Dono do quiosque onde Moïse Kabamgabe foi assassinado vai ser ouvido nesta terça

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Dono do quiosque onde Moïse Kabamgabe foi assassinado vai ser ouvido nesta terça
Foto: Reprodução.

Jovem de 24 de anos teria ido cobrar pagamentos atrasados em quiosque na Barra da Tijuca quando foi assassinado. Refugiado congolês possuía passaporte diplomático e vivia no Brasil com a família desde 2014.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai ouvir, nesta terça-feira (1º), o dono do quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca, onde o congolês Moïse Kabamgabe trabalhou como atendente e foi assassinado no último dia 24.

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O jovem congolês Moïse Kabamgabe saiu de casa para cobrar dois dias de pagamentos atrasados no quiosque e não voltou mais. O corpo da vítima foi encontrado amarrado a uma escada com inúmeros sinais agressão.

Câmeras de segurança — O primo de Moïse, Yannick Kamanda, disse que viu as imagens das câmeras de segurança, e que elas mostram uma discussão entre o gerente do quiosque e Moïse. O gerente, segundo ele, chamou outras pessoas e as agressões começaram. Yannick também conta que após o final da agressão, o gerente continuou o seu trabalho normalmente.

De acordo com O Globo, dois policiais militares do 31º BPM (Recreio), que atenderem a ocorrência do congolês Moïse, contaram em depoimento na Delegacia de Homicídios da Barra (DHC), que testemunhas relataram “que dois homens perseguiram a vítima que fugia correndo pela areia, quando na subida do quiosque Tropicália, o mesmo foi alcançado, onde apanhou com um porrete, e a vítima gritava, pedindo para não o matarem”. 

Quando o socorro chegou, por meio do corpo de bombeiros, já não era possível reanimar Moïse. A família informou que a violência com o congolês não parou por aí. No Instituto Médico Legal, o jovem teve os órgãos retirados sem autorização da família. A polícia nega que os órgãos tenham sido retirados.

Kabagambe foi enterrado no último domingo (30) no Cemitério de Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro. A Polícia Civil do Rio de Janeiro ouviu oito testemunhas e diz ter identificado dois suspeitos. A Comissão de Direitos Humanos da OAB vai acompanhar o caso.

A comunidade congolesa no Brasil divulgou uma carta onde afirma que o assassinato de Kabamgabe “não somente manifesta o racismo estrutural da sociedade brasileira, mas claramente demonstra a xenofobia dentro das suas formas contra os estrangeiros”.

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