalhe que as vezes, no meio da comédia, pode passar despercebido: Quem desempenha o papel de pai do Will, é o seu tio. Além de ter os seus filhos, ele também acaba representando o papel de muitos ‘tio-pais’ que existem por aí. A série também está disponível na Netflix.

4. Reunião de Família: Não é a primeira vez que citamos essa série em alguma lista. Mas isso tem um motivo: Ela é de fato muito boa. 3 gerações de uma família negra, mostram todos os seus encantos morando em uma mesma casa. O avô, o pai, os netos, você pode imaginar a confusão? É Claro que pode.

5. Marlon: A série retrata a rotina de filhos de um casal separado. Mas não é um divórcio comum, é com Marlon Wayans, ou seja:ele tem uma dose extra de comédia. A produção também faz parte do catalogo da Netflix.

5. All About The Washingtons: Após aposentar sua carreira como realeza do hip-hop, Joey decide ficar em casa e cuidar dos filhos, enquanto sua esposa decide dar novos rumos na sua vida profissional. Infelizmente a comédia foi descontinuada pela Netflix, mas vale a pena conferir mesmo assim.

6. Street Flow: O drama francês da Netflix, narra a história de Noumouké. Um garoto de 15 anos, nascido e criado na periferia de Paris, tem que escolher em qual dos irmãos ele deve se espelhar: o gangster Demba ou o advogado Souleymaan. Isso, por que seu pai foi assassinado anos atrás deixando ele, seus irmãos e sua mãe, Por conta própria.

7. #BlackAF. A sit-com, tem apenas 8 episódios simulando o documentário de uma família negra e rica. A comédia foi criada e estrelada por Kenya Barris, que também criou Black-ish e Mixed-Ish.

8. Casamento Às Avessas: Em primeiro lugar, gostaríamos de avisar que depois de ver esse filme vocês irão querer todos os figurinos que aparecem nele. Sério, são tão lindos que a gente até distrai da história. Mas continuando: se você está prestes a casar, ou é um pai prestes a casar seu filho ou sua filha, essa comédia vai ter um tom mais do que especial, acredite. Se você gostar, saiba que tem uma continuação, ‘Casamento as Avessas 2’.

9. Notas de Rebeldia: O longa de 2020, estrelado por Niecy Nash, narra a história de Elijah. No drama, o jovem rapaz com o sonho de se tornar um especialista em vinhos, mas para isso, primeiro precisa lidar com o seu pai que não aceita e escolha que ele tomou. Para Louis, Elijah deveria seguir cuidando dos negócios da família, mesmo que isso não o faça feliz.

10. Papai Poderoso: A morte inesperada de um patriarca rico, faz com que sua família, amigos e funcionários, entrem em guerra para ver quem vai conseguir por as mãos na fortuna bilionária. O longa é uma produção da Netflix nigeriana de 2018.

Intolerância: decisão que tirou da mãe candomblecista a guarda da filha é inconstitucional, explica advogado

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Mãe afirma que perdeu guarda da filha ao inicia-la no candomblé

O ritual de iniciação é um dos momentos mais importantes do candomblé. É um rito de passagem que dura dias, que seria o tempo gestacional, onde a pessoa renasce como filho do orixá que o escolheu.

Em Araçatuba (SP) Kate Belintani, manicure, viu o processo de iniciação de sua filha de 12 anos ser interrompido por membros da sua própria família. No dia 24 de julho durante o processo de iniciação a Polícia Militar invadiu o terreiro após receber uma denúncia de que a menina estaria sofrendo abuso sexual dentro do terreiro. Ela e a mãe foram à delegacia (o ritual foi interrompido) e no local foi realizado um exame de corpo de delito que não apontou nenhum sinal de abuso. No dia seguinte, parentes do lado materno da adolescente, tentaram mais uma vez interrompeu o ritual. O conselheiro tutelar Lindemberg Napoleão de Araújo Filho fez uma denúncia à promotoria, dizendo que o cabelo raspado da menor ( que faz parte do ritual de iniciação), seria fruto de lesão corporal. No dia 28 de julho, o Juiz de Direito da 2ª Vara das Execuções Criminais e Anexo da Infância e da Juventude do Foro de Araçatuba, Dr. Sérgio Ricardo Biella, expediu mandato de busca e apreensão transferindo a guarda da menor para a avó materna. Ele fixou uma multa diária de R$ 300, caso Kate, a mãe se recusasse ou escondesse a filha.

