Ex-presidente do Grammy abre processo contra a Academia, por assédio, racismo e misoginia

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Ex-presidente do Grammy abre processo contra a Academia, por assédio, racismo e misoginia

Eleita em 2019 como a primeira mulher presidente da Recording Academy, instituição responsável pelo Grammy, Deborah Dugan iniciou um processo contra a Academia e a maneira com que ela trabalha, após ser afastada devido a alegações de má conduta. No processo, Dugan acusa a premiação de assédio, racismo e misoginia na escolha dos indicados e vencedores do prêmio.

Em uma das cláusulas do contrato, Deborah alega que a Academia, em um ato claro de racismo, evita premiar artistas de rap e R&B (gêneros com predominância de negros) nas categorias principais, tais como “Álbum do Ano”, “Gravação do Ano” e “Canção do Ano”. Isso faz com que artistas extremamente talentosos e com trabalhos aclamados, como Beyoncé, Rihanna, Frank Ocean e Kendrick Lamar, por exemplo, sejam boicotados e ignorados.

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No processo, revela que, quando era questionado sobre a falta de diversidade na premiação, artistas negros eram expulsos da bancada do Grammy. Segundo ela, “tudo isso foi possível pela mentalidade de ‘clube do Bolinha’ e abordagem da administração da Academia”.

A próxima edição do Grammy, acontecerá no domingo dia 26 de janeiro, ela é a premiação mais importante do cenário musical norte-americano.

A Recording Academy enviou uma nota em resposta as acusações para a revista Variety comentando sobre as investigações, mas não comentaram sobre as as acusações de fraude no processo; Confira:

“É curioso que a Sra. Dugan nunca deixou claras essas graves alegações até uma semana depois que as queixas legais foram feitas contra ela pessoalmente por uma funcionária que alegou que a Sra. Dugan havia criado um ambiente de trabalho tóxico e intolerável e engajado em conduta abusiva e de bullying. Quando a Sra. Dugan falou sobre seus incômodos ao RH, ela especificamente instruiu o RH a ‘não fazer nada’ em resposta. De qualquer forma, nós imediatamente iniciamos investigações independentes para rever tanto a potencial falha de conduta da Sra. Dugan quanto as subsequentes alegações. Ambas as investigações continuam em curso. A Sra. Dugan foi afastada administrativamente apenas depois de oferecer seu posto e demandar US$ 22 milhões da Academia, que é uma organização sem fins lucrativos. Nossa lealdade sempre será aos 25 mil membros da indústria musical. Nós sentimos muito que a maior noite da música esteja sendo roubada deles devido às ações da Sra. Dugan e estamos trabalhando para resolver esta questão o mais rápido possível”.

 

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