Cirque du Soleil, uma das companhias de entretenimento mais famosas do mundo, também é o local de trabalho da carioca Cássia Raquel. Ela participa do espetáculo ‘Alegria’, que agora, faz turnê pela Ásia com apresentações confirmadas no Japão e na Coréia do Sul. A brasileira interpreta a personagem ‘Singer in Black’, uma das protagonistas do musical.

“O mais legal é ver que a personagem está passando por transformações, tanto no nome (antiga Black Singer) quanto na estrutura. Antes eram apenas mulheres brancas com roupas pretas e se tratava de uma versão sombria da cantora de branco (White Singer)“, diz Cássia. “Agora esse panorama mudou e o termo preto não é mais associado a algo ruim, o que é ótimo”. Lançada em comemoração aos 10 anos do Cirque Du Soleil, em 1994, a produção tornou- se uma das mais populares da companhia. A nova versão, ‘Alegria – In A New Light’, traz uma releitura do clássico, em um enredo político que discute a esperança.

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“Teremos apresentações majestosas, com um número maior de integrantes em relação à última temporada. Entretanto, o mais especial é a música nova, que está linda, mas os detalhes ainda são segredo”, detalha Cássia. Atriz e cantora, ela trabalhou em diversos segmentos ao longo da carreira, desde musicais infantis até produções da Broadway como ‘Os Miseráveis’, ‘Homem de La Mancha’ e o premiado ’60 Doc Musical’.

Cássia Raquel no espetáculo ‘Alegria’. Foto: Divulgação.

“Um dos mais marcantes foi o ‘Hair’, que foi meu primeiro“, diz ela, relembrando sua trajetória. “Apesar de ser iniciante, contei com o apoio da direção e do elenco para me desenvolver. Tivemos diversos workshops, como aulas de história e yoga. Além de fazer parte do coro, também tinha meu próprio solo. Foi o pontapé inicial da minha jornada”.

No exterior há mais de um ano, Cássia revela sentir saudades de casa, e planeja retornar ao Brasil em breve, não apenas para morar, mas para realizar um sonho antigo: abrir sua própria escola de artes. “Unir música, dança e teatro em um só lugar, e com um valor acessível para as pessoas da periferia. Infelizmente, nosso circuito artístico ainda é elitista e excludente, então quero poder mudar esse patamar. E não quero apenas abrir o espaço, mas ensinar também. Ser a professora que eu sempre quis ter na minha formação”, conta.

“Que a gente não se limite a fazer os mesmos tipos de personagens, mais estereotipados. Que as pessoas, em especial as meninas pretas, acreditem que possam estar nos mesmos lugares ou até melhores do que eu. Que possamos romper barreiras, e criar um futuro melhor e mais inclusivo a todos”, finaliza Cássia.

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