Por Reinaldo Calazans
Mulher preta, filha de pessoas escravizadas, Antonieta de Barros sempre lutou e acreditou que os professores são agentes de mudanças na sociedade. Ela nasceu em Florianópolis, Santa Catarina em 11 de junho de 1901, filha de Catarina e Rodolfo de Barros. Foi criada pela sua mãe, pois ficou órfã muito cedo. Sua mãe trabalhou como doméstica na casa do político Vidal Ramos, o que facilitou nos estudos, aos cincos anos de idade foi alfabetizada numa escola particular.
Notícias Relacionadas
O poder da união para impulsionar os talentos negros do mercado financeiro no Brasil
Como os negócios podem ajudar a combater o racismo ambiental?
Na finalidade de ajudar pessoas carentes, ela fundou o curso particular Antonieta de Barros, em 1922. Sofreu muito na sociedade, por ser mulher preta e pela sua classe social. Mulher corajosa em demonstrar seus ideais, ela venceu o preconceito e foi considerada umas das melhores educadoras da sua época.
Uma carreira promissora fez com que ela entrasse para a nossa história, criou e dirigiu o jornal A Semana, em Florianópolis, mantido até 1927. Assumiu o mandato de deputada estadual de 1935 a 1937. Trabalhou muito e logo instituiu o Dia do Professor, celebrado em 15 de Outubro, e o feriado escolar (Lei Nº 145, de 12 de outubro de 1948).
Uma das suas frases mais marcantes sem dúvida é “Educar é ensinar os outros a viver; é iluminar caminhos alheios; é amparar debilitados, transformando-os em fortes; é mostrar as veredas, apontar as escaladas, possibilitando avançar, sem muletas e sem tropeços; é transportar às almas que o Senhor nos confiar, à força insuperável da Fé.”
Que mulher, salve, salve Antonieta.
Notícias Recentes
‘Quem, além de Beyoncé, poderia fazer esse tipo de espetáculo?’, diz The New York Times sobre show de intervalo da NFL
Retrospectiva 2024: os avanços do povo negro no Brasil