Ao longo do ano, você acompanhou conosco os principais lançamentos por artistas negros, seja no cinema, televisão, ou no mundo da música que é do que vamos falar agora. Noticiamos desde rumores no pré-lançamento, até as repercussões depois do mesmo: desempenho nas tabelas musicais, recepção entre a crítica especializada, e é claro, com as nossas coberturas das principais premiações no Brasil e no mundo, onde podemos incluir a nossa própria cerimônia.
Após um ano inteiro ouvindo e escrevendo sobre esses lançamentos, temos bagagem o suficiente para eleger os 30 melhores álbuns de 2021. Então prepara seu celular e salva essa lista para ouvir o que ainda não conhece, e revisitar o que já escutou. Nossa lista tem de tudo: Artistas nacionais e internacionais, do R&B ao Pagode, do Jazz ou RaP. Vamos começar?
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30. Certified Lover Boy, Drake
om 21 faixas, sexto álbum de Drake, ‘Certified Lover Boy’, se consolidou como um dos maiores sucessos de 2021. Exalando confiança, mas ao mesmo tempo, melancolia, o registro apresenta uma verdadeira jornada criativa.
29. Donda, Ye
‘’Even if you’re not ready for the day, it can’t always be night’’. Se você passou por 2021 sem ouvir essa frase nas trends do Tik Tok e Reels, parabéns, foi um dos poucos. Mas Donda não é sobre um single viral nas redes sociais, ele está acima disso. Ye, canalizou toda a sua personalidade forte em um álbum que leva o nome de sua mãe. Com certeza não é o mais comercial da lista, mas isso é uma das coisas que o torna mais genial e complexo.
28. NU, Djonga
Quinto álbum de estúdio de Djonga, ‘NU’ apresenta tópicos que permeiam pelo cancelamento, fragilidade e sociedade,até a exposição de tensões sociais enfrentadas cotidianamente pelos negros no Brasil.
27. Respect (Soundtrack), Jennifer Hudson
Durante uma entrevista, Aretha Franklin foi questionada sobre quem poderia interpretá-la em uma cinebiografia, e a Rainha do Soul não hesitou em responder ‘’Jennifer Hudson’’. A escolha não poderia ser melhor. Tão boa atriz, quanto cantora, a vencedora do American Idol entregou vocais perfeitos cantando os grandes sucessos de Aretha. Uma homenagem a altura.
26. Passing (Music From And Inspired By The Original Motion Picture), Blood Orange
O longa metragem ‘’Passing’’, foi tema de uma das video colunas do Gerson Saldanha, aqui no nosso site. Que o filme é ótimo, já comentamos, mas e quanto a trilha sonora dele? O músico e produtor Blood Orange, assina as faixas da produção, que tem um apelo dramático e sentimental, tal como a história de Passing e o que Blood Orange está acostumado a produzir em sua carreira. Passing, é mais um carimbo no passaporte do artista, que brilhantemente produziu as trilhas sonoras de Queen and Slim e We Are Who We Are.
25. KEYS, Alícia Keys
A ideia de fazer um álbum duplo já era ótima, mas o resultado conseguiu deixar tudo ainda melhor. Keys, lançado em 10 de dezembro, é um álbum dividido em duas partes: Um onde Alicia assina a produção, e outro onde ela convida Mike Will Made It para recriar essas mesmas faixas. Ambas as partes estão em um mesmo nível de qualidade: altíssimo.
24. Rico Dalassam – Dolores Dala, o Guardião do Alívio
Em seu segundo álbum de estúdio, ‘Dolores Dala, o Guardião do Alívio’, Rico Dalassam canta sobre a perspectiva da afetividade preta, numa obra verdadeira, com composições magistrais e jogos instrumentais cativantes. De acordo com Rico, todos os tópicos que envolvem o álbum estão no campo da subjetividade afrolatina. E os desdobramentos dos enredos e narrativas das canções passam por situações que inevitavelmente são contextos de dor ou de conflito, principalmente na área dos afetos.
23. Exodus 1:7, DMX
Lançado em 28 de maio, Exodus é o oitavo álbum de DMX, e o primeiro póstumo, infelizmente. O rapper que faleceu no mês anterior ao lançamento, já havia deixado praticamente o material todo pronto para o lançamento que já era algo previsto para acontecer. Produzido por Swizz Beatz, o disco é um grande presente para os fãs da Old School
22. Majur, Ojunifé
Descrito como afropop, primeiro álbum de estúdio de Majur, ‘Ojunifé’, se desdobra com toques alternativos, claves de matrizes africana e indígena em harmonias com ode do pop, do soul e do R&B. Refletindo sobre a própria existência da artista, o disco analisa os amores, reflexões e perspectivas de vida.