De acordo com Kate, o mandato é fruto da intolerância religiosa e em nenhum momento a polícia foi a sua casa para investigar as acusações de maus tratos e abuso. “Eu já tenho um advogado cuidando de tudo para mim. Pelo o que eu entendi o processo diz que houve maus tratos. Não sei de que natureza. Não fui ouvida. Ninguém do Conselho Tutelar veio na minha casa para ver a menina. Eles entraram com essa medida , não sei ao certo o que está escrito nos autos do processo, só sei que ela [advogada da família materna] conseguiu a guarda para minha mãe. Foi tudo feito às pressas sem ouvir ninguém. Simplesmente tiraram ela e ponto”, detalha a mãe da menor. 

Kate Belintani mãe que perdeu a guarda da filha em Araçatuba – Foto: Arquivo pessoal

O  Babalorisá Rogério Rogério Martins Guerra, responsável pela iniciação da menor explica que, Lindemberg, o conselheiro titular que coordenou a ação é conhecido pelo seu conservadorismo. “Quero processar esse conselheiro por invadir duas vezes o local, sem mandato e ser extremamente racista e intolerante. Quero que os conselheiros respondam por intolerância religiosa perseguição opressão e invasão de território sagrado de matriz africana . Não respeitando nosso espaço sagrado onde moram nossas divindades de candomblé”, disse o sacerdote.

Tivemos acesso á um áudio que seria de uma conselheira titular que afirma que a medida foi tomada pois havia precedentes onde  ela disse “que o pessoal dessa religião oferece a vida de determinada criança em sacrifício”, disse a a conselheira que ao final, admitiu não poder confirmar a informação.

O que diz a justiça

O advogado Hédio Silva, conhecido pelo ativismo em defesa das religiões de matriz africana e que assumiu o caso, explica que a religião não seria motivo para que os pais perdessem a guarda da criança.

“A constituição garante aos pais o direto de definir a educação religiosa dos filhos. Os tratados internacionais atribuem essa definição prioritariamente aos pais e secundariamente ao Estado. Se os pais são da religião e optaram que a filha fosse iniciada essa é uma decisão soberana”, informa o advogado que destaca que o Estatuto da Criança e do Adolescente também reforça esse direito dos pais.

Hédio aconselha que quando se trata de crianças e adolescentes os pais façam uma declaração formal. “Os pais têm que fazer um comunicado, não um pedido, um comunicado ao conselho tutelar para evitar esse tipo de coisa”.

O advogado Hedio Silva Júnior – Foto: Arquivo pessoal

Ele ainda acredita, que algumas igrejas evangélicas estariam aparelhando os conselhos tutelares. Ele exemplifica com um caso que aconteceu em 2004. “Nessa caso a menina tinha 9 anos estava foi acompanhada pela mãe e na saída da menina, o conselho tutelar, que tinha uma narrativa extremamente preconceituosa em relação à religião , fez com que a polícia detivesse 40 pessoas e prendesse 5 em flagrante, inclusive a mãe da menina”, descreve Hédio referente a um caso que aconteceu na cidade de Registro.

“Há muito tempo que há um aparelhamento dos conselhos tutelares por facções religiosas é uma coisa lamentável”, acredita o advogado.

Ifood dará assistência jurídica à entregador do aplicativo, vítima de racismo

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Em publicação no twitter marca diz ainda que o criminoso foi banido da plataforma.

Na manhã desta sexta-feira (7), o vídeo em que o entregador Matheus Pires é vítima de racismo enquanto trabalhava viralizou nas redes sociais.

No vídeo, o racista humilha que também se chama o entregador e diz que Matheus nunca conseguiria ter o que ele tem, “Você tem inveja disso daqui ó”, e aponta para o seu braço ( mostrando sua cor) e para sua casa em um condomínio na cidade de Valinhos, no interior de São Paulo. 

O racista foi identificado como Mateus Abreu Almeida Prado e sua mãe, advogada, diz que o filho sofre de esquizofrenia.

Nas redes sociais muitas pessoas indignadas com o caso de racismo explícito procuram pelo criminoso e prestam homenagens ao entregador.

O Ifood no ínicio da tarde se pronunciou sobre o assunto, repudiando o ato e alegando que o cliente foi banido da plataforma e todo o apoio jurídico será prestado ao entregador.

Ôbigo fala sobre seu primeiro álbum com referências ao samba, orixás e ancestralidade

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Na lua de Jorge quem anuncia um caminho aberto conhece que a fauna de São Paulo é cheia das onças e não dorme no ponto. É assim que Ana Beatriz, conhecida como Aninha dá voz a introdução da primeira música do álbum Pela Honra do cantor Ôbigo.

Ôbigo hoje é rapper morador da zona leste, apaixonado por futebol torcedor do São Paulo e amante de samba, fã do Simonal, Candeia e tem como escola de samba do coração Nenê de vila Matilde e no Rio de Janeiro a Portela.

