A cientista Joana D’Arc Felix já é bem conhecida por ter uma história de vida que inspira muitas pessoas. Além de superar pobreza, ela ainda se tornou uma das cientistas de maior prestígio nacional, sobretudo por conta das suas pesquisas relacionadas ao aproveitamento de resíduos de couro para finalidades médicas, farmacêuticas e alimentícias.
Seu nome voltou para mídia por conta do filme biográfico sobre Joana produzido pela atriz Taís Araújo em parceria com a Rede Globo. Um dos grandes destaques da biografia da cientista nascida em Franca, interior de São Paulo, é sua formação acadêmica.
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Joana tem graduação, mestrado e pós doutorado pela UNICAMP, uma das mais prestigiadas e concorridas Universidades do Brasil. Além dessa formação nacional fora da curva, durante as diversas entrevistas e palestras que Joana deu, ela menciona um pós Doutorado em Harvard, que inclusive aparece em seu Lattes (o sistema oficial que reúne informações de pesquisadores de todo o País. ).
Porém na noite de quarta, 13, o jornal Estadão publicou um texto afirmando que o diploma da Harvard de Joana é falso e que ela nunca pisou na Universidade Americana. A reportagem pediu documentos que demonstrassem o trabalho que havia sido feito nos Estados Unidos. Ela enviou um diploma, datado de 1999, com o brasão de Harvard, o nome dela e titulação de “Postdoctoral in Organic Chemistry”. O Estado mandou o documento para Harvard que, ao analisá-lo, informou que não emite diploma para pós-doutorado. Também alertou sobre um erro de grafia (estava escrito “oof”, em vez de “of”).
Joana usou as redes sociais para se manifestar sobre a reportagem. ” Será que a jornalista e os veículos de Comunicação já fizeram algo pela Educação e/ou já retiraram algum Jovem da condição de vulnerabilidade social para dizerem que falsifiquei documento?”, pergunta a cientista em seu manifesto.
“Tudo que foi publicado já está sendo apurado por um advogado ligado ao Movimento Negro brasileiro, porque tenho certeza que ainda estão achando que negros e negras ainda têm que viver na senzala, ou seja, estão achando que os negros não podem estudar”, desabafa Joana.
Confira a nota de esclarecimento na íntegra.
Foto do destaque: Lindomar Cailton/Arquivo CRQ-IV
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