21. Numanice (Ao Vivo), Ludmilla
Se o EP gravado em estúdio já era ótimo, a versão ao vivo de Numanice conseguiu se sobressair, e coroar Ludmilla como a Princesa do Pagode. Lançado em janeiro de 2021, o álbum mescla as canetadas da Lud com clássicos do Pagode, e a mistura fez dele um dos álbuns brasileiros mais memoráveis do ano.
20. Back Of My Mind, H.E.R
Ladies and gentlemens, HER! Com a produção de Darkchild, Kaytranada, Thundercat entre outros nome de peso, a cantora faz sua estreia triunfal no mundo da música (pasmem!) Apesar de já ter ganhado 4 Grammys e 1 Oscar em sua carreira, a jovem de 24 anos nunca tinha lançado um álbum. Mas valeu a espera, com certeza.
19. Purakê, Gaby Amarantos
Através de um som futurista, inovador e diverso, Gaby Amarantos apresentou ao mundo seu segundo álbum de estúdio, o ‘Purakê’. Título da obra é uma alusão ao peixe-elétrico pré-histórico da Amazônia, cuja voltagem chega a 860 volts, enfatizando a eletricidade natural que a cantora considera uma característica do álbum.
18. Planet Her, Doja Cat
Com um dos discos de maior sucesso no mundo em 2021, Doja Cat surpreendeu após o lançamento do ‘Planet Her’. Através de um projeto cativante, Doja explicou que o Planeta Her é “o centro do universo” onde “todas as raças do espaço existem e onde todas as espécies podem estar em harmonia”. Obra traz uma fusão de elementos do R&B, Pop e Hip-Hop.
17. Trava Línguas, Linn da Quebrada
A cantora e atriz, apresenta um álbum com composições tão boas quanto o instrumental. A personalidade que já conhecemos da artista, se mantem no novo álbum, porém isso não quer dizer ”mesmice”. Definitivamente um álbum que você não ouve só uma vez e deixa para lá. Destacamos as faixas ”Amor Amor” e ”Mate e Morra”.
16. Stand For Myself, Yola
O segundo álbum de estúdio de Yola, também entrou para as listas de fim de ano da Rolling Stones, Pop Matters e Consequence of Sound. O motivo? sua atmosfera retro sem pesar a mão. Stand For Myself é um álbum extremamente relaxante, e não confunda isso com sonífero ou entediante. É um daqueles discos que você ouve tranquilo em uma estrada ou cozinhando, e que merecia mais reconhecimento do público em geral.
15. Ultraleve, Edgar
Rapper, cantor e compositor paulista, Edgar apresenta de forma coerente e diversa, o incrível álbum ‘Ultraleve’. De acordo com o artista, a natureza rege e direciona todo o som do disco. A obra reflete um direcionamento entre as relações de tensão e consequência.
14. Índigo Borboleta Anil, Liniker
A excelência que conhecemos com Liniker e os Caramelows, se mantém aqui. Entre as faixas de maior destaque citamos o single de R&B romântico ”Baby 95”, e faixa de abertura ”Clau”, que com uma letra tocante, é uma homenagem a cachorrinha da cantora. O disco conta ainda com as participações de Milton Nascimento e Tássia Reis.
Capa do álbum ”Indigo Borboleta Anil” (divulgação) Capa do álbum ”Ultra Leve” (divulgação) Capa do álbum ”Trava Línguas” (divulgação) Capa do álbum ”Purakê” (divulgação)
13. Lately I Feel Everything, Willow
Quarto álbum solo de Willow, ‘Lately I Feel Everything’ marca a estreia pop-punk e indie rock da artista, com participações de Travis Barker, Avril Lavigne, Tierra Whack, Cherry Glazerr e Ayla Tesler-Mabe. De forma geral, o projeto foi descrito pela crítica como inovador, apaixonante e artístico.
12. Songwrights Apothecary Lab, Esperanza Spalding
Recentemente, Barack Obama divulgou sua lista de músicas favoritas de 2021, onde Formwela 10, uma das faixas do álbum, aparece merecidamente. Um dos grandes nomes do jazz, a violoncelista e cantora nos presenteia com um álbum que soa como uma viagem para um universo completamente lúdico. Em um mundo onde os artistas estão cada vez mais apócrifos, Esperanza rema contra a maré e nos dá um pouco de esperança quanto a autenticidade da ‘’nova’’ geração de artistas.
11. Gold Diggers Sound, Leon Bridges
Mais uma vez, o músico estadunidense entregou um trabalho minuciosamente elaborado, como era de se esperar para quem o acompanha desde Coming Home ou Good Thing. Com participações de Robert Glasper e Terrace Martin, Gold Diggers Sound flui bem com um R&B marcante. Destacamos as faixas Magnólias e Born Again.