Conversamos com o candomblecista de Ogan, filho de Ogum e Oxum, que lançou recentemente seu primeiro álbum “Pela Honra”. O álbum reflete tudo o que citamos acima, com referências no samba, na religião e ancestralidade.

Ativista por natureza pelas questões raciais, Erickson Francisco da Silva tem 30 anos e ganhou o apelido “Bigo” ainda na infância, já na vida adulta, prestes a se lançar como cantor seu produtor deu a ideia de acrescentar a letra “O”.
“O veio porque eu tinha acabado de iniciar no candomblé. E sou Ogan filho de Ogum e Oxum”, explica Obigo.
Nascido e criado na zona leste de São Paulo no Jardim Noemia, Ôbigo conta que a construção das músicas e do álbum foi um trabalho junto do tempo, “conheci o Levi Keniata em 2013/14 e em 2015 pedi pra que ele me produzisse, existe uma primeira versão do álbum em que as músicas são completamente diferentes, representava mais o underground do rap gravamos na refugiaudio com base de um Mc que produziu algumas faixas e fazia engenharia de som e gravação, e quando o álbum já estava finalizado em 2016 Levi, o produtor do álbum, e eu ouvimos por dias e achamos que faltava algo, e foram mais 3 anos refazendo todo o conceito do álbum desde o arranjo instrumental, composição das letras e direção vocal então refizemos tudo, gravamos e finalizamos na nebulosa selo a única faixa que teve poucas alterações foi a faixa Pela Honra, todo processo durou entre cinco e seis até o lançamento em 2019. Esse tempo trouxe todo amadurecimento pro álbum ser o que é e contou com 25 pessoas trabalhando nele”. Dentre as 25 pessoas que trabalharam na construção do álbum estão nomes como Daniel Yorubá, Coruja e outros grandes artistas.

Erickson revelou que Andanças, a segunda faixa do álbum que diz ‘não adianta me amar e odiar o meu bairro’ foi escrita na rua: “tentei escrever em casa não conseguia, precisei ir pra rua sentar em um lugar movimentado, mesmo a música sendo sobre a minha história.
Já a faixa nove, ‘na companhia do silêncio’ foi um sonho, “acredito que todo compositor já passou por isso, sonhei com a música acordei na madrugada e escrevi no escuro, iluminava o caderno com a luz da tela do celular não podia fazer barulho nem acender a luz porque dívida quarto com meu irmão mais velho que acordava cedo pra trabalhar. Cada faixa tem uma história única e um sentimento verdadeiro”.

MN: O que você almejou quando pensou em realizar todo esse trabalho?

ÔBIGO: Penso sempre na arte/música como um Deus e sou só um missionário agraciado, eu almejei ser corpo da cultura preta brasileira, mas não como um produto apenas, mas parte do sentimento desse povo, uma restauração ou continuidade e também me apresentar como um artista em potencial queria movimentar as pessoas levar elas a um ponto de reflexão que nunca tiveram ou que já tiveram e sentiram medo, precisam olhar pro seu interior e acreditar no que sentem, buscar o equilíbrio dentro desse caos e a busca do paraíso, precisamos lutar para existir mas estamos aqui pra sambar e sorrir também.

MN: Qual o seu objetivo e o que você faz para que não mora de banzo?

ÔBIGO: Meu objetivo é continuar cantando rap, mas sendo um resistente do samba, é uma das culturas preta brasileira mais importante, que até hoje serve de estrutura para que possamos ser quem somos e o que quisermos, e é exatamente para que não morramos de banzo, a ruptura já foi feita com a escravidão, e toda diáspora tem seu culto de religação, aqui temos o candomblé o samba que fala sobre ancestralidade ainda bem viva, a auto estima que buscamos está nessas culturas entre outras claro mas essas são as que pertenço é onde está a resposta para, e o preenchimento de todo esse vazio que sentimos e buscamos compreender.
É um traço genético quem samba é feliz, quem cultua orixá (ancestral) é forte. O que precisamos para expurgar o banzo força e felicidade juntos chegaremos mais longe.

MN: Um sonho para o futuro?

ÔBIGO: Um sonho que tenho pro futuro e ver uma comunidade preta real, um movimento negro com estrutura para trabalhar, prevenção do racismo e reparação dos danos, isso pra um futuro que não vou ver.
Um futuro ao meu alcance tenho alguns, São Paulo está aí mais de 10 anos sem título, gritar é campeão de novo seria bom, ver a nenê de vila Matilde como foi no seu auge e viver de música que ainda não é uma realidade.

Ouça Pela Honra:

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