Astros da música nacional, Emicida e Mano Brown se encontraram Lollapalooza Brasil, durante o último final de semana. Os artistas bateram um super papo sobre carreira, música, projetos e sobre o impacto do rap na cultura brasileira. “Você [Mano] falou uma vez que o rap está no melhor momento que ele já esteve e muito por conta dos novos artistas, que puxaram essa atmosfera a inspirar outros a fazerem mais, eu concordo com isso”, declarou Emicida, num encontro dentro da Bud Studio.

“Eu concordo com essa ideia, acho que estamos vivendo não somente o melhor momento do gênero, mas o gênero que já foi entendido no Brasil como algo não musical se tornou o gênero que mais resgata, cresce, reverencia e faz com que a cultura brasileira seja observada e admirada”, destacou o intérprete de AmarElo.

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Emicida em conversa com Mano Brown. Foto: Reprodução / Youtube

Ampliando o debate sobre representatividade, os artistas relembraram a evolução do rap como um gênero musical, as barreiras que foram quebradas e o novos rumos que estão sendo definidos com a nova geração de artistas, cada vez mais conscientes de seu papel e seu impacto no mundo. “É uma caminhada coletiva, você ascende enquanto artista mas se preocupa pra onde sua musica esta sendo direcionada”, comentou Mano Brown. “Tem esse lance do rap, do trap, estar sempre falando da cultura negra, da África das referencias, eles vão falar de uma atitude precipitada de alguém, mas não vão falar da ideia central do movimento, que é elevar o preto no mundo”.

Mano Brown em entrevista dentro da Bud Studio. Foto: Reprodução / Youtube.

“Toda essa avalanche de bons músicos que temos hoje. Talvez, o Brasil nunca tenha tido isso, envolvendo a raça negra, com esse cuidado, com esse estudo que foi feito por mãos negras também“, completa Mano. “Eu acredito na juventude, como diz Gonzaguinha, juventude criativa, inteligente, que está ocupando os espaços”.  

“Nós passamos a acreditar que tudo era possível depois de ver vocês. Antes tudo parecia um deserto, a partir do momento em que ouvimos o ‘Raio X do Brasil’ nós falamos: ‘Tem uns caras que vivem o que nós vive, que observa os bagulhos que nós observa, e eles transformam os bagulhos em música’. Esse foi o bagulho que mais deu uma chacoalhada na nossa cabeça. E, desde então, nós nunca mais acreditamos que nós éramos um bagulho insignificante no mundo”, destaca Emicida.

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