Fernando Silva Bispo, mais conhecido como Fernando Holiday, é um político brasileiro, atualmente sem partido e vereador da cidade de São Paulo que, aos 20 anos, foi eleito o vereador mais jovem da história do município. Defensor de uma direita liberal, Fernando sempre teve dúvidas sobre sua ancestralidade, assim como milhares de brasileiros que não tiveram a oportunidade de conhecer aqueles que constituíram suas ancestralidades.
Na nova série documental produzida pela UOL, o vereador teve a oportunidade de realizar um teste rápido de DNA para entender suas origens e de onde venho maioria de sua família.
Notícias Relacionadas
Agência Pública aponta 33 políticos com antepassados relacionados com a escravidão no Brasil
Ministério da Igualdade Racial lança projeto para enfrentar racismo no transporte público do Rio
“As primeiras dúvidas de Fernando Holiday (sem partido-SP) sobre a própria origem surgiram na adolescência, mas não havia para quem perguntar. O pai abandonou a família e a mãe não era muito de falar do assunto. Os parentes, muito idosos, tinham dificuldades para lembrar. O pouco que Fernando sabia era que a avó da avó havia sido escravizada. Ouviu que uma bisavó era branca. Do lado do pai, então, só sabia que eram todos negros de Vitória da Conquista (BA). O resto era palpite.”
Ao longo do projeto, os testes foram feitos com artistas consagrados, como Péricles, e jornalistas, como a Maju Coutinho, e era comum que suas famílias tivessem suspeitas de ondem vinham. Não foi diferente com a família do Holiday que suspeitava ter alguma ligação com Angola, algo que era atribuído a uma certa semelhança física. Era puro chute, mas foi o que o teste confirmou.
Segundo o próprio site de notícias, o politico não negava os impactos da escravidão ou sua raça, mas, depois do teste, virou algo pessoal. É como se aquele período em que ele tanto estudou saísse dos livros e entrasse na sua vida.
“Agora consigo enxergar meus parentes sendo carregados em navios negreiros até o Brasil, uma terra absolutamente desconhecida, e escravizados de maneira desumana. Agora eu sinto como se essas pessoas fossem da minha família.”
Holiday sabia que havia alguma influência europeia na família. Por isso, temeu que o teste o mostrasse “menos negro”, o que poderia ser usado contra sua figura política. Com o resultado em mãos, avaliou que isso só confirma sua origem miscigenada:
O teste ainda mostrou 26,4% de origem na Hungria no vereador, que se mostrou surpreso com o resultado:
“Me surpreendeu tudo isso de um único país. Comecei a pesquisar, mas não acho nenhum traço de cultura húngara na minha família. Descobri que foram duas ondas de imigração e acho que esse encontro aconteceu depois da Segunda Guerra.”
Holiday tem um posicionamento contra cotas que não foi mudado após o teste e ele explica seus motivos para isso, ele não nega que existe racismo no Brasil, mas concorda com o economista norte-americano Thomas Sowell, que vê ações afirmativas como incapazes de solucionar desigualdades.
O exame, feito através do coletor de saliva, trouxe um mapeamento da sua ancestralidade, mas o teste de DNA não resolveu tudo. “Vai ficar uma dúvida para o resto da minha vida: minha tataravó era nigeriana ou angolana? Quando essas pessoas chegaram? Essa linhagem da minha família começa lá no século 16 ou mais para o século 18?”, explica. pria origemorça n
Notícias Recentes
Grace Jabbari retira processo federal por agressão e difamação contra o ex-namorado, Jonathan Majors
Agência Pública aponta 33 políticos com antepassados relacionados com a escravidão no Brasil