#BlackLivesMatter faz 10 anos: hashtag revolucionária foi usada 44 milhões de vezes

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#BlackLivesMatter faz 10 anos: hashtag revolucionária foi usada 44 milhões de vezes
Foto: Colin Lloyd | Unsplash

44 milhões de tweets em 10 anos. Esse foi o número de vezes que a #BlackLivesMatter foi usada desde que o movimento foi criado em julho de 2013. Os dados são de uma pesquisa Pew Research Center. Mais do que uma simples hashtag, Black Lives Matter é um movimento que ajuda até os dias atuais no ativismo digital e a denúncia de racismo nos EUA e em todo mundo.

Diferente do que muita gente acha, Black Lives Matter teve início em julho de 2013 com a absolvição do policial George Zimmerman no assasinato de Trayvon Martin, em Sanford, Flórida, morto em uma abordagem. Desde então, a hashtag #BlackLivesMatter foi usada como forma de debater e denunciar casos como o de Trayvon e de George Floyd.

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A pesquisa do Pew Research Center apontou que de julho de 2013 até março de 2023, a hashtag foi usada 44 milhões de vezes no Twitter por quase 10 milhões de contas ativas, segundo os tweets disponíveis atualmente na plataforma. 

Caso George Floyd

Um dos picos mais altos da #BlackLivesMatter foi após o caso do George Floyd, morto em uma abordagem policial em maio de 2020 e que causou uma revolta mundial. Mais da metade dos tweets nos dez anos foi postado entre maio e setembro de 2020. Dos 10 milhões de usuários totais, 6,8 milhões – muitos pela primeira vez – usaram a hashtag durante esse período.

Um dos principais resultados da pesquisa foi o apoio ao movimento Black Lives Matter, que vai além das publicações. Cerca de 72% dos tweets expressaram apoio ao movimento e tudo que ele representa, apenas 11% se mostraram contra e 17% não expressaram ser nem contra ou a favor.

Outro ponto levantado foi a violência policial como um dos principais problemas da comunidade negra. Desde 2013, um terço das publicações cita policiais, violências policiais e confrontos com civis.

Os 44 milhões de postagens também não representam o número total. Um terço das publicações foram perdidas ou não estão mais disponíveis. 40% delas eram do período de maior pico em 2020.

Black Lives Matter e ativismo nas redes sociais

Além da análise dos tweets, o Pew Research Center também entrevistou 5.101 adultos nos EUA, de 15 a 21 anos, em maio de 2023. Eles foram questionados sobre a militância nas mídias digitais e a atuação da impresa em casos de desiguldade e discriminação.

24% dos entrevistados que utilizam redes sociais disseram apoiar e ter postado sobre o movimento Black Lives Matter, enquanto 10% disseram ter postado contra. Esse número cresce em relação a população negra, 52% disseram ter postado a favor do movimento.

Em relação aos protestos da Black Lives Matter, apenas 7% disseram ter participado alguma vez. Esse número cresce para 15% em relação aos negros.

Entre os negros, os mais joves, entre 18 e 49 anos, se mostram serem mais engajados: 61% disse ter compartilhado e apoiado o movimento e 17% já foram para um protesto pelo menos uma vez.

Outra questionamento levantado pela pesquisa foi as “visões das mídias sociais e da imprensa como ferramentas para chamar a atenção para a violência policial contra negros”. Após os três anos do assassinato de George Floyd, a grande maioria, 81%, acredita que a violência policial é um problema.

Mas sobre a gravidade do problema o número de concordância diminui. 85% dos adultos negros acham que é um grande problema, enquanto 56% dos adultos hispânicos, 50% dos asiáticos e 36% dos brancos concordam.

Enquanto a importância da mídia social e da imprensa, as redes sociais se mostram grandes aliados contra a denúncia de violência policial. 43% dizem que a mídia social é “extremamente ou muito eficaz” de chamar a atenção para as violências, enquanto 32% dizem que o imprensa tradicional é “extremamente ou muito eficaz”.

Também foram perguntados da relevância das redes sociais:

  • 67% dizem que “a mídia social destaca questões importantes que podem não receber muita atenção de outra forma”;
  • 67% dizem que “a mídia social ajuda a dar voz a grupos sub-representados”;
  • 47% dizem que “as mídias sociais facilitam a responsabilização de pessoas poderosas”.

Os entrevistados também apontaram que muitas vezes as mídias sociais distraem as pessoas de assuntos relevantes.

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