10. WE ARE, Jon Batiste
Ao longo de 13 faixas, em sua versão padrão, ‘WE ARE’, de Jon Batiste apresenta seu oitavo disco de estúdio. o conteúdo lírico e temático do álbum reflete eventos como o início da pandemia COVID-19 e seu envolvimento em 2020, liderando protestos do Black Lives Matter em Nova York após as mortes de George Floyd e Breonna Taylor. Batiste classificou o álbum como “uma representação da música sem gênero que trata apenas da história” e “o ponto culminante da minha vida até este ponto.”
9. Heaux Tales, Jazmine Sullivan
Quando o álbum foi lançado lá no começo do ano, fizemos uma matéria citando a receptividade positiva que o mesmo recebeu, com 88 pontos no Metacritic baseado em 7 críticas. E de lá para cá, continuou rendendo bons frutos para Sullivan: O projeto foi eleito o álbum do ano pelo BET Awards e Soul Train Awards
8. An Evening With Silk Sonic, Silk Sonic
Bruno Mars e Anderson Paak se juntaram em um álbum curto, mas incrivelmente potente, que se inspira nas grandes referências de R&B contemporâneo dos anos 70, para criar uma atmosfera nostálgica e aconchegante. O primeiro projeto do super grupo, conta com o single ‘’Leave That Door Open’’, que tem duas certificações de ouro e duas de platina.
7. Collapsed In Sunbeams, Arlo Parks
Primeiro álbum de estúdio da cantora e compositora Arlo Parks, ‘Collapsed in Sunbeams’ foi extremamente aclamado pela crítica especializada. Ao longo de 12 músicas, Parks explora uma série de vinhetas e retratos íntimos em torno da adolescência e das pessoas que a moldaram. De acordo com a artista, o álbum está enraizado na narrativa e nostalgia, com o objetivo de ser universal e super específico.
6. Still Over It, Summer Walker
‘Still Over It’ é o segundo álbum de estúdio da cantora norte-americana Summer Walker. A obra apresenta colaborações diversas, como Cardi B, SZA, Ari Lennox, Lil Durk, Pharrell Williams e Ciara. De acordo com Walker, o álbum é uma “história”, explorando seu relacionamento tumultuado com o produtor London on da Track, antes, durante e depois de sua gravidez. Cada música é configurada com uma linha do tempo durante o período amoroso, começando de 4 de agosto de 2019 a 7 de outubro de 2021. O disco traz fortes elementos do R&B contemporâneo com R&B dos anos 2000, neo soul e trap.
5. Montero, Lil Nas X
O álbum de estreia do Príncipe do RaP, foi sucesso tanto em vendas quando em aceitação pela crítica, o que não é algo que todo mundo consegue. Contando com hits como Call Me By Your Name e Industry Baby, o disco que concorre ao Grammy de álbum do ano e alcançou o 1° lugar das paradas em 7 países, não poderia deixar de entrar na nossa lista.
4. Deacon, Serpentwithfeet
Numa celebração fantástica do amor negro gay, Serpentwithfeet brilha com ‘Deacon’, seu seu segundo álbum de estúdio. Misturando elementos do gospel com o R & B, o álbum segue de forma impecável ao longo de 11 faixas sinceras, profundas, complexas e encantadoras.
3. Call Me If You Get Lost, Tyler The Creator
Em seu sexto álbum de estúdio, o rapper se une a grandes nomes da música (Ty Dolla Sign, Lil Uzi Vert, Pharrell Williams, Lil Wayne, entre outros) para criar uma sonoridade que circula agradavelmente entre o hip hop, rap, pop, jazz e reggae, no disco vencedor do Bet Hip Hop Awards 2021.
2. Sometimes I Might Be Introvert, Little Simz
Definido pela crítica como um álbum repleto de composições modernas e avassaladoras, ‘Sometimes I Might Be Introvert’ apresenta os traços pessoas e vulneráveis da rapper Little Simz. Tópicos ligados à família, aos traumas e à indústria da música dão o tom neste incrível registro.
1.Pink Noise, Laura Mvula
Terceiro álbum de estúdio da cantora britânica Laura Mvula, ‘Pink Noise’ foi lançado em 2 de julho de 2021. Possuindo 10 faixas, o registro utiliza como base a força cultural dos anos 80. Mvula descreveu o projeto como uma obra “feita com tons quentes de pôr do sol dos anos 80”. Amplamente aclamado pela crítica, o ‘Pink Noise’ foi descrito como libertador, triunfante e um verdadeiro divisor de águas na carreira da artista.
Pink Noise, Laura Mvula (divulgação) Sometimes I Might Be Introvert, Little Simz (Divulgação) Call Me If You Get Lost, Tyler The Creator (divulgação)
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