Evelyn Bastos, rainha de bateria da Mangueira, pede “punições mais severas e mais ágeis” contra o racismo

0
Evelyn Bastos, rainha de bateria da Mangueira, pede “punições mais severas e mais ágeis” contra o racismo
Foto: Reprodução

Após a divulgação de um vídeo que mostra Vilma Nascimento, porta-bandeira e baluarte da Escola de Samba Portela, sendo abordada por uma funcionária da loja Duty Free, no aeroporto de Brasília, que pediu para revistar a bolsa da mulher de 85 anos, a rainha de bateria da Mangueira, Evelyn Bastos, publicou um vídeo no Instagram pedindo “punições mais severas e mais ágeis” contra o crime de racismo. No vídeo, Bastos pedia “urgência na revisão da lei que trata do racismo no Brasil”.

Evelyn começa o vídeo lembrando ataques racistas sofridos por outras personalidades do samba, como a rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense, Maria Mariá, vítima de comentários racistas nas redes sociais em setembro deste ano, e da ex- rainha de bateria e atual destaque da escola de samba Beija-flor de Nilópolis, Sonia Capeta, que também foi vítima de comentários racistas depois de postar um vídeo no Instagram.

Notícias Relacionadas


“Como quem vem sentindo profundamente os atos racistas que têm acontecido e que, de alguma forma é possível vir a público nessas últimas vezes, com sambistas que a gente tem muito carinho com a Maria, a Soninha, e hoje de uma forma lamentável e covarde com a Dona Vilma, eu quero mais uma vez cobrar com urgência a revisão da lei que trata o racismo no Brasil. Tem que ser punição rígida à altura do que é o racismo”, disse.

A rainha de bateria lembrou que em janeiro deste ano, o presidente Lula sancionou a lei nº 14.532/2023, que equipara o crime de injúria racial ao crime de racismo: “Essa lei federal 14.532 teve a última alteração publicada agora, em janeiro de 2023, mas a gente quer punições ainda mais severas e mais ágeis. As pessoas precisam ter a ciência que ela está sendo criminosa quando ela pratica um ato racista e que vai ser tratada como criminosa. A gente necessita de uma revisão e de uma ampla publicidade dessa lei. E aí a gente conta com a Câmara Municipal e com a Assembleia Legislativa para levar a proposta de alteração para a Câmara Federal e também para o Senado”.

A mudança na legislação que aconteceu no início do ano prevê ‘pena de suspensão de direito em caso de racismo praticado no contexto de atividade esportiva ou artística, e reclusão para o racismo praticado por funcionário público, bem como para o racismo religioso e recreativo. Conforme a nova Lei, ‘injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional” pode gerar pena de reclusão (de dois a cinco anos) e multa’.

Ao final do vídeo, Evelyn Bastos reforçou a necessidade da população cobrar as autoridades por medidas mais efetivas contra o racismo: “Cobrem isso na cidade de vocês. A gente precisa resolver isso. Seja pela educação, seja pelo respeito, ou seja pelo medo”

Notícias Recentes

Participe de nosso grupo no Telegram

Receba notícias quentinhas do site pelo nosso Telegram, clique no
botão abaixo para acessar as novidades.

Comments

No posts to display