A escritora Chimamanda Ngozi Adichie usou sua conta no Instagram para homenagear a própria mãe, Grace Adichie, e fazer uma reflexão sobre a falta de protagonismo da mãe da noiva nos casamentos ocidentais. “O pai leva a noiva até o altar, o pai faz a primeira dança com a noiva, muitas vezes o pai faz um discurso enquanto a mãe não”, disse. Grace Adichie faleceu em fevereiro deste ano, poucos meses após a morte do pai de Chimamanda, James Adichie. O falecimento do pai motivou a autora a escrever o livro Notas Sobre o Luto, lançado em abril deste ano.
“Antes do casamento, decidi que meus pais me acompanhariam até o altar. E decidi que minha primeira dança seria com minha mãe. Meu pai, que muitas vezes chamei de “Defensor do Cônjuge”, me deu muito apoio. Ele não era muito dançarino – eu herdei seus genes não ritmados – mas minha mãe era. E a alegria da minha mãe naquele dia foi uma coisa linda e brilhante”, contou aos seguidores na manhã desta quarta-feira.
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Chimamanda ilustrou a postagem com uma foto de seu próprio casamento – que ela havia mantido privada até este momento. “Minha necessidade de privacidade agora é superada por meu desejo de homenagear publicamente a mulher rara e maravilhosa que chamei de minha mãe”, disse a escritora na postagem.
A autora de Sejamos Todos Feministas e Americanah, falou ainda sobre a importância de modificar convenções de acordo com o que cada um sente. “Se as convenções parecerem erradas para você, se sua pele se eriçar e seu espírito paralisar com a ideia de fazer algo ‘do jeito que é feito’, pare e aja . Podemos fazer mudanças. Podemos tentar criar pequenas fatias da vida que desejamos”, incentivou.
Confira a íntegra do texto:
“Sempre achei que as tradições de casamento ocidentais deixam de lado a mãe da noiva – o pai leva a noiva até o altar, o pai faz a primeira dança com a noiva, muitas vezes o pai faz um discurso enquanto a mãe não. Nosso casamento, há muitos anos, foi pequeno e lindo, como queríamos. Pedi a família e amigos para não postar nenhuma foto publicamente. Eu queria privacidade. Mas minha necessidade de privacidade agora é superada por meu desejo de homenagear publicamente a mulher rara e maravilhosa que chamei de minha mãe. E espero que isso inspire qualquer moça (e homem) que esteja questionando qualquer tipo de convenção.
Antes do casamento, decidi que meus pais me acompanhariam até o altar. E decidi que minha primeira dança seria com minha mãe. Meu pai, que muitas vezes chamei de “Defensor do Cônjuge”, me deu muito apoio. Ele não era muito dançarino – eu herdei seus genes não ritmados – mas minha mãe era. E a alegria da minha mãe naquele dia foi uma coisa linda e brilhante.
Convenção é algo feito por alguém e depois repetido por outros. Se as convenções parecerem erradas para você, se sua pele se eriçar e seu espírito paralisar com a ideia de fazer algo “do jeito que é feito”, pare e aja . Podemos fazer mudanças. Podemos tentar criar pequenas fatias da vida que desejamos. Podemos desfazer convenções para tornar as coisas mais justas, mais completas, mais bonitas. Nem todos ficarão felizes com você, porque é da natureza humana tentar conservar as coisas como elas são, mas seu espírito se sentirá pleno e não há nada mais significativo do que saber que você tem sido verdadeiro consigo mesmo”.
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