Pouco conhecido no Brasil, Jon Batiste se tornou um dos nomes mais comentados do mundo após sua vitória histórica no Grammys 2022. Com o disco ‘We Are’, o musicista recebeu o título máximo da música mundial, o prêmio de ‘Álbum do Ano’. Apesar de ter sido uma surpresa para muitas pessoas, já que o artista concorria com nomes de peso como Kanye West, Billie Eilish e Taylor Swift, a vitória de Batiste não foi uma surpresa para os entusiastas da indústria musical. A carreira de Batiste é marcada por pontos de glórias e reconhecimentos fascinantes, a julgar pelo seu Oscar de ‘Melhor Trilha Sonora Original’, vencido no ano de 2021 pelo aclamado filme ‘Soul’, da Disney.
Aos 35 anos, Jon Batiste possui uma carreira diversa, se tornando o 11º negro a vencer a honraria máxima do Grammys, suas contribuições ganharam destaque no mundo do Jazz. Dando um tom popular ao ritmo considerado elitista, o cantor inseriu elementos de R&B e Pop em torno de suas músicas, criando produtos próximos ao público e às grandes massas. “Vivo este momento como resultado de uma série de milagres que aconteceram em minha vida”, disse Batiste ao vencer o Oscar.
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Classificando sua arte como uma ferramenta de transformação social, Batiste enfatiza que acredita no poder da música como uma força de cura, capaz de unir as pessoas e promover as mais severas mudanças. Ainda em 2020, durante o momento de destaque do Black Lives Matters, Jon ergueu sua música e criou o projeto ‘We Are’, que mais tarde deu título ao álbum do ano. Através do movimento, Batiste convocava pessoas a lutarem por mudanças e pela dignidade das pessoas pretas.
“Esta é a nossa resposta à injustiça sistêmica profundamente enraizada que ainda temos que consertar, um fato bastante claro pela morte pública de outra pessoa negra. Este é um movimento que existe porque acredito que o poder da arte e da música é divino”, declarou Jon Batiste sobre o projeto ‘We Are’.
This is our response to the deep rooted systemic injustice we have yet to fix, a fact made abundantly clear by the public execution of another black person. This is a movement that exists because I believe the power of art & music is divine.
— jon batiste (@JonBatiste) June 5, 2020
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Compositor, pianista e líder de banda, o astro do jazz enfatiza com frequência que continuará utilizando sua arte como ferramenta de transformação social, utilizando as ’12 notas que o Divino lhe concedeu’. “Descobri que a música pode juntar as pessoas de um jeito que nada mais pode. A música e as artes são muito importantes, principalmente em momentos de divisão”, declarou Batiste.
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