Depois da apresentação no palco Sunset do Rock in Rio, Emicida revelou com exclusividade ao Mundo Negro que está estudando para um novo trabalho musical
Entrevista: Maycon Cabral
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Emicida se apresentou na noite de ontem (4) no palco Sunset do Rock in Rio e agitou a plateia ao lado de Drik Barbosa, Rael e Priscilla Alcântara. Depois do show, o rapper concedeu uma entrevista exclusiva para o enviado especial do Mundo Negro ao festival, Maycon Cabral, os dois falaram sobre a potência do disco AmarElo, lançado em 2019, dos trabalhos voltados para a comunidade negra e sobre planos para um novo trabalho musical.
Cabral abriu a entrevista perguntando a Emicida qual mensagem o rapper quer transmitir ao público com o trabalho realizado em AmarElo. “Sabe quando você tá meio descrente da sua vida, e você não consegue encontrar inspiração em nada e entra em um estado de espírito onde você deixa de sentir prazer em coisas que sempre te enfrentaram alegria, mas chega um momento no qual você põe um fone de ouvido e encontra um melhor amigo e ele fala uma coisa parecida com o estado de espírito que você tá vivendo. Ele resgata você. É como se a mão daquele cara ou daquela mina entrasse dentro da sua alma e falasse: ‘não mano, levanta’. AmarElo foi concebido dessa maneira”, revela.
Veja a entrevista em vídeo completa:
AmarElo foi lançado em um momento de tensão no Brasil, trazendo uma mensagem positiva sobre a vida que, ao mesmo tempo, conflitava com o contexto político e social que estávamos vivendo na época. A Maycon Cabral, o rapper contou que a recepção de parte do público não foi tão calorosa à mensagem do álbum. “No momento em que AmarElo saiu, várias pessoas super torceram o bico. Falara ‘não, mano, Emicida tá viajando. Nesse momento, falar isso’. Era um momento de muita densidade, como continua sendo, mas acho que se é importante que a gente seja amoroso e afetuoso nos momentos de paz, é crucial, cirúrgico que a gente seja nos momentos de guerra”.
Sobre as novidades, o cantor não descartou a possibilidade de um trabalho novo e destacou que está sentindo vontade de voltar para o estúdio. “O que eu posso dizer é que eu tô me sentindo agora com vontade de voltar para o estúdio. A gente tem voltado no sapatinho, eu tenho pesquisado, tenho estudado muito. Porque é um desafio. Música é um negócio competitivo, competitivo bonito, competitivo de uma forma bonita, a gente compete entre nós no palco, mas é uma competição super saudável e eu estou estudando para poder fazer justiça a expectativa que se cria ao meu redor”, revelou Emicida durante a entrevista.
Sobre a mensagem que o músico gosta de passar para o público nos shows, Emicida afirma que “Eu gosto muito de fazer com que as pessoas sintam que o jogo não acabou e que é capaz dele virar”.
Ao final da entrevista, Emicida celebrou a importância da representatividade de seu trabalho e do Mundo Negro. “É maravilhoso tá [sic] aqui, é maravilho encontrar com vocês aqui. É muito bacana poder ser o que faltou para gente em outro momento da história. Faltou um site Mundo Negro para várias pessoas no passado, mas hoje, graças a Deus não falta mais. Faltou um Emicida, mas hoje graças a deus não falta mais. E que a oferta de opções seja cada vez maior”.
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