Com o lançamento de “Barba, Cabelo & Bigode” no streaming e “Eike – Tudo ou Nada” nos cinemas, a atriz se firma como um nome forte dentre as atrizes de sua geração.
Prestes a estrear dois filmes inéditos, Juliana Alves mantém sua carreira em pleno movimento. No dia 28 de Julho a Netflix lançou “Barba, Cabelo & Bigode”, estreia de Rodrigo França em longas-metragens com uma história situada na Penha e abarcando questões peculiares do subúrbio carioca. Em setembro, está prevista a estreia nos cinemas de “Eike – Tudo ou Nada”, filme de Mariza Leão e Tiago Rezende baseado no livro homônimo de Malu Gaspar sobre a vida do ex-bilionário Eike Batista, onde Juliana interpreta Zita, uma das executivas do grupo do Eike que desconfia e não concorda com a conduta do empresário.
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“No ‘Barba…’ eu faço Grace Kelly, uma mulher empreendedora, ambiciosa e vaidosa que é dona de um salão de beleza reconhecida pelo seu trabalho. Ela usa lace lisa, roupas justas, unhas enormes e lentes de contato e se acha a Beyoncé do bairro da Penha”, diverte-se a atriz, que ainda divide seu tempo com as funções de ser mãe de Yolanda. A movimentação do mercado em torno das plataformas de streaming é algo que tem chamado sua atenção.
“O mercado do streaming traz uma contribuição muito grande para o mercado, para além da diversificação de conteúdos para o público, exibindo produções com grande responsabilidade social e a diversidade como condição importante na criação e realização de novas obras. Para os profissionais da área tem gerado muitos empregos em novos formatos. Acredito que a TV, com seus programas, novelas e séries, continuará sendo importante no Brasil, mas o streaming veio pra ficar e sempre surgirão novas formas de entreter”, reflete.
A trajetória artística de Juliana começou cedo, ainda na infância. Na dança, por volta dos quatro anos de idade, e no teatro, aos 10 anos. Essa foi a base recebida para que, no início dos anos 2000, fosse integrar o balé do Faustão. “Tudo começou de maneira muito natural na infância. Tive sorte logo no porque, logo no iniciozinho da fase adulta, me dediquei muito para abrir e manter portas abertas. Desde então, sigo perseverando, aprendendo e buscando novas oportunidades”, pontua a atriz, que estreou na TV como Selma na novela “Chocolate com Pimenta”, em 2003.
Contabilizando 11 novelas, 11 séries e especiais, oito filmes e um espetáculo musical, seu trabalho como atriz foi ainda mais reconhecido em 2008, quando recebeu o Prêmio Contigo de Atriz Revelação por seu papel na novela “Duas Caras”, e, no ano seguinte, quando foi agraciada com o Troféu Raça Negra por sua atuação na líder de audiência “Caminho das Índias”. Depois disso, Juliana se destacou em outras obras de grande sucesso da emissora Globo, como sua primeira antagonista na novela “Ti-Ti-Ti”; na sequência, “Cheias de Charme”, “As Brasileiras”, “Salve-se Quem Puder”, dentre outras. Seu trabalho mais recente foi com o “Vlog da Berê”, série voltada para o público infantil e onde prova mais uma vez sua versatilidade.
Com o mesmo talento que a fez uma atriz de sucesso, Juliana Alves também se tornou uma de nossas referências quando o assunto é carnaval: ela foi Rainha de Bateria da Unidos da Tijuca por seis anos e, em 2022, foi Musa do primeiro camarote do bloco “Sai, Hétero!” na Sapucaí. Para além do lado artístico, Juliana é uma voz ativa nos movimentos sociais antirracistas.
Para o futuro, Juliana almeja seguir estreitando seus laços com a arte e cultura com novos desafios. “Ainda quero fazer muitas coisas. Mais personagens bons, construir mais experiências e ter novos aprendizados. E fazer muito mais teatro, que é minha base. Ser artista me mantém sempre conectada com pessoas muito diferentes e me faz exercitar a empatia a todo momento. Sinto grande responsabilidade com todas as pessoas que se identificam e vibram com o meu trabalho e gosto muito quando ele contribui de alguma maneira para transformações sociais”, finaliza.
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