Editor da Raça Brasil é o novo secretário de Promoção da Igualdade Racial da cidade de São Paulo

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Editor da Raça Brasil é o novo secretário de Promoção da Igualdade Racial da cidade de São Paulo

Cartunista conhecido pelos trabalhos no jornal “O Pasquim” e diretor da revista “Raça”, voltada ao público negro, o escritor e publicitário Maurício Pestana foi empossado na tarde desta segunda-feira (22) como o novo secretário municipal de Promoção da Igualdade Racial. Pestana, que ocupava o cargo de secretário-adjunto da pasta desde abril do ano passado, substitui Antonio Silva, que atuará na Secretaria Municipal da Cultura.

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Ligado ao Partido Comunista do Brasil (PC do B), Pestana milita há quase 30 anos no movimento negro e tem como missão ampliar as políticas afirmativas adotadas desde a criação da secretaria, em 2013. Além do processo de implementação do ensino da História e Cultura Afrobrasileira nas escolas municipais, as políticas para imigrantes haitianos e a ampliação do diálogo com movimentos da periferia estão entre os focos do trabalho da pasta.

“Nosso objetivo é que o negro não seja só aquele que ser organiza e bata a porta reivindicando os direitos que são seus, mas que esteja dentro da administração quem olhe pela comunidade em geral, e não por fragmentos da comunidade ou por aqueles que tenham acesso privilegiado aos órgãos públicos”, disse o prefeito Fernando Haddad.

“Ampliar e consolidar as políticas afirmativas será nossa grande marca e nosso grande desafio. Se em um primeiro momento ficamos marcados por termos iniciado o diálogo entre o poder público e os fluxos do funk, vamos aproveitar essa expertise para fazer o mesmo com todas as vertentes da cultura negra e popular, como as dezenas de agremiações de escolas de samba”, afirmou o novo secretário.

Entre as medidas aplicadas nos últimos dois anos, está a Lei Municipal 15.939, que assegura cota de 20% para a população negra em cargos efetivos e comissionados de órgãos municipais, sancionada no ano passado. Com ela, 14 procuradores negros e negras ingressaram no serviço público por meio de concurso, em um universo que antes, era de apenas três profissionais. Além deles, por meio da lei, 23 auditores fiscais, 18 especialistas em Ciências Contábeis e 971 professores entraram na administração municipal.

“Se você não tem a representação da mulher ou do negro dentro da administração pública, essa administração não tem como representar o todo e por isso, os concursos precisam de um equilíbrio maior”, disse o prefeito.

Outro projeto da secretaria é o FunkSP, que após uma série de diálogos com organizadores dos chamados pancadões e fluxos que tomavam as ruas da capital, passou a realizar os eventos com estrutura de segurança, em local que não atrapalha a vizinhança e com horário definido.

“É uma honra muito grande ter participado de uma gestão que tem uma visão moderna de enxergar a cidade, que inclui a todos e a todas, mesmo nos temas que nós da esquerda consideramos difíceis de tratar como, por exemplo, o funk e dos pancadões”, afirmou o ex-secretário Antonio Silva, que, agora na Cultura, auxiliará os programas ligados à cultura de periferia.

Estiveram presentes os secretários municipais Luiz Antonio Medeiros (Coordenação das Subprefeituras), Jilmar Tatto (Transportes), Valter Correia (Gestão), José de Filippi Júnior (Saúde), Tadeu Candelária (Verde e Meio Ambiente), além da vice-prefeita Nádia Campeão.

Fotos
Credito: Heloisa Ballarini/SECOM